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SEMIOLOGIA DO ADULTO PARTE 2

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1 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
Semiologia do adulto 
P2- 2021/1 Maria Rita Duarte Agrellos Neves 
SEMIOLOGIA DO ABDOME 
 
DOR VISCERAL: 
Ocorre quando órgãos abdominais ocos, 
como intestino e árvore biliar, 
contraem-se de forma extremamente 
vigorosa ou são distendidos ou 
esticados. 
• Órgãos sólidos como o fígado, também 
podem causar dor em caso de 
estiramento da cápsula. (a dor no fígado 
vai vir por ex. se estou por exemplo com uma 
hepatite, estou com uma insuficiência cardíaca 
que está gerando uma hepatomegalia 
congestiva e isso causa dor, porque teremos 
estiramento da cápsula que envolve o fígado) 
 • A isquemia estimula as fibras de dor visceral. (a isquemia desses órgãos, a cápsula do fígado, ao ter 
isquemia ocorre estiramento das fibras e ocorre a dor visceral) 
 • Características: corrosão, queimação, cólica ou ser vaga e imprecisa. Quando intensa associa-
se a sudorese, palidez, náuseas, vômitos e inquietação. 
 
DOR PARIETAL: 
Origina-se de inflamação 
no peritônio parietal. 
• A sensação álgica é 
constante e vaga, 
geralmente mais intensa 
que a dor visceral, e uma 
correspondência de 
localização mais precisa 
sobre a estrutura 
envolvida, o paciente 
costuma saber onde está 
doendo. 
•. Esse tipo de dor é agravado pelos movimentos ou tosse. 
 •. Os pacientes preferem ficar, em geral, deitados e imóveis. 
 
2 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
DOR VISCERAL X DOR PARIETAL: 
A DOR VICERAL PERIUMBILICAL pode implicar a fase inicial da apendicite aguda, por distensão 
do apêndice inflamado. Ocorre transição gradual para DOR PARIETAL no quadrante inferior 
direito do abdome, secundário a inflamação do peritônio parietal adjacente. 
Início a dor da apendicite começa como dor visceral Peri umbilical (apêndice inflamou e distendeu= 
dor). Ai a dor vai virar parietal, vai ir para o quadrante inferior do abdome, pois vi ter relação com 
o peritônio. 
DOR REFERIDA: 
É percebida em locais mais distantes, que são inervados aproximadamente pelos mesmos níveis 
espinais que as estruturas acometidas. Aparece, com frequência, quando a dor inicial torna-se 
mais intensa, parecendo irradiar-se ou disseminar-se a partir do seu ponto de origem. Ela pode 
ser sentida superficial ou profundamente, mas em geral é bem localizada. Dor de origem duodenal 
ou pancreática pode ser referida para o dorso; dor originada nas vias biliares pode ser referida 
para ombro direito ou a região posterior direita do tórax. 
 Dor proveniente do tórax, da coluna vertebral ou da pelve também pode ser referida para o 
abdome, um fato que complica a avaliação do quadro álgico abdominal. 
 Dor da pleurisia ou do infarto agudo da parede inferior do miocárdio pode ser referida para 
região epigástrica. 
 
 
ANAMNESE: 
 Dor: aguda ou crônica, cronologia, local, irradiação, por quanto tempo .... 
 Odinofagia: dor que surge com a ingestão de alimentos 
 Pirose: azia, queimação retroesternal-> DRGE, em algumas situações pode ser confundida 
com dor de infarto 
 Regurgitação: a volta do alimento ou secreções contidas no esôfago ou estômago à cavidade 
oral, sem náusea ou participação dos músculos abdominais 
 Disfagia: dificuldade para deglutição 
 
3 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
-Avaliar a progressão da disfagia (progressiva X intermitente) 
-Tempo de evolução 
✓ Bucofaríngea, alta ou de transferência-> 1ª e 2ª fase da deglutição - O alimento permanece no 
todo ou parte na cavidade bucal após tentativa de deglutição, podendo haver aspiração para árvore 
brônquica, seguida de tosse, ou regurgitação nasal. A pessoa consegue mastigar, mas o alimento permanece 
na cavidade bucal, pc não consegue engolir e esse paciente pode acabar fazendo bronco aspiração, regurgitar no nariz. 
Pode estar relacionado à inflamações, presença de pus em excesso, adenomegalia, divertículo de zenker (pode ficar 
tão cheio que comprime esôfago e dificulta passagem do alimento, distrofias musculares, miopatias, tudo que a pessoa 
perde a capacidade de fazer o controle da mastigação e deglutição também pode gerar. 
✓ Esofágica, baixa ou de transporte-> 3ª fase da deglutição - Sensação de parada de bolo alimentar 
no esôfago - Obstrução de natureza orgânica ou alterações motoras, mastiga=>engole=>:parada 
do bolo alimentar no meio do esôfago. 
 Eructação: consequência da ingestão se maior quantidade de ar durante as refeições ou em 
situações de ansiedade –arroto 
 Soluço: Contrações clônicas do diafragma 
 Sialorreia ou ptialismo: produção excessiva de secreção salivar. Comum m pacientes 
psiquiátricos, bebes recém-nascidos 
 Hematêmese: vômitos com sangue e caracteriza hemorragia digestiva alta. 
 Febre 
 Perda de peso- em quanto tempo? Quantos quilos? 
 Anemia 
 Edema 
 Disenteria: diarréia acompanhada de cólicas intensas, fezes são mucosanguinolentas. Pode 
ocorrer tenesmo ao final da evacuação. 
 Mudança do ritmo intestinal- perguntar como são as fezes, as aspecto, frequência... 
 Obstipação intestinal 
 Esteatorreia- aumento de gordura nas fezes, comum em remédio para emagrecimento. 
 Sangramento anal 
 Icterícia 
 Ascite 
 Hérnias 
 Náuseas e vômitos 
 Dispepsia: qualquer dor ou desconforto na parte alta do abdome 
 Diarréia: aumento do teor líquido das fezes, frequentemente associado ao aumento do 
número das evacuações e do volume fecal em 24h. 
 Esteatorréia: aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes. 
DIVISÃO DO ABDOME: 
Divisão em 4 regiões: 
• Quadrantes superiores direito e esquerdo 
• Quadrantes inferiores direito e esquerdo 
 
4 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
Divisão em 9 regiões: 
1- Hipocôndrios direito 
2- Região epigástrica 
3- Hipocôndrios esquerdo 
4- Flancos direito 
5- Região mesogástrica ou umbilical 
6- Flancos esquerdo 
7- Fossas ilíacas direita 
8- Região hipogástrica 
9- Fossas ilíacas esquerda 
 
INSPEÇÃO DO ABDOME 
 Forma: 
 ✓ Plano ✓ Globoso (barriga grande, ascite) ✓ Escavado( costelas aparentes) 
 ✓ Simetria ✓ Abaulamentos ✓ Retrações ✓ Lesões 
✓ Cicatrizes ✓ Cicatriz umbilical ✓ Ondas peristálticas ✓ Circulação colateral 
Paciente com colostomia, verificar o entorno da bolsa para ver se não há inflamações. 
-Pode ser dividida em estática e dinâmica. O médico se posiciona ao lado DIREITO do paciente, 
inicialmente o observa em decúbito dorsal e o observa para ver se há alteração –estática. 
Dinâmica tem que pedir para o paciente fazer manobras que sejam capazes de contrair a 
musculatura abdominal: 
 Manobra de valsalva: onde o médico pede que o pc coloque a mão direita na boca e soprar fortemente 
e assim verificamos a contração da musculatura e se verifica presença ou não de abaulamentos e hérnias. 
 Pedir para o paciente fletir o dorso sob o abdome e (elevar a cabeça e região superior como um abdominal) 
e nessa posição o abdome se contrai e podemos verificar a presença ou não de hérnias, tumorações ou 
de alguma alteração na parede abdominal. 
AUSCULTA DO ABDOME: não podemos palpar antes da ausculta pois, a palpação pode gerar 
irritação na região abdominal e isso pode causar mudança nos sons. 
 Avaliar a motilidade intestinal através da frequência dos ruídos hidroaéreos. CONTA 
QUANTOS RUÍDOS TEM EM UM MINUTO. 
 Auscultar os vasos abdominais a procura de sopros. Identificar borbolejos e estalidos 
 
5 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Normal entre 5 a 34 por minutos 
 Avaliar os 4 quadrantes. 
 Se temos um íleo paralítico não vamos ouvir nada alí ou ouviremos um ruído bem diferente, ou se tenho 
pc com diarreia, contamos muitas incursões por minutos 
PERCUSSÃO DO ABDOME: Procuraremos no abdome alguma massa, faremos a hepatimetria (delimitar fígado, 
tamanho, se está flácido) e procurar ascite. Assim, por ex. em uma abdome globoso, ver se é ascite, verificação. 
 Sons 
✓ Timpânicos: PRESENTE NO ABDOME NORMAL AO PERCUTR AS ALÇAS INTESTINAIS 
 ✓ Hipertimpânico: Distensão abdominal com acúmulo de gases (depois de comer feijão, batata-doce)✓ Maciços: acumulo de liquido (ascite) ou massa sólida - ASCITE: liquido possui mobilidade, se desloca com a 
gravidade. - SOLIDO: Fixa em uma estrutura 
TESTE DA MACICEZ MOVEL: Paciente em decúbito dorsal, observa-se macicez nas regiões mais 
inferiores do abdome e timpanismo fisiológico na região mesogástrica (o líquido tende a seguir a 
gravidade e tende a ir para as extremidades). Ao se identificar a macicez em decúbito dorsal, 
coloque o paciente em decúbito lateral e percuta novamente o mesmo local. Se a macicez der lugar 
a um timpanismo, significa que esse conteúdo possui mobilidade e por isso se deslocou, 
permitindo esse timpanismo. Sendo assim... Favorece o diagnóstico de ascite. 
TESTE DE PIPAROTE OU DA ONDA LÍQUIDA: Solicitar que o paciente coloque a mão medialmente 
na região mesogástrica enquanto o examinador realiza um impacto nos flancos e tentará sentir a 
propagação do impacto no outro flanco. A mão pressionada impede que a onda seja propagada 
pelo tecido adiposo mais superficial. A onda só sera transmistida se houver uma quantidade 
moderada de líquido ascético no conteúdo abdominal. 
Hepatimetria: Começamos fazendo a percussão desde a região do mamilo e começamos ouvindo o som claro 
pulmonar e ao chegar na borda do fígado temos um som submaciço e já entra o maciço e assim conseguimos verificar 
o tamanho do fígado, pois quando acaba o fígado ele fica submaciço e timpânico. Temos que medir. De 10-12 cm é 
normal. Acima de 12 está aumentado (pode ser por hepatite, congestão) e pequeno, hipertrófico por ex. em casos de 
cirrose. 
É um exame que irá auxiliar o médico a delimitar o tamanho do fígado usando de antemão a percussão, depois de 
limitar as bordas hepáticas inferiores realiza-se a palpação. 
 ✓ Tamanho 
 ✓ Distância 
 ✓ Ajuda a localizar o fígado para a palpação 
Esplênica 
 ✓ Espaço de traube: (6°, 7°,8° e 9° espaços intercostais), som timpânico, limitado pela linha axilar 
anterior e a média. 
Avaliamos o baço pela percussão, esperamos que todos tenham um traube livre (região Peri baço) e fica som 
timpânico, se baço cresce ali não fica mais timpânico. 
Importe: identificar a presença de liquido, massas sólidas, aumento de ar nas alças intestinais. 
 
6 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
TESTE DA MACICEZ MOVEL: Paciente em decúbito dorsal, observa-se maciez nas regiões mais 
inferiores do abdome e timpanismo fisiológico na região mesogástrica (o líquido tende a seguir a 
gravidade e tende a ir para as extremidades). Ao se identificar a macicez em decúbito dorsal, 
coloque o paciente em decúbito lateral e percuta novamente o mesmo local. Se a macicez der lugar 
a um timpanismo, significa que esse conteúdo possui mobilidade e por isso se deslocou, 
permitindo esse timpanismo (líquido desloca). Sendo assim... Favorece o diagnóstico de ascite. 
Macicez anda, porque o líquido se move. 
TESTE DE PIPAROTE OU DA ONDA LÍQUIDA: Solicitar que o paciente coloque a mão medialmente 
na região mesogástrica enquanto o examinador realiza um impacto nos flancos e tentará sentir a 
propagação do impacto no outro flanco. A mão pressionada impede que a onda seja propagada 
pelo tecido adiposo mais superficial. A onda só sera transmistida se houver uma quantidade 
moderada de líquido ascético no conteúdo abdominal. Logo, se for onda de líquido a onda será 
sentida do outro lado. Assim é piparote positivo A mão presente no meio impede a propagação do 
da onda pela gordura, retirando esse viés. 
 Obs: semicírculo de escoda é aquele líquido que vai ficar na região da transição que o líquido 
ascitico vai ficar na região lateral do abdome com a parte central que não vai ficar com tanto 
líquido ou vai ficar sem líquido no momento que está deitado em decúbito dorsal. + 10 O rechaço 
é bem simples, você afunda a mão pp na região do fígado. Quando tem um aumento da pressão 
intra-abdominal pela presença de líquido ascitico, o líquido empurra sua mão pra fora fazendo 
como se fosse uma pressão. 
Sons: 
 ✓ Timpânicos 
 ✓ Hipertimpânico: Distensão abdominal com acúmulo de gases 
✓ Maciços: acumulo de liquido (ascite) ou massa sólida - ASCITE: liquido possui mobilidade, se 
desloca com a gravidade. - SOLIDO: Fixa em uma estrutura 
DICAS: 
 Peça para o paciente apontar para o local da dor 
 Realizar pequena flexão das pernas do paciente para reduzir a tensão 
 Evite movimentos bruscos 
 Distraia o paciente enquanto você realiza o exame 
 Unhas cortadas 
 Aquecer as mãos 
 Sempre explicar ao paciente o que será feito com ele, todos os procedimentos. 
 
7 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Obs: tem pessoas que tem tensão abdominal maior (por ex. gente que faz muita musculação) 
e assim o que facilita é pedir para o pc deitar e colocar os braços para baixo e dobrar um 
pouquinho a perna para deixar abdome mais molinho 
PALPAÇÃO ABDOMINAL: 
Avalia o estado da parede abdominal, reconhece as condições anatômicas das vísceras e detecta 
possíveis anormalidades, além de verificar a sensibilidade abdominal. 
Realizar em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada em travesseiro baixo, com braços e pernas 
estendidos e músculos abdominais relaxados. 
 Divide-se em superficial e profunda, pode ser realizada com uma só mão ou com ambas as mãos 
(palpação bimanual). 
 A mão espalmada será colocada sobre a parede anterior do abdome, com os dedos em ligeira 
flexão, os quais se movimentam à medida que se aprofunda a palpação. 
 O paciente deverá respirar calmamente, aproveitando-se a fase expiratória, em que se reduz a 
tensão abdominal, para a palpação profunda. 
 Inicia-se a palpação pela avaliação da tensão da parede abdominal. 
 Com as pontas dos dedos, produzem-se dois a três abalos em cada local, percorrendo-se 
todas as regiões da parede abdominal de maneira ordenada. 
 Em condições normais, a tensão abdominal é ligeiramente maior no centro do que nos 
flancos, em razão dos músculos retos abdominais, e, no andar inferior, em relação á região 
epigástrica. 
 A tensão abdominal aumenta com a inspiração e diminui com a expiração. É maior nos 
jovens que praticam esporte, nos obesos, e reduzida nas crianças, nos idosos, nas 
multíparas e nos pacientes desnutridos. 
 
 PALPAÇÃO SUPERFICIAL: exame das estruturas da parede e das vísceras que estão em 
contato com a mesma. Faz com as polpas digitais ou com as duas mão em movimentos 
circulares. 
✓ Avalia alterações das próprias da pele e do tecido celular subcutâneo 
 ✓ Avalia a sensibilidade, temperatura, espessura e continuidade da parede abdominal 
✓ Ambas as mãos, mão única ou dedos espalmados - Conferir com leveza todos os quadrantes - 
Palpar o ponto doloroso por último - Realizar a palpação no sentido horário 
SEMPRE DEIXAR O LOCAL DOLOROSO PARA DEPOIS 
DEFESA ABDOMINAL: aumento patológico da tensão abdominal -> reflexo vísceromotor, que leva 
a um estado de contração tônica dos músculos parietais. COMUM EM SITUAÇÕES DE um 
processo inflamatório, infeccioso, o abdome faz uma contratura como forma de defesa, como forma 
de proteção desse processo inflamatório. E temos tanto generalizada quanto localizada 
✓ GENERALIZADA: abdome em tábua (ABDOME RÍGIDO EM SUA TOTALIDADE). É encontrado 
nas perfurações das vísceras ocas, sobretudo na úlcera péptica perfurada em peritônio livre, e nas 
peritonites agudas difusas. Por ex. em acidente por arma branca onde ocorra perfuração dessa região) 
✓ LOCALIZADA: acompanha processos inflamatórios viscerais, que comprometem o peritônio 
parietal. Situa-se na área de projeção topográfica do órgão sede da lesão, tais como fossa ilíaca 
 
8 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
direita na apendicite aguda, fossa ilíaca esquerda na peridiverticulite, flanco direito na colecistite 
aguda. Tem a intenção de tentar conter processos inflamatórios. O local inflamado encontra-se 
mais rígido que o resto. 
AUMENTO DA TENSÃO ABDOMINAL: independe do tônus muscular e resulta de aumento da 
pressão intra-abdominal, como na ascite, distensão gasosa de alçasintestinais, ou crescimento 
de órgãos ou neoplasias intra-abdominais. 
É quando temos algo que causa aumento da pressão. Por ex. líquido ascitico, massa/tumores, 
distensão gasosa gerando obstrução intestinal. Esse aumento na pressão abdominal geral tensão 
e aumento da sensibilidade (pode ser por neuralgia, radiculopatia e isso conseguimos avaliar no 
exame superficial do abdome). Ter cuidado pois o pc consegue mentir 
• AUMENTO DA SENSIBILIDADE: manifesta-se sob a forma de dor ou hiperestesia cutânea - 
Desliza-se suavemente as pontas dos dedos ou um objeto pontiagudo sobre a pele 
✓ Irritação do próprio neurônio, como ocorre nas radiculoneuropatias, ou ocorrer em razão de um 
reflexo víscero-sensorial. 
Tranquilizar ou distrair o paciente 
 MANOBRA DE GALAMBOS: consiste em comprimir outra região do abdome, enquanto se palpa o 
local desejado. Isso é feito para verificar a veracidade da dor relatada pelo paciente. 
PONTOS DOLOROSOS: 
 •Epigástrico: metade da linha xifoumbilical e mostra-se muito sensível na úlcera péptica em 
atividade 
•cístico: ângulo formado pelo rebordo costal direito, coma borda externa do musculo reto 
abdominal -> desperta dpr nos processos inflamatórios da vesícula biliar. 
• Ponto apendicular: união do terço externo, com os dois terços internos da linha que une a 
espinha ilíaca anterossuperior à cicatriz umbilical -> a dor nesse ponto sugere apendicite aguda, 
especialmente quando há irritação peritoneal. 
 SINAL DE BLUMBERG: Compressão no ponto apendicular, seguida de descompressão brusca 
e dolorosa -> inflamação no peritônio. 
• Pontos uretrais: localizam-se na borda externa dos músculos reto abdominais em dois níveis: 
interseção com uma linha horizontal, que passa pela cicatriz umbilical, e outra que liga as duas 
espinhas ilíacas anterossuperiores-> cólica nefrética devido a migração do cálculo. 
 Edema restrito a uma determinada região é observado nos abscessos profundos, 
acompanhado de calor local. 
 Diástase: separação dos músculos reto abdominais mais frequentemente acima da cicatriz 
umbilical. Proeminência de fácil identificação no momento que o paciente ergue o tronco. 
Difere-se das hérnias pois não possuem saco herniário nem anel. 
PALPAÇÃO PROFUNDA: Investigam-se os órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais 
massas palpáveis. Sigmoide e ceco são órgãos fixos. 
Sempre observar fácies de dor, ter uma atenção maior sobre a área umbilical, pois é uma área 
comum de ter hérnias. 
• PALPÁVEL: borda inferior do fígado, o piloro, o ceco, o cólon transverso e cólon sigmoide, pólo 
inferior do rim direito, aorta e coluna vertebral. 
 
9 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 • NÃO PALPÁVEL: corpo e antro gástricos, duodeno, vesícula biliar, baço, as alças jejunoileais, o 
cólon ascendente, o cólon descendente, a bexiga, o útero, trompas e ovários.SE PALPAR ALGUM 
DESSES TEM ALGO ERRADO. 
TUMORES FANTASMAS: estruturas sem qualquer significado patológico. 
 ✓ Rim direito ptótico em grandes múltiparas, 
✓ O Rim ectópico 
 ✓ Promontório de pacientes com maior encurvamento da coluna lombar 
✓ O cólon sigmóide com fezes endurecidas 
 ✓ Bexiga com retenção urinária, simulando cisto de ovário 
PALPAÇÃO HEPÁTICA: SUA INTENÇÃO É DELIMITAR E VERIFICAR AS BORDAS. Tentar 
verificar a vesícula, ver se etá dolorido 
Limite inferior: a borda hepática costuma ser palpada a cerca de 1 a 2 cm do rebordo costal direito, 
na linha hemiclavicular, e a 5 a 8 cm do apêndice xifóide, na linha mediana (pode ser até 5 dedos 
em pessoas hipoastênicas magras, portadores de derrames pleurais à direita ou de enfisema 
pulmonar acentuado); 
 ✓ Superfície hepática: macio e liso; 
✓ Borda: fina; 
 ✓ Sensibilidade: pouco doloroso. 
✓ Método de Lemos Torres: mão esquerda sobre a região lombar, apoiando as duas últimas 
costelas, traciona-se o fígado para frente, com mão direta tenta-se palpar a borda hepática na 
inspiração profunda, com as falanges distais do indicador e médio. 
 ✓ Manobra do rechaço - a ascite volumosa: Imprimir pequenos golpes na parede anterior com a 
mão direita 
 
 Método de Mathieu: o examinador posiciona-se à direta do tórax do paciente com as costas 
voltadas para seu rosto. Com as mão paralelas sobre o hipocôndrio direito e as extremidades 
dos dedos fletidos, formando garras, tentando palpar o fígado na inspiração. 
 
10 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
• Método da pinça: com a mão esquerda sobre o ângulo 
costolombar direito, ficando o polegar na face anterior 
do abdome de modo a formar uma pinça. Tenta-se 
palpar a borda hepática na inspiração. 
 
 
 
 
 
PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR: Normalmente não palpável; 
 • Pode-se percebê-la quando é sede de carcinoma, ou quando distendida em consequência de 
colecistite ou obstrução biliar por carcinoma pancreático (Sinal de Couvoisier-Terrier); 
• Mesmas manobras utilizadas para palpação do fígado. 
Sinal de Murphy: colecistite aguda- comum ter. na inspiração profunda do paciente ele terá 
uma interrupção dessa respiração por conta da dor. 
PALPAÇÃO DO BAÇO: 
O baço pode ser palpado quando atinge 2x ou 3x seu tamanho habitual; 
•. Em crianças menores saudáveis é possível palpar em 5% a 10% dos casos; 
 • Classificação em pequeno, médio e grande ou Boyd I a IV; 
• Palpável, Boyd I (sob a reborda costal esquerda), II (entre reborda costal e cicatriz umbilical), III 
(ao nível da cicatriz) ou IV (abaixo da cicatriz). 
• TÉCNICA: O examinador a direita do paciente, traciona com a mão esquerda a face póstero-
lateral e inferior do gradil costal, deslocandoa em sentido anterior. Com a mão direita abaixo da 
margem costal esquerda, comprime em direção ao hipocôndrio esquerdo, tentando perceber o baço 
na inspiração profunda. 
 
11 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 •. Na posição de Shuster, posição intermediária entre decúbito lateral direito e o dorsal, faz-se o 
mesmo procedimento anterior. 
• Consistência e sensibilidade; 
• Mole e doloroso: estados infecciosos agudos; 
• Duro e pouco doloroso: esplenomegalias esclerocongestivas, como na esquistossomose mansoni 
e cirrose hepática; 
 • Duro e irregular: leucemias crônicas e linfomas; 
 • Percussão do baço no espaço de Traube (entre a 9ª e a 11ª costelas esquerdas) – normalmente 
não percutível – Esplenomegalia 
 
PALPAÇÃO DO PÂCREAS: 
Normalmente não palpável; 
 • Consistência macia; 
• Afecções inflamatórias ou neoplásicas: massa dolorosa na região epigástrica; 
 • Pancreatite aguda: dor pode dificultar a palpação; 
• Neoplasia: bem delimitada, superfície irregular e fixa, dolorosa a compressão. 
PALPAÇÃO DE VÍSCERAS OCAS: avaliar localização, se está tendo alguma formação naquela 
víscera, se há dor, lesão... 
 Observar: evolução, localização, tamanho, forma, bordas, superfície, consistência, 
mobilidade, motilidade espontânea, sensibilidade, proturusão sobre a superfície, formação 
de seio ou fístula e exsudação 
 Realiza-se a palpação profunda deslizante; 
 Após atingir o plano posterior durante a expiração, executam-se movimentos de vai-vém, 
no sentido contrário ao maior eixo da víscera 
 Sigmóide ececo quase sempre são palpáveis. 
PALPAÇÃO ABDOMINAL: 
• Sinal de Giordano: dor na percussão, utilizando a borda lateral da mão, da região lombar. Sugere 
afecção inflamatória retroperitoneal; quando temos uma inflamação retroperitoneal, então é muito 
comum temos em pacientes com pielonefrite, abcesso Peri renal, algo que vai parecer que o rim 
aumente e a cápsula distenda e assim causa dor. Ao fazer sinal de Giordano começamos dando 
pequenas pancadinhas de leve e vai comparando bilateralmente até que causa uma dor tão 
importante que o paciente até pula, gera uma dor importante (Giordano positivo 
 
12 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
• Sinal de Jobert: timpanismo na área hepática – ar livre na cavidade peritoneal (atrofia hepática, 
interposição de alça intestinal, pneumoperitônio devido à perfuração de víscera oca); 
MANOBRAS ESPECIAIS: 
• Descompressãobrusca – Peritonite 
 • Descompressão brusca no ponto de Macburney - Blumberg positivo - Apendicite 
• Sinal de Rovising - Apendicite 
•Sinal de psoas (decúbito lateral esquerdo) – Apendicite 
 • Sinal de Murphy – Colecistite 
CANDIDÍASE BUCAL: 
 Infecção pela Candida albicans 
 Candidíase ou sapinho, causado pelo desequilíbrio da flora bucal para produzir condições 
favoráveis ao seu crescimento e à invasão dos tecidos. 
 Ocorre nos extremos da vida ou em pacientes debilitados 
 Causas predisponentes: etilismo, leucemia, diabetes, uso de antimicrobianos, sulfas, 
corticoides em altas doses por via oral, hipovitaminose B, gravidez, anemia, desnutrição e 
AIDS. 
 Ela costuma ser secundária a um comprometimento imunológico do pc (pc desnutrido, com 
alguma patologia que comprometa a parte imunológica, um ca, HIV). Se for muito 
imunocomprometido não faz só o oral, faz por ex. no esôfago também. Muitas vezes esse 
pc começa emagrecendo não conseguindo engolir e faz endoscopia e está apresentando 
placas esbranquiçadas com fundo eritematoso. 
Sempre se trata-se de um pc imunocomprometido. 
 Quando é oral ele chega com queixas dizendo que está com dor para mastigar, placas 
esbranquiçadas na boca. Tem pacientes que usam bombinha para asma com corticoide, temos 
sempre que lembrar de alertar esses pacientes que assim que usarem a bombinha tem que 
escovar os dentes, lavar a boca, bochecha e língua pois o corticoide abaixa a imunidade 
localtambém e assim podendo facilitar uma predisposição a lesões por cândida. Ocorre nos 
extremos da vida ou em pacientes debilitados 
 Apresenta-se como placas brancas (pseudomembranas necróticas) múltiplas e ligeiramente 
elevadas, semelhante a “leite coalhado”. 
 As placas desprendem facilmente por raspagem, deixando um fundo vermelho sangrante e 
dolorido. 
 
13 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 QUADRO CLÍNICO: salivação abundante, halitose, gânglios enfartados, febre, anorexia, 
cefaléia e mal-estar- pode ter linfonodos regionais palpáveis. 
 Diagnóstico: clínico, citologia esfoliativa e biópsia geralmente é um diagnóstico clínico fácil, 
a avaliação da boca do paciente é muito importante. 
 
DESTÚRBIO DE REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO: Refluxo do conteúdo gástrico 
para o esôfago, ocasionando sintomas ou complicações. 
• CAUSAS: relaxamento transitório do esfíncter inferior do esôfago não associado a 
deglutição, hernia hiatal. 
Quando pessoa normal, que não tem essa doença deglute, o esfíncter esofagiano inferior abre, 
relaxa espontaneamente pois o alimento precisa passar por ali. Porém, na pessoa que tem essa 
doença, o esfíncter já é relaxado e assim pode ocorrer alimento retornar, o que chamamos de 
regurgitação 
HÉRNIAS POR: 
 Deslizamento: mais 
comum. A junção 
esofagogástrica se desloca para 
cima do hiato. 
 Paraesofágica: bolsa 
herniaria é formada pelo fundo 
do estômago, que se insinua 
entre o esôfago abdominal e a 
borda esquerda do hiato. 
 Mista: A junção esofagogástrica se desloca para o tórax e observa-se, ao mesmo tempo, uma 
bolsa paraesogágica 
Outras causas de refluxo: 
 Hipotonia do esfíncter inferior do esôfago 
 Esclerose sistêmica progressiva 
 Aumento da pressão intra-abdominal, como ocorre na gravidez, ascite e com uso de cintas 
ortopédicas- (aumenta pressão intra-abdominal e tem dificuldade de relaxamento do esfíncter que vai fazer 
o conteúdo gástrico subir) 
 Hipersecreção e estase gástrica- (pacientes que tem neuropatia diabética que vai fazer estase gástrica, 
essa parte toda de neuropatias onde não temos o funcionamento correto do estomago, do intestino e assim, 
fica com estase gástrica e o alimento retorna/ paciente também internado, faz muita estase gástrica e o 
alimento pode retornar 
 
14 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Intubação nasogástrica prolongada 
 Intervenções sobre a transição esofagogástrica 
 Hiperêmese 
SINTOMAS: 
 Pirose- mais frequentes após as refeições e à noite, com o paciente deitado. Típico de 
paciente que come e deita. 
 Dor torácica- mais frequentes após as refeições e à noite, com o paciente deitado 
 Disfagia - ocorre principalmente com alimentos sólidos, episódica e de leve intensidade, não 
impedindo o paciente de alimenta-se. 
 Odinofagia-: resulta da hipersensibilidade da mucosa esofágica inflamada ou de contrações 
espasmódicas da musculatura 
 Tosse -diagnóstico diferencial para tosse crônica, você pensa em asma e tem que descartar também a doença 
do refluxo. Na asma e no refluxo a tosse aumenta quando se deita) 
 Eructações 
 Regurgitação 
 Sialose 
 Náuseas 
 Anemia 
 Hemorragia crônica 
 Eructação e regurgitação 
 Quadro atípico: confunde-se com a dor da insuficiência coronariana 
CÂNCER DE ESÓFAGO: 
• Sexta maior causa de morte por câncer no mundo, com 286mil óbitos a cada ano. 
• Carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma representam 90% das neoplasias esofágicas. 
• Mais frequente no sexo masculino e sua incidência aumenta com a idade. Quanto mais 
idoso o paciente for, maior será a incidência de ele desenvolver. 
• Diagnóstico precoce é muito importante e difícil e quando os sintomas se manifestam o 
paciente já se enquadra em uma fase avançada da doença. Qualquer sinal aparente já 
significa estágio mais avançado. 
SINTOMAS: 
 Disfagia para sólido, isso ocorre devido à presença de uma lesão expansiva na região 
esofágica. 
 Leve odinofagia 
 Desconforto retroesternal, com a presença a lesão uma pressão pode ser gerada e ela lva a 
dor. 
 Sensação de corpo estranho no esôfago proximal 
 
15 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Dor epigástrica 
 Anorexia, sintomatologia muito importante o paciente vai deixando de comer aos poucos 
 Náuseas 
 Perda sanguínea- provoca anemia 
 Emagrecimento sem causa aparente 
FATORES DE RISCO: 
 Uso imoderado de tabaco e bebidas alcoolicas 
 Hábito de ingerir bebidas muito quentes 
 Obesidade 
 Esôfago de Barret, metaplasia da região 
 Fatores dietéticos 
 Estase alimentar, conteúdo ácido subindo 
 Aumento da concentração de nitritos 
 Contato permanente com derivados de petróleo 
 Ocorrência de lesões prévias da mucosa esofágica (esofagite péptica, megaesôfago, estenose 
cáustica) 
 Ingestão de alimentos que contém nitrito e nitrosaminas 
 Anemia perniciosa 
 Estado pós gastrectomia 
 Por um período o paciente será assintomático e quando seius sintomas aparecerem já será 
tarde demais, o quadro será grave com um ruim prognóstico. 
CÂNCER GÁSTRICO: 
• Incidência aumenta gradativamente com a idade, alcançando pico na 7ª década de vida, 
sendo raro em indivíduo antes dos 40 anos. 
• Principais tipos histológicos: adenocarcinoma, sarcoma e linfoma. 
• Fatores de risco: 
 H. pylori 
 História familiar positiva 
 Ingestão elevada de sal 
 Tabagismo 
 Alcoolismo 
 Pólipos adenomatosos 
 Baixa condição socioeconômico 
 Ingestão de alimentos que contem nitrito e nitrosaminas 
 
16 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Anemia perniciosa 
 Estado pós gastrectomia 
• Assintomático por um grande período 
• Quando sintomática, a neoplasia já se estendeu a camadas profundas da parede do 
estômago e metastatizou, tornando-se incurável. 
• QUADRO CLÍNICO: 
 Dispepsia simples 
 Saciedade precoce 
 Dor epigástrica 
 Vômitos 
 Perda de peso 
 Astenia 
 Anemia 
 Massa palpável no epigástrio 
TODA NEOPLASIA DO TGI CAUSA PERDA DE PESO RÁPIDA NO PACEINTE. 
GASTRITE EROSIVA: 
• Lesões erosivas, exsudativas e hemorrágicas, de gravidade e extensão variáveis, 
reconhecidas à endoscopia. 
• Associado à ingestão de medicamentos, bebidas alcoólicas, AINE, e a doenças sistêmicas 
graves. 
• Gravidade: leve, moderada e grave, laudado na endoscopia 
• QUADRO CLÍNICO: 
 Desconforto epigástrico ligeiro a intenso 
 Náuseas e vômitos 
• Complicação: Hemorragia digestiva alta (HDA) 
• Helicobacter pylori possui alta concentração de urease na membrana externa, que promovea alcalinização do meio pela clivagem de moléculas de ureia. 
• Adere ao epitélio gástrico causando infiltração de células infamatórias na mucosa e, 
consequentemente dano ao epitélio. 
• Elevam o risco de úlcera péptica, carcinoma gástrico e linfoma MALT (linfoma relacionado 
ao estômago) 
• DIAGNÓSTICO: 
 Fragmento da mucosa gástrica obtido pela EDA (biópsia na endoscopia) 
- Teste da uréase (pq a bactéria tem ureia que fica na sua membrana externa) 
 
17 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Cultura do H. pylori-> bastante sensível e tem especificidade absoluta, mas é trabalhosa, 
tem custo elevado e baixa disponibilidade 
 Teste respiratório: detecção de isótopo de carbono do ar expirado após a administração oral 
de ureia 
 Detecção de antígenos fecais 
 Os dois últimos são não invasivos. 
GASTRTE NÃO EROSIVA: 
• Definido pelo histopatológico, que revela a inflamação da mucosa gástrica 
• Classificado pela gravidade histológica: 
- Gastrite superficial ou atrófica 
- Atrofia gástrica 
• Classificado pela localização anatômica no estômago 
- Fundo e corpo 
- Antro 
• Sem etiologia específica 
• Esse tipo de não gastrite erosiva, pode se complicar com hemorragia digestiva alta. 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: 
Lesões do estômago e duodeno. 
MANIFESTAÇÕES: 
 Hematêmese 
 Melena, sangue nas fezes com uma cor parecendo de graxa , com um cheiro extremamente 
ruim, que é característico da melena. 
 Enterorragia 
 Sinais de hipovolemia 
 Anemia 
Alta grau de suspeição: pacientes em uso de AINE (uso abusivo), politraumatizados, queimados, e 
portadores de doenças sistêmicas graves. 
Alguns indivíduos perdem litros de sangue ao vomitar. 
CAUSAS: 
 Úlcera peptica 
 Varizes esofageanas, gera circulação colateral , um ex. são os pacientes cirróticos graves 
 Lesões superficiais da mucosa (gastrite, esofagite ou duodenite) 
 Lacerações da junção esofagogástrica (provocado pelo esforço do vômito) 
 Câncer gástrico (anemia e episódios de melena) 
 
18 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Exame complementar: Endoscopia digestiva alta (EDA)=> padrão ouro. 
APNDICITE: 
• Processo inflamatório agudo e purulento, decorrente da dificuldade de drenagem de 
conteúdo apendicular, com aumento do volume do apêndice, podendo ocasionar isquemia 
e inflamação. 
• Maior incidência em adolescentes e adultos jovens, de ambos os sexos. 
• Sempre ter atenção nos pacientes que chegam na emergência com queixa de dor abdominal. 
É um quadro muito comum, tem que ficar atento, porque o paciente pode entrar em quadro 
séptico, se o apêndice supurar fazendo uma peritonite importante. 
• QUADRO CLÍNICO: 
 Inicia com dor localizado na região epigástrica ou periumbilical de início súbito, 
acompanhado de náuseas e vômitos 
 Após algumas horas, a dor estaciona na fossa ilíaca direita, indicando comprometimento 
do peritônio periapendicular. Durante a palpação a região esta dura 
 Febre não elevada (37,5 a 38ºC) e pode não ocorrer em idoso 
 Dissociação entre temperatura retal e axilar pode ser maior que 0,5ºC 
PALPAÇÃO ABDOMINAL: 
• Ponto de McBurney: dor em fossa ilíaca direita, com hipersensibilidade e defesa muscular 
nessa região. Localizamos o ponto de McBurney, pegamos a crista ilíaca, o umbigo, dividimos em 3 e 
palpamos no 2/3 
• Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca, após compressão vagarosa (assusta o 
paciente). Aperta devagar e solta rápido isso vai doer muito no paciente que tem apendicite. 
• Sinal de Rowising: palpação profunda e ascendente do hemicólon esquerdo gerando dor na 
região da fossa ilíaca direita 
• Silencio abdominal- pode ocorrer a diminuição dos ruídos hidroaéreos. 
 
DIVERTÍCULOS: são pequenas bolsas saculares de formato arredondada ou espiculada, 
geralmente múltiplas, localizados na parede dos cólons e distribuídos em toda a sua extensão, 
porem com predomínio do lado esquerdo, principalmente no sigmóide. Surgimento está ligado ao 
aumento da pressão intracolônica, fazendo pulsão da mucosa de encontro á parede do cólon, 
geralmente em pontos considerados mais fracos, ou seja, na região entre as tênias. 
• Complicação: 
 Diverticulite e formação de abscessos -> abdome agudo 
 Perfuração, devido à fragilidade do tecido. 
 Fístulas na pele ou em vísceras adjacentes (+ comum na bexiga) ou seja, se liga à outras 
vísceras e forma fístulas 
 Estenose de sigmoide. Isso ocorre devido à fragilidade do local, mas geralmente as pessoas 
acabam tendo hábitos alimentares ruins, pouca fibra, pouco liquido, o bolo fecal se torna 
mais endurecido, o numero de evacuações do indivíduo diminui , a pessoa continua se 
 
19 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
alimentando e o bolo fecal vai se acumulando. O aumento da pressão nessa região vai 
ocorrer e assim os sacos diverticulares se formam. 
 
PANCREATITE AGUDA: 
SINTOMAS: 
 Dor de intensidade variável, localizado na região epigástrica e no hipocôndrio esquerdo, 
com irradiação para dorso no mesmo nível ou em todo o andar superior e região posterior. 
 Dor contínua que pode durar de horas a dias. 
 Náuseas e vômitos, alimentares no início, e posteriormente aquosos. O que com o passar 
do tempo vai causar grave desidratação. 
 Parada de eliminação de gases com distensão abdominal, pela instalação do íleo paralítico 
ou adinâmico, o ílio para de funcionar. 
 Como o paciente sente muita dor, ele vai parar de comer. 
EXAME FISICO: 
 Facies de sofrimento 
 Hipotensão- associada à hipotensão e ao quadro inflamatório 
 Taquicardia 
 Sudorese 
 Palidez cuteneomucosa (principalmente nas formas hemorrágicas) 
 Abdome apesar da dor, apresenta-se flácido, sem sinais de comprometimento peritoneal 
 Sinais de abdome agudo em alguns casos 
• Representam sinais de gravidade da doença, pois estão presentes na forma necro-
hemorrágica 
 SINAL DE CULLEN: manchas azuladas na região periumbilical 
 GREY-TURNER: manchas azuladas em flancos 
Os dois sinais são de pancreatite necro-hemorrágica. 
• Atenção aos derrames cavitários 
PANCREATITE CRÔNICA: 
 
20 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• Processo inflamatório crônico caracterizado pela persistência e evolução das lesões , 
culminando com a insuficiência endócrina do órgão, mesmo que o agente etiológico tenha 
sido afastado. 
• SINTOMAS: 
 Dor -> localiza-se na região epigástrica com irradiação para o hipocôndrio direito e/ou 
esquerdo, para o flanco esquerdo, região lombar no nível de D10-D12, e as vezes, 
interescapular. Do tipo transfixante, com duração variável, geralmente após 1 a 3 horas 
após se alimentar ou ingerir bebida alcoólica 
 Pode causar icterícia 
 Emagrecimento 
 Ictericia 
 Diabetes- como tem a insuficiência pancreática, não vai ter insulina... 
 Esteatorreia- devido á função pancreática danificada, a gordura não vai ser emulsificador 
• DIAGNÓSTICO: 
- Clinico- associado à exames 
NEOPLASIAS DE PÂNCREAS: 
Extremamente agressivo e muitas vezes chega ao atendimento médico 
já em estado grave. 
• Insulinoma, gastrinoma, vipoma, glucagoma. 
• Primárias: originam-se dos ductos -> adenocarcinoma de células ductais. 
 Local mais frequente é a cabeça da glândula 
 Faixa etária: 6ª a 7ª década 
 Mais comum no sexo masculino 
• SINTOMAS: 
 Dor 
 Anorexia 
 Astenia 
 Perda de peso 
 Icterícia: colestase gerando intenso prurido 
Eles têm muita náusea e vômito e tem anorexia absurda Geralmente quando chegam para tratar 
já está intratável. As vezes o cirurgião faz uma derivação ali só para drenagem biliar. 
VESÍCULA BILIAR: 
• Não palpável normalmente, se tiver palpável tem doença. 
• É necessário que ocorra alteração na consistência de suas paredes, como no câncer de 
vesícula, ou que haja aumento de tensão no interior por dificuldade de escoamento de seu 
conteúdo em consequência de obstrução do ducto cístico ou do colédoco. 
 
21 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• Obstrução do ducto cístico: natureza calculosaou inflamatória, gerando distensão da 
vesícula devido ao acúmulo de sua própria 
secreção. A bile vai ficar presa la e a 
vesícula vai ficar grande. 
• Obstrução do colédoco: natureza 
calculosa ou neoplásica. Raramente 
causa distensão da vesícula biliar a ponto 
de torna-la palpável. 
• COLELITÍASE: cólica biliar, de início 
súbito, de grande intensidade derivada de 
vesícula com PEDRAS 
Na anamnese da colelitíase, o pc vai reclamar de dor súbita no hipocôndrio direito de grande 
intensidade, não vai queixar de febre, estará em bom estado geral, não é urgência. No caso de 
colecistite, ta relacionado a febre, pc pode ficar mais toxemico, é algo urgente, precisa ser tratado 
rapidamente, tem que identificar rápido se não pc pode ficar séptico em casa 
• COLECISTÍTE: dor continua em HD, podendo irradiar para ombro D ou dorso. Pode estar 
acompanhado de febre e náuseas. VESÍCULA INFLAMADA 
• SINAL DE COUVOISIER: vesícula biliar palpável em paciente ictérico é sugestiva de 
neoplasia maligna, a qual, maioria das vezes, se localiza na cabeça do pâncreas. VESÍCULA 
PALPAVÉL + ICTERÍCIA 
• SINAL DE MURPHY: dor no momento da compressão sob o rebordo costal direito, no ponto 
cístico, durante a inspiração profunda 
=>SÍNDROME ICTÉRICA: 
• Caracterizado pela elevação da bilirrubina no soro, em níveis superiores a 2 mg/100ml, 
levando a coloração amarelada da esclerótica, mucosas, pele e líquidos orgânicos. 
• Exame físico a luz natural 
• Obstrução por longa data: pele com tom esverdeado (icterícia verdínica), devido a oxidação 
da bilirrubina e ao consequente acumulo da biliverdina. 
• Toda icterícia mostra-se nas escleróticas. 
• Avaliar tempo de duração, intensidade, evolução, cor da urina e das fezes, e presença de 
prurido 
 
22 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
Teremos coloração amarelada na pele pp na esclera, freio da língua. A icterícia começará a ser 
visível quando fica acima de 2mg/ml de sangue. É sempre bom avaliar paciente em luz natural, 
sempre que possível, porque tem iluminações muito amarelas que podem interferir. Tem situação 
onde paciente tem obstrução na drenagem da bile por muito tempo e pode causar icterícia 
verdínica, e é a oxidação da parte amarela e a pessoa fica meio esverdeada (bileverdínica). + 23 
Prof disse para relatarmos sempre progressão, quando começou, se é progressiva (se foi 
aumentando), como ela evoluiu, se tem prurido, se teve alteração na coloração das fezes, da urina. 
• COLESTASE: alteração da secreção hepatocelular, envolvendo todos os componentes da 
bile 
• Geralmente representa estase do fluxo biliar 
• Obstrutiva: intra ou extra-hepática 
• Não-obstrutiva: intra-hepática 
• MANIFESTAÇÕES: 
 Icterícia 
 Prurido 
 Xantomas (hiperlipidemia prolongada) 
 Má-absorção secundária das vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K) 
=>CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA: 
 Aumento da produção (hemólise) 
 Redução da conjugação (S. Gilbert, neonatal, sepse) 
 Redução da capitação (sepse, cirrose) 
 Diminuição da excreção: 
INTRA-HEPÁTICO: vírus, drogas, sepse, tóxios, auto-imune 
EXTRA-HEPÁTICO: cálculos, neoplasias, estenoses 
 Síndrome ictérica: 
 
23 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• INTRA-HEPÁTICA: pode ser hepatocelular, secundário a lesão de hepatócitos, ou 
colestática, devido ao comprometimento da excreção, por lesão dos hepatócitos ou dos 
ductos biliares intra-hepáticos 
• EXTRA-HEPÁTICA: deriva da obstrução dos ductos biliares extra-hepáticos, mais 
comumente dos ductos cístico e colédoco 
 COLESTASE: alteração da secreção hepatocelular, envolvendo todos os componentes da bile 
 • Geralmente representa estase do fluxo biliar (ou seja, sempre terei estase quando tiver 
dificuldade de de passagem do líquido) 
 • Obstrutiva: intra ou extra-hepática 
 • Não-obstrutiva: intra-hepática 
MANIFESTAÇÕES: 
 ✓ Icterícia ✓ Prurido (por depósito dos sais biliares na pele, pc reclama muito de prurido) ✓ 
Xantomas (hiperlipidemia prolongada, lesões de alto relevo na pele formadas por gordura) ✓ Má-
absorção secundária das vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), porque precisam da bile para fazer 
absorção das vit lipossolúveis, assim se tenho estase e não tenho ação da bile, pode reduzir essa 
absorção. • Quadro hemolítico tem aumento da produção gerando icterícia • Síndrome de gilbert, 
pc tem deficiência na conjugação e fica ictérico, tem insônia fica ictérico, bebe fica ictérico. Fica 
meio amarelado • Redução da captação ocorre na sepse • Diminuição intra-hepática: por hepatite, 
sepse, drogas... • Extra-hepático: cálculos, neoplasia, estenoses 
Sinais da semióloga que podem indicar pacientes hepatopatas: 
ARANHAS VASCULARES: presente em fígados que vem apresentando sinais de falência. 
Quando aperta sangue some, quando solta o sangue volta. 
• São formações arteriolares que aparecem na 
região superior do corpo – face, pescoço, terço 
superior do tórax, braços e mãos. Possuem um 
diminuto ponto central e finas ramificações que 
assemelham às pernas das aranhas. 
• Comprimindo-se no centro com a ponta do 
dedo observa-se momentâneo desaparecimento 
ou desvanecimento, e, ao retirá-lo rapidamente, o 
desenho aracniforme volta à situação anterior 
(pulso arteriovenoso). 
• Observado em hepatopatas crônicos, e o 
aumento progressivo sugere deterioração da 
função hepática, é um sinal claro de que o fígado está progredindo para a porá. 
 
PÚRPURAS E EQUIMOSES: Sugerem alterações na crase sanguínea, principalmente 
hipotrombinemia, decorrente da insuficiência hepática. 
 
24 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
Derramamento de sangue na região subcutânea Pc cirróticos podemos ter alteração de coagulação 
do sangue que pode gerar purpuras e equimoses. Pc hepático sempre tende a ser discrásico 
ERITEMA PALMAR: 
• Conjunto de pequenas manchas 
vermelhas (eritema), que forma uma 
coloração vinhosa nas eminências tenar 
ou hipotênar, ou em ambas. 
• Pode ser encontrado também na 
planta dos pés. 
Presente na cirrose, porém menos 
frequente que as aranhas vasculares 
 
 
 
DEDOS EM BAQUETA DE TAMBOR: 
• Extremidades digitais apresentam-se arredondadas, com um 
diâmetro maior do que o resto do dedo. 
• Ocorre modificação do lito ungueal, provocando um grande 
abaulamento das unhas, cuja a superfície torna-se convexa, 
formando um ângulo basal igual a 180ºC. 
• Unhas tornam-se sem brilho, opacas e de cor perlácea. 
• Hipocratismo digital: presente em hepatopatas e DPOC 
 
DISTRIBUIÇÃO DE PELOS: 
• Altera-se em insuficiência hepática crônica. 
• Pêlos axilares escassos em ambos os sexos. 
• HOMEM: pêlos pubianos com aspecto ginecoide, com aspecto feminino, passam a localizar-
se na região mais central da virilha, decorrente de alteração hormonal 
 
25 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• MULHER: pêlos pubianos tendem a desaparecer 
GINECOMASTIA: 
• Geralmente dolorosa, aparece no homem, pode ser uni ou bilateral. 
• Ocorre nas formas avançadas da cirrose 
• Em mulheres, pode haver hipotrofia de mamas 
• LEMBRAR: uso da espironolactona esta associado à ginecomastia 
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: 
• ATROFIA TESTICULAR: pouco frequente 
• FATOR HEPATICUS: aguda, crônica, estado pré-comatoso (encefalopatia hepática). Pacientes 
exalam hálito adocicado, fétido e pútrido. Retém amônia e isso gera encefalopatia causando 
lesão cerebral e aí fica torporoso, tem hálito adocicado e fétido e é pré-comatoso. (pc mais fim 
de linha 
HIPERTENSÃO PORTAL: 
• SISTEMA VENOSO PORTAL: função de recolher o sangue de todas as vísceras abdominais, 
á exceção dos rins e suprarrenais, e encaminhá-lo ao fígado pela veia porta. No interior do 
fígado, a veia porta se ramifica até os sinusóides, de onde o sangue passa ás veias centro-
lobulares e, destas, ás vias supra-hpáticas, que desaguam na via cava superior 
• Qualquer obstrução livre ao fluxo sanguíneo no sistema porta, produz aumento da pressão, 
causando a Síndrome de hipertensão portal. 
• Qualquer coisa que gerar aumento napressão faz com que formem circulações colaterais 
para que esse fluxo sanguíneo consiga passar, porém não conseguem passar pelo fígado e 
assim darão algum jeito de passar. Como recolhe sangue de muitos órgãos terá que haver 
algum jeito de passar todo esse sangue. Esse aumento na pressão que pode ser causado 
por obstrução pode gerar o que chamamos de hipertensão portal 
• Classificação de acordo com a sede do obstáculo ao fluxo sanguíneo no sistema porta 
 Pré-hepática (trombose da veia porta) um pc com neoplasia por ex. não necessariamente 
hepática, por ex. de pulmão e faz um estado de hipercoagulação e pode fazer trombose de 
veia hepática e assim é pré-hepática 
 Intra-hepática pré-sinusoidal (esquistossomose mansônica e fibrose hepática congênita) 
 Intra-hepática sinusoidal ou pós-sinusoidal (cirrose hepática e doença veno-oclusiva do 
fígado)=> cirrose 
 Pós-hepática (síndrome de Budd-Chiari ou obstrução da veia supra-hepática, pericardite 
constrictiva) 
• Varizes esofágicas: 
 Parecem na forma avançada da cirrose. 
 Grande importância clinica devido às hemorragias 
 Colocam em risco a vida do paciente 
 Agravam a insuficiência hepática. 
 
26 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Predominam no terço ou metade inferior do esôfago 
 Diagnóstico: EDA 
• Esplenomegalia: 
 Ocorre devido a estase venosa no território da veia esplênica 
 Pode estar relacionado com a doença de base (esquistossomose) 
 Achado constante na hipertensão pré-hepática, mas pode ocorrer no bloqueio intra-
hepático por cirrose. 
 Ascite: é pouco frequente na hipertensão portal pré-hepática, mas é comum em casos de 
bloqueio intra-hepático por cirrose 
 Circulação colateral superficial: observada na parede abdominal tem disposição radiada a 
partir da cicatriz umbilical -> cabeça de medusa 
 
 
• Diagnóstico: 
 Esplenomegalia 
 Ascite 
 
27 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Varizes de esôfago 
 Circulação colateral abdominal* 
 Ascite* 
• Exame imagem: 
 Angiotomografia (método mais preciso e não invasivo) 
 Cateterismo da veia supra-hepática (ocluída) 
• ASCITE: 
 Diminuição da síntese de albumina -> lesão de hepatócito, herando hipoalbuminemia e 
queda da pressão coloidosmótica 
 Hipertensão portal-> aumento da pressão hidrostática 
 Volume plasmático aumentado pórem ineficaz. Ocorre redução da pressão arterial com 
estimulo dos barorreceptores e diminuição do fluxo renal, levando a um aumento da 
produção de aldosterona, do hormônio anti-diurético e a ativação do sistema nervoso 
simpático, gerando retenção de sódio e água 
 Retenção de água -> estimulado pela diminuição de prostaglandina, o qual é um 
antagonista do ADH. 
 Compressões vasculares por nódulos pode desviar a linfa para a superfície hepática, 
provocando seu extravasamento na cavidade abdominal 
 O mais comum de causar ascite é a cirrose. Temos fígado todo nodular, todo cirrótico e a 
linfa tem dificuldade de ser drenada e assim ela extravasa no abdome, assim o líquido 
ascitico pode ter linfa e assim podemos ter várias coisas gerando essa ascite. 
• cirrose → albumina mais baixa → redução da pressão coloidosmótica pela diminuição da 
proteína → extravasamento do líquido → ascite. 
• cirrose e hipertensão porta → tenho algum problema no sistema porta que atrapalha fluxo 
da linfa (seja câncer ou algo hepático) → linfa derrama para dentro do abdome causando ascite. 
• paciente com redução da prostaglandina → tem relação com ADH, se inibimos ele → temos 
retenção de sódio e água que piora a ascite. 
 Paciente está hipovolêmico e assim no rim também temos pouco sangue filtrando, e assim tem 
menor quantidade de urina. Sódio fica mais baixo porque pc está hemodiluido. Medicações 
tentam diminuir essa hemodiluição. O sistema nervoso simpático, renina, angiotensina, 
aldosterona está tudo sendo comprometido ali. 
 Grande volume: ascite tensa, abdome globoso que não se modifica com as várias posições. 
Geralmente levando a dispneia por impedir a expansão diafragmática, podendo causar 
atelectasia. 
 
 Médio volume: quando o paciente de pé, o volume líquido se restringe a cerca de dois terços 
da altura abdominal, dando uma protusão menor do que a anterior. Quando o paciente se 
deita, o líquido escoa para os flancos e goteiras parietocólicas, enquanto o centro do abdome 
se torna plano (abdome de batráquio) 
 
28 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 Pequeno volume: imperceptível com o paciente deitando, podendo ser visualizado na 
posição de pé. Bem identificada no US. 
 
• Anotações importantes sobre a ASCITE: 
 Avaliam resposta terapêutica 
 Aferir na admissão e diariamente: 
- Peso (sempre na mesma balança) 
- Circunferência abdominal (Sempre com paciente deitado, na cicatriz umbilical) 
- Volume urinário em 24h 
 Realizar as aferições sempre no mesmo horário do dia. 
 
CIRCULAÇÃO COLATERAL: 
• A hipertensão portal acarreta alterações circulatórias e hemodinâmicas importantes. O 
aumento da pressão inverte o sentido do fluxo sanguíneo em veias tributárias do sistema 
porta, fazendo que haja circulação colateral por meio da qual o sangue passa diretamente 
do sistema porta para a circulação venosa, sem atravessar o fígado. 
 Circulação colateral tipo cava superior 
Circulação profunda: o sangue deixa o sistema porta pela veia gástrica direita e veias gástricas 
curtas e, através de anastomoses, alcança as veias esofágicas, de onde passa para a veia ázigo e 
dai para veia cava superior. Em consequência do aumento da pressão no plexo venoso submucoso 
esofágico, desenvolvem-se varizes esofágicas. 
Circulação superficial: o sangue deixa o sistema porta dirigindo-se à parede abdominal pelas 
veias periumbilicais, das quais por meio de anastomose, alcança as veias epigástricas superiores 
e as superficiais da parede abdominal. 
 
29 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
 Circulação colateral tipo cava inferior 
Circulação profunda: A hipertensão venosa no território da veia mesentérica inferior impele o 
sangue, em contracorrente, pela veia retal, superior em direção às veias médias e inferiores, das 
quais passa para ilíaca interna e, desta, para cava inferior. Em consequência, os plexos 
hemorroidários tornam-se muito evidentes, podendo sangrar. Outros trajetos podem estabelecer-
se em direção â veia cava inferior, através de anastomoses com as veias frênicas inferiores e veias 
suprarrenais. 
Circulação superficial: O sangue deixa o sistema porta pelas veias paraumbilicais e, por meio de 
anastomoses, alcança as veias epigástricas inferiores e as superficiais da parede abdominal 
 
 Circulação colateral tipo porta 
A rede venosa vicariante localiza-se na face anterior do tronco, principalmente nas regiões 
periumbilical, epigástrica e face anterior do tórax. 
O fluxo sanguíneo será de baixo para cima, do abdome para o tórax, na direção da veia cava 
superior através das veias xifoidianas e longas torácicas superficiais. 
Se intensa... Aparece em flancos e fossas ilíacas. 
 
30 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
SISTEMA NEUROLÓGICO: 
ANAMNESE: 
EFEITO DE QUALQUER LESÃO NEURAL – 
 Perda ou déficit da capacidade funcional 
 Liberação ou desinibição de função 
 Irritação ou excitação 
A PARTIR DESSES PONTOS QUE SÃO GERADOS A INTOMATOLOGIA DO PACIENTE. 
QUEIXAS FREQUENTES: 
 • Dor 
• Crises epilépticas 
 • Distúrbios do movimento 
• Parestesia 
 • Vertigem 
 • Distúrbios visuais 
 • Distúrbios auditivos 
 • Distúrbios de outros nervos cranianos 
 • Alterações da consciência 
• Sintomas e sinais viscerais 
 • Perturbação mental 
Data do inicio da doença 
• Modo de instalação da doença - Agudo: traumatismo ou lesão vascular - Crônico: processo 
degenerativo ou neoplásico 
• Evolução cronológica dos sintomas 
 
31 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 • Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados 
 • Estado atual do enfermo 
 • Antecedentes 
A ANAMNSE TEM QUE SER DETALADA, PARA ENTENDERCORRETAMENTE A CRONOLOGIA 
DOS FATOS 
• HF: 
- Consanguinidade 
- Distrofia 
 - Demência 
 - Cefaléia 
 - Epilepsia 
- Parkison 
 - AVC, HAS, DM, etc... 
 • HS: Profissão, residência, intoxicações, álcool, tabagista, drogas 
Aspectos importantes: 
 • Época, modo de início e evolução cronológica: 
 - Agudo (minutos, “de um dia para o outro”) → vascular ou infecciosa - Subagudo (dias) → 
inflamatória ou tóxica - Crônico / gradual → simétrico (doença degenerativa), assimétrico (lesão 
com efeito de massa – neoplasia) 
- Em surtos, com períodos de remissão → Esclerose Múltipla (EVOLUÇÃ OE ESTABILIZAÇÃO DA 
DOENÇA) 
 - Acessos paroxísticos de curta duração, com intervalos longos de normalidade e que se repetem 
periodicamente → Epilepsia 
 - Relação causa-efeito → Trauma cranioencefálico ou raquimedular 
OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DAS AFECÇÕES DO SNC 
• Distúrbios da consciência, cefaleia, dor na face, tontura e vertigens, convulsões, ausências, 
automatismos, aminésia, movimentos involuntários, distúrbios visuais, distúrbios auditivos, 
náusea e vômitos, disfagia, distúrbio de marcha da marcha, paresias, paralisias, distúrbios da 
sensibilidade, dores rediculares, distúrbios esfincterianos, distúrbios do sono e distúrbios das 
funções cerebrais superiores 
PRINCIPAIS QUADROS DOLOROSOS EM NEUROLOGIA 
- dor neuropática (paciente diabético que fez lesão neural, fico com dor constante). 
- Do membro fantasma amputado 
- Causalgia: lesão parcial de um nervo>> hipersensibilidade cutânea com exacerbação simpática 
- Neuralgia do trigêmeo 
- Neuralgia do glossofaríngeo 
 
32 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
PRINCIPAIS QUADROS DOLOROSOS EM NEUROLOGIA 
 • Dor facial atípica 
 • Neuralgia occipital 
 • Enxaqueca 
• Cefaléia pós-traumática 
 • Síndrome do túnel do carpo 
 • Meralgia parestésica 
 • Lombociatalgia 
OUTRAS QUEIXAS NEUROLÓGICAS: 
• DISTÚRBIOS VISUAIS: - Escotomas - Diminuição da acuidade - Diminuição do campo visual - 
Diplopia - Amaurose fugaz 
• DISTÚRBIO DO MOVIMENTO: - Hipo/hipercinéticos 
• DISTÚRBIO AUDITIVOS: - Zumbidos - Diminuição da acuidade - Alucinações auditivas 
• DISTÚRBIOS DE OUTROS NC: - Olfato, paladar, sialorreia, paralisia facial, disartria, disfagia e 
regurgitação 
 Sinais/sintomas autonômicos - sudorese, vasomotores, impotência, distúrbios da 
micção/defecação 
 • Distúrbio da linguagem - Da compreensão - Da expressão - Afasia 
ESTADO MENTAL: 
• Consciência: resposta verbal e motora ao comando e estimulo doloroso 
• Orientação: dados pessoais, tempo, espaço 
• Atenção: repetir palavras e números 
 • Memória: recente e remota 
• Humor: observar fisionomia, atitude e reações emocionais 
 • Linguagem: compreensão e expressão 
• Praxia: execução de gestos e atos motores 
 • Gnosia: reconhecimento de objetos, partes do corpo e sons 
AVALIAÇÃO DA CONSCIÊCIA: 
• Orientação no tempo e no espaço ✓ Pergunta-se ao paciente se ele sabe onde está e qual a data 
de hoje. 
 • Memória ✓ Observa-se a seqüência lógica e cronológica da anamnese ✓ Fala-se o nome de três 
objetos simples e solicita-se ao paciente para repeti-los (relógio, óculos, livro – p.ex.) 
 Fala e Linguagem 
✓ Observa-se as palavras e a construção de frases utilizadas pelo paciente durante a anamnese. 
 
33 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 ✓ Pede-se ao paciente para dar o nome de dois objetos apresentados a ele 
 ✓ Solicita-se ao paciente para repetir uma breve frase. 
 ✓ Prova dos três comandos: peça ao paciente para fazer três coisas em seqüência e observe, Ex: 
―pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio e coloque-o sobre a mesa. 
Pede-se ao paciente para ler e executar uma frase escrita em um papel 
✓ Pede-se ao paciente pra escrever o nome ou uma frase própria qualquer em um papel. 
 ✓ Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das palavras, de 
troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente. – Disfonia ou afonia (dificuldade de 
produzir a fala) 
– Dislalia (dificuldade de articular a palavra- tipo o ceblinha da Mônica) 
– Disartria (paciente com lesão vascular, que fala arrastado, parece fala mole, arrastado, lento) 
– Disfasia (descoordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de modo compreensível) 
✓ REGISTRO DO EXAME NORMAL: CONSCIENTE, COLABORATIVO, ORIENTADO NO TEMPO E 
NO ESPAÇO 
Escala de Glasgow convencional 
 • Este modelo pode ser utilizado a partir e 3-4 anos de idade: 
 • Deve -se avaliar sempre a melhor resposta e do melhor lado. 
• Varia de 15 (normal) a 3 pontos (coma profundo) 
Abertura ocular (ptos) • Espontânea (4) • Ao comando verbal (3) • À dor (2) • Não abre (1) 
Resposta verbal (pts) • Orientado - Conversa (5) • Confuso - conversa (4) • Palavras desconexas 
(3) • Sons incompreensíveis (2) • Nenhuma (1) 
Resposta motora (pts) • Obedece a comandos (6) • Localiza a dor (5) • Retira o membro (4) • Reage 
c/ flexão – decorticação (3) • Reage c/ extensão – descerebração (2) • Não reage – (1) 
EQUILÍRIO: 
Com o paciente em posição ortostática, examina-se o equilíbrio, dividido em: 
 ✓ Estático (Pesquisa do sinal de Romberg), por vezes é necessário sensibilizá-lo (Romberg 
sensibilizado) colocando-se um pé a frente do outro ou manter-se apoiado num pé só. O sinal de 
Romberg está presente em vestibulopatias e síndromes funiculares posteriores (exemplo de tabes 
dorsalis, degeneração combinada subaguda de medula e neuropatia diabética). 
✓ Dinâmico (Marcha com olhos abertos e fechados). 
Sinal de Romberg: 
✓ Solicite que o paciente fique em ortostatismo com o calcanhar de um encostado nos dedos do 
outro pé e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. 
 ✓ Peça que a seguir ele feche os olhos. 
✓ Solicite que o paciente fique em ortostatismo sobre um pé só. Peça que a seguir ele feche os 
olhos. 
 
34 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: EQUILÍBRIO NORMAL OU PRESERVADO 
AVALIAÇÃO MOTORA: 
 Trofismo muscular 
 ✓ Inspeção e medida da circunferência dos braços, antebraços, coxas e pernas. 
✓ Medir a circunferência dos membros comparativamente, em caso de assimetria 
 Atrofias ou hipotrofias musculares: primária ou miogênica, desuso, parietal. - Hipertrofia e 
pseudo-hipertrofia. 
 HIPOTONIA: observam-se o achatamento das massas musculares, consistência muscular 
diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balanço com 
exageradas ocilações. 
 HIPERTONIA: consistência muscular aumentada, passividade diminuida, extensibilidade 
diminuida e prova de balanço com reduzidas oscilações. As alterações podem ser globais 
ou focais (um membro, um hemicorpo, mmss, mmii, etc.) 
 Fasciculações Contrações involuntárias de grupos de fibras musculares, visíveis durante o 
repouso. Contrações breves, irregulares e que não provocam deslocamentos dos segmentos 
corpóreos. Traduzem lesão de neurônio motor inferior, ocorrendo principalmente na 
esclerose lateral amiotrófica. 
 Movimentos anormais ou involuntários Na inspeção, procurar por transtornos do 
movimento como tremor, distonia, tiques, mioclonias. Câimbras e crises convulsivas são 
facilmente identificadas à inspeção 
 ✓ Crises oculógiras: são reações distônicas para certas drogas ou condições médicas 
caracterizadas por um desvio prolongado involuntário acima dos olhos. 
TÔNUS MUSCULAR: 
Movimentação passiva das articulações 
✓ Rigidez X Espasticidade - sinal da roda denteada ou catraca de bicicleta - sinal do canivete. 
Espasticidade é um sintoma causado pela lesão do 1º neurônio motor que está localizado no 
cérebro ou na medula, tem como causas AVC, paralisia cerebral, traumatismo craniano ou 
medular. Rigidez é uma contração muscular e uma resistência ao movimento involuntário como 
ocorre por ex. na doença de Parkinson. 
Como distinguir no exame físico, as duas terão um fenótipo diferente no membro afetado, em 
ambas ocorre o aumento na resistência do movimento, sendo que na espasticidadea resistência 
que você sente em uma direção é diferente da resistência que você sente na outra direção (ou seja, 
nível de resistência de acordo com a direção do movimento, ex. a resistência que você sente ao 
flexionar o antebraço é diferente da resistência que você sente ao estender e isso que causa aquela 
postura característica de pessoas com AVC, que tem o que chamamos de hemiparesia que é a 
redução da força de um lado do corpo. A espasticidade também é dependente da velocidade, 
quanto mais veloz você faz o movimento maior a resistência que você sente. No caso da 
espasticidade ocorre uma dificuldade inicial do movimento seguida de uma facilitação. A rigidez 
por outro lado não apresenta posturas características, não tem diferença entre flexão e extensão 
e não é dependente da velocidade. Um ex. é a rigidez da corda denteada em que há uma dificuldade 
no movimento acompanhada de um relaxamento e assim por diante (como uma catraca). • sinal 
da roda denteada ou catraca de bicicleta • sinal do canivete. 
 
35 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 ✓ Hipotonia - coreia de Sydenham - lesões cerebelares 
✓ Hipertonia plástica - doença de Parkinson 
✓ Hipertonia elástica - acidente vascular encefálico - paralisia infantil 
Força e tono musculares Tono muscular: 
Consistência muscular. Examina-se o tono muscular através da: 
 a) palpação: observar a flacidez ou o enrijecimento anormal de cada músculo; 
b) balanceio do segmento distal, através do proximal — balança-se as duas mãos, solicitando do 
paciente que as relaxe o mais possível; 
c) extensão passiva: estende-se o mais possível alguns grupos musculares 
• Verifique os movimentos espontâneos dos MM e palpe a consistência das massas musculares 
• Imprima movimentos de flexão e extensão dos membros observandose e palpando-se as massas 
musculares. 
 • Avaliar: - a passividade >> se há resistência aumentada (tono aumentado) ou diminuída (tono 
diminuído) - a extensibilidade >> se existe exagero (tono diminuído) ou diminuição (tono 
aumentado) do grau de extensibilidade da fibra muscular. 
• Solicite ao paciente que aperte com cada uma de suas mãos os seus dedos indicador e médio e 
observe a força e o grau de dificuldade de retirar os dedos. 
 • Solicite ao paciente que levante um pouco ambos os MMSS e os sustente no ar por algum tempo 
e observe. Faça o mesmo com os MMII. Avalie braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé. 
• Peça ao paciente para repetir os movimentos acima, mas desta vez faça com suas mãos uma 
―resistência‖ dificultando os movimentos e observe. Avalie braço, antebraço, mão, coxa, perna e 
pé. 
• Graus de força muscular (MRC) 
 0: ausência de contração; 
 1: contração sem deslocamento do segmento; 
 2: contração com deslocamento do segmento a favor da gravidade; 
 3: movimento ativo contra a gravidade; 
 4: movimento ativo que vence alguma resistência; 
 5: movimento ativo normal. 
 Usualmente utilizamos graus 4 – (menos) ou 4 + (mais) para denotar uma força anormal 
que vence uma resistência pequena ou moderada 
CORDENAÇÃO MOTORA: 
• Peça o paciente que estique um MS na altura dos ombros e dobre o outro, mantendo o cotovelo 
na mesma altura e encostando a ponta do indicador estendido na ponta do nariz. Peça que alterne 
os movimentos uma hora esticando outra dobrando alternadamente os membros. Peça que 
continue com os olhos fechados e com mais velocidade 
 
36 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• Solicite ao paciente que encoste o dorso de uma mão (em supinação) sobre a coxa ipsilateral e a 
palma da outra mão (em pronação) sobre a coxa ipsilateral. Peça que alterne os movimentos 
aumentando a velocidade progressivamente e fechando os olhos. 
 REGISTRO DO EXAME NORMAL: BOA COORDENAÇÂO MOTORA 
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA: 
• As meninges, quando inflamadas ou irritadas (meningite e na hemorragia subaracnóidea), 
dificultam os movimentos de sua extensão tanto pela dor quanto por defesa involuntária, chegando 
a deixar o paciente rígido impedindo totalmente a flexão da coluna. 
Um paciente com meningismo tem nuca enrijecida, quando vai fazer a mobilização o pc fica com dor e com pescoço 
duro e você não consegue mobilizar o pc. Então fazemos o seguinte: Colocamos o paciente em decúbito dorsal, 
descruzar pernas e braços, deixa-lo confortável, pedir para ele relaxar e que não se mova e os movimentos que ele 
fizer serão pelas manobras do avaliador, a mão direita fica no tórax do pc e a mão esquerda na nuca do pc, na região 
occiptal e levanta bem suavemente o pescoço e avalia se está duro, se é rígido. Se está rígido, você vai colocar que 
TEM RIGIDEZ DE NUCA, se não, você designa que NÃO TEM RIGIDEZ DE NUCA 
• Rigidez de nuca: Estando o paciente em decúbito dorsal, o examinador coloca uma das mãos na 
região occipital e, suavemente, tenta fletir a cabeça do paciente. Se o movimento for fácil e amplo, 
não há rigidez nucal, ou seja, a nuca está livre. Caso contrário, falase em rigidez de nuca. 
• Sinal de Brudzinski: Com paciente em decúbito dorsal e membros estendidos, o examinador 
repousa uma das mãos sobre o tórax do paciente e, com a outra colocada na região occipital, 
executa uma flexão forçada da cabeça. ➢ Prova positiva: quando o paciente flete os membros 
inferiores, mas há casos nos quais se observam flexão dos joelhos e expressão fisionômica de 
sensação dolorosa. 
• Sinal de Kernig: consiste na extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a 
bacia e a perna sobre a coxa. ➢ Prova Positiva: quando o paciente sente dor ao longo do trajeto do 
nervo ciático e tenta impedir o movimento. ➢ Utilizado para meningite, hemorragia subaracnóidea 
e radiculopatia ciática. 
 
PROVA DE ESTREITAMENTO DA RAÍZ NERVOSA: 
 
37 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
• Sinal de Lasègue: com o paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos, o 
examinador levanta um dos membros inferiores estendidos. ➢ Prova positiva: quando o paciente 
reclama de dor na face posterior do membro examinado, logo no inicio da prova (cerca de 30º de 
elevação). 
 
AVALIAÇÃO DE MARCHA: 
• O que é significa a marcha? 
 - Ato motor aprendido, que tem proposta de gerar locomoção. 
- Cada indivíduo tem característica peculiar de sua marcha 
- Individuo saudável: anda ao seu modo 
 - Indivíduo doente: anda ao modo da enfermidade que lhe comete. 
(acontece devido a mecanismos de adaptação que são padronizados 
nos seres humanos em geral.) 
• Quais os aspectos fundamentais para locomoção? 
- Postura ereta e equilíbrio 
- Programas de iniciação da marcha 
 - Ritmo - Adaptação (ambiente e objetos) 
• O que avaliar na marcha? - Largura da base (distancia dos maléolos mediais) - Simetria da 
altura dos pés - Comprimento da passada - Movimento do quadril - Sinais nas mãos - Balançar 
dos braços - Direção do olhar - Analisar a virada 
Um indivíduo doente, pp neuropata, tem uma característica única e acabam fazendo mecanismos 
de adaptação que padronizam a marcha. Por ex. tenho pc que fez AVC isquêmico que ficou com 
paresia de membro superior e inferior direito e assim ao andar ele vai arrastar essa perna e esse 
 
38 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
braço, assim tendo um modo específico de se locomover de acordo com a doença que o acometeu. 
E muitas vezes só a marcha ou o jeito de falar já diz muito sobre o que o paciente tem. 
Quais informações aferentes o pc precisa fazer para realizar a marcha: ➔ Informação vestibular 
(saber onde está seu corpo no espaço, se localizar no espaço). 
➔ Parte da visão (ajuda dando informações somando, integrando na marcha). + 36 
 ➔ Propriocepção (capacidade que o indivíduo tem de localizar seu corpo em um espaço 
tridimensional, por ex. eu fecho o olho e uma pessoa eleva 3 dedos na minha mão e pede para eu 
fazer o mesmo na outra, e conseguimos localizar e fazer). São de extrema importância, se tiver 
alteração em algum desses três já pode haver alteração de marcha. Esses 3 pontos geramum 
sistema integrativo de interpretação - todas essas informação vão para o tronco, córtex frontal e 
cerebelo e teremos uma seleção de programas motores: postura, equilíbrio e marcha. 
MANOBRAS DE TRIAGEM: 
• Andar em tandem - Cruzar os braços e fechar os olhos -> sensibilizar o exame. 
Paciente vai colocar o calcanhar na frente do outro pé e tentar andar e dar uma volta (ir e voltar). o Avaliar se ele tem 
desequilíbrio, se consegue completar a marcha, se tem desequilíbrio, avalia a rotação dele 
• Andar nas pontas dos pés ou com calcanhares - Já consegue avaliar a força dos pés - Ir com os 
calcanhares e voltar na ponta dos pés 
 • Pular de um pé só - Avaliar os dois lados 
- Outros... 
 - Caminhar em lugar estreito 
 - Caminhar realizando outra tarefa 
 - Rodar 360º para os dois lados 
- Andar de costas 
Marcha atípica..(normal). - Olhando para frente - Balanço harmônico de membros superiores - 
Centro de gravidade desloca primeiro - Uso do calcâneo - Avanço do pé acompanha a dorsiflexão 
- Passadas homogêneas e ritmo regular 
• DISBASIA: todo e qualquer distúrbio de marcha. Pode ser uni ou bilateral. 
MARCHA HELICÓPODE, CEIFANTE OU HEMIPLÉGICA: 
 
39 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 • Ao andar, o paciente mantem o membro superior fletido em 
90º no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve 
pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o 
joelho não flexiona. 
 • Devido a isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, 
descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo 
(lembra o movimento de uma foice em ação). 
 • Aparece em paciente que apresentam hemiplegia, cuja 
causa mais comum é o AVC. 
 
 
MARCHA EM TESOURA OU ESPÁSTICA: 
• Os dois membros inferiores enrijecidos e 
espásticos permanecem semifletidos, os pés se 
arrastam e as pernas se cruzam uma na frente 
da outra quando o paciente tenta caminhar. 
 • Os movimentos das pernas lembra uma 
tesoura em funcionamento. 
• Frequente na manifestação espástica da 
paralisia cerebral 
 
MARCHA PARKINSONIANA: 
 • O paciente anda como um bloco, 
enrijecido, sem o movimento 
automático dos braços. 
 • A cabeça permanece inclinada para 
frente, e os passos são miúdos e 
rápidos, dando a impressão de que o 
paciente “corre atras do seu centro de 
gravidade” e vai cair para frente. 
• Ocorre nos portadores doença de Parkinson. 
O paciente vai abaixando para diminuir se centro de gravidade, fazer com que ele fique mais perto 
do chão isso, auxilia a evitar que ele caia. 
 
40 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 
MARCHA ESCARVANTE: 
 • Quando o doente tem paralisia do movimento de 
flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a 
ponta do pé o solo e tropeça. 
 • Para evitar isso, levanta acentuadamente o 
membro inferior, o que lembra o “passo de ganço” 
dos soldados prussianos. 
• Déficit dos músculos dorsiflexores do pé. 
 
 
 
MARCHA ATÁXICA OU CEREBELAR: Marcha do paciente que tem algum comprometimento 
cerebelar, por ex. paciente que tem um AVC de cerebelo que vai fazer uma isquemia cerebelar, ou tem um CA de 
cerebelo ou tem metástase cerebelar. Pc perde todo equilíbrio que o cerebelo nos proporciona, para saber a marcha 
é só lembrar de um indivíduo alcoolizado. 
• Ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. 
 • Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo 
MARCHA TABÉTICA: 
 • Para se locomover, o paciente mante o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados 
abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo 
bem pesado. 
 • Com os olhos fechados, a marcha apresenta acentuada piora, ou se torna impossível. 
 • Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. 
 • Aparece na tabes dorsales (neurosífilis), mielose funicular (mielopatia por deficiência de vitamina 
B12, acido fólico ou vitamina B6), mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), mielopatia por 
deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões posteriores da medula (mielopatia 
cervical). 
MARCHA COREIFORME: • Caracteriza-se por movimentos involuntários de inicio abrupto, 
explosivo, geralmente de curta duração, repetindo-se com intensidade e topografia variáveis, 
assumindo caráter migratório e errático. • Os movimentos voluntários são paralisados pelos 
movimentos coreicos, que provocam interrupções e desvio da trajetória. • Acompanha certo grau 
 
41 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
de hipotonia. • Ocorre em pacientes: Dç Huntington, dç Wilson, LES, Artrite reumatóide, encefalite 
pós vacinal, coreia gravídica, coreia de Sydenham, encafelite por HIV, meningite tuberculosa, AVE, 
linfoma do SNC, metástase. 
 
 
MARCHA ANSERINA OU DO PATO: • O paciente para 
caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o 
tronco hora para direita, hora para esquerda, 
alternadamente, lembrando o andar de um pato. • 
Encontrada em doenças musculares e traduz diminuição 
da força dos músculos pélvico e das coxas. 
MARCHA VESTIBULAR: • Apresenta lateropulsão quando 
and; • É como se fosse empurrado para o lado ao tentar 
mover-se em linha reta. • Se o paciente for colocado em um 
ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente voltar de 
costas , com os olhos fechados, ele descreve uma figura semelhante a uma estrela, dai ser 
denominada marcha em estrela. 
MARCHA CLAUDICANTE: • Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. • Ocorre na 
insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. 
REFLEXOS PATOLÓGICOS: 
OBJETIVO : vocês terem uma noção visual de como investigar a presença dos reflexos patológicos. 
• CLÁSSICOS (a apartir dos clássicos vemos a necessidade de analisar os próximos) 
• SUCEDÂNEOS 
 • LIBERAÇÃO FRONTAL 
DEFINIÇÃO: 
 
42 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
 • Clássicos: são os mais comuns 
 • Membro superior: o Sinal de Tromner o Sinal de Hoffiman 
 • Membro inferior 
o Sinal de Babinski 
 o Sucedâneos de babinski: são aqueles que podemos investigar para procura do reflexo cutâneo 
plantar em extensão de forma alternativa. (vamos conseguir vê-lo fazendo forma alternativa ao de 
babinski) 
Reflexos de liberação frontal: reflexo primitivo, comum em lactentes e pode voltar a tona em 
pacientes com lesão frontal. (são reflexos mais primitivos, depois de 2 anos classificamos como 
patológico, seja como trauma, tumor) OS LOCAIS ONDE PODEMOS TER UMA LESÃO INDUZINDO 
A PRESENÇA DE UM REFLEXO PATOLÓGICO: − VIA PIRAMIDAL OU CÓRTICO ESPINHAL − VIA 
EXTRAPIRAMIDAL − LOBO FRONTAL: uni ou bilateral e difusas → ocorre muito em trauma, mas 
pode ser por metástase, intoxicação. 
 SINAL DE BABINSKI: 
• Reflexo cutâneo-plantar(positivo, patológico): em decúbito dorsal, com membros superiores 
estendidos, o examinador estimula superficialmente a região plantar, próximo a borda lateral e no 
sentido posteroanterior, fazendo um leve semicírculo na parte anterior. 
• A resposta normal é representada pela flexão dos dedos. A abolição desse reflexo ocorre quando 
há interrupção do arco reflexo e, algumas vezes, na fase inicial da lesão da via piramidal. 
 
SINAL DE BABINSKI: INVERSÃO da resposta normal, ou seja, a extensão do hálux (os demais 
podem ou não apresentar abertura em forma de leque) Paciente deitado com membros estendidos, 
você estimula região plantar, faz um semicírculo na parte anterior (puxa a caneta por ex. ou o 
martelinho la do calcanhar e vira na região dos dedos mas não chega ao halux), chegando até a 
 
43 MARIA RITA DUARTE AGRELLOS NEVES 
segundo dedo (não chega ao halux). O normal é a flexão do hálux e dos dedos. Sinal positivo, ou 
seja, se patológico, o hálux estende e os demais dedos podem ou não abrir em leque. 
PECULIARIDADES: O mais importante dos reflexos patológicos o Extensão do hálux após estimulo 
cutâneo 
 Flexão tríplice (flete o pé, perna e coxa), pode acontecer, mas normalmente

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