Buscar

Endoscopia digestiva alta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Considerações: 
 Utilizado para avaliação do tubo digestivo alto (esôfago, 
estômago e intestino delgado) 
 Realizado utilizando um tubo flexível revestido em borracha 
 Possui em sua extremidade estrutura em fibra óptica que 
captam imagens e orifícios para aspiração e eliminação de 
água. 
 Apresenta um comprimento de 1 metro e diâmetro de 0,8 a 
1,1 cm. 
 Através dele é possível introduzir vários instrumentos 
(pinças de biopsia, pinça de esclerose, balão para dilatação). 
 A Alemanha foi o berço da endoscopia – Phillipp Bozzini. 
 É um exame indicado para avaliação diagnóstica e, quando 
possível, tratamento de doenças da parte superior do tubo 
digestivo, incluindo esôfago, estômago e a porção inicial do 
duodeno. 
 É realizada com um aparelho chamado endoscópio, um longo 
e fino tubo flexível que possui uma câmera na sua 
extremidade, permitindo que o interior dos órgãos seja 
filmado. 
 
 
 
 
 
A sala do exame: 
 
 Sala de endoscopia: 9 a 16 m2 
 Instrumentos: 
o Higienização 
o Suporte ventilatório 
o Equipamento de computação 
o Próprio instrumento para realização do exame 
o Carrinho para organização dos medicamentos 
o Sala semi-cirúrgica 
O exame: 
 Introduz o endoscópio pela boca → palato → cordas vocais 
→ seio piriforme → mucosa esofágica (lisa, vascularizada, 
de coloração rosa) → corpo gástrico (pregueado) → antro 
→ incisura angular → piloro 
Preparo médico: 
 Antes do procedimento: 
o Indicação apropriada 
o Ambiente adequado com equipe de suporte 
o Estratégias para minimizar riscos 
o Seleção adequada dos equipamentos 
 Durante o procedimento: 
o Uso apropriado da sedação e analgesia 
o Intubação com endoscópio confortável 
o Acesso completo aos órgãos alvo 
o Reconhecimento e documentação de todas 
anormalidades 
o Amostra histológica adequada 
o Evitar complicações e o tempo adequado ao exame 
 
Endoscopia digestiva alta 
Mayara Medeiros – 2020.3 
 Após o procedimento: 
o Recuperação tranquila 
o Resultados anatomopatológicos integrados 
o Recomendações claras com planejamento de 
acompanhamento 
RDC 6 2013: 
 Condições organizacionais: 
o Serviço de endoscopia tipo II 
o Todo serviço de possuir registro diário de 
procedimento, intercorrência, eventos adversos, 
medicamentos e acidentes ocupacionais 
 Recursos humanos: 
o Profissionais devidamente treinados 
 Infra estrutura: 
o Sala de recepção, de consulta, de recuperação, de 
esterilização 
o Médicos: termômetro, esfigmomanômetro, 
estetoscópio, oxímetro de pulso, oxigênio, aspirador, 
suporte para fluido, ressuscitador manual, cânula 
naso e orofaríngeas, laringoscópio, TOTs, sondas de 
aspiração, medicamentos 
Exames: 
 Hemograma: 
o Suspeita de anemia grave e/ou infecções 
(repercussões sistémicas) 
o Pacientes hepatopatas ou com doenças 
hematológicas (plaquetopenia) 
 Estudos de coagulação: 
o Sangramento ativo 
o Distúrbio de coagulação 
o Uso de medicações (anticoagulantes, 
antibioticoterapia) 
o Obstrução biliar prolongada 
o Doença hepática, má absorção ou desnutrição 
associadas a coagulopatias 
o Evitar complicações e tempo adequado do exame 
 Testes laboratoriais específicos: 
o Doença renal, endócrina e hepáticas significativas 
o Uso de medicamentos associados ao dano renal, 
endócrino e hepático 
 Eletrocardiograma: 
o Comorbidades com repercussões cardiovasculares 
(arritmias, diabetes, hipertensão arterial, distúrbios 
eletrolíticos) 
 Radiografia do tórax: 
o História de tabagismo significativo 
o Infecção do trato respiratório superior 
o Doença cardiopulmonar grave ou descompensada 
 
Preparo do paciente: 
 Dieta: 
o Jejum de 6 a 8 horas (esvaziamento gástrico) 
o Pacientes diabéticos e com distúrbios motores ou 
mecânicos – dieta liquida sem resíduos nas 48 a 72 
horas jejum 8 a 12 horas. 
o Lavado gástrico com sonda de grosso calibre: 
remoção de resíduos orgânicos em circunstâncias 
especiais. 
 Medicamentos: 
o Manter a ingesta com pequena quantidade de água 
(ex. anti hipertensivos) 
o Anticoagulantes, antiplaquetários e hipoglicemiantes 
devem ser evitados 
o Antibioticoprofilaxia pode ser necessário em alguns 
procedimentos 
o Pacientes diabéticos: a dose matinal de medicação 
oral de uso regular não deve ser feita, apenas após 
o exame 
o Suspensão de antiácidos 24 horas antes do exame. 
 Termo de compromisso (Lei número 8.078 de 1990): 
o O médico não pode submeter o paciente a 
tratamento terapêutico sem antes obter o 
consentimento. 
 Remover esmalte de unha, prótese dentária e estar com 
acompanhante. 
Sedação do paciente: 
 Drogas utilizadas: 
o Anestésico tópico (Xilocaína Spray a 10%) - classe B 
▪ Anestesia da hipofaringe 
▪ Dose inicial: 3-4 mg/Kg (6-10 nebulizações) 
▪ Toxicidade: Idosos e crianças 
▪ Antagonista: Não tem 
▪ Tratamento: Oxigenoterapia - Corticoides. 
▪ Gestante: Pode ser usado - gargarejar e 
cuspir ao invés de engolir 
o Drogas opioides: Meperidina (classe B); Fentanil 
(classe C): 
▪ Potência analgésica 
▪ 100x mais potente que a Morfina 
▪ Dose inicial: 50-g 
▪ Efeitos adversos: Depressão respiratória, 
rigidez da parede torácica, vômitos, euforia, 
miose, bradicardia e broncoconstrição 
▪ Antagonista: Naloxone – classe B. Dose inicial 
de 0,4 a 2mg; Início da ação em 1-2 minutos 
e a mela vida de 30 a 45 min. 
o Benzodiazepínicos. Diazepam – Midazolam (classe D) 
▪ Efeitos: sedação, amnésia, anticonvulsivante, 
relaxamento muscular 
▪ Midazolam > potência que o Diazepam (1,5 a 
3,5x) 
▪ Midazolam causa menos tromboflebite e mais 
amnesia 
▪ Início da ação e de 1-2 mim e o pico em 3 a 
4 mim. 
▪ Dose inicial: 1mg infundida em 1 a 2 min. 
▪ Efeitos adversos: Depressão respiratória, 
desinibição, hostilidade, raiva/agressividade 
▪ Antagonista: Flumazenil (duração da ação em 
1h) - classe C 
Recomendação gestantes: 
 Deve ser precedida por avaliação obstétrica; 
 Deve ser realizada preferencialmente no segundo semestre; 
 Deve tomar extreme cuidado com a sedação 
 Dar preferência às medicações de classe B 
 Monitorização fetal depende da idade gestacional 
 Antes de 24 semanas, recomenda-se avaliar os batimentos 
fetais antes da sedação e após a endoscopia 
 Se necessário, suporte obstétrico e neonatal deve estar 
disponível 
 Endoscopia é contraindicada em casos de eclampsia, ruptura 
de membrana, parto iminente e placenta abrupta. 
Critérios da Associação Americana de Anestesia: 
 
Paciente de classe 1 a 3 pode fazer endoscopia sem a presença 
do anestesista. 
Paciente classe 4, 5, gestante ou criança, obrigatoriamente a 
presença do anestesista. 
 
 
 
Varizes de esôfago – veias 
dilatadas 
 
 
Osso no esôfago e depois de sua remoção 
 
Hérnia hiatal – a distância de B até A maior que 2cm 
 
Criança engoliu uma moeda – corpo estranho e sua remoção 
Laceração da mucosa 
esofágica devido ao consumo 
excessivo de álcool (casos de 
repetidos refluxos) 
 
Vaso no fundo gástrico – 
lesão grave que pode virar 
uma urgência/emergência – 
pode causar hemorragia 
 
Técnica: 
 Decúbito lateral esquerdo, O2 por cateter nasal e 
monitoração por oximetria de pulso. 
 Os aparelhos usados são flexíveis 
 Endoscópio: visão direta axial desde a região faringolaríngea 
até a segunda porção do duodeno. 
 
 
 
Indicações: 
 Principais indicações dos exames de EDA: sangramento 
digestivo (42%), história de úlcera péptica (40,5%), Disfagia 
(34%), Anorexia e perda de peso (34%) e dispepsia (32%) 
 Indicações: 
o Dispepsia: o sintoma não diferencia doença orgânica 
de doença funcional. 
o Disfagia e/ou odinofagia. 
o Sintomas de RGE. 
o Sinais de alerta: emagrecimento, sangramento, 
anorexia. 
o Sangramento de origem obscura e hemorragias 
digestivas. 
o Vômitos persistentes. 
o Síndrome de má absorção intestinal. 
o Polipose adenomatosa familiar. 
o Lesões evidenciadas por outros métodos. 
o Sintomas respiratórios relacionados a DRGE; 
o Seguimento periódico de lesões malignas: esôfago de 
Barret, tilose, ingestão de cáusticos, polipose. 
o Seguimento pós-gastrectomiapor lesão maligna. 
Endoscopia terapêutica: 
 Uso de acessórios específicos: pinças de biópsia, agulhas de 
esclerose, alças de polipectomia, kits de ligadura elástica, clip 
metálico, sondas de dilatação, balão de dilatação, kits de 
gastrostomia. 
 Esclerose endoscópica de varizes de esôfago, úlceras 
sangrantes, lesões vasculares. 
 Ligadura elástica de varizes de esôfago. 
 Clipagem de cotos vasculares ou riscos de perfuração. 
 Mucosectomia. 
 Locação de sondas para alimentação. 
 Gastrostomia endoscópica. 
 Retirada de corpos estranhos. 
 Colocação e retirada de balões intragástricos para obesidade. 
 Tratamento endoscópico do divertículo de Zenker. 
Contraindicações: 
 Ocorrem principalmente pelos riscos anestésicos: 
o Intolerância do paciente. 
o Perfuração de víscera. 
o Cardiopatias descompensadas. 
o Doença pulmonar grave. 
o Gestação, principalmente no primeiro trimestre. 
Complicações: 
 São raras (0,1%) e ocorrem principalmente em 
procedimentos terapêuticos: 
o Odinofagia cervical. 
o Dor retroesternal ou epigástrica: manobras 
terapêuticas. 
o Hipersensibilidade e tontura: uso de anestésico tópico. 
o Meta-hemoglobinemia pelo uso de anestésico tópico: 
oxidação do íon ferro que o torna incapaz de se ligar 
ao oxigênio – cianose sem alteração do padrão 
respiratório. 
o Complicações cardiorrespiratórias relacionadas a 
coma sedação: dessaturação leve a moderada, 
depressão respiratória e até choque. 
o Perfurações: seios piriformes, divertículo de Zenker, 
terço distal do esôfago. 
o Hemorragias: geralmente, se resolvem 
espontaneamente. 
o Infecções: bacteremia transitória são Endocardite 
raras. Pneumonia por aspiração ocorre mais em 
idosos ou emergências sem jejum prévio. 
Recuperação pós exame: 
 Recuperação pós-anestésica: vigilância de enfermagem e 
monitoração de oximetria. 
 Alta: com acompanhante capaz de conduzir o paciente, 
orientação para não ingestão de álcool, não realizar atividades 
que demandem atenção por 24 horas. 
Desinfecção dos aparelhos: 
 Imersão do aparelho com todos os canais aberto em soluções 
desinfetantes. 
 O tempo depende de cada desinfetante: glutaraldeído, 
peróxido de hidrogênio ou ácido paracético. 
 ANVISA: mínimo de 30 minutos.

Continue navegando

Outros materiais