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Deficiência Visual

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Visão geral
	
	Apresentação da disciplina:
	
	No decorrer da aula você perceberá que eu sou deficiente visual e esta minha condição favorecerá muito sua aprendizagem, pois estarei durante o curso relatando muito de minha experiência como deficiente. Você perceberá sempre abaixo das imagens uma pequena descrição é feita, essa medida me norteará sobre que imagem está sendo apresentada no texto. Esta unidade de estudo soma-se com os vídeos, com estudo do material didático e as avaliações, para assim delinear o nosso método de trabalho. Nesta unidade você terá oportunidade de refletir sobre o atendimento ao deficiente visual no ensino regular e consequentemente o processo de inclusão desse alunado como também o atendimento especializado ofertado.
	
 
	Objetivos:
	
	Objetivos da Unidade 1
Antes de abordarmos efetivamente o conteúdo passaremos aos objetivos que pretendo atingir com esse trabalho.
· Oportunizar formação teórica e metodológica aos alunos pós-graduandos para atuarem com alunos que apresentam deficiência visual no ensino regular;
· Oferecer subsídios aos professores para promover a inclusão dos alunos que apresentam deficiência visual nas salas de aula do ensino regular e na educação especial;
· Conceituar a pessoa com deficiência visual e as causas que interferem no seu desenvolvimento;
· Oportunizar o conhecimento e a reflexão sobre o processo educacional do aluno com deficiência visual;
· Transmitir conhecimentos aos alunos sobre a metodologia do Sistema Braille, ensino do Soroban e as tecnologias assistivas, visando favorecer o atendimento do aluno com deficiência visual.
Objetivos da unidade 2
· Quero que conheça os objetivos que pretendo atingir com esse trabalho:
· Oportunizar formação teórica e metodológica aos alunos pós-graduandos para atuarem com alunos que apresentam deficiência visual no ensino regular;
· Oferecer subsídios aos professores para promover a inclusão dos alunos que apresentam deficiência visual nas salas de aula do ensino regular e na educação especial;
· Oportunizar o conhecimento e a reflexão sobre o processo educacional do aluno com deficiência visual;
· Transmitir conhecimentos aos alunos sobre a metodologia do Sistema Braille, ensino do Soroban e as tecnologias assistivas, visando favorecer o atendimento do aluno com deficiência visual.
	
	Conteúdo Programático:
	
	CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – UNIDADE 1
Conceituação da Deficiência Visual;
Principais Causas da Cegueira e Baixa visão;
Erros de Refração;
Sinais que ajudam a identificar a pessoa com déficit visual;
Fatores que interferem no desempenho do aluno com deficiência visual
Orientações Pedagógicas para atendimento ao aluno deficiente visual;
A inclusão escolar do aluno com deficiência visual;
Condições para atendimento do aluno com deficiência visual;
Serviço Itinerante nas escolas regulares;
Atividade da vida autônoma e social - AVAS;
Tecnologias assistivas;
Informática especializada;
O ensino do Sistema Braille;
Alfabetização do aluno cego;
O ensino do soroban (ábaco).
	
	Metodologia:
	
	
	Na unidade utilizaremos todos os recursos necessários e disponíveis para o desenvolvimento da discussão do conteúdo. Sendo assim, faremos uso de:
· Textos da própria web-aula e de outros sites que possam contribuir para a discussão;
· Vídeos que podem esclarecer ou aprofundar determinados conteúdos;
· Avaliações virtuais onde será realizada a verificação do aprendizado;
Entre outros recursos que poderão ser utilizados visando maior entendimento da matéria.
	
	
 
	Avaliação Prevista:
	
	
	Cada web-aula conterá uma avaliação virtual composta de 5 questões (sendo assim, temos 2 web-aulas com 5 questões cada).
	
	
	Habilidades e competências
	
	
	· Ampliar seus conhecimentos sobre os aspectos teóricos contidos nas diversas correntes do pensamento sobre a temática discutida na disciplina.
· Compreender a importância dos temas trabalhados para a formação profissional;
· Articular a relação teoria e prática no exercício da profissão, por meio do entendimento da visão do mundo moderno e globalizado.
	
 
Prezado (a) aluno (a) seja bem vindo (a) as nossas aulas da disciplina DEFICIÊNCIA VISUAL para o curso de ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇAO ESPECIAL INCLUSIVA – modelo Web.  Meu nome é Shirlei Mara Sambatti Marinho, serei nesta disciplina sua professora e estarei trabalhando com você durante seu percurso de estudos da área da Deficiência Visual no ambiente web.
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
 
WEBAULA 1
Unidade 1 - Conceituação de Deficiência Visual, Atendimento Especializado e as principais patologias que acarretam a deficiência visual
 
 
Então, vamos começar nosso estudo? A inclusão das pessoas com deficiência visual no processo educacional, tanto no ensino especial como no ensino regular é possível, necessária, está prevista na LDB 9394/96 e regulamentada pela Resolução do CNE 02/2001 que garante aos alunos com necessidades educacionais especiais o direito ao acesso e permanência no Sistema Regular de Ensino. A concretização desta ação em relação ao deficiente visual implica na reestruturação dos sistemas de ensino como um todo. O atendimento educacional ofertado aos alunos com deficiência visual, tem tido grandes avanços, entretanto os serviços educacionais ainda se encontram distantes de promover a real inclusão com qualidade e equidade.
1.1 CONCEITUAÇÃO DE DEFICIENCIA VISUAL
Você sabe o que venha ser deficiência visual?
Pois bem, é considerada deficiente visual a pessoa que privada, em parte ou totalmente da capacidade de ver. A deficiência visual caracteriza-se por cegueira e baixa visão ou visão subnormal.
Então o que é uma pessoa com cegueira?
Pessoa com cegueira é aquela que por ter ausência de percepção de formas ou imagens, necessita para seu desenvolvimento/aprendizagem de recursos e estratégias que lhe possibilite a interação com o meio através dos outros sentidos (tato, audição, olfato e paladar), para a apropriação de conceitos e significados do mundo que a cerca, utilizando o Sistema Braille como principal meio de leitura e escrita.
E a pessoa com baixa visão ou visão subnormal?
A pessoa com baixa visão ou visão subnormal é aquela que por ter um comprometimento em seu funcionamento visual relacionado à diminuição da acuidade e/ou campo visual, adaptação à luz e ao escuro e percepção de cores, não corrigível por tratamento clínico ou cirúrgico nem por óculos convencionais, apresenta em seu melhor olho acuidade visual menor ou igual a 0,3 ou campo visual menor que 20º (graus) e necessita tanto de recursos ópticos quanto educacionais para maximizar sua capacidade visual.
 
Segundo a Tabela de Códigos da Classificação Internacional de Doenças - CID 10 a baixa visão ou visão subnormal em ambos os olhos, classifica-se pelo código H54.2 e compreende as categorias 1 e 2 conforme a seguir:
Quadro 1: Classificação da Perda da visão (OMS)
(Escala Optométrica Decimal de Snellen)
	Graus de comprometimento visual
	Máxima maior que:
	Mínima igual ou maior que:
	 
 
1
	6/18
3/10(03)
20/70
	6/60
1/10(0,1)
20/200
	 
 
2
	6/60
1/10(0,1)
20/200
3/60
	3/60
1/20 (0,05)
20/400
1/60 (capacidade
de contar dedos a 1 m.)
Fonte: Brasil (2012. p. 23)
Quadro 2: Classificação médica e educacional: paralelo e intersecção
	CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA
	CLASSIFICAÇÃO EDUCACIONAL
	· Diagnóstico médico – baseado na Acuidade visual.
· Ênfase no que enxerga.
· Finalidade legal, econômica e estatística.
 
· Resultado estático em condições especiais de distância e iluminação.
· Dados Quantitativos (numéricos)
· Diagnóstico educacional - baseado na Eficiência Visual.
· Ênfase no como enxerga.
· Finalidade prática e funcional em termos de desempenho na O&M na AVD1  e nas tarefas escolares
· Resultado dinâmico  em condições de vida prática.
	 
· Dados qualitativos
	Obs.: Uma complementa a outra;
O diagnóstico médico não leva necessariamente ao prognóstico educacional (pode haver uma capacidade de visão para perto não desenvolvida).
Fonte: Brasil (2012 p. 27)
Quadro3: Perda do Campo Visual
	Distância visual para longe
	Correspondente na Tabela deSnellen
	20/20  PÉS
	6/6 METROS
	1
	20/25
	6/7,5
	0,8
	20/40
	6/12
	0,5
	20/50
	6/15
	0,4
	20/70
	6/21
	0,3
	20/80
	6/24
	0,25
	20/100
	6/30
	0,2
	20/160
	6/48
	0,125
	20/200
	6/60
	0,1
	20/400
	6/120
	0,05
Fonte: Brasil (2008)
Agora convido você a refletir sobre a deficiência visual e seu amparo legal, para isso, trago a Portaria nº 3.128/2008 do Ministério da Saúde.
 
 
	Saiba Mais
A baixa visão ou visão subnormal de acordo com a Portaria nº 3.128, de 24 de dezembro de 2008 do Ministério da Saúde.
Disponível em:
.
 
Selecionei um vídeo para dialogarmos sobre o cotidiano de uma pessoa cega e assim, avançarmos na proposta da unidade.
	VÌDEO
Tenho um vídeo bem interessante que mostra um dia na vida de um deficiente visual, inclui depoimentos de amigos que levarão você a refletir sobre os desafios enfrentados.
O COTIDIANO DE UM DEFICIENTE VISUAL
.
 
	QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Em sua opinião uma pessoa com deficiência visual pode contribuir com a sociedade? No seu entendimento de que maneira?
 
1 AVD: Atividades da Vida diária
1.2 SITUAÇÕES QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
As pessoas carecem de maiores informações e orientações sobre as situações em indivíduos necessitam de encaminhamento especializado. São elas:
· Pessoas que apresentam cegueira em ambos os olhos e em qualquer faixa etária;
· Pessoas com patologia visual que, como consequência, apresente:
· Perda de visão central, em ambos os olhos, com acuidade visual de 20/70 a 20/200, segundo a tabela de Snellen (1862), no melhor olho, após correção óptica.
· Perda do campo visual em ambos os olhos
1.3 A IMPORTÂNCIA DA VISÃO E DAS FUNÇÕES VISUAIS
Vamos conhecer e estudar a importância da visão principalmente nos primeiros anos de vida de uma pessoa e o funcionamento da visão. Para isso sugerimos a leitura do texto base, páginas 2 a 4. 
 
	ATIVIDADE:
Após a leitura, entre no FÓRUM e elabore uma síntese elencando os principais conteúdos que aprendeu e, caso tenham surgido dúvidas, formule questões e as solucione junto à tutora e aos outros cursistas de sua turma.
1.4 As PRINCIPAIS CAUSAS DA CEGUEIRA E BAIXA VISÃO
Congênitas – ocorrem no nascimento, sendo que muitas são de origem genética.
Adquiridas - ocorrem por traumatismos, alcoolismo, drogas em geral, radiações, infecções durante a gestação, como também após o nascimento derivados de outras doenças ou através de uso indiscriminado de medicamentos.
As principais patologias são:
Quadro 4: Principais Patologias
	Patologia
	Patologia
	Ambliopia
 Significa baixa visão em um olho organicamente perfeito, isto é, há um problema apenas funcional.
	Atrofia óptica
 Lesão irreversível das fibras do nervo óptico.
	Catarata
Leococoria que ocorre no cristalino ou opacidade do cristalino.
	Coriorretinite
Infecção que ocorre normalmente na mácula, mas também pode ocorrer na periferia e no nervo óptico - neurite.
	Ceratocone
São deformações que incidem sobre a córnea em forma de cone, as causas podem ser o desequilíbrio endócrino ou metabólico.
	Retinose pigmentar
Degeneração prematura da camada pigmentada da retina.
	Retinopatia da prematuridade
Não existe uma causa determinada para a Retinopatia da Prematuridade. Acredita-se que a retina não estaria, sob o ponto de vista vascular, apta a receber oxigênio.
	Retinopatia diabética
A Retinopatia Diabética é a pior complicação da diabete nos olhos. Os vasos sanguíneos que nutrem a retina enfraquecem progressivamente, vazam líquido ou sangue, e acabam obstruídos.
Fonte: Romagnolli (2012)
1.5 ERROS DE REFRAÇÂO
Selecionei um vídeo para você que irá auxiliá-lo a compreender melhor sobre refração. Vamos assistir?
	VÌDEO
REFRATIVA
 
https://www.youtube.com/watch?v=wfrCzo-i5O4
1.6 SINAIS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR PESSOAS COM DÉFICIT VISUAL
Em termos práticos, no dia a dia do professor, ele poderá atuar como agente preventivo da cegueira, ao observar e encaminhar alunos que apresentam os sinais abaixo:
· Olhos vermelhos e excessivamente irritados;
· Apertar os olhos ao fixar determinado objeto;
· Lacrimejamento e/ou pestanejamento excessivo;
· Dor nos olhos e/ou dores de cabeça;
· Dificuldade na leitura ou em outra atividade que use a visão;
· Tropeçar com facilidade;
· Incapacidade de perceber objetos à distância;
· Sensibilidade à luz;
· Estrabismo,
· Náuseas, tonturas, visão embaçada e visão confusa;
· Inclina cabeça para um dos lados ou fecha um dos olhos para ler;
· Levantar da carteira para ler no quadro;
· Esfregar os olhos com frequência;
· Apresentar crostas nas pálpebras, purgações e terçóis;
· Apresentar manchas nos olhos;
· Tremor excessivo nos olhos;
O Plugin Silverlight está desabilitado ou não foi instalado em seu browser, faça o download clicando aqui ou ative o mesmo.
 
 
	ATIVIDADE:
Chegou o momento de realizarmos uma atividade reflexiva, onde apresento um estudo de caso para sua análise
Dê sua opinião sobre o caso a seguir:
Dona Lourdes tem uma filha que apresenta cegueira, está em idade escolar e não sabe se realiza a matricula da menina na escola especial ou na escola da Rede Regular de Ensino. Ao procurar uma escola da Rede Regular de Ensino a diretora afirma que é melhor estudar lá, tendo em vista que na escola ela vai ter contato com crianças “normais” e a socialização vai ser suficiente para a aluna, mesmo que não aprenda.
 
1.7 FATORES QUE INTERFEREM  NO DESEMPENHO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL
São inúmeras as variáveis que interferem na educação do aluno com deficiência visual:
1. Tipo de cegueira: congênita ou adquirida;
2. Diagnóstico etiológico e anatômico;
3. Prognóstico;
4. Grau do resíduo visual e sua funcionalidade;
5. Idade em que ocorreu a deficiência;
6. Deficiências associadas (congênitas ou adquiridas);
7. Nível de escolaridade no momento em que adquiriu a deficiência;
8. Nível sócio-econômico-cultural;
9. Estrutura familiar.
	Aprofundando o Conhecimento:
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a deficiência visual e a acessibilidade e inclusão dos alunos na escola acesse o link e leia o artigo:
MAZZARINO, Jane Márcia; FALKENBACH, Atos; RISSI, Simone. Acessibilidade e inclusão de uma aluna com deficiência visual na escola e na educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Porto Alegre, v. 33, n. 1, mar. p. 87-102, 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32892011000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt > Acesso em out. 2012.
	ATIVIDADE:
Após a leitura do Aprofundando o Conhecimento, entre no FÓRUM e  vamos discutir e refletir sobre o material em nosso Fórum de Discussões! Dê sua opinião, elabore um texto com 4 (quatro) laudas.
 
 
1.8 ESTIMULAÇÃO VISUAL
Um programa com sequência de atividades trabalhadas com pessoas de baixa visão, tendo como referência a sucessão de funções visuais que permitem observar o desenvolvimento visando atingir o máximo nível possível de funcionamento da visão.
 
	VÌDEO
ESTIMULAÇÃO VISUAL
 
https://www.youtube.com/watch?v=s7hwN8O0qXk
1.9 AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Avaliação funcional é a observação do desempenho visual do aluno em todas as atividades diárias, desde como se orienta e locomove-se no espaço, alimenta-se, brinca, até como usa a visão para a realização de tarefas escolares ou práticas. Ao realizar a avaliação funcional, é importante observar:
A avaliação funcional diz respeito ao acompanhamento do aluno, de sua evolução em atividades diárias e escolar.
A avaliação funcional da visão revela dados quantitativos e qualitativos de bservação sobre o nível da consciência visual, a recepção, assimilação, integração e elaboração dos estímulos visuais, bem como sobre o desempenho e o uso funcional do potencial da visão. (SÁ et al., 2007, p. 17).
1.10 EDUCAÇÃO INFANTIL ESPECIALIZADA
Tem a finalidade de proporcionar o atendimento da criança na primeira infância, através da estimulação precoce, a fim de ampliar suas potencialidades. Nesse sentido cabe ressatar algumas atitudes positivas importantes:
A criança com deficiência visual deve ser tratada com naturalidade, com a mesma cordialidade e atenção dispensada àsoutras crianças.• Ela não precisa de piedade ou atenção especial, mas de oportunidade para desenvolver suas possibilidades e talentos. Pode necessitar de mais tempo para agir e interagir com o meio e as pessoas. • Deve-se evitar a superproteção, pois a criança precisa de liberdade e espaço para agir, explorar o ambiente e desenvolver a espontaneidade e autonomia. • A criança com deficiência visual necessita de limites claros e regras de comportamento como qualquer outra criança. • As inadequações de comportamento, birras e agressividade não devem ser justificadas pela ausência da visão. • Na comunicação, fale de frente para que a criança possa olhar para quem esteja falando com ela. Em grupo, fale seu nome quando se referir a ela, pois não pode perceber a comunicação visual. Pode-se utilizar naturalmente palavras e termos como ver, olhar e perceber. • As crianças cegas ou com baixa visão podem apresentar ansiedade, insegurança e tensão diante de situações novas e pessoas desconhecidas. Podem também se desorientar em ambientes ruidosos. • É importante que a criança visite a escola, conheça a professora, seu nome, sua voz; de forma semelhante, conheça os colegas, seja apresentada a todos, possa tocá-los para poder conhecê-los fisicamente. • Explorar e vivenciar todos os espaços da escola: corredores, sala, banheiro, bebedouro, pátio, área de lazer, espaços, e pessoas a quem possa recorrer quando necessário. • Nas mudanças de ambiente ou ausência de pessoas que estão com a criança, ela precisa ser avisada com antecedência para poder antecipar a mudança ou separação das pessoas. • As crianças com deficiência visual podem apresentar dificuldade na percepção do meio, orientação e locomoção no espaço, mas podem aprender a se locomover com independência e autonomia, se forem incentivadas para tal. • Em virtude da dificuldade de controle do ambiente, ela pode desmotivar-se na busca de brinquedos. Encorage-a com pistas sonoras ou táteis para continuar na busca dos objetos ou persistir na brincadeira (BRASIL, 2006, p. 15-16).
1.11 ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
Orientação e Mobilidade – Compreende a àrea da Educação Especial que se dedica à reabilitação dos deficientes visuais, oriundas de problemas congênitos ou adquiridos. A OM tem como objetivo proporcionar ao deficiente visual autonomia na locomoção, auto-confiança, aumento da auto-estima e independência, elementos facilitadores na sua integração social.
Aspectos fundamentais no desenvolvimento da orientação e mobilidade:
· Cognitivos: Atividades proposta ao aluno para adquirir e concretizar conceitos, a natureza e função dos objetos, solução de problemas, abstração, retenção e transferência.
· Psicomotores: Proporcionar ao aluno experiências que desenvolva os movimentos básicos-fundamentais e as destrezas motoras, capacidades perceptivas e físicas e a comunicação não verbal.
· Emocionais: Ajudar o aluno a aumentar sua auto-confiança, auto-estima, motivação, valores e auto-imagem.
Treinamento dos outros sentidos:
Utilização da visão residual da forma mais eficiente, para os com visão subnormal. Desenvolvimento de interpretação de pistas e estabelecimento de pontos de referência captados pelos outros sentidos. Ex: Uma farmácia, o cheiro de remédios lhe informa que está passando por ela. O cheiro é uma pista e a farmácia pode ser um ponto de referência.
Relação do espaço de ação com objetos significativos do ambiente pela utilização dos outros sentidos (SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS, 2012).
A Sociedade de Assistência aos cegos apresenta algumas técnicas a serem empregadas com guia vidente:
As técnicas possibilitam ao deficiente visual andar com segurança, ao ser acompanhado por uma pessoa vidente. É necessário que se tenha uma postutra correta que possa orientar a mudança de direção, passagens estreitas, troca de lado, subir e descer escadas, aceitar e recusar ajuda, sentar-se (cadeiras/bancos) e passagens por portas.
Técnicas de auto-proteção:
São técnicas utilizadas pelo aluno, onde ele usa apenas seu corpo como recurso de proteção e segurança. Entre elas temos: Proteção superior, proteção inferior, rastreamento com a mão, enquadramento, tomada de direção, método de pesquisa.
Desenvolvimento da orientação:
Sabemos que a locomoção é uma atitude nata do indivíduo, isto é, se não apresentar distúrbios psicomotores e não for estimulado corretamente. Para o deficiente visual ter uma mobilidade segura é necessária uma boa orientação decorrente de fatores como: Ponto de referência, pistas, sistema de numeração externa e interna, medição, pontos cardeais, auto-familiarização com o ambiente.
Técnicas com bengala longa:
Dentre os recursos utilizados pelos deficientes visuais para locomoção, a bengala longa apresenta-se como um dos mais seguros quando manipulado corretamente. Para o manuseio correto da bengala é necessário destreza motora, boa percepção tátil-cinestésico, vivências pré-bengala, conhecimento e manipulação com a bengala para introduzir-se as técnicas que são: varredura, técnica diagonal em ambientes internos, detecção de objetos, passagem por portas, rastreamento com técnica diagonal, subir e descer escadas,  técnica de toque e deslize,  rastreamento com técnica de toque, rastreamento em três pontos.
Ao final desta etapa em ambiente internos, o aluno terá domínio dessas diversas técnicas. O mesmo receberá instruções em ambientes externos, onde colocará em prática seus conhecimentos. Nesta fase, precisará da atenção, concentração, iniciativa para transpor várias situações, pois não terá somente contato com o público, mas com vários tipos de ambientes, obstáculos, calçadas, ruas, cruzamentos, avenidas, veículos, comércios e espaços físicos variados (SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS, 2012).
1.12 A INTERAÇÃO SOCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Muitas vezes as pessoas são surpreendidas com o comportamento e as atitudes da pessoa cega, bem como de suas limitações e possibilidades. Sugerimos que o professor informe à comunidade escolar, aos familiares e as outras pessoas sobre a real possibilidade dessas pessoas mostrarem ao mundo a sua eficiência, assim como Hellen Keller (surdacega) o fez.
Há  algumas situações que podem ser vivenciadas pela pessoa cega, eliminando-se assim possíveis dúvidas no momento de prestar ajuda,  a qual deve ser discreta e natural. Ajudar significa contribuir com sua segurança, bem-estar e muitas vezes com sua auto-estima.
No entanto, evite realizar por ela algo que muitas vezes aprecia fazer sozinha, mesmo porque, muitas pessoas cegas realizam com independência e autonomia suas atividades cotidianas.
A seguir, algumas dicas que podem ajudá-lo no relacionamento com pessoas cegas:
· Procure não deixar de cumprimentar uma pessoa cega, sempre lhe estenda a mão. Este gesto substitui o seu sorriso. Além disso, ele contribuirá para que você tenha um bom relacionamento social.
· Identifique-se ao “entrar ou sair” de um ambiente onde uma pessoa cega se encontra, dirigindo-se a ela e não ao acompanhante (quando houver). Dessa forma, você poderá tomar a iniciativa para comunicar-se.
· Para ajudar a pessoa cega a sentar, basta colocá-la em contato com o móvel explicando a posição deste. Assim, ela saberá o que fazer.
· As palavras como “ali”, “lá”, necessitam do gesto que dão significado, elas perderm o sentido quando falamos com pessoas cegas. A informação deve estar relacionada à posição da pessoa em questão como: “a sua direita”, “a sua frente”, “a dois metros”.
· Falar sem receio palavras como “ver”, “olhar”, pois são utilizadas  no sentido de perceber, observar e comprovar.  Sua utilização é comum na comunicação entre pessoas cegas.
· Perceber que através da voz ela pode identificar além das palavras, por exemplo, quando estamos tristes ou alegres. Não há necessidade de “falar em voz alta”.
· Para entregar ou mostrar um objeto a uma pessoa cega, “coloque-o em suas mãos” ou ao seu alcance e deixe que explore livremente durante o tempo necessário.
· Para guiar uma pessoa cega, ofereça seu braço, “tocando-a levemente, e caminhe comela naturalmente, observando o espaço que ambos ocupam.Avise-a diante de obstáculos como escadas ou degraus que possam surgir durante o trajeto. O contato com seu braço permitirá que a pessoa cega siga os movimentos de seu corpo.
· Ao utilizar escadas, a preferência do corrimão é da pessoa cega, basta guiar-lhe a mão para ela apoiar-se . Anuncie o primeiro e último degraus.
· Em passagens “estreitas ou difíceis”, basta caminhar à frente e diminuir o passo para evitar batidas.
· Geralmente, a pessoa cega, ao locomover-se sozinha utiliza-se da “bengala” (e demais sentidos) para observar as “características do solo e a presença de obstáculos”, como também pontos de referência (telefone público, lixeiras etc.). Avise-a se você perceber dificuldade ou perigo.
· Ao encontrar-se no caminho de uma pessoa cega, “afaste-se ou anuncie sua presença”. Caso proponha que mude de direção, certifique-se de que não haja obstáculos.
· Não é agradável para uma pessoa cega perceber que “está sendo seguida”, mesmo que se tenha boa intenção em prestar ajuda. Identifique-se e ofereça ajuda.
 
	 FÓRUM DE DISCUSSÕES. Procure interagir, com pelo menos mais 2 colegas comentando suas postagens. Lembre-se que a riqueza do Fórum está na possibilidade da discussão e troca de ideias.
Prezado (a) aluno (a) com essas orientações terminamos nossa primeira web aula, continuaremos tratar de outros assuntos pertinentes à deficiência visual em nossa próxima web aula. Um abraço e aguardo vocês lá!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/CEB, n. 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível em: Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Lei n. 9.496, de11 de setembro de 1997. Estabelece critérios para a consolidação, a assunção e o refinanciamento, pela União, da dívida pública mobiliária e outras que especifica, de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal. Disponível em: Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: Acesso em: out. 2012.
BRASIL. Portaria n. 3.128, de 24 de dezembro de 2008. Define que as Redes Estaduais de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual sejam compostas por ações na atenção básica e Serviços de Reabilitação Visual. Disponível em:Acesso em 05 out. 2012
BRASIL. Saberes e práticas da inclusão. Educação Infantil - Deficiência visual: Dificuldades de comunicação e sinalização. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf> Acesso em: 8 out. 2012.
BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de sinalização e comunicação: deficiência visual. 2006. Disponível em:
ROMAGNOLLI, Glória Suely Eastwood. Inclusão de alunos com baixa visão na rede pública de ensino. Disponível em: Acesso em: 5 out. 2012.
SÁ, Elias Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myrian Beatriz Campolina. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.
SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS> Orientação e mobilidade. Disponível em:. Acesso em: 05 out. 2012.
TEIXEIRA, Luzimar. Exame de visão. Disponível em:. Acesso em: 05 out. 2012.
SUGESTÕES DE LEITURA
AMORIM, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia. A criança cega vai à escola: preparando para a alfabetização. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008).
ANTUNES, Orcezi. CHIODI Célia Regina B. Um curso de reeducação visual. Curitiba, PR, 1989.
ASOCIAÇÃO DE CEGOS LOIUS BRASIL. 2012. Disponível em:-Acesso em: nov. 2006.
BARRAGA, Natalie C. Guia do professor para desenvolvimento de aprendizagem visual e utilização de visão subnormal. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1978.
BORGES, Antônio. Projeto Dosvox. Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em: Acesso em: nov. 2006.
BRASIL. Decreto n. 3.298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: maio 2004.
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DECLARAÇÃO DE MADRI. A não-discriminação e a ação afirmativa resultam em inclusão social. Espanha, 23 de março de 2002. CONGRESSO EUROPEU DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Disponível em Acesso em: set. 2006.
DEFENDI, Edson Luiz; LIMA, Eliana Cunha; LOBO, Rita Helena Costa. Perdi a visão... e agora? São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
DOMINGUES, Celma dos Anjos. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: os alunos com deficiência visual: baixa visão e cegueira. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; v. 3. 2010.
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HANNEMANN, Agnaldo et al. Programa de Estimulação Visual. Departamento de Educação Especial da Secretaria do Estado da Educação. Curitiba PR, 1993.
LEMOS, Edison Ribeiro; CERQUEIRA, Jonir Bechara. O Sistema Braille no Brasil. Revista Benjamin Constant, n. 2, jan. 1996, p. 13-17. Disponível em: Acesso em: out. 2012.
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OLIVEIRA, Fátima Inês Wolf de. Curso de treinamento da visão subnormal para portadores de visão subnormal. Londrina, 1997.
PARPINELLI, Emília Passos. Patologias: coletânea de artigos. Londrina: Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos - ILTIC, 2002.
QUEIROZ, Marco Antônio. Bengala Legal. Blog. Disponível em: Acesso em: abr. 2006.
SANTIN, Sylvia; SIMONS, Joyce Nesker. Problemas das crianças portadoras de deficiência visual congênita na construção da realidade. Revista Benjamin Constant, n. 2, jan. 1996, p. 12. Disponível em: Acesso em: out. 2012.
TAMIOZO, Maria Augusta Neves et al. Curso de reciclagem para profissionais que atuam na área de deficiência visual e múltiplas deficiências. Curitiba, 2001.
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
 
WEBAULA 1
Unidade 2 - ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA ATENDIMENTO AO ALUNO DEFICIENTE VISUAL E INCLUSÃO ESCOLAR
 
Sentiu alguma dificuldade até o momento? Vamos seguir em frente? Esta unidade discute sobre as orientações pedagógicas para atendimento ao aluno deficiente visual, o processo de inclusão escolar do aluno e as condições de atendimento, o serviço Itinerante nas escolas regulares; a importância da AVAS - atividade da vida autônoma e social, as Tecnologias Assistivas bem comoa Informática Especializada e por fim as metodologias específicas como: o Sistema Braille, a Alfabetização e o Soroban.
Então, vamos começar nosso estudo?
Para começarmos selecionei um vídeo para dialogarmos sobre as pessoas deficientes visuais e seus exemplos de superação e assim, avançarmos na proposta da unidade.
 
	VÌDEO
CEGOS- DEFICIENTES VISUAIS DÃO EXEMPLOS DE SUPERAÇÃO
 
https://www.youtube.com/watch?v=3nF3IGrK1bo&feature=g-vrec
 
	QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Em sua opinião como você pode auxiliar uma pessoa com deficiência visual superar suas limitações? Escreva no mínimo uma lauda.
 
2.1 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA ATENDIMENTO AO ALUNO DEFICIENTE VISUAL
Com relação ao deficiente visual a ação pedagógica implica na reestruturação dos sistemas de ensino e na reorganização escolar. Para tal, é necessário que o estabelecimento educacional atenda a alguns pré-requisitos básicos:
I. O ambiente deve permitir que o aluno use o máximo de sua capacidade e potencialidade;
II. O aluno deve frequentar salas nas quais se encontre ao nível dos demais;
III. Ao aluno devem ser proporcionadas as maiores chances possíveis de obter sucesso.
O atendimento educacional ofertado aos alunos com deficiência visual tem tido grandes avanços. Entretanto os serviços educacionais ainda se encontram distantes de promover a real inclusão do aluno deficiente visual com qualidade e equidade. A escola de Ensino fundamental e o professor de classe comum carecem de maiores informações e orientações sobre a prática pedagógica, planejamento e trabalho junto a alunos deficientes visuais.
A Inclusão Escolar do Aluno com Deficiência Visual
Entende-se por inclusão escolar o acesso do aluno deficiente visual ao processo formal de educação e a possibilidade de apreensão do saber historicamente construído e sistematizado.
Para se concretizar a inclusão do aluno deficiente visual no Ensino Regular são necessárias adequações curriculares e adaptações que facilitem o aprendizado e melhorem o desempenho escolar. As adequações e adaptações podem se constituir em ajustes nos objetivos educacionais, no conteúdo programático, nos procedimentos e estratégias de ensino adotados, no processo de avaliação e na temporalidade.
A suplementação didática e os recursos educativos especiais devem ser aplicados na medida do potencial de cada aluno, de modo a promover ajustes de acordo com suas necessidades. O deficiente visual alcançará a igualdade e êxito no desempenho das atividades curriculares quando encontrar adequações que favoreçam os seus acessos nos aspectos de recursos físicos, ambientais e materiais.
a) Condições Físicas e adequações ambientais
A adequação ambiental é fator preponderante para a permanência do aluno com deficiência visual no espaço escolar, daí a necessidade da reorganização do espaço físico:
· Fixar faixas indicativas de alto contraste com o fundo onde forem instaladas, visando facilitar a orientação espacial de alunos com baixa visão;
· Instalar quadro com contraste ao objeto utilizado para escrever, visando o melhor visibilidade para o aluno com baixa visão;
· Providenciar iluminação adequada visando a melhor visibilidade para o aluno com baixa visão segundo suas necessidades;
· Verificar com o aluno, com baixa visão, de maneira adequada que facilite a melhor visibilidade possível em relação ao quadro;
· Posicionar o aluno cego, em sala de aula, de maneira que favoreça sua capacidade auditiva para ouvir e relacionar com o docente;
· Executar as ações necessárias para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: objetos pregados na parede colocados em posição mais alta, retirar objetos que possam estar obstruindo o caminho onde a pessoa poderá passar, evitar portas entreabertas, colocar pistas táteis e auditivas para orientar na localização de ambientes, espaçar as carteiras para facilitar o deslocamento;
· Colocar corrimão na escada e fita adesiva contrastante nas extremidades dos degraus;
b) Materiais específicos
É importante prover a unidade escolar bem como os alunos dos seguintes materiais:
· Sistema de comunicação, adaptado às possibilidades do aluno deficiente visual: Sistema Braille, tipo ampliado, recursos tecnológicos;
· Máquina Braille, reglete, punção, soroban, bengala, livro falado, material adaptado em relevo, e outros;
· Recurso óptico necessário, luminária, suporte para elevar e aproximar dos olhos o material de leitura ou escrita;
· Promover a adequação de materiais levando em conta o tamanho das letras (ampliação), o contraste, o relevo com texturas, a necessidade ou não da escrita em Braille, etc.;
· Providenciar softwares educativos específicos, materiais desportivos adaptados: bola de guizo, xadrez, dominó, dama, baralho, materiais coloridos e contrastantes e outros;
c) Adequações Curriculares
As adequações curriculares deverão basear-se na proposta curricular do Ensino Regular e fundamentar-se na Proposta Pedagógica da escola, no Trabalho Pedagógico desenvolvido no cotidiano, nas Diretrizes Metodológicas, nos Recursos Materiais disponíveis e ainda não disponíveis, e na Estrutura Física.
Para efetuar as adequações necessárias, a Instituição Escolar necessita buscar parcerias nas diferentes esferas de ensino e com serviços e Instituições governamentais e não governamentais da comunidade que possam dar suporte, apoio, orientação, adaptação e complementação curricular, tendo como referência o currículo oficial do sistema, possam se promover adequações e variações, mencionaremos algumas tais como:
· Na introdução de conteúdos, objetivos e critérios de avaliação, indispensáveis à educação do aluno com deficiência visual: atividades da vida autônoma, orientação e mobilidade, escrita no Sistema Braille, metodologia do soroban, tendo em vista as peculiaridades individuais do aluno;
· Em relação à temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, levando em conta que o aluno com deficiência visual pode atingir os objetivos comuns do grupo, em período mais longo de tempo, lembrando-se sempre que a leitura e a escrita no Sistema Braille é mais lenta que a escrita comum;
· Na eliminação de conteúdos, objetivos, atividades e critérios de avaliação que o aluno esteja impossibilitado de realizar e que dificultem o alcance dos objetivos educacionais postos para seu grupo de referência, em função da deficiência, substituindo-os por outros que sejam significativos e básicos para o aluno. Este procedimento de supressão e/ou substituição, não deve comprometer a escolarização e a promoção acadêmica do aluno;
· Nas verificações da aprendizagem do aluno com deficiência visual no mesmo momento em que as realiza com os demais alunos e possibilitar as alternativas na forma de realização das provas (com ledor, transcritas para o Sistema Braille, com o uso do computador, ou ampliada), dependendo da condição visual do aluno;
· Na complementação de textos escritos com outros elementos para melhor compreensão (ex. ilustrações táteis, mapas, gráficos e tabelas e outros em relevo);
· Facilitar a circulação do aluno pelas dependências da escola, orientando-o quanto ao espaço físico favorecendo a aquisição de conceitos e pistas espaciais e temporais  para domínio e organização do meio apoiando, assim, sua locomoção;
d) Condutas do professor e da escola
Mencionaremos algumas orientações com relação à postura do professor, sugerimos que você caro(a) aluno(a) faça a leitura da apostila e posteriormente a tarefa do Fórum sobre este assunto.
· Aceitar o aluno e procurar conhecê-lo, tendo uma relação afetiva, efetiva, não diferenciada e de absoluta normalidade e igualdade para com a classe como um todo;
· Promover sensibilização ou conscientização da comunidade escolar, através de reuniões, palestras com profissionais especializados, veiculação de materiais escritos, exibição de vídeos, visando facilitar o ingresso e permanência do aluno com deficiência visual na escola;
· Identificar-se sempre que começar a conversar com um aluno com deficiência visual, anunciar sua chegada ou saída do ambiente onde se encontra uma pessoa cega;· Indicar com precisão o lugar exato das coisas evitando termos como “aqui e ali”. Os termos mais corretos são: à sua frente, atrás de você, em cima, à direita de você, à esquerda, etc;
· Posicionar os alunos com deficiência visual em sala de aula, de modo a facilitar a visibilidade do aluno com baixa visão e favorecer a audição e os outros sentidos do aluno cego;
· Verbalizar as situações que dependam exclusivamente do uso da visão, fornecendo explicações verbais de todo o material;
· Promover situações de parceria, colocando o aluno para trabalhar em grupo com alunos videntes com os quais melhor se identifique;
· Proporcionar tempo suficiente para o aluno realizar as suas atividades.
· Alternar as atividades e conceder tempo de descanso visual para evitar a fadiga visual nos casos de alunos com baixa visão.
· Permitir que o aluno se levante da carteira para copiar do quadro e encorajá-lo a deslocar-se na sala de aula e dependências externas para obter materiais e informações;
 
	ATIVIDADE:
Após a leitura deste assunto, entre no FÓRUM e elabore uma síntese elencando os principais conteúdos que aprendeu e, caso tenham surgido dúvidas, formule questões e as solucione junto à tutora e os outros colegas de sua turma.
 
SERVIÇO ITINERANTE NAS ESCOLAS REGULARES
É o atendimento em que o professor se desloca, periodicamente, para garantir o apoio especializado a alunos deficientes visuais inseridos no ensino regular. Em geral, é utilizado quando o número de alunos a ser atendido em qualquer das escolas é insuficiente para justificar o emprego permanente de um professor especializado ou de uma Sala de Recursos. O resultado do trabalho conjunto do professor itinerante e professores do ensino regular é o atendimento das necessidades do aluno deficiente visual objetivando sua inclusão em sala de aula. Segundo a proposta das Diretrizes Nacionais do MEC é:
Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino (BRASIL, 2001, p. 50).
ATIVIDADES DA VIDA AUTÔNOMA E SOCIAL – (AVAS)
O termo atividades de vida autônoma e social/AVAS designa as atividades de vida diária, pela Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de Setembro de 2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
As AVAS referem-se a um conjunto de atividades que visam o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais no cotidiano do indivíduo, tendo em vista a independência, a autonomia e a convivência social da pessoa com deficiência visual. Elas  são muito importantes para a preparação futura, desenvolvimento intelectual , interação social e participação em  comunidade do deficiente visual favorecendo a sua auto-estima e os seus sentimentos que são importantes para seu desenvolvimento global.
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Os termos “Tecnologia Assistiva” – TA – foram sugeridos por Sassaki (1996), ao ler alguns artigos, em inglês, referentes a equipamentos, adaptações, aparelhos e dispositivos para Pessoas com Necessidades Educativas Especiais - PNEE’s. Segundo o autor, "Tecnologias Assistivas” podem ser usadas para designar qualquer coisa que assiste, ajuda ou auxilia as pessoas com alguma limitação, proporcionando-lhes "maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade". Assim, em seu sentido geral, podemos entender que todos os artefatos usados por uma pessoa, em seu dia-a-dia, desde talheres, ferramentas etc., são objetos de Tecnologia Assistiva. (SASSAKI, 1996)
As Tecnologias Assistivas estão divididas em 11 categorias, mas aqui, serão abordadas somente as categorias referentes à área visual.
Os auxílios para a vida diária podem ser materiais e produtos que auxiliam nas tarefas rotineiras do dia-a-dia, como exemplo, podemos citar a calculadora sonora, a balança sonora, o termômetro sonoro, identificador de chamadas telefônicas sonoro, a agulha de costurar, a fita métrica, entre outros.
Os auxílios para deficientes visuais com baixa visão são lupas, telescópio monocular, lupa eletrônica (conectada a TV), suporte para leitura, lápis com escrita escura e ponta grossa, cadernos com pautas preta e espessa, calculadora com teclas e visor com números ampliados, e outros.
Os acessórios para computador tratam-se de equipamentos de entrada ou saída que servem de auxílios para o acesso à informática, esses auxílios permitem o uso do equipamento por pessoas cegas ou com alguma limitação visual. Exemplo disso são scanners, impressora Braille, multimídia (placa e caixa de som), linha Braille, etc.. Nesta categoria encontram-se, também, os softwares que proporcionam acessibilidade às pessoas com deficiência visual, como Dosvox, Virtual Vision, NVDA, Jaws, Lente de Aumento do Windows e Magic.
INFORMÁTICA ESPECIALIZADA
A informática é um dos instrumentos de fundamental importância na educação de pessoas com deficiência visual, pois objetiva o ingresso e permanência deles na escola, na sociedade, no mercado de trabalho e na melhoria da qualidade de vida.
As limitações que a falta de visão causam podem ser amenizadas através de dois elementos:
a) Uma educação adaptada à realidade do indivíduo.
b) Uso de tecnologia para diminuir as barreiras impostas pela falta de visão.
Desde a década de 70, foram desenvolvidos diversos equipamentos para serem conectados aos computadores, visando adaptar seu uso por pessoas cegas. Atualmente, o computador é utilizado em praticamente todos os tipos de atividades, seja na área educacional, no mercado de trabalho, como meio de comunicação e circulação de informações, lazer, etc.
Em última análise, a informática representa um fator importantíssimo para o ingresso e inclusão do indivíduo com deficiência visual ao mercado de trabalho.
	ATIVIDADE
Após a leitura das Tecnologias Assistivas e da Informática Especializada, entre no FÓRUM e vamos discutir e refletir sobre a sua importância para o deficiente visual. Dê sua opinião.
 
O ENSINO DO SISTEMA BRAILLE
O Sistema Braille é mundialmente utilizado para a leitura e a escrita tátil de pessoas que apresentam deficiência visual. Foi desenvolvido  na França por Louis Braille em 1825, que era deficiente visual
É um sistema que apresenta seis pontos em relevo, e são apresentados em duas colunas de três pontos. Os seis pontos formam o que convencionou chamar de "cela" ou "célula" Braille. Sua apresentação é organizada da seguinte forma:
· Do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3
· Do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4-5-6
Figura: Cela Braille
As possibilidades de combinações são muitas. É possível estabelecer 63 combinações com as diferentes disposições dos seis pontos.
As dez primeiras letras do alfabeto são formadas pelas diversas combinações possíveis dos quatro pontos superiores (1-2-4-5); as dez letras seguintes são as combinações das dez primeiras letras, acrescidas do ponto 3, e formam a 2ª linha de sinais. A terceira linha é formada pelo acréscimo dos pontos 3 e 6 às combinações da 1ª linha (SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS, 2001, p. 1).
Os símbolos da 1ª linha são as dez primeiras letras do alfabeto romano que vão de 'a' a 'j'. Esses mesmos sinais, na mesma ordem, passam a exercer a função de números com valores de 1 a 0 quando precedidas pelos pontos 3-4-5-6 que constituem o Sinal de número.
· Vinte e seis sinais são utilizados para o alfabeto,
· Dez para os sinais de pontuação.
Os vinte e seis sinais restantes são destinados à música e às notações científicas.
O Sistema Braille é de extraordinária universalidade, pois permite a escrita de alunos cegos, por meio da utilização da reglete e do punção, da máquina de escrever Braille e atualmente utilizando impressoras que conectadas a um micro computador ampliama produção de materiais impressos em Braille, permitindo uma escrita prática favorecendo a comunicação do deficiente visual, abrindo-lhe os caminhos do conhecimento literário, científico e ampliando suas atividades profissionais.
 
	Atividade
Utilizando os sinais do Sistema Braille no início do tema, apresento a sequência abaixo. Faça a transcrição dos pontos para tinta. Em seguida identifique, separe em linhas e reescreva as palavras que contém a letra “x”, as palavras que contém a letra “z” e as palavras que contém a letra “ç”.
Qualidade - colher – pente – lança - avenida –nariz- vermelho – espaço –
vida - lixo – timidez - cabeça – festival – zebra - saudação –vendaval - textual - almoça - talvez - moça – navio – arroz - noivo – começo – zinco –  caroço – xale – rapaz – enxurrada – zodíaco – abacaxi – fumaça - inverno - quiser - exame - viagem –vencedor – zona - enxoval -  zoológico.
 
ALFABETIZAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
O processo de Alfabetização do aluno com deficiência precisa levar em consideração o grau de perda visual da criança, seus saberes e experiências prévias, as vivências significativas possibilitadas no contexto escolar, seus interesses e possibilidades, bem como a aproximação da relação família-escola e o tipo de dinâmica familiar. È importante que recupere a autoestima infantil, auxiliando as crianças em relação a frustrações, motivando-a a avançar no conhecimento, instigando-a, lançando desafios, acompanhando a construção do conhecimento escolar, destacando sua identidade e fomentando o trabalho coletivo, mediante cooperação conjunta professor-aluno-colegas e familiares.
As atividades pedagógicas são estruturadas a partir de um bom planejamento de ensino que possa favorecer a formação integral da criança, priorizando o lúdico, realizando adaptações curriculares, favorecendo a tecnologia assistiva e a interação com seus pares.
Fase Inicial da Alfabetização
Descrição da imagem: criança cega sendo alfabetizada pelo Sistema Braille.
Em seu cotidiano a criança que não apresenta deficiência visual tem contato com a escrita muito cedo, por meio da televisão, material impresso, como o jornal, convive com pessoas que fazem uso da leitura e escrita em práticas sociais. Sendo assim vai percebendo a importância em seu cotidiano. Quanto à criança com deficiência visual, seu processo se faz de forma lenta, sendo o Braille o responsável pela sua inserção no mundo letrado. Com a análise da própria deficiência é possível estabelecer habilidades que tornem possível o atendimento em diversos níveis.
Na sociedade, a criança está frequentemente em contato com o mundo letrado. revistas, outdoors, rótulos, placas etc. Desse modo ela conhece e desperta a curiosidade para a leitura, e dessa maneira acontece à alfabetização com maior facilidade, ela acaba tendo noção da escrita através desta leitura cotidiana. O cego de uma forma geral acaba sendo prejudicado neste aspecto, principalmente se for um educando que apresente a cegueira congênita que caracteriza desde o seu nascer, devido alguma anomalia.  A criança que tem a deficiência congênita apresenta mais dificuldade em razão de não ter memória visual. Talvez o desenvolvimento dela possa ser um pouco mais lento, pois as mesmas precisam fazer uso de meios específicos para relacionar com os outros e objetos que a cercam (KRIK; ZYCH, 2009, p. 3546-3547).
ENSINO DO SOROBAN (ábaco)
Selecionei dois vídeo práticos com a introdução do soroban, e  desta forma vocês poderão compreender melhor como o aluno cego constrói as operações matemáticas.
	VÍDEOS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SOROBAN – 1ª parte
https://www.youtube.com/watch?v=644DVdpZgHM
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SOROBAN – 2ª parte
https://www.youtube.com/watch?v=n7G0Uv6r2QI&feature=relmfu
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Em sua opinião como o soroban pode fazer parte da vida prática de uma pessoa vidente?
O ensino da matemática, como as demais disciplinas, requer atenção especial. Quando se trata da educação das pessoas com deficiência visual, além dos materiais convencionais, utilizados no ensino da matemática, para pessoas com cegueira há um outro recurso de destaque: é o Ábaco, ou Soroban.
O Ábaco, ou Soroban é um instrumento de calcular característico dos povos orientais. Já era utilizado bem antes da era cristã.
Os deficientes visuais utilizam o Soroban na realização de operações matemáticas, através da prática do Soroban, os alunos atingem objetivos como:
· Põe em funcionamento o cérebro, aguçando sua inteligência.
· Ajuda o aluno a resolver situações problemas de matemática com rapidez e perfeição.
· Desenvolve habilidades motoras, como: movimentos de pulso, mãos e dedos.
· Desenvolve a memória e a autoconfiança.
· Formam pessoas melhor preparadas, do ponto de vista mental, da perseverança e da paciência.
È importante criar estratégias que favoreçam a utilização do Soroban, a fim de que a criança aprenda a utilizá-lo corretamente e de forma prazerosa, pois se trata de um instrumento insubstituível para o trabalho com cegos. È importante que seja possibilitada a orientação necessária para sua utilização.
O aparelho funciona como um instrumento de contagem, que faz o sujeito pensar sobre todos os processos que vão sendo realizados, desenvolvendo a memória e o raciocínio lógico-matemático, além disso, estimula a coordenação motora no deslocamento das contas, sendo usado inclusive como terapia. Quanto maior o número de hastes verticais maiores números podem ser operados (SOUZA, 2007, p. 3).
Selecionei vídeos práticos que elaborei juntamente com os profissionais do NRE-Londrina contendo as quatro operações e desta forma vocês poderão compreender melhor essa metodologia.
	VÍDEOS
ADIÇÃO_SOROBAN
https://www.youtube.com/watch?v=rSxk7v3E9LY
SUBTRAÇÃO_SOROBAN
https://www.youtube.com/watch?v=4x1VfTLFYMc&feature=relmfu
MULTIPLICAÇÃO_SOROBAN
https://www.youtube.com/watch?v=bze1-xZZFQY&feature=relmfu
DIVISÃO_SOROBAN
https://www.youtube.com/watch?v=ICm6rEFAQ0w&feature=relmfu
 
Prezado (a) aluno (a) com essas orientações terminamos nossas web aulas, espero que vocês tenham gostado da área da deficiência visual. Um grande abraço.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/CEB, n. 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível em:Acesso em: out. 2012.
SASSAKI, Romeu K. Por que a sociedade deve interessar-se pela inclusão de pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais?São Paulo: MImeo, 1996.
KRIK,Lucicléia; ZYCH, Anizia Costa Alfabetizaçao do educando cego: um estudo de caso Disponível em::p.3546-3547> Acesso em: out. 2012.
SOUZA, Roberta Nara Sodré de. Soroban. Potencializando a construção de nosso sistema de numeração e de vias para inclusão de alunos com necessidades visuais. Disponível em:. Acesso em: 05 out. 2012.
SUGESTÕES DE LEITURA
AMORIM, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia. A criança cega vai à escola: preparando para a alfabetização. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
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SOCIEDADE DE ASSISTÊNCIA AOS CEGOS O Sistema Braille. Disponível em:Acesso em 05 out. 2012.
 
Visão geral
 
 
Apresentação da disciplina:
 
No decorrer da aula você perceberá que eu sou 
deficiente visual e esta minha condição favorecerá 
muito sua aprendizagem, pois estarei durante o curso 
relatando muito de minha experiência como deficiente. 
Você perceberá sempre abaixo das imagens uma 
pequena
 
descrição é feita, essa medida me norteará 
sobre que imagem está sendo apresentada no texto. 
Esta unidade de estudo soma
-
se com os vídeos, com 
estudo do material didático e as avaliações, para assim 
delinear o nosso método de trabalho. Nesta unidade 
você 
terá oportunidade de refletir sobre o atendimento 
ao deficiente visual no ensino regular e 
consequentemente o processo de inclusão desse 
alunado como também o atendimento especializado 
ofertado.
 
 
 
 
Objetivos:
 
Objetivos da Unidade 1
 
Antes de abordarmos efetivamente o conteúdo 
passaremos aos objetivos que pretendo atingir com 
esse trabalho.
 
·
 
Oportunizar formação teórica e metodológica 
aos alunos pós
-
graduandos par
a atuarem com 
alunos que apresentam deficiência visual no 
ensino regular;
 
·
 
Oferecer subsídios aos professores para 
promover a inclusão dos alunos que apresentam 
deficiência visual nas salas de aula do ensino 
regular e na educação especial;
 
·
 
Conceituar a pess
oa com deficiência visual e as 
causas que interferem no seu desenvolvimento;
 
·
 
Oportunizar o conhecimento e a reflexão sobre 
o processo educacional do aluno com deficiência 
visual;
 
·
 
Transmitir conhecimentos aos alunos sobre a 
metodologia do Sistema Braille, e
nsino do 
Soroban e as tecnologias assistivas, visando 
favorecer o atendimento do aluno com 
deficiência visual.
 
 
Visão geral 
 
Apresentação da disciplina: 
No decorrer da aula você perceberá que eu sou 
deficiente visual e esta minha condição favorecerá 
muito sua aprendizagem, pois estarei durante o curso 
relatando muito de minha experiência como deficiente. 
Você perceberá sempre abaixo das imagens uma 
pequena descrição é feita, essa medida me norteará 
sobre que imagem está sendo apresentada no texto. 
Esta unidade de estudo soma-se com os vídeos, com 
estudo do material didático e as avaliações, para assim 
delinear o nosso método de trabalho. Nesta unidade 
você terá oportunidade de refletir sobre o atendimento 
ao deficiente visual no ensino regular e 
consequentemente o processo de inclusão desse 
alunado como também o atendimento especializado 
ofertado. 
 
 
Objetivos: 
Objetivos da Unidade 1 
Antes de abordarmos efetivamente o conteúdo 
passaremos aos objetivos que pretendo atingir com 
esse trabalho. 
 Oportunizar formação teórica e metodológica 
aos alunos pós-graduandos para atuarem com 
alunos que apresentam deficiência visual no 
ensino regular; 
 Oferecer subsídios aos professores para 
promover a inclusão dos alunos que apresentam 
deficiência visual nas salas de aula do ensino 
regular e na educação especial; 
 Conceituar a pessoa com deficiência visual e as 
causas que interferem no seu desenvolvimento; 
 Oportunizar o conhecimento e a reflexão sobre 
o processo educacional do aluno com deficiência 
visual; 
 Transmitir conhecimentos aos alunos sobre a 
metodologia do Sistema Braille, ensino do 
Soroban e as tecnologias assistivas, visando 
favorecer o atendimento do aluno com 
deficiência visual.

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