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Biosseguridade Doenças das Aves

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DOENÇA DAS AVES
	BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA	
Conceito antigo que se apoiava em três fatores: genética, nutrição e manejo. Esses três pontos levavam à uma curva de produção ótima/sucesso no sistema produtivo.
Só que surgiu questionamentos sobre e se houver vírus, bactéria ou onda de calor, a curva de produção é interferida, havendo prejuízo e perca de lucratividade.
Então o conceito evoluiu, agora envolvendo cinco fatores: genética, manejo, nutrição, ambiência e sanidade. 
Hoje a aula levará em consideração a sanidade.
Biosseguridade definição: Abrange um conjunto de medidas que visa impedir a entrada e saída de agentes de doenças em uma instalação ou estabelecimento, facilitar o reconhecimento precoce de doenças e infecções, promover a profilaxia para a eliminação dessas doenças, promover medidas defensivas para manter os animais livres de doenças endêmicas e manter o rebanho livre daquelas que já foram erradicadas. 
Em resumo, é um conjunto de medidas que visa prevenir a disseminação de doenças, com isso tendo rebanhos livres, maior produtividade e maior garantia de mercado. 
Principais doenças observadas: Salmonelose, micoplasmoses, bronquite infecciosa, pneumovirus. Causam infecção nas aves e prejuízo econômico/perda de produtividade. São observados através dos sinais clínicos dentro do sistema produtivo.
Pontos de controle para evitar que esses agentes entrem no sistema de produção:
· Programa de vacina: Quando bem executado, atentando-se para as vias de aplicação, idade de aplicação, manejo de aplicação (principal) nos lotes, é importante para prevenir a entrada de doenças. Porém há um fator chamado de pressão de infecção, que é a quantidade de patógenos que estão circulando no ambiente, que podem gerar potencial doença. Livre de bactérias, vírus, nunca será, mas é importante manter em níveis aceitáveis dentro de um sistema, não causando doença. 
· Potenciais transmissores dos agentes infecciosos:
- Roedores (ligação próxima com ocorrência de salmonela); 
- Aves silvestres/vida livre (que são refratários às doenças causadas pelos agentes infecciosos mas podem transmitir à granja); 
- Vento (transmissor de agentes via aerossol); 
- Caminhões e carros de ração e galinhas (entram no sistema produtivo); 
- Matéria prima (ração pode veicular doença para o lote); 
- Ser humano, o principal (visitas em vários estabelecimentos pode servir de carreador/transmissor de doenças).
Como intervir: 
Roedores
Como controle de roedores existem armadilhas com presença de raticida no alimento dentro da armadilha. Não morre instantaneamente, vai para a toca com os demais ratos onde os mesmos os lambem (comportamento comum) se impregnando também do veneno. Dizima grande quantidade de roedores.
O uso de pallets para colocar ração no interior dos galpões pode ser feito para evitar o contato dos roedores com a ração dos animais. Afastando a ração do chão dificulta esse acesso ao roedor e facilita a limpeza dessa área.
Evitar vazamento em encanamentos para que os roedores não tenham fonte de água disponível.
Evitar local desorganizado, que poderia propiciar abrigo, água e alimento ao roedor.
Manejar os porta-raticidas semanalmente, retirando teias, poeira e sujeira, pois roedor gosta de locais limpos, e estando sujos ele deixa de entrar e comer a isca.
Pássaros de vida livre
Instrução Normativa do ministério da agricultura exigiu que fosse colocado telas anti-passaros nos aviários. Evita que as aves entrem e comam no mesmo cocho que as galinhas. Não adianta ter essa execução e ter um ambiente com restos de carcaças de aves ao ar livre, o que propicia fonte de alimentação para urubus. Recolher aves que morrem dentro da gaiola e destinar corretamente.
Pequenos passarinhos mesmo estando saudáveis não devem estar próximos ao sistema produtivo pois podem portar agentes infecciosos potencialmente perigosos às galinhas e que para eles não causam mal.
Controle de insetos
São potenciais transmissores de doenças, inclusive de verminoses. Possibilidade de armadilha para moscas com aplicação de inseticida do lado de fora da armadilha, onde antes de entrar na armadilha tem contato com o inseticida e morre fora mesmo. As armadilhas também permite calcular o volume e grau de infestação de moscas dentro do sistema produtivo.
Esterco jogado próximo ao sistema produtivo a infestação de mosca é muito alta não sendo possível controlar com simples armadilha. O ideal é retirar o esterco, mas quando não há essa possibilidade, pelo menos enlonar o esterco, não permitindo acesso a esse material pelas moscas.
Cama dos aviários
Cama molhada permite que moscas colonizem e se multipliquem (infestação grande com presença de larvas pode ocorrer se não intervir).
Controle de cães
Podem ser carreadores de agentes como Salmonelose. Utilizar cercas com alambrados nos núcleos de produção.
Vento
Fazer o isolamento das granjas.
Em situações em que o isolamento não é grande devido por exemplo ao tamanho da propriedade ou por ser uma construção mais antiga, pode-se controlar com barreiras verdes, para que a própria natureza ajude a limitar a transmissão de patógenos de um núcleo para outro.
Desinfecção de ambiente
Uso de desinfetantes faz com que a quantidade de patógenos no ambiente diminua bastante. Ferramenta que se usa no intervalo entre lotes após lavagem adequada e retirada de resíduos.
Uso de nebulizadores e ventiladores para aplicação de desinfetantes.
Protocolo de desinfecção pelo menos 3 vezes por semana em dias consecutivos, para que se há agente patogênico circulante seja diminuído a quantidade disponível do mesmo.
Granja de pressão negativa pode utilizar desinfetante no próprio culin (ar que entra no ambiente carreia quantidade de desinfetante).
Controle de caminhões 
Fechar arcolúvel com telhas para evitar dispersão do desinfetante, permitindo que foque somente no veículo que está entrando.
Mesmo caminhões de ração ou frango de reposição é interessante que sejam desinfetados na entrada.
Controle de qualidade dentro das fábricas de ração
Necessário pois o alimento é potente carreador.
Fábrica de ração trabalhar sempre mais limpo possível, evitando vazamentos e acúmulo de poeira. Produtos devem estar em cima de pallets (seja matéria prima ou produtos acabados), facilita limpeza e dificulta acesso dos roedores.
Controle de roedores dentro da fábrica é imprescindível, mas por ser ambiente fechado segundo a normativa não se pode usar o esquema porta-raticida, necessário utilizar armadilhas adesivas.
Controle de fluxo de pessoas
Procurar saber a procedência do visitante, atentando-se para a região onde ele estava visitando nos últimos dias, pois mesmo que o homem vá para casa, tome banho, troque de roupa e botina, pela narina consegue transmitir agentes infecciosos para dentro do sistema produtivo.
Micoplasma pode ficar viável até 72 horas nas fossas nasais do homem.
Exigir que o visitante faça vazio sanitário para ter contato com as aves.
Ter objetivo claro e bem definido para a visita (relevância, para que risco seja minimizado e compensado).
Uso de botas plásticas descartáveis.
Orientação de funcionários 
Pode ocorrer do funcionário ter aves em sua casa e ser transmissor de patógenos para o aviário.
Criação de canarinhos é pratica comum entre pessoas, capacidade de transmissão de patógenos para aves de produção.
Importante orientar sobre a importância da biosseguridade e riscos existentes.
O programa de biosseguridade é como uma corrente formada por vários elos, não adianta fortalecer um elo apenas (como por exemplo dispor de bom isolamento) e outro não (como por exemplo dar devidas orientações para funcionários), o sistema como um todo se tornará fraco.

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