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Rebeka Freitas Sinais e Sintomas -Sinais são alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde. -Sintoma é qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não consistir-se em um indício de doença. Características da dor - Localização e irradiação (irradiada ou referida; trajeto neurológico: se espalha?); - Tipo (espontânea ou desencadeada); - Intensidade (contínua ou pontual); - Início/caráter (espontânea ou provocada); - Periodicidade (intermitente ou contínua); - Duração (aguda ou crônica); - Fator desencadeante; - Fator de piora e fator de melhora; - Cortejo sintomático (outros sintomas além da dor). Análise dos sintomas º Início – quando começou? º Localização/irradiação – onde dói? sente em mais algum local? º Qualidade: como é a sua dor? º Intensidade: em uma escala de 0 a 10, onde 0= nenhuma dor e 10= pior dor, como é a sua dor? - 1,2,3= leve-> a pessoa tem dor, mas não deixa de realizar as atividades do dia a dia. - 4,5,6= moderada -> sente dificuldade em realizar as atividades do dia a dia - 7,8= intensa -> incapacidade de realizar as atividades do dia a dia - 9,10= muito intensa -> incapacidade de realizar as atividades do dia a dia - Pode-se utilizar uma escala cronológica ou analógica de intensidade º Duração e frequência: há quanto tempo sente? dói todos os dias? º Evolução: o que aconteceu depois? continuou a doer? fez algum tratamento? melhorou? piorou? º Fatores desencadeantes: algum coisa faz a dor aparecer? º Fatores associados de melhora ou piora: alguma coisa faz a dor piorar ou melhorar? º Sintomas associados: sente alguma coisa junto com a dor? º Situação atual: como está agora? Dor torácica - Dor crônica = duração maior que 3 meses - A primeira preocupação quando há dor torácica é a possibilidade de um infarto (doença coronariana). - A dor torácica pode ter origem óssea (costelas), muscular (intercostal, para vertebral), de órgãos intratorácicos (coração, pulmão) ou da pele (exemplo: Herpes Zóster) -> Diagnóstico diferencial. - A dor torácica pode ser proveniente de problemas no pericárdio, na pleura, na aorta, e em outras estruturas intratorácicas. - Herpes Zóster: segue o trajeto de um nervo (dermátomo)-> a queixa do paciente é de queimação; dor em faixa. Doença coronariana - Obstrução ou redução do fluxo sanguíneo para as coronárias reduz o fluxo para o miocárdio, causando uma isquemia, ou seja, uma diminuição da perfusão do músculo. - Na doença coronariana, há dor precordial típica (dor retroesternal) - Sinal de Levine: paciente um pouco arqueado para a frente, com o punho fechado sobre o esterno -> comum em pacientes com infarto agudo do miocárdio. - A irradiação da dor precordial ocorre nas seguintes regiões: pescoço; mandíbula; braço esquerdo; porção medial; ocasionalmente: braço direito, região inter-escapular, epigástrico, infra escapular. Rebeka Freitas - Dor que irradia para a mandíbula: patognomônica. ANGINA - Dor precordial típica, desencadeada por uma isquemia; diminuição da oxigenação. - Qualidade: peso, opressão, aperto, queimação; dor intensa. - Localização: retroesternal ou discretamente à esquerda da linha média - Modo de início e desaparecimento: início súbito; aumento e redução gradual; as dores mais súbitas são as de origem vascular. - Duração: 2 a 15 minutos; - Fatores precipitantes: exercício, estresse emocional, refeições pesadas, frio ambiente; - Fatores de alívio: repouso, nitratos; - Sintomas associados: dispneia (falta de ar), tontura, fadiga, síncope. - Angina estável: a artéria não está muito fechada; Angina instável: obstrução maior da artéria; Infarto: obstrução total da artéria -> na angina estável, a dor tende a melhorar quando o paciente entra em repouso. - Febre: sinal que pode ou não indicar infecção -> é necessário descartar essa possibilidade. Dor torácica pulmonar - Dor torácica é queixa comum em pacientes com doença respiratória; ocorre devido à inflamação ou tração de estruturas contínuas, notavelmente a pleura parietal. - A dor torácica pleurítica deve ser diferenciada da dor de origem musculoesquelética, que também pode ser ventilatório-dependente. -A dor musculoesquelética, embora varie com o ciclo respiratório, não é tão intensa e é intensificada pela extensão, ou pela flexão do trapézio ou dos músculos peitorais. - A presença de dor à palpação é muito característica da dor musculoesquelética. - IPAP: Inspeção; Palpação; Ausculta; Percussão. Dispneia - Conceito: é a consciência da necessidade de um esforço respiratório aumentado. - Na linguagem dos pacientes, a dispneia recebe a designação de "cansaço", "canseira", "falta de ar", "respiração difícil”, "fôlego curto", ou “fadiga”. - Diferenciar dispneia de astenia e de fatigabilidade, pois algumas expressões usadas pelos pacientes podem causar confusão. - O aparelho ventilatório normalmente deve ter: Eficiente comando nervoso pelos centros respiratórios e quimiorreceptores centrais e periféricos. Adequada resposta dos músculos respiratórios aos comandos nervosos. Boa complacência pulmonar. Ampla permeabilidade das vias aéreas. - A anormalidade de um ou mais destes setores pode levar à dispneia. - A dispneia pode ser atribuída a causas: pulmonares, cardíacas, metabólicas (acidose dia ética e urêmica), condições que alteram a ventilação (gravidez, obesidade, anemia, ascite- acúmulo de líquido na cavidade abdominal) e psíquicas (dispneia suspirosa). - A dispneia constitui um dos sintomas mais importantes dos cardiopatas/pneumopatas e significa a sensação consciente e desagradável do ato de respirar. -Apresenta-se sob duas formas: uma subjetiva, que é a dificuldade respiratória sentida pelo paciente, e outra objetiva, que se evidencia pelo aprofundamento ou aceleração dos movimentos respiratórios e pela participação ativa da musculatura acessória da respiração (músculos do pescoço na inspiração e músculos abdominais na expiração). - Tiragem intercostal: a dificuldade de respirar é tão grande que é possível observar o desenho das costelas e de suas reentrâncias. - Aleteo nasal: batimento da asa do nariz. Edema - Conceito: é um acúmulo anormal de líquido no compartimento extracelular intersticial ou nas cavidades corporais - As expressões "inchaço" e "inchume" são as mais usadas pelos pacientes para relatar este sintoma. - 3 perguntas importantes: Época em que apareceu? Região em que predomina? Como evoluiu? -Sinal de cacifo: -Mecanismo de ação: aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão coloidosmótica, aumento da permeabilidade vascular (inflamações) e diminuição da drenagem linfática. - Pressão hidrostática: pressão exercida pelo líquido dentro do vaso. - Processo inflamatório- alteração da permeabilidade capilar- aumento. Rebeka Freitas - Pressão oncótica (coloidosmótica): pressão gerada pelo acúmulo de proteínas dentro do vaso- mantém o líquido dentro do vaso, o qual não é muito permeável. Síndrome da ICC -Síndrome da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). -Síndrome = conjunto de sinais e sintomas que podem levar a diferentes doença, diferentes quadros clínicos. EDEMA DA ICC: - Resultado do aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo; aumento da pressão hidrostática (coração direito); - Secundário a IVD; - Localiza-se primeiramente no membros inferiores, pela ação da gravidade, iniciando-se em torno dos maléolos; pode haver ascite e derrame pleural; - À medida que vai progredindo, atinge as pernas e as coxas; - Por influência da gravidade, o edema cardíaco aumenta com o decorrer do dia, atingindo máxima intensidade à tarde; daí a denominação de edema maleolar vespertino; - Diminui ou desaparece como repouso noturno; - Edema agudo de repouso: paciente tem sensação de afogar-se quando deitado; -Localizado ou generalizado (anasarca). EDEMA AGUDO DE PULMÃO - A tosse é um sintoma frequente da IVE: seca, mais intensa à noite; - Consequência da congestão pulmonar: edema agudo de pulmão; secreção rósea, serosa e espumosa - Infecção associada. DISPNEIA NO CARDIOPATA - Dispneia: de esforço, progressiva, de decúbito, ortopneia, asma cardíaca, edema agudo do pulmão. - A dispneia no cardiopata indica uma congestão pulmonar decorrente da insuficiência ventricular esquerda que implica na presença de liquido dentro dos alvéolos, apresentando características próprias quanto à duração, evolução, relação com esforço e posição adotada pelo paciente; - Desencadeada com o esforço físico; piora com o decúbito dorsal; melhora com cabeceira elevada. -Dispneia paroxística noturna (DPN) é um sintoma no qual a pessoa desenvolve dificuldades de respiração após deitar-se para dormir; acorda durante a noite. EDEMA DE MMII ASCITE
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