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Processos Fisiológicos e Patológicos Fisiologia A fisiologia é o ramo da Biologia que estuda o funcionamento dos organismos vivos. ... A fisiologia envolve a compreensão das funções de células, tecidos, órgãos e sistemas de organismo, bem como a interação entre eles e a importância para a sobrevivência. Fisiologia Humana A Fisiologia Humana é um ramo de estudo sobre os principais processos que se passam no interior do organismo humano. O entendimento desse ramo é o que traz ao estudioso da área o conhecimento sobre como os processos fisiológicos influenciam no funcionamento dos sistemas e processos do corpo humano. Patologia Estuda alterações nas formas e funções das células, tecidos, órgãos e do organismo. A patologia envolve examinar a causa da doença, como se tornam, o efeito da doença em pilhas e o resultado da doença. Os aspectos da doença que podem ser estudados incluem a patologia, necrose ou morte celular da pilha, cura da ferida, formação do cancro e inflamação celular. Conceito de saúde “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade” (OMS, 2016). O que é uma célula? Células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. Com exceção dos vírus, todos os seres vivos apresentam células. Devido à ausência dessas estruturas, muitos autores não consideram os vírus seres vivos. Células podem ser classificadas em procariontes e eucariontes. Exemplo: Os vermelhos (eritrócitos/hemácias) do sangue, um total de 25 trilhões de células, transportam oxigênio dos pulmões para os tecidos. Características celulares Embora as inúmeras células do corpo possam, muitas vezes, diferir acentuadamente entre si, todas apresentam determinadas características básicas que são idênticas. Exemplo: em todas as células, o oxigênio reage com carboidratos, gordura ou proteína para liberar a energia necessária ao funcionamento celular. Líquido Extracelular • Cerca de 56% do corpo humano são compostos de líquidos. • Aproximadamente um terço ocupa os espaços por fora das células e é chamado de líquido extracelular. • É transportado rapidamente no sangue circulante e, em seguida, misturado entre o sangue e os líquidos teciduais por difusão através das paredes capilares. • No líquido extracelular ficam os íons e os nutrientes necessários às células, para manutenção da vida celular. Diferenças na composição dos líquidos O líquido intracelular contém grandes quantidades de íons potássio, magnésio e fosfato. Já o líquido extracelular contém maior quantidade dos íons sódio e cloreto. Essas diferenças são mantidas por mecanismos especiais de transporte de íons através das membranas celulares. Morfostase e Homeostase A Morfostase e a Homeostase referem-se, respectivamente, ao equilíbrio da forma e da função. Saúde é a manutenção da morfostase e homeostase. Doença é resultado da ação de uma agressão que leva a uma alteração não compensada da homeostase e ou da morfostase. Estresse O termo estresse também pode ser empregado para designar a situação em que a célula está sendo incomodada por algum estímulo. Principais pontos vulneráveis das células e que podem levá- las à degeneração estão vinculadas ao metabolismo (respiração, membranas, síntese de proteínas, alterações nucleares). Estímulos nocivos As causas exógenas são representadas por agentes físicos como força mecânica, radiação, variação de temperatura e alteração da pressão atmosférica; agentes químicos, como os agrotóxicos, poluentes ambientais, medicamentos e drogas ilícitas; agentes biológicos, como vírus, bactérias, protozoários etc. Químicos: Glicose em altas concentrações Desequilíbrio hidroeletrolítico Medicamentos: Paracetamol e sua hepatotoxicidade Físicos: Lesões mecânicas: esmagamento; Lesões pelo calor: queimaduras; Baixas temperaturas: (vasoconstrição, hipóxia, degeneração). Biológicos: Covid-19, H1N1, Mycobacterium leprae e Cândida albicans. Respostas celulares ao estresse e estímulos nocivos. As células são participantes ativos em seu ambiente, ajustando constantemente sua estrutura e função para se adaptarem às demandas de alterações e de estresse extracelular. As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. Morte celular Constitui também um processo essencial e normal na embriogênese, no desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostasia. É um dos eventos mais cruciais na evolução da doença em qualquer tecido ou órgão. Causas: isquemia, infecções, toxinas e reações imunes. Isquemia cardíaca A isquemia cardíaca, também conhecida como ou isquemia miocárdica ou do miocárdio, é caracterizada pela diminuição da passagem de sangue pelas artérias coronárias, que são os vasos que levam sangue ao coração. Hipertrofia Aumento do tamanho da célula e do órgão, sempre em resposta ao aumento da carga de trabalho; induzida por fatores de crescimento produzidos em resposta ao estresse mecânico ou outros estímulos; ocorre em tecidos incapazes de divisão celular. Exemplo de hipertrofia: quando uma pessoa passa a requerer mais contração muscular em seu cotidiano devido a prática de atividade física, as células musculares iniciam o processo de hipertrofia para atender essa demanda fisiológica; Fatores de crescimento. Hiperplasia Aumento do número de células em resposta a hormônios e outros fatores de crescimento; ocorre em tecidos cujas células são capazes de se dividir ou que contenham abundantes células-tronco. Exemplo de hiperplasia Hiperplasia fisiológica: hiperplasia hormonal, exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez. Hiperplasia fisiológica: hiperplasia do endométrio, hiperplasia prostática. Atrofia Diminuição da célula e do órgão, como resultado da diminuição do suprimento de nutrientes ou por desuso; associada à diminuição de síntese celular e aumento da quebra proteolítica das organelas celulares. Exemplo de atrofia Metaplasia Alteração do fenótipo em células diferenciadas, sempre em resposta a irritação crônica que torna as células mais capazes de suportar o estresse. Geralmente induzida por via de diferenciação alterada das células-tronco nos tecidos; pode resultar em redução das funções ou tendência aumentada para transformação maligna. Exemplo de metaplasia Mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório em fumantes habituais de cigarros. As células epiteliais normais, colunares e ciladas da traqueia e dos brônquios são focal ou difusamente substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas. Necrose É o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da ação de gradativa de enzimas nas células lesadas letalmente. Os conteúdos celulares que escapam sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. Necrose e Apoptose A apoptose é uma forma de morte celular programada, ou "suicídio celular". Ela é diferente da necrose, na qual as células morrem devido a um dano. Ao contrário da necrose (morte por lesão), no qual o conteúdo da célula é expelido e causa inflamação. Patogênese dos processos inflamatórios Visão geral da inflamação e reparação tecidual A sobrevivência de todos os organismos requer a eliminação de invasores estranhos, como agentes infecciosos e tecidos lesados. A inflamação é uma resposta protetora que envolve células do hospedeiro, vasos sanguíneos, proteínas e outros mediadores e destinada a eliminar a causa inicial da lesão celular, bem como as células e tecidos necróticos que resultamda lesão original e iniciar o processo de reparo. Embora a inflamação auxilie na remoção das infecções e outros estímulos nocivos e inicie o reparo, a reação inflamatória e o processo subsequente de reparo podem, contudo, causar danos consideráveis. Os componentes da reação inflamatória que destroem e eliminam os micróbios e tecidos mortos também são capazes de lesar os tecidos normais. A inflamação é induzida por mediadores químicos produzidos pelas células do hospedeiro em resposta a um estímulo nocivo. O Quando um micróbio penetra no tecido ou o tecido é lesado, a presença de infecção ou lesão é percebida por células residentes, principalmente macrófagos, mas também por células dendríticas, mastócitos e outros tipos celulares. Essas células secretam moléculas (citocinas e outros mediadores) que induzem e regulam a resposta inflamatória. Os mediadores inflamatórios também são produzidos a partir das proteínas plasmáticas que reagem com os micróbios ou com os tecidos lesados. Alguns desses mediadores agem nos pequenos vasos sanguíneos nas vizinhanças e promovem a saída do plasma e o recrutamento dos leucócitos circulantes para o local onde o agente lesivo está localizado. Os leucócitos recrutados são ativados e tentam remover o agente lesivo, por fagocitose. Um efeito colateral lamentável da ativação dos leucócitos pode ser a lesão a tecidos normais do hospedeiro. Sinais Cardinais • calor (aquecimento) • rubor (vermelhidão) • tumor (inchaço) • dor • perda de função Consequências: alterações vasculares e do recrutamento e ativação dos leucócitos. Inflamação As células e mediadores são ativados apenas em resposta à lesão e, como têm vida curta, são degradados ou tornam-se inativos quando o agente agressor é eliminado. Além disso, vários mecanismos anti-inflamatórios são ativados. Se o agente nocivo não for rapidamente eliminado, o resultado pode ser a inflamação crônica, que pode ter sérias consequências patológicas. O resultado da inflamação aguda é a eliminação do estímulo nocivo, seguida do declínio da reação e o reparo do tecido lesado ou lesão persistente que resulta em inflamação crônica Etapas da resposta inflamatória 1. reconhecimento do agente lesivo 2. recrutamento dos leucócitos 3. remoção do agente 4. regulação (controle) da resposta e 5. resolução (reparo). Reações vasculares na inflamação aguda reações A vasodilatação é induzida por mediadores químicos como a histamina (descrita mais adiante) e é a causa de eritema e estase do fluxo sanguíneo. O aumento da permeabilidade vascular é induzido pela histamina, cininas e outros mediadores que produzem aberturas entre as células endoteliais; por lesão endotelial direta ou induzida por leucócito e pelo aumento da passagem de líquidos através do endotélio; o aumento da permeabilidade vascular permite a entrada de leucócitos e proteínas plasmáticas nos locais da infecção ou da lesão do tecido; o líquido que extravasa dos vasos sanguíneos resulta em edema. Estímulos para a inflamação aguda • Infecções (por bactérias, vírus, fungos e • parasitas) • Trauma • Necrose tecidual • Corpos estranhos (farpas, poeira) • Reações imunológicas (reações de hipersensibilidade) Recrutamento dos Leucócitos para o Local da Inflamação Os leucócitos são recrutados do sangue para o tecido extravascular, onde estão localizados os patógenos infecciosos ou tecidos lesados, e são ativados para executar suas funções. O recrutamento dos leucócitos é um processo de múltiplas etapas, consistindo em aderência transitória e rolagem no endotélio (mediadas por selectinas), aderência firme ao em dotéliom (mediada por integrinas) e migração por entre os espaços interendoteliais. Várias citocinas promovem expressão de selectinas e ligantes de integrina no endotélio (TNF, IL-1), aumentam a afinidade das integrinas por seus ligantes (quimiocinas) e promovem a migração direcional dos leucócitos (também quimiocinas); muitas dessas citocinas são produzidas pelos macrófagos do tecido e outras células que respondem aos patógenos ou tecidos lesados. Os neutrófilos predominam no infiltrado inflamatório inicial e são depois substituídos pelos macrófagos. Mecanismos Efetivos dos Leucócitos Os leucócitos podem eliminar micróbios e células mortas através de fagocitose seguida de destruição nos fagos lisossomas. A destruição é causada por radicais livres (ERO, NO) gerados nos leucócitos ativados e nas enzimas lisossômicas. As enzimas e as ERO podem ser liberadas para o meio extracelular. Os mecanismos que funcionam para eliminar micróbios e células mortas (que é o papel fisiológico da inflamação) também são capazes de lesar tecidos normais (consequências patológicas da inflamação). Resultados da Inflamação Aguda Resolução: Regeneração e Reparo. A resolução da inflamação aguda envolve neutralização, decomposição ou degradação enzimática dos vários mediadores químicos, normalização da permeabilidade vascular, cessação da emigração de leucócitos, com subsequente morte (por apoptose) dos neutrófilos extravasados. Além disso, os leucócitos começam a produzir mediadores que inibem a inflamação, limitando, assim, a reação. A inflamação crônica pode suceder a inflamação aguda se o agente nocivo não é removido. Dependendo da extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como da capacidade de regeneração dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser sucedida pela restauração da estrutura e função normal ou resultar em cicatrização. Cicatrização: é o tipo de reparo que ocorre após destruição tecidual substancial (como na formação de abscesso) ou quando a inflamação atinge tecidos que não se regeneram e são substituídos por tecido conjuntivo. Neoplasias Neoplasias/Câncer Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Tumores – acúmulo de células cancerosas ou neoplasias malignas. Multiplicação acelerada das células. Tumor benigno – massa localizada de células. Multiplicação vagarosa. Desencadeamento de Neoplasias Célula Normal / Célula Cancerosa Genes: arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo; DNA: informação genética; passam informações para o funcionamento da célula; Mutação genética: alterações no DNA dos genes; Proto-oncogenes: genes especiais, inativos em células normais; Oncogenes: protooncogenes ativados, responsáveis pela “cancerização” das células normais. Células Neoplásicas • Multiplicação desordenada; • Angiogênese; • O acúmulo dessas células forma os tumores malignos; • Adquirem a capacidade de se desprender do tumor e de migrar; • Disseminação por sistema condutor: Metástase • Menos especializadas nas suas funções do que as suas correspondentes normais. Características Gerais A incidência de câncer varia com idade, raça, fatores geográficos e antecedentes genéticos. Os cânceres são mais comuns nos dois extremos de idade. A variação genética resulta, principalmente, de diferentes exposições ambientais. A maioria dos cânceres é esporádica, mas alguns são familiares. A predisposição aos cânceres hereditários pode ser autossômica dominante ou autossômica recessiva. A primeira normalmente está ligada à herança de mutação de linhagem germinativa de genes supressores do câncer, enquanto a última está tipicamente associada a defeitos herdados no reparo do DNA. Cânceres familiares Tendem a ser bilaterais e surgem em fase mais precoce na vida. Algumas doenças adquiridas, conhecidas como desordens pré-neoplásicas, estão associadas a aumento de risco de desenvolvimento de câncer. Lesõesprecursoras Metaplasia e displasia escamosas da mucosa bronquial, observadas em fumantes habituais — um fator de risco para o câncer. Hiperplasia e displasia endometriais observadas em mulheres com estimulação estrogênica não oposta — um fator de risco para carcinoma endometrial. Leucoplasia da cavidade oral, vulva ou pênis, que pode progredir para carcinoma de células escamosas. Adenomas vilosos do cólon, associados a alto risco de transformação para carcinoma colorretal. Tumores Benignos/ Malignos Os tumores benignos são constituídos por células bem semelhantes às que os originaram e não possuem a capacidade de provocar metástases. Já os malignos são agressivos e possuem a capacidade de infiltrar outros órgãos. Por definição tumores malignos são câncer. Fisiopatologia das neoplasias O que é o câncer? • Desordem genética causada por mutações do DNA • Adquiridas espontaneamente ou induzidas por agressões do ambiente. • Alterações genéticas e epigenéticas modificam a expressão ou função de genes-chave que regulam os processos celulares fundamentais. Epidemiologia do Câncer A incidência de câncer varia com idade, raça, fatores geográficos e antecedentes genéticos. Os cânceres são mais comuns nos dois extremos de idade. A maioria dos cânceres é esporádica, mas alguns são familiares. Idade • Acúmulo de mutações somáticas • O declínio na competência imune que acompanha o envelhecimento • O câncer causa pouco mais de 10% de todos os óbitos em crianças com menos de 15 anos Hereditariedade 3 categorias de predisposições hereditárias. • Síndromes de Câncer Autossômicas Dominantes • Síndromes Autossômicas Recessivas do Reparo do DNA Defeituoso • Cânceres Familiares de Herança Incerta Síndromes de Câncer Autossômicas Dominantes • Mutação genética • Ex: retinoblastoma da infância O retinoblastoma é o tipo de câncer de olho infantil mais comum, sendo o primeiro câncer da história a ser definido como uma doença genética. Trata-se de um tumor maligno (portanto, grave), que se desenvolve na retina da criança e provoca a leucocoria (reflexo branco no olho, popularmente conhecido como “olho de gato”). Síndromes Autossômicas Recessivas do Reparo do DNA Defeituoso • Um grupo de raras desordens autossômicas recessivas • Instabilidade cromossômica ou de DNA e altas taxas de certos cânceres. Ex: xeroderma pigmentoso (Reparo DNA) Cânceres Familiares de Herança Incerta • O padrão de herança não é claro • Idade de início precoce, tumores que surgem em dois ou mais parentes próximos do caso-índice e, algumas vezes, tumores múltiplos ou bilaterais. EX: carcinomas de cólon, mama, ovário e cérebro Epidemiologia do Câncer A predisposição aos cânceres hereditários pode ser autossômica dominante ou autossômica recessiva. A primeira normalmente está ligada à herança de mutação de linhagem germinativa de genes supressores do câncer Enquanto a autossômica recessiva está tipicamente associada a defeitos herdados no reparo do DNA. Etapas da carcinogênese Ciclo Celular G0: a célula não está replicando e o DNA apresenta-se superenovelado, com baixa atividade nuclear. G1: preparação da célula para a multiplicação, com a produção de constituintes celulares que serão essenciais para a nova célula gerada. S: síntese de DNA G2: síntese de componentes para a mitose M: produção de fuso mitótico Categorias principais de alterações genéticas A ativação de proto-oncogenes a oncogenes, no qual ocorre uma indução a alterações malignas por ação viral ou carcinogênica. A inativação de genes de supressão tumoral. As células normais contêm genes capazes de suprimir alterações malignas, a inativação desses genes pode ser um evento crítico na carcinogênese. Tumor benigno • Características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes • Permanecerá localizado. Crescimento lento. • Tratável com a remoção cirúrgica • Geralmente o paciente sobrevive. Tumor maligno • A lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes. • Crescimento rápido. • Disseminar-se para locais distantes (metástases) • Pode causar morte Ex: Carcinoma de células renais, linfoma, leucemias Crescimento de tumor maligno Cinética celular das neoplasias Quanto menor o tumor, maior a sua fração proliferativa, portanto mais sensível será aos medicamentos antiblásticos (quimioterapia) e às radiações ionizantes (Radioterapia). Quanto mais precoce for a aplicação de quimioterapia ou radioterapia após o tratamento cirúrgico do tumor, mais eficazes elas serão, pois maior será o número de células em fase proliferativa. Fisiopatologia do sistema respiratório Sistema respiratório Função básica: Trocas gasosas Suprir o organismo com O2 e dele remover CO2 Doenças pulmonares • Vias aéreas • Interstício • Sistema vascular pulmonar Síndrome da Angústia Respiratória Aguda Causa: dano capilar e epitelial alveolar difuso Sinais e sintomas: início rápido de insuficiência respiratória (risco de morte) • Cianose • Hipoxemia aguda (saturação < 90%) • Dispneia, ansiedade • Taquipneia, taquicardia Fisiopatologia • Inflamação pulmonar ou sistêmica leva a liberação de citocinas e outras moléculas pró-inflamatórias. • Lesão o endotélio capilar e epitélio alveolar. • Líquido de edema, proteínas e detritos celulares inundam os espaços aéreos e o interstício, causando colapso de espaços aéreos, desencontro entre ventilação e perfusão, desvios, e hipertensão pulmonar. Causas 1 - Lesão pulmonar direta • Pneumonia • Aspiração de alimentos para o pulmão 2 - Lesão pulmonar indireta • Sepse • Pancreatite • Transfusão maciça de sangue • Trauma não torácico Enfisema Doença obstrutiva crônica das vias aéreas caracterizada por dilatação permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais. Quatro tipos principais de enfisemas: • Centroacinar • Pan-acinar • Acinar distal • Irregular Sinais e sintomas enfisema Dispneia • Tosse e o chiado (queixas iniciais em pacientes com bronquite crônica ou bronquite asmática) • Perda de peso • Abaulamento torácico (sentam-se em posição “corcunda” na tentativa de expulsar o ar dos pulmões a cada esforço expiratório) Bronquite Crônica Hipersecreção de muco Principais causas: tabagismo, outros poluentes aéreos, (dióxido de enxofre e nitrogênio) Tosse produtiva persistente por pelo menos três meses consecutivos e pelo menos dois anos consecutivos. ASMA Desordem inflamatória crônica das vias aéreas A asma brônquica é uma inflamação crônica nos pulmões em que a pessoa apresenta dificuldades para respirar, falta de ar e sensação de pressão ou aperto no peito, sendo mais frequente em pessoas que possuem histórico de asma na família, tiveram infecções respiratórias de repetição durante a infância ou que possuem muitas alergias. Sinais e Sintomas • Falta de ar ou dificuldade para respirar; • Respiração rápida e curta; • Sensação de aperto no peito; • Chiado ou assobio agudo no peito ao respirar; • E tosse. Derrame pleural Acúmulos de líquido dentro do espaço pleural. Transudativos: • Insuficiência cardíaca (causa mais comum) • Cirrose com ascite por hipoalbuminemia Exsudativos • Pneumonia • Câncer • Embolia pulmonar • Infecções virais • Tuberculose Sinais e Sintomas • Assintomáticos • Dispneia e/ou dor torácica pleurítica Fisiopatologia renal Funções dos rins • Excreção de resíduos metabólicos, • Regulação de água e sais, • Manutenção do equilíbrio ácido • Secreção de uma variedade de hormônios e prostaglandinas. • 1 – Filtração glomerular • 2 – Reabsorção tubular • 3 – Secreção tubular • 4 – Excreção Lesão renal aguda • Injúria Renal Aguda (IRA) • Diminuição rápida da função renal ao longo de dias a semanas• Azotemia • Diminuição rápida da função renal ao longo de dias a semanas A lesão renal aguda ou Injúria renal aguda (IRA) pode ser dividida em três tipos etiopatogenicos diferentes: • IRA pré renal • IRA renal (lesão intrínseca) • IRA pós renal Etiologia • Traumas graves • Doenças • Medicamentos • Cirurgias Etiologia-ira pré renal As principais causas de IRA pré-real são: • Hipovolemia • Insuficiência de VE • Estados de choque • Síndrome de choque • Síndrome Hepatorrenal • AINEs • IECA/BRA • Ciclosporina A maioria das IRA pré-reais são reversíveis desde que se restaure o aporte sanguíneo adequado para os glomérulos. Etiologia IRA intrínseca O tipo mais comum de IRA intrínseca é a Necrose Tubular Aguda (NTA), que correspondente a 75% dos casos. Exemplos: isquemia renal • Choque • Sepse • Grande queimado • Pancreatite aguda necrotizante • Fármacos nefrotóxicos Etiologia IRA pós-renal Ocorre em decorrência de obstrução. • Hiperplasia Prostática Benigna • Câncer de bexiga • Obstrução uretetral bilateral (carcinoma metástico, linfoma pélvico e fibrose retroperitoneal) Anatomia renal Doenças glomerulares Glomérulos: rede de capilares que se entrelaçam e são revestidos por duas camadas de epitélio. A parede capilar do glomérulo é a unidade de filtração. Glomérulo • O epitélio visceral é uma porção intrínseca da parede capilar • O epitélio parietal reveste o espaço de Bowman (espaço urinário), cavidade que recebe o primeiro ultrafiltrado plasmático. Sistema de filtração glomerular • Permeável: água e pequenos solutos. • Completamente impermeável: a moléculas de tamanho e carga molecular semelhantes às da albumina. • Essa permeabilidade seletiva é chamada de função de barreira glomerular. Doenças que afetam os glomérulos Os glomérulos podem ser lesados por diversos mecanismos e doenças. Exemplos: • Lúpus eritematoso sistêmico (Doenças imunomediadas) • Desordens vasculares: HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) e síndrome urêmica hemolítica • Doenças metabólicas: DM (Diabetes Melitus) • Condições hereditárias: Síndrome de Alport Medidores da lesão imune A ativação do complemento pela via clássica conduz a liberação de agentes quimiotáticos (principalmente C5a) por neutrófilos e monócitos. Neutrófilos liberam proteases, que causam degradação da MBG; radicais livres derivados do oxigênio, que causam danos celular; e metabólitos do ácido araquidônico, que contribuem para a redução na TFG. Síndrome nefrótica Proteinúria maciça • Perda diária de 3, 5 g de proteínas na urina Hipoalbuminemia • Níveis plasmáticos de albumina < 3 g/dL Fisiopatologia síndrome nefrótica Desarranjo nas paredes dos capilares do glomérulo Resulta: aumento da permeabilidade a proteínas plasmáticas Proteinúria de longa duração a albumina sérica estará reduzida Resultando em hipoalbuminemia e em queda na pressão plasmática coloidosmótica. A diminuição no volume intravascular e no fluxo sanguíneo renal Aumento na liberação de renina pelas células justaglomerulares renais A renina, por sua vez, estimula o eixo angiotensina- aldosterona, que promove a retenção de sal e água pelo rim. Secreção de renina Controlada por 3 mecanismos: • 2 agem predominantemente nos rins • Mecanismo de mácula densa e mecanismo barorreceptor infra-renal • Terceiro que age por meio do SNC Síndrome nefrítica Proliferação das células dentro do glomérulo Acompanhada por infiltrado leucocitário inflamatório. Essa reação inflamatória lesa gravemente as paredes dos capilares, permitindo que o sangue passe para a urina e induzindo alterações hemodinâmicas que levam à redução da TFG. A TFG reduzida é manifestada clinicamente por oligúria, retenção de fluidos e azotemia. Aumento de liberação de renina Retenção de líquidos Hipertensão Etiologia Síndrome Nefrítica A mais comum causa é a lesão glomerular imunomediada As lesões são caracterizadas por alterações proliferativas e infiltrado leucocitário. Glomerulonefrite pós-infecciosa aguda Geralmente, ocorre após infecção estreptocócica em crianças e adultos jovens. Pode também ocorrer em consequência de infecções por muitos outros microrganismos; é causada por deposição de imunocomplexos, principalmente nos espaços subepiteliais, com reação neutrofílica e proliferação de células glomerulares. A maioria afeta crianças em recuperação; o prognóstico é pior nos adultos. Nefropatia por IgA Caracterizada por depósitos mesangiais de imunocomplexos contendo IgA. É considerada a maior causa mundial de síndrome nefrítica; Causa comum de hematúria recorrente; normalmente afeta crianças e jovens adultos e possui curso clínico variável. Nefrite hereditária Síndrome de Alport É causada por mutações nos genes que codificam o colágeno da MBG. Manifesta-se com hematúria e proteinúria lentamente progressiva e declínio da função renal. À microscopia óptica, os glomérulos, inicialmente, não apresentam alterações, que apenas aparecem na fase tardia da doença. Nefrite Tubulointersticial A maioria dos casos de NTI é causada por infecção bacteriana. Pielonefrite aguda É uma inflamação supurativa comum do rim e da pelve renal causada por infecção bacteriana. Outras infecções do trato urinário (ITU): • Trato urinário inferior (cistite, prostatite, uretrite) • Superior (pielonefrite) Sintomas de infecção urinária e cistite Causas da infecção urinária Fisiopatologia do Sistema Cardiovascular Sistema cardiovascular É o primeiro sistema de órgãos a se tornar totalmente funcional in útero (por volta da oitava semana de gestação) O sistema cardiovascular é formado pelo sangue, vasos sanguíneos e coração. Coração: bombeia mais de 7.500 litros de sangue por dia e bate mais de 40 milhões de vezes por ano. Funções do sistema cardiovascular • Transporte de gases O2 e CO2 • Regulação da temperatura corpórea • Transporte de produtos de excreção das células ou órgãos onde são formadas para os órgãos excretores. • Defesa contra agentes patogênicos. • Transporte de hormônios e produtos metabólicos. • Transporte de nutrientes Principais mecanismos de alteração das doenças cardiovasculares • Falência da bomba cardíaca • Obstrução do fluxo • Fluxo regurgitante • Desvio do fluxo • Distúrbios da condução cardíaca • Ruptura do coração ou de um grande vaso Falência da bomba Ocorrem disfunção sistólica e diastólica no qual há alterações nas contrações e relaxamento do músculo cardíaco. Obstrução do fluxo. Sobrecarrega do miocárdio, que tem de bombear contra a obstrução. Exemplos: • Hipertensão, estenose calcificada da valva aorta Fluxo regurgitante As lesões valvares que permitem refluxo de sangue fazem com que, a cada contração, seja adicionada uma sobrecarga de volume às câmaras envolvidas. Desvio do fluxo • Os defeitos (congênitos ou adquiridos) • Desviam inadequadamente o sangue de uma câmara para outra. • Ou de um vaso para outro. • Provocam sobrecarga de pressão e volume. Distúrbios da condução cardíaca • Impulsos cardíacos descoordenados • Bloqueio das vias de condução Arritmias • frequência da contração • débito cardíaco eficaz. Ruptura do coração ou de um grande vaso • Ferimento por arma de fogo que atravessa a aorta torácica • Perda da continuidade circulatória • Exsanguinação • Choque hipotensivo • Morte Fisiopatologia da insuficiência cardíaca • Coração encontra-se insuficiente • Incapaz de bombear sangue Causas • Infarto do miocárdio • Doença cardíaca arteriosclerótica • Doença valvular cardíaca • Doença cardíaca congênita Consequências da IC Sintomatologia • Dispneia • Fadiga • Retenção de líquido Mecanismoshomeostáticos Mecanismos homeostáticos compensatórios que visam corrigir a redução da contratilidade miocárdica ou o aumento da carga hemodinâmica. Cardiopatias congênitas São anomalias do coração ou dos grandes vasos que estão presentes ao nascimento. Em muitos casos, a cardiopatia congênita origina-se de um defeito na embriogênese entre a terceira e a oitava semana de gestação, quando ocorre o desenvolvimento das principais estruturas cardiovasculares; em quase 90% dos casos, a causa é desconhecida. Um shunt é uma comunicação anormal entre câmaras ou vasos sanguíneos. Dependendo das relações de pressão, os shunts permitem que o fluxo sanguíneo passe do lado esquerdo para o lado direito do coração (ou vice-versa) • Os shunts da esquerda para a direita são os mais comuns. • Essas lesões provocam sobrecargas crônicas de pressão e volume do lado direito • Com o tempo, causam hipertensão pulmonar acompanhada da inversão do fluxo sanguíneo e shunts da direita para a esquerda com cianose (síndrome de Eisenmenger). • Os shunts da direita para a esquerda geralmente causam cianose de início precoce e estão associadas a policitemia, osteoartropatia hipertrófica e embolia paradoxal. • As lesões obstrutivas englobam tipos diferentes de coarctação da aorta. • A gravidade clínica dessas lesões depende do grau da estenose e da potência do ducto arterial. Angina pectoris • Dor torácica que comprime o peito, irradiada para o pescoço, mandíbula costas e braços • Fluxo de sangue coronariano insuficiente • Não consegue suprir a demanda de oxigênio ao miocárdio isquemia. Angina Estável A angina estável (AE) refere-se ao desconforto no peito que ocorre de forma previsível e reprodutível em um determinado nível de esforço, com duração média de 1 a 5 minutos, é aliviada com repouso ou com nitratos e cujas características não se alteram no período de 2 meses. Angina variante A angina variante é angina de peito secundária a espasmo de artéria coronária epicárdica. Os sintomas incluem angina em repouso e raramente com esforços. O diagnóstico é por ECG e teste provocativo com ergonovina ou acetilcolina. O tratamento consiste em bloqueadores dos canais de cálcio e nitroglicerina sublingual. Infarto do miocárdio Consiste na necrose do músculo cardíaco que resulta de isquemia. A principal causa: aterosclerose. Avaliação laboratorial • Baseia-se na determinação dos níveis sanguíneos de macromoléculas que extravasam através das membranas das células lesadas do miocárdio • CK-MB - marcador valioso de lesão miocárdica, • Troponinas cardíacas T e I (TnT, TnI), • Lactato desidrogenase. Arritmias • As arritmias podem ser causadas por alterações isquêmicas ou estruturais no sistema de condução ou por instabilidade elétrica nos miócitos. • Nos corações com estrutura normal, na maioria das vezes, as arritmias resultam de mutações que afetam os canais de íons e causam distúrbios na repolarização ou na despolarização. • São disfunções da geração impulso • Disfunção condução do impulso que causam anormalidades no ritmo cardíaco. • Disfunção na geração e condução do impulso • FC alterada: < 60 ou > 100 b.p.m Sistema de condução cardíaco • Nó sinusal • Nó atrioventricular • Tratos internodais • Sistema His- Purkinje Sintomas • Assintomático • Sintomático: palpitação, tontura, bradicardia, taquicardia, irregularidades nos batimentos cardíacos (fibrilação atrial). Hipertensão •A hipertensão é um dos grandes problemas de saúde no mundo. • Aumenta o risco de acidente vascular cerebral e doença coronariana aterosclerótica • Pode levar à hipertrofia cardíaca, insuficiência cardíaca (doença cardíaca hipertensiva), dissecção aórtica, demência por multi-infarto e insuficiência renal. • PA > 140 X 90 mm Hg • PA α DC X RVP • DC: Barorreflexos • RVP: Sistema Renina- Angiotensina- Aldosterona Predisposição • Hereditariedade • Estilo de vida • Alimentação/ Ingestão elevada de sódio • Fumo Aterosclerose • É caracterizada por lesões nas íntimas chamadas ateromas (ou placas ateromatosas ou ateroscleróticas). • As placas ateromatosas são lesões elevadas compostas por centro mole e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres de colesterol, com restos necróticos), recobertas por uma cápsula fibrosa Estrutura da placa de ateroma Aterosclerose A aterosclerose é uma inflamação, com a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e de outras localidades do corpo humano, como por exemplo cérebro, membros inferiores, entre outros, de forma difusa ou localizada.
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