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Complicações agudas do DM Introdução e definições A cetoacidose diabética e o estado hiperosmolar hiperglicêmico são as duas principais complicações agudas das hiperglicemia. Representam até 10% das internações de pacientes com DM sendo a maioria causada por CAD, porém a EHH tem uma mortalidade maior variando de 3-20%. No EHH tem hiperglicemia com desidratação e aumento da osmolaridade já no CAD tem alteração do metabolismo lipídico com produção de cetoácidos e consumo de bicarbonatos. CAD: Glicemia >250mg/dl pH arterial <7,3 ( excluída outras causas de acidose) Cetonemia positiva beta hidroxibutirico ( cetonúria fortemente positiva, aceto acetato) EHH Glicemia >600 mg/dl Osmolaridade >320 mosm/kg pH arterial >7,3 Há possibilidade de apresentar CAD e EHH ao mesmo tempo; pacientes idosos ou crianças podem ter maior risco de evolução desfavorável; situações como hipotensão, choque e os fatores precipitantes estão correlacionados com maior risco de evolução desfavorável. A CAD é associada ao DM tipo 1, mais comum em paciente jovens enquanto o EHH se desenvolve mais em indivíduos mais idosos. Etiologia e Fisiopatologia A fisiopatologia esta relacionada com a diminuição da insulina ou resistência a insulina que o paciente apresenta, levando a dificuldade de transportar a glicose para o meio intracelular, apresentando glicopenia intracelular. A homeostase acaba acontecendo com um nível de glicemia mais elevado do que o estado considerado normal. A CAD é precipitada por ausência absoluta ou relativa de insulina sendo assim o quadro é mais comum em pacientes com DM do tipo 1, já que tem uma deficiência na produção de insulina pelas células beta do pâncreas. A CAD pode ser precipitada também por infecção e estados estressantes que aumentam hormônios contrarreguladores como cortisol, hormônio do crescimento e catecolaminas que aumentam o glucagon e lipólise e causam resistência a ação insulínica. Com pouca glicose intracelular leva ao aumento da gliconeogênese e glicogenólise o que eleva progressivamente a glicemia ocorrendo assim diurese osmótica levando a desidratação e aumento da osmolaridade. Quando há ausência absoluta ou quase absoluta de insulina há aumento da produção do glucagon que diminuí produção de uma enzima chamada malonil coenzima A que tem como função inibir a produção de carnitina palmitil transferase. Inibindo a malonil coenzima A ocorre o aumento da carnitina palmitil trasferase que faz o transporte de ácidos graxos para mitocôndrias hepáticas levando a produção de energia com substrato lipídio. Esse processo resulta em ácido aceto acetato( o que pega na urina) , ácido beta hidroxibutirico( o mais produzido) e acetona levando ao quadro de acidose, que culminam na diminuição do pH sanguíneo. Ocorre também aumento de TG podendo ser desencadeada complicações da hipertrigliceridemia como pancreatite. Outras alterações: Aumento da conversão de TG em ácidos graxo e glicerol pela lipase hormônio sensível. Aumento de prostaglandinas vasodilatadoras e vasoconstritoras pelo tecido adiposo levando a hipotensão, náusea e vômitos, se na circulação esplênica levam ao quadro de dor abdominal na CAD. Glicemia >180 mg/dl leva a glicosuria, desidratação e perda de eletrólitos. Aumento de citocinas e fatores pró coagulante como inibidor do plasminogênio tecidual levando ao maior risco de tromboembolismo. A CAD normalmente cursa com acidose metabólica de ânion gap elevada pelo acumulo de ácidos beta hidroxibutírico, o hiato aniônico é calculado subtraindo concentração sérica de cloreto e bicarbonato da concentração de sódio : Ânion gap sérico = sódio sérico – ( cloreto sérico + bicarbonato) As alterações do potássio são causadas por aumento da osmolaridade plasmática levando o movimento da água junto com potássio para o LEC, saída passiva de potássio pelos canais de potássio na membrana celular, e a deficiência de insulina contribui para níveis séricos de potássio elevados ( a insulina em níveis adequados contribui promovendo a absorção de potássio nas células). No EHH a desidratação é maior, a diurese osmótica pela hiperglicemia leva a perda de eletrólitos e de água livre de modo que aumenta a osmolaridade. Os principais fatores precipitantes da CAD e EHH são processos infecciosos como pneumonia, infecção urinaria, sepse de origem determinada, infecções cutâneas e gastroenterites. Em DM do tipo 1 normalmente ocorre por descontinuação da medicação. A CAD pode ser a primeira manifestação do DM em até 20% dos pacientes. Achados clínicos A CAD ocorre principalmente na população de adultos jovens, mas pode ocorrer também nos extremos de idade, com aparecimento abrupto, pode ter pródomo com poliuria, polidipsia, polifagia e mal estar, pode apresentar desidratação, hipotensão, taquicardia, nos extremos de idade por causa da prostaglandinas podem estar com extremidades quentes e bem perfundidos. Referente a acidose pode aparecer taquipneia com ritmo de Kussmaul quando pH entre 7,0 e 7,2 sendo a cetona volátil e eliminada pela respiração levando ao hálito ctónico. Normalmente a consciência encontra em estado de alerta, sendo que manifestações neurológica e alteração do nível de consciência mais correlacionadas com a osmolaridade do que com a acidose portanto mais frequente em pacientes com EHH do que com CAD. Febre não é frequente em pacientes com cetoacidose, porém ausência não pode excluir infecção, os pacientes apresentam com frequência náusea, dor abdominal e vômitos, sintomas que melhoram com hidratação. O paciente pode ainda apresentar manifestações clinicas da doença que foi fator precipitantes da cetoacidose. No exame físico podemos observar diminuição do turgor cutâneo, axilas e mucosas secas, pressão venosa jugular baixa, taquicardia e hipotensão, odor cetónico em CAD e respiração de Kussmaul. Na avaliação inicial da CAD e EHH verificar o status da via aérea, respiração e circulação ABC, estado mental, volemia e possíveis eventos precipitantes. Exames complementares O diagnóstico de CAD e EHH é baseado em critérios laboratoriais, deve coletar HMG, glicemia, gasometria, corpos cetonicos e sódio para avaliar acidose, cetonemia e aumento da osmolaridade, o hemograma pode ver leucocitose secundária a episódio de estresse, aumento de hematócrito e hemoglobina e a desidratação assim como aumento de ureia e creatinina, o potássio sérico poderá estar elevado devido a acidose, mas o potássio total do corpo diminuído podendo ser necessário repor, fosforo e outros elementos podem estar espoliados devido a diurese osmótica. Exames a solicitar: Gasometria arterial e depois venosa a cada 4 horas Glicemia e posteriormente glicemia capilar de 1/1 hora Potássio, sódio, fosforo, cloro, e outros eletrólitos ( dosar K a cada 2 h) HMG completo Urina tipo 1 Cetonemia ou cetonuria dosando o beta hidroxibutirato. ECG Radiografia de tórax O ECG serve para rastrear isquemia coronariana como processo precipitante mas também de complicações hidroeletrolíticas, como arritmia o potássio mora na onda T se hipercalemia onda T apiculada se pouco potássio onda T abaixada, é a primeira alteração no ECG. Avaliar pacientes com suspeita de EHH calcular a osmolaridade com a fórmula: Osmolaridade efetiva = 2 x ( Na corrigido ) + glicemia / 18 Valores >320 mosm/kg indicam hiperosmolaridade ( Na corrigido = Na medido + 1,6 x glicemia medida -100) Teste de nitroprussiado pode ser utilizado, esse produto químico desenvolve cor roxa na presença de ácido acetoacético, teste de urina com fita reagente com nitroprussiato comprimidos Acetest ou bastões de reagente Ketostix, com resultados em minutos. CAD difere da EHH principalmente de acordocom a presença de cetoacidose e grau e hiperglicemia. Eventos neurológicos mais comuns em EHH decorrentes da hipermosmolaridade como presença de estupor, e mudança do estado mental. Três corpos cetônicos são produzidos na DKA: um cetoácido (ácido acetoacético), um hidroxiácido (ácido beta-hidroxibutírico) e uma cetona neutra (acetona). Os corpos cetônicos na urina são detectados por uma fita reagente com testes de nitroprussiato , enquanto as cetonas séricas podem ser detectadas com um teste de nitroprussiato ou por análise direta dos níveis de beta- hidroxibutirato.. Diagnóstico diferencial A CAD entra no diagnostico diferencial de outras acidoses como cetoacidose alcoólica ( que não tem hiperglicemia). O EHH entra no diagnóstico diferencial de pacientes com confusão mental e alteração do nível de consciência, Tratamento O principio do tratamento é a hidratação, insulinoterapia e correção dos fatores precipitantes. Hidratação – tem como alvo inicial a estabilização da hemodinâmica com 1000 – 1500 ml de solução de NaCl a 0,9 % na primeira hora, se hipotenso repetir o esquema ainda na primeira hora ( no EHH pode ser necessário vários litros). Na segunda fase manter 250-500 ml ( 4ml/kg) por hora. Caso natremia normal ou aumentada utiliza salina a 0,45%. Quando a glicemia chegar a 250-300 mg/dl continuar hidratação associada a glicose 5-10 % com a solução salina com velocidade de infusão 250-500ml/hora. ( Diluição 1 L de solução glicosada com 20 ml de solução de NaCl 20%) Insulinoterapia – iniciar exceto quando hipocalemia ( K < 3,3 mEq/L ) e hipotensão arterial que deve aguardar hidratação e reposição de potássio para iniciar insulina, insulina faz potássio sair do extra para o intra celular e a própria diurese faz a espoliação de potássio podendo levar o paciente para um estado de hipocalemia.. Em relação a insulinoterapia ela deve ser feita junto com a hidratação, com bomba de infusão continua endovenosa com dose inicial de 0,1 U/KG de insulina em bolus e depois em infusão de bomba em 0,1 U/kg/hora. Outra opção é infusão continua de 0,14 U/KG/hora sem bolus inicial. Pode preparar 50 unidade de insulina em 250 ml de solução fisiológica assim 5 ml corresponde a 1 U de insulina, desprezando 50 ml da solução pois a insulina é adsorvida no plástico. Outra opção é insulina regular IM ou subcutânea com bolo inicial 0,4 U/Kg, metade em bolus EB e metade via IM ou SC e depois mantes 0,1 U/Kg/hora IM ou SC com queda da glicemia de 50-70 mg/dl/hora. A bomba de infusão deve ser desligada quando 2 de 3 critérios presentes: pH >7,3 aníon gap < ou = 12 bicarbonato > ou = 15 Geralmente prefere o uso de insulina regular em vez dos análogos de insulina de ação rápida simplesmente devido ao custo mais baixo. A insulina de ação prolongada como glargina e determir ou de ação intermediária NPH é administrada após a recuperação da cetoacidose para garantir a insulina adequada disponível após a descontinuação da insulina IV. A terapia com insulina reduz a glicose sérica com diminuição da produção de glicose hepática e diminui a produção de cetona reduzindo a lipólise e a secreção de glucagon. Para desligar deve esperar 1 hora da ação da primeira dose de insulina regular SC e prosseguir com insulina SC conforme glicemia a cada 4/4H. calcula a dose de insulina de longa duração com as doses de insulina nas ultimas 24 horas e 2/3 dessa dose total. Reposição de potássio – caso potássio < 3,3 mEq/L deve repor 25 mEq de potássio em 1 L de solução de NaCl 0,9 % e repetir dosagem de potássio. ( insulinoterapia somente se K>3,3 mEq/L). K entre 3,3-5 mEq/L, repor 25 mEq de K a cada litro de solução de hidratação e dosar K a cada 2-4 horas. Reposição de bicarbonato – indicada só em pacientes com pH < 6,9 com reposição de 100 mEq de bicarbonato em 2 horas com coleta de gasometria após 1-2 horas. Risco de edema cerebral em crianças com CAD, deve se considerar muito seu uso antes da administração. Reposição de fósforo – só indicada se : disfunção cardíaca grave e arritmias, fraqueza muscular e insuficiência respiratória, rabdomiólise e anemia significante e concentração sérica < 1,0 mEq/L. reposição com 25 mEq de fosfato de potássio. Sistema de duas bolsas É uma maneira custo efetiva flexível para a fluidoterapia no tratamento da CAD com administração simultânea de duas bolsas com diferentes concentrações de dextrose conectadas por uma conexão em Y sendo uma com SF e 40 mEq / L de KCL se reposição indicada e a segunda bolsa com SG10%e 40 mEq/L sendo ofertada de 0% a 10% de dextrose. Monitoramento A glicose sérica deve ser medida a cada 1 hora até que esteja estável, os eletrólitos, ureia, creatinina e pH devem ser medidos de 2-4 horas, e deve estimar a osmolaridade plasmática a partir de concentração de sódio e glicose: Posm efetiva = (2 x Na mEq/L ) + (glicose mg/dl / 1*) Quando disponível usar medidores de cetona a beira leito que medem o beta hidroxibutirato no sangue capilar, uma alternativa é medição de eletrólitos e hiato aniônico para monitorar resposta ao tratamento. Hiato aniônico = Na – ( Cl + HCO3) Busca como resolução do quadro de hiperglicemia: Hiato aniônico sérico normal < 12 mEq/l L e níveis de beta hidroxibutirato Pacientes com EHH em aleta e osmolaridade plasmática < 315 mOsmol/Kg Paciente capaz de comer Complicações A hipoglicemia é a principal complicação do tratamento da cetoacidose, necessitando verificar a glicemia capilar de hora em hora até corrigir a cetoacidose diabética. Edema cerebral é comum em crianças decorrente do uso de soluções hipotônicas para hidratação do paciente. Síndrome do desconforto respiratório do adulto pode ocorrer decorrente do uso de soluções cristaloides. Tromboembolismo complicação frequente em pacientes com estado hipersmolar mas rara em cetoacidose diabética. Por ocorrer distensão gástrica devido a neuropatia autonômica. Durante a cetoacidose pode alterar o metabolismo do ferro levando a complicação mucormicose que é uma infecção fúngica comumente nos seios da face. Todos os pacientes com CAD e EHH devem ser internados, sendo as indicações para internação em UTI: Desconforto respiratório agudo Acidose com pH < 6,9 Choque cardiogênico Edema cerebral principalmente em crianças com manifestações de cefaleia, letargia e pode ter convulsões, incontinência, bradicardia e alterações pupilares ( trata com manitol ou solução salina hipertônica que aumenta a osmolaridade plasmática e move a agua para fora das células cerebrais). Fluxogramas Hipoglicemia Definida pela tríade de Whipple : Glicemia < 45 mg/dl sendo que em diabéticos considerar pontos de corte maiores (75 mg.dl) Sintomas adrenérgicos como palpitação, tremor, sudorese, parestesia, fome, ansiedade e taquicardia ou neuroglicopênicos como cefaleia, tontura, ataxia, astenia, dificuldade de concentração, lentificação, irritabilidade, confusão mental, distúrbios do comportamento, déficits neurológicos focais, sonolência, convulsões e coma. Resolução dos sintomas com a correção da hipoglicemia. A hipoglicemia é o fator limitante no manejo glicêmico de pacientes do DM1. A hipoglicemia é resultado da interação do excesso absoluto ou relativo de insulina e das defesas fisiológicas comportamentais comprometidas contra queda das concentrações de glicose no plasma que expõe o indivíduo a danos. Tem como valores de alerta o nível de glicose < ou = a 70 mg/dl em pacientes diabéticos, hipoglicemia bioquímica clinicamente importante com nível de glicose < 54 mg/dl. Fatores de risco Os fatores de risco para hipoglicemia incluem: Insuficiência autonômica associada a hipoglicemia Maior duração do diabetes Idosos Níveis baixos de glicemia por medicamentos Horário irregular das refeiçõesHistoria de hipoglicemia grave recente Exercício Ingestão de álcool Doença renal crônica Desnutrição com depleção de glicogênio Abordagem para reduzir o risco de hipoglicemia: Avaliação dos níveis baixos de glicemia, episódios de sintomas consistente com hipoglicemia, regime de insulina ajustado com base nos padrões de glicose, educação e capacitação do paciente, metas glicêmicas individualizados, orientação profissional e suporte. Etiologia e fisiopatologia Os mecanismos que previnem a hipoglicemia são em ordem: Diminuição da secreção de insulina com níveis de glicose no limite inferior Aumento da secreção de glucagon Aumento da secreção de adrenalina As hipoglicemias podem ser: Hipoglicemia em jejum secundária a doenças orgânicas manifestada primordialmente com sintomas neuroglicopênicos Hipoglicemia pós prandial normalmente ocorre por distúrbios funcionais que provocam sintomas autonômicos Em DM a hipoglicemia esta associada a fatores como: Doses altas de insulina, Atraso ou perda das refeições Falta de compensação de carboidratos antes de atividade física Ingestão de álcool Insuficiência renal Sintomas A hipoglicemia causa sintomas neurogênicos autonômicos e neuroglipênicos, incluem tremor, palpitações e ansiedade, excitação mediada por catecolaminas e adrenérgicos, sudorese, fome e parestesias mediado por acetilcolina e colinérgicos. Outros sintomas são tontura, fraqueza, sonolência, delírio, confusão e em concentrações mais baixas de glicose plasmática convulsão e coma. Os sintomas costumam aparecer com níveis < 65mg/dl de glicose A história clínica, achados físicos e medicações utilizadas pelo paciente podem ajudar no diagnostico etiológico. Pacientes com doença psiquiátrica deve ter hipótese de hipoglicemia factícia. Medicamentos como quinino e intoxicação aguda por salicilatos podem causas hipoglicemia. Exames complementares Em pacientes não diabéticos na investigação geralmente necessita incluir função hepática e renal, eletrólitos, cortisol, peptídeo C e insulina, em pacientes com suspeita de insulinoma pode realizar o teste de jejum prolongada, deve colher insulina e peptídeo C. Na suspeita de hipoglicemia factícia a dosagem de sulfoniluréia pode descartar hipoglicemia por uso de hipoglicemiantes. A hipoglicemia secundaria a insulina exógena cursa com peptídeo C. Diagnóstico diferencial Os diagnósticos diferenciais podem ser divididas em associadas ao jejum ou pós prandiais. Como pós prandiais temos: Álcool que causa uma hipoglicemia por inibição da neoglicogenese por reduzir a resposta contrareguladora, inibe a captação de precursores da neoglicogenese pelo hepatócito. Hipoglicemia hiperinsulinêmica pancreatógenea não insulinoma cursa com hipoglicemia depois de uma refeição, com hipertrofia das ilhotas. Após cirurgia bariátrica em Y de Roux ;e descrita hipoglicemia por mecanismo semelhante. Hipoglicemia funcional usualmente associada a depressão, e ansiedade com sintomas com glicemia >50 mg/dl. Diabetes melitus com diabetes oculto Alterações funcionais de esvaziamento gástricos em cirurgias gástricas. Erros inatos do metabolismo Nas hipoglicemias de jejum: Medicamentos como sulfoniluréias e outros. Glicogenoses doenças do armazenamento do glicogênio por defeito enzimático. Insuficiência adrenal principalmente na secundaria Feocromocitoma com grande consumo de glicose associado a hipertensão e sintomas adrenérgicos Hipoglicemia factícia em pacientes com doenças psiquiátricas Insulinomas com hipoglicemia, níveis elevados de insulina peptídeo C e pró insulina Tratamento Deve infundir 15 a 20 g de glicose considerando até 50 g de glicose a 50 %. Pode utilizar glucagon IM 1 a 2 mg, alimentação com carboidratos ou glicose via oral. Em pacientes desnutridos hepatopatas ou etilistas deve prescrever tiamina junto com glicose para prevenir encefalopatia de wernicke-Korsakoff com dose de 100 a 300 mg de tiamina IV ou IM junto com a glicose. Indicações de internação, terapia intensiva e seguimento Pacientes diabéticos com alto risco de desenvolver hipoglicemia devem ser observados por 12 a 24 horas com glicemia capilar de 1/1 hora e regime de insulina ou medicações ajustados.
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