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Intoxicação exógena

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intoxicação exógena 
Conceito: efeito dose-dependente que pode ocorrer após exposição a agente tóxico ao organismo. 
Excitação fisiológica 
É caracterizada por: 
• Taquicardia; 
• Elevação de PA; 
• Hipertermia; 
• Aumento da profundidade respiratória. 
• É mais comumente causada por agentes anticolinérgicos, simpatomiméticos ou alucinógenos centrais, ou 
por estados de abstinência de drogas. 
Depressão fisiológica 
É caracterizada por: 
• Estado mental deprimido 
• Hipotensão 
• Bradicardia 
• Diminuição da frequência respiratória 
• Diminuição da temperatura 
• É mais comumente precipitada pelo etanol, outros agentes sedativos-hipnóticos, opiáceos, agentes 
colinérgicos (parassimpaticomiméticos), simpatolíticos ou álcoois tóxicos (metanol ou etilenoglicol). 
Exame neurológico 
• Midríase: sinal do sistema nervoso simpático exacerbado. Pode ser causado por drogas 
simpaticomiméticas (cafeína, efedrina, cocaína, anfetamina); anticolinérgicos (antidepressivos tricíclicos, 
anti-histamínicos, relaxantes muscular) ou alucinógenos (LSD, MDMA, IMAO, psilocibina). 
• Miose: sinal do sistema nervoso parassimpático exacerbado. Causado pelo uso de 
parassimpaticomiméticos, sedativos e opioides. 
• Nistagmo: movimento involuntário dos olhos de um lado ao outro, para cima ou para baixo ou 
movimentos circulares. Ocorre devido a ingestão de barbitúricos, etanol, carbamazepina (epilepsia), lítio. 
Toxisíndromes 
São conjuntos de sinais e sintomas baseados em processos autonômicos e neuroquímicos que podem sugerir 
uma classe particular de exposição e direcionar o manejo e o tratamento. 
São divididas em: 
• Ocorre devido a um estímulo simpático, caracterizado pelo estado de luta ou fuga, podendo estar 
associado com delírios. 
• Hipertensão, taquicardia, taquipneia, hipertermia, diaforese, midríase. 
• Alterações de débito cardíaco. 
• Redução do enchimento diastólico. 
• Arritmia cardíaca, colapso respiratório e choque. 
• Drogas mais comuns: cocaína, MDMA,efedrina, anfetaminas, cafeína, teofilina. 
• Acontece devido ao desequilíbrio simpático e parassimpático. Caracterizado por um estado 
simpatomimético relativo. 
• Delírio, hipertermia, midríase, rubor cutâneo. 
• Mucosas e pele secas. 
• Retenção urinária e diminuição da peristalse. 
• Fármacos antimuscarínicos: cetamina (ketamina), paroxetina, anti-histamínicos e clozapina. 
• Os sinais e sintomas típicos podem ser lembrados pelo mnemônico “louco como um chapeleiro, quente 
como uma lebre, cego como um morcego, vermelho como uma beterraba e seco como um osso”. 
• Caracterizada por uma super estimulação parassimpática (funções de digestão e descanso). 
• Confusão mental e rebaixamento do nível de consciência (letargia). 
• Saída de fluidos de todos os orifícios (incontinência fecal e urinária) 
• Aumento da secreção glandular (lacrimejamento, salivação). 
• Broncoespasmo, fasciculação. 
• Drogas colinérgicas: nicotina, carbamatos (inseticidas, uso agrícola), fisostigmina. 
• Apresenta espectro variável, pois depende da via, do agente e da sua potência. Porém, geralmente cursa 
com rebaixamento do nível de consciência, miose, bradipneia, bradicardia, depressão respiratória. 
• Hipotermia por supressão do metabolismo muscular. 
• Drogas recorrentes: Álcool, benzodiazepínicos, zolpidem. 
• Possui semelhança com as sedativas. 
• Envolve sedação e redução respiratória. 
• Provoca miose pupilar (exceção: pentazocina e do propoxifeno) 
• Drogas mais comuns: fentanil, oxicodona, metadona, morfina. 
• O diagnóstico é confirmado observando uma resposta à naloxona. 
Fases da intoxicação 
• Fase pré-clínica: É a fase que ocorre imediatamente após as superfícies externa ou interna do organismo 
entrarem em contato com o toxicante, mas ainda não há sinais ou sintomas. O objetivo da abordagem 
nesta fase é reduzir a toxicidade. 
• Fase tóxica: Estende-se do início dos sintomas até o pico das manifestações. O objetivo aqui é 
estabilização. Garantir vias aéreas, ventilação, hemodinâmica, além de fornecer antídoto específico, 
quando houver disponibilidade. 
• Fase de resolução: Pico dos sintomas. O objetivo neste caso é o acompanhamento até recuperação 
completa do paciente. 
Descontaminação 
É o processo de prevenção da absorção sistêmica. 
• Se a intoxicação ocorreu através da pele, devem ser retiradas todas as roupas do paciente, removidos todos 
os resíduos e ter a pele lavada copiosamente. 
• Se foi por via ocular, com auxílio de anestésico tópico, deve-se lavar os olhos com soro fisiológico e 
solicitar avaliação imediata do oftalmologista. 
• Se for devido a ingestão envolve o trato gastrointestinal e as medidas possíveis são: carvão ativado, 
lavagem gástrica, irrigação intestinal, hiper-hidratação e alcalinização da urina.

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