Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Insuficiência adrenal Incapacidade do córtex adrenal em produzir quantidades suficientes de glicocorticoides ou glicocorticoides e mineralocorticoides Facilmente diagnosticada e tratada e é potencialmente letal se não for reconhecida Crise adrenal aguda Emergência médica Resultado de • Situações de estresse em pacientes com insuficiência adrenal crônica, na presença ou não de tratamento • Acometimento agudo da função adrenal, como nos casos de hemorragia adrenal bilateral relacionada à septicemia, uso de anticoagulantes ou trauma. Etiologias Infarto hemorrágico Insuficiência adrenal aguda pode ocorrer como resultado de infarto adrenal bilateral causado por hemorragia ou trombose da veia adrenal Difícil diagnóstico Hemorragia adrenal foi associada à meningococcemia (síndrome de Waterhouse-Friderichsen) • Choque séptico causado por infecção por meningococo A síndrome de Waterhouse-Friderichsen também foi relatada com sepse por Streptococcus pneumoniae, Neisseria gonorrhoeae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus Sinais e sintomas: • Hipotensão ou choque • Dor abdominal, nas costas, nos flancos ou na parte inferior do peito • Anorexia • Febre • Náusea ou vômito • Confusão ou desorientação • Rigidez abdominal ou rebote Fatores de risco • Medicamento anticoagulante ou terapia com heparina • Doença tromboembólica • Estados hipercoaguláveis, como síndrome antifosfolipídeos (múltiplas tromboses arteriais e venosas) • Trauma físico • Estado pós-operatório • Qualquer causa de estresse severo Aumento do fluxo sanguíneo adrenal estimulado pelo ACTH secretado em resposta ao estresse pode desempenhar um papel contributivo Manifestações clínicas Mais comum na IA primária Sinais • Hipotensão e choque • Desidratação • Cianose ou palidez • Febre • Confusão mental, torpor • Coma Sintomas • Dor abdominal, de flanco ou torácica • Náuseas e vômitos • Anorexia • Fraqueza • Apatia • Confusão e desorientação • Dor abdominal simulando um quadro de abdome agudo Frequentemente acompanhada de: • Hipotensão • Hipercalemia • Convulsões • Colapso circulatório Alterações laboratoriais • Hiponatremia • Hipercalemia • Hipoglicemia (rara em adultos, comum em crianças) • Uremia • Linfocitose, eosinofilia Crise adrenal de pior prognóstico é aquela resultante de hemorragia adrenal bilateral, sendo muitas vezes fatal. Tratamento Coletar amostra de sangue para hemograma, dosagens bioquímicas e hormonais (cortisol e ACTH) Reverter a hipotensão e corrigir a desidratação, a hipoglicemia e os distúrbios eletrolítico • Grandes volumes de solução fisiológica a 0,9% e solução glicosada a 10% devem ser infundidos tão rapidamente quanto possível • Solução fisiológica hipotônica deve ser evitada, pois pode agravar a hiponatremia. Tratar infecção ou outros fatores precipitantes Reposição de glicocorticoides Crônica Primária (doença de Addison) Causada por distúrbio intrínseco adrenocortical Epidemiologia Sexo feminino (2,6:1) Habitualmente diagnosticada entre a 3ª e 5ª década de vida Adrenalite autoimune → mais comum etiologias Também chamada de insuficiência adrenal primária “idiopática” Pode ocorrer: • Isoladamente o Predominante em homens nas duas primeiras décadas de vida o Na 3ª década ocorre igualmente em ambos os sexos o Após a 3ª década, ocorre mais em mulheres • Síndromes poliglandulares autoimunes (SPA) o Predominante em mulheres Processo autoimune que destrói o córtex adrenal Mecanismos imunes humorais e mediados por células direcionados ao córtex adrenal, frequentemente associados à destruição autoimune de outras glândulas endócrinas (SPA) Anticorpos que reagem com várias enzimas esteroidogênicas e todas as três zonas do córtex adrenal estão presentes no soro de até 86% dos pacientes com insuficiência adrenal primária autoimune, mas apenas raramente em pacientes com outras causas de insuficiência adrenal, ou em indivíduos normais • Até 10% dos parentes de primeiro grau de pacientes com insuficiência adrenal primária autoimune expressam esses anticorpos e têm um risco aumentado de desenvolver insuficiência adrenal 1ª evidência → aumento na atividade da renina plasmática em associação com uma concentração sérica de aldosterona normal ou baixa, sugerindo que a zona glomerulosa está envolvida inicialmente Meses/ anos depois → disfunção da zona fasciculada torna- se evidente • 1º - resposta decrescente do cortisol sérico à estimulação do ACTH • 2º - aumento das concentrações séricas de ACTH • 3º - diminuição das concentrações e sintomas de cortisol sérico basal Aprox. 50 a 65% dos pacientes com insuficiência adrenal autoimune têm um ou mais outros distúrbios endócrinos autoimunes Pacientes com doenças endócrinas autoimunes mais comuns, como diabetes mellitus tipo 1, tireoidite autoimune crônica ou doença de Graves, raramente desenvolvem insuficiência adrenal Ou síndrome polendocrinopatia autoimune candidíase-distrofia ectodérmica Doença autossômica recessiva rara Mulheres um pouco mais afetadas que os homens Mutações no gene regulador autoimune (AIRE) Manifestações clínicas • Hipoparatireoidismo (candidíase mucocutânea crônica) o Geralmente é a 1ª manifestação o Apresenta-se caracteristicamente na infância ou no início da adolescência, sempre por volta dos 20 anos • Insuficiência adrenal o Geralmente se desenvolve mais tarde, na idade de 10 a 15 anos o Os alvos do antígeno são enzimas adrenais • Hipogonadismo primário (60%) o Insuficiência ovariana > testicular • Má absorção e outros distúrbios gastrointestinais (25%) o 90% têm autoanticorpos para triptofano hidroxilase A apresentação clínica variável e progressão são presumivelmente devido a fatores ambientais e fatores genéticos diferentes das mutações do gene AIRE Muito mais prevalente que o tipo 1 Mulheres – mais afetadas Insuficiência adrenal primária → principal manifestação Anticorpos para enzimas esteroidogênicas também estão presentes neste distúrbio A síndrome do tipo 2 com insuficiência adrenal primária e doença autoimune da tireoide era anteriormente conhecida como "síndrome de Schmidt" Pacientes com doença autoimune da tireoide ou diabetes mellitus que têm autoanticorpos adrenais, mas ainda não apresentam insuficiência adrenal e parentes que apresentam um ou mais componentes da síndrome também devem ser considerados portadores do distúrbio Órgãos endócrinos afetados: • Insuficiência adrenal o ocorre simultaneamente com doença autoimune da tireoide ou diabetes mellitus (20%) • Hipogonadismo primário pode ocorrer primeiro o Insuficiência ovariana > testicular • Hipoparatireoidismo não ocorre nesse distúrbio • Alopecia e anemia perniciosa são menos frequentes • Hipopituitarismo devido à hipofisite autoimune o Pode ocorrer sozinho ou em combinação com tireotropina ou, raramente, deficiência de GH • Outras doenças autoimunes não endócrinas ocorrem ocasionalmente Pode destruir as glândulas suprarrenais Resulta da disseminação hematogênica de infecção ativa em outras partes do corpo Destruição adrenal é gradual • Medula é destruída com mais frequência do que o córtex Autoanticorpos adrenais não estão presentes no soro Glândulas adrenais geralmente estão aumentadas por infiltração de células inflamatórias do córtex e granulomas no início da doença Nódulos caseosos e fibrose então substituem gradualmente o tecido da glândula adrenal → após cerca de 2 anos as adrenais se tornam normais ou de tamanho pequeno Ausência de glândulas adrenais aumentadas ou calcificadas não exclui a tuberculose como causa da insuficiência adrenal A recuperação da função adrenal normal pode ocorrer após terapia antituberculosa eficaz, mas geralmente não ocorreAs glândulas adrenais podem estar aumentadas em pacientes com tuberculose pulmonar, mesmo quando a função adrenal está normal Tamanho torna-se menor após o tratamento bem-sucedido da tuberculose Mais comuns → Histoplasmose e paracoccidioidomicose Rara em pacientes com criptococose, coccidioidomicose e blastomicose norte-americana As glândulas adrenais estão aumentadas e podem ficar calcificadas em todos esses distúrbios Pode ocorrer recuperação da função adrenal após tratamento antifúngico prolongado Consequência de infecções oportunistas (IOs), neoplasias ou doença sistêmica concomitante Uso generalizado de terapia antirretroviral potente (TARV) → declínio na incidência de complicações endócrinas Sífilis Tripanossomíase africana, não relacionada ao seu tratamento com suramina, que pode prejudicar a função adrenal quando administrada em doses terapêuticas mais altas do que as usuais Infiltração das glândulas suprarrenais por câncer metastático é comum, provavelmente por causa de seu rico suprimento de sangue sinusoidal Alguns dos sintomas de insuficiência adrenal podem ser erroneamente atribuídos ao câncer Cânceres de pulmão ou mama disseminados Pode haver também comprometimento adrenal em casos de linfomas, melanomas e metástases de carcinoma de rim, estômago e cólon. Vários medicamentos podem causar insuficiência adrenal ao inibir a biossíntese do cortisol • Anestésico-sedativo: etomidato • Antimicóticos: cetoconazol e fluconazol • Metirapona • Antiparasitário: suramina Geralmente não causam insuficiência adrenal clinicamente importante em pacientes com função hipotálamo-pituitária- adrenal normal • Inibição enzimática é incompleta • Aumento da secreção do (ACTH) anula o bloqueio farmacológico Pacientes com reserva hipofisária ou adrenal limitada podem desenvolver insuficiência adrenal sintomática Outras drogas aceleram o metabolismo do cortisol e da maioria dos glicocorticoides sintéticos por meio da indução de enzimas oxigenases hepáticas de função mista • Fenitoína • Barbitúricose • Rifampicina Essas drogas podem causar insuficiência adrenal em pacientes com limitação hipofisária ou reserva adrenal e naqueles com insuficiência adrenal que estão recebendo terapia com glicocorticóides. A droga adrenocorticolítica mitotano pode provocar insuficiência adrenal em pacientes com carcinoma adrenal que estão recebendo esteróides desse tipo Pacientes gravemente enfermos podem ter concentrações mais baixas de cortisol sérico durante a doença inflamatória grave do que quando há menos inflamação Hipofunção do córtex adrenal decorre da deficiência de enzimas envolvidas na biossíntese do cortisol. Causa mais usual de IA no período neonatal. Doença recessiva ligada ao X, causada por mutação no gene ABCD1 (cromossomo Xq28). 3ª causa mais comum de IA em indivíduos do sexo masculino, Resulta da produção de uma proteína transportadora anormal dentro dos peroxissomos → impede a oxidação dos ácidos graxos de cadeia muito longa → acúmulo no cérebro, no córtex adrenal (preferencialmente, as zonas fasciculada e reticular), nos testículos, no fígado e no plasma. Como consequência, surgem desmielinização do sistema nervoso central e IA primária. Desmielinização do cordão medular e nervos periféricos ocorre ao longo de anos e pode resultar em perda da capacidade de deambulação, disfunção cognitiva, retenção urinária e disfunção erétil Distúrbio familiar raro Hipodesenvolvimento do córtex adrenal Pode ser esporádica, autossômica recessiva ou ligada ao cromossomo X. (manifesta-se por IA nos primeiros anos de vida e hipogonadismo hipogonadotrófico, detectado na época esperada para a puberdade.) CAH ligada ao X também associa-se a deficiência de glicerol quinase, perda auditiva para altas frequências e distrofia muscular de Duchenne, constituindo a síndrome de deleção dos genes contíguos. A CAH causada por mutações no NR5A1 (que codifica o receptor nuclear do fator esteroidogênico-1) geralmente se manifesta com distúrbio do desenvolvimento sexual 46, XY ou falência ovariana prematura, sendo que a IA ocorre raramente. A CAH também pode fazer parte da síndrome IMAGe (mutação do gene CDKN1C), que inclui retardo do crescimento intrauterino, displasia metafisária e anormalidades genitais. Incluem-se: • Deficiência familiar de glicocorticoides (DFG) o Manifesta-se como deficiência isolada de glicocorticoides, com função mineralocorticoide preservada o Resulta da falta de resposta do córtex adrenal ao ACTH o Caracterizada por níveis reduzidos de cortisol e acentuada elevação de ACTH o Manifestações: ▪ Hipoglicemia recorrente ▪ Desenvolvimento deficiente ▪ Hiperpigmentação antes da idade de 5 anos ▪ Ausência de adrenarca ▪ Estatura elevada o Tipo 1 → Mutações no gene do MC2-R o Tipo 2 → Mutações no gene da proteína acessória do MC2-R • Síndrome de Allgrove. (ou do triplo A) o Doença autossômica recessiva o Caracteriza-se pela tríade de resistência ao ACTH, acalasia e alacrimia. o Manifesta-se, em geral, na primeira década de vida, porém existem casos apenas diagnosticados na vida adulta. o Frequentemente se associa a disfunção neurológica progressiva, polineuropatia, surdez, retardo mental e hiperqueratose da palma das mãos e da sola dos pés. o Deficiência mineralocorticoide ocorre em cerca de 15% dos casos. OBS.: ACTH regula a biossíntese de esteroides no córtex adrenal, exercendo seus efeitos via receptor específico (MC2- R) Manifestações clínicas Sintomas geralmente ocorrem quando há destruição de mais de 90% da glândula Inicialmente → resposta anormal às situações de estresse (ex.: trauma e infecções) Formas autoimunes e infiltrativas → destruição gradual e progressiva. Processos hemorrágicos e septicêmicos → destruição do córtex adrenal geralmente é mais rápida e a sintomatologia se apresenta de modo agudo, caracterizando a crise adrenal Deficiência de glicocorticoides: • Fadiga • Fraqueza • Anorexia • Perda de peso (podendo chegar até 15 kg) • Tontura • Náusea • Vômito • Amenorreia • Hipoglicemia grave → mais comum em crianças • Distúrbios gastrointestinais Específico da falência adrenal primária → hiperpigmentação cutânea • Aumento da concentração plasmática de ACTH e MSH → afinidade pelo receptor MC1 na pele → estimula produção de melanina • Mais frequente nas áreas expostas ao sol, pontos de pressão, dobras cutâneas e mucosa oral • Cicatrizes formadas após instalação da doença de Addison → hiperpigmentadas. Deficiência de mineralocorticoides: • Hipovolemia • Desidratação • Hipotensão postural • Avidez por sal • Hipercalemia • Acidose metabólica leve • Hiponatremia Mulheres → deficiência de androgênios provoca: • Diminuição de pelos axilares e pubianos • Perda da libido Sintomas psiquiátricos (síndrome cerebral orgânica, depressão ou psicose) ocorrem na maioria dos pacientes com IA primária grave ou de longa duração Doença celíaca é encontrada em 15 a 22% dos pacientes com DA e deve ser sempre pesquisada quando houver sintomas gastrintestinais. Miocardiopatia reversível com a administração de glicocorticoides foi recentemente descrita em pacientes com DA Foi relatado tamponamento cardíaco precedendo a IA Vitiligo é observado em 10 a 20% dos casos de doença de Addison autoimune Diagnóstico diferencial A DA deve ser diferenciada de todas as condições que produzem hiperpigmentação cutânea, distúrbios gastrintestinais e fadiga crônica. A hiperpigmentação da hemocromatose não envolve as membranas mucosas e se caracteriza por hemossiderina nas glândulas sudoríparas. A presença de porfiria cutânea tardia é facilmente reconhecida pela grande quantidade de uroporfirina na urina, nas fezes e no plasma. Metais pesados, tais comozinco e mercúrio, podem pigmentar a margem gengival, mas não causam pigmentação bucal. Anorexia e perda de peso podem simular quadros de anorexia nervosa Secundária Etiologia Causa mais comum → uso crônico de glicocorticoides em doses supra fisiológicas → inibem diretamente tanto a secreção de ACTH como a de CRH • Sintomas surgem após: o Suspensão indevida ou brusca dos glicocorticoides o Falta de ajuste adequado da dose do medicamento em situações de estresse Pode resultar também de: • Traumatismo craniano • Necrose hipofisária pós-parto (síndrome de Sheehan) • Apoplexia hipofisária • Cirurgia • Radioterapia • Anorexia nervosa • Tumores do terceiro ventrículo • Qualquer doença tumoral, infecciosa ou infiltrativa que envolva a hipófise ou o hipotálamo Deficiência de ACTH geralmente se associa à de outros hormônios hipofisários Deficiência isolada de ACTH também pode acontecer, podendo ser idiopática ou induzida por medicamentos Terapia com GH recombinante pode desmascarar uma IA secundária previamente não diagnosticada • Deficiência de GH → maior conversão da cortisona (inativa) em cortisol Mutações dos fatores de transcrição envolvidos nos estágios iniciais do desenvolvimento hipofisário • Deficiência congênita isolada de ACTH • Pan-hipopituitarismo congênito (mutação no gene da POMC) • Associada à síndrome de Prader-Willi Manifestações clínicas Diferem em dois aspectos principais das observadas na DA: • Não há hiperpigmentação cutaneomucosa → níveis de ACTH e outros peptídeos da POMC encontram-se baixos ou normais • Estão geralmente ausentes a depleção de volume e a desidratação, assim como a hipercalemia (devido à preservação da secreção de mineralocorticoides) Sintomas gastrointestinais e crises adrenais são menos comuns Tratamento Objetivo principal → mimetizar a produção endógena de glicocorticoides: • Reposição de glicocorticoides • Reposição de mineralocorticoides • Reposição de DHEA Diagnóstico Abordagem diagnóstica para suspeita de insuficiência adrenal Determinação da etiologia Confirmação do diagnóstico clínico de insuficiência adrenal é um processo de três estágios: • Demonstrando secreção de cortisol inadequadamente baixa • Determinar se a deficiência de cortisol é dependente ou independente da deficiência de corticotropina (ACTH) e avaliar a secreção de mineralocorticoide em pacientes sem deficiência de ACTH • Buscar uma causa tratável para o distúrbio primário (por ex., processo infiltrativo envolvendo as glândulas suprarrenais ou um adenoma hipofisário comprometendo a função normal da hipófise) A causa mais comum de insuficiência adrenal primária, a adrenalite autoimune, é um processo que geralmente piora ao longo de muitos meses ou anos → quando o paciente desenvolve baixas concentrações de cortisol sérico, a destruição adrenal está essencialmente completa. Teste da Cortrosina Amostras para dosagens de cortisol sérico são coletadas antes e após administração de 250 mg via IV ou IM de ACTH exógeno, nos tempos 0, 30 ou 60 minutos. Valores de pico de cortisol: • ≥ 18 mg/dL → função adrenal normal • < 18 mg/dL → insuficiência adrenal (discriminado se é primária ou secundária) Não exclui a presença de insuficiência adrenal secundária parcial ou baixa reserva de ACTH → teste de tolerância à insulina deve ser realizado se não houver contraindicações clínicas, tais como pacientes com idade avançada, portadores de doença cardiovascular ou epilepsia. Teste de tolerância à insulina Padrão-ouro para o diagnóstico de insuficiência adrenal secundária de início recente (teste da Cortrosina pode apresentar resposta normal) O teste baseia-se no fato de que a hipoglicemia é um potente estimulador do eixo HHSR Administração de 0,1 unidade/Kg/IV de insulina regular e dosagens de cortisol nos tempos basal, 60 e 90 minutos A glicemia deve atingir o valor de 40 mg/dL ou menos para o teste ser considerado efetivo Considera-se a resposta normal do cortisol um pico maior ou igual a 18 mg/dL. Outros exames DHEAS: Baixo Aldosterona baixa e renina elevada → insuficiência suprarrenal primária Investigar doenças autoimunes → TSH, T4L, Vitamina B12, Hemograma, Glicemia, Hb glicada Anticorpo anti-21OH → positivo em 85% dos casos de adrenalite autoimune Dosagem de ácidos graxos de cadeia longa → investigar adrenoleudistrofia
Compartilhar