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Prof. Ms. Lívia Carrer Borges Dias PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO LIVRO 1 1ª EDIÇÃO GOIÂNIA Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA 2018 Livro 1 Módulos Aula 1 a 3 Catalogação: Biblioteca Anhanguera ____________________________________________________________ Planejamento Estratégico - Módulos Aula 1 a 3 / Mayra Caiado Paranhos (organizadora); Profa. Ms. Lívia Carrer Borges Dias. - Goiânia : Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA, 2018. 46 p. : il. ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X 1. Planejamento Estratégico. I. Paranhos, Mayra Caiado. II. Dias, Lívia Carrer Borges. III. Título. CDU: 658 ____________________________________________________________ 2018 Direitos exclusivos em língua portuguesa cedidos ao Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA Avenida João Cândido de Oliveira, 115, Cidade Jardim Cep: 74423-115- Goiânia - GO Tel: (62) 3246 1404Fax: 3246 1444 site: www.anhanguera.edu.br PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Organização Pró-Reitoria de Ensino a Distância Profª. Ms. Mayra Caiado Paranhos Autores Profa. Ms. Lívia Carrer Borges Dias Produção Supervisão do Processo Instrucional (SPI) Supervisora Prof.ª Esp. Karina Adorno de La Cruz Instrução de Material Didático Impresso (IMADIM) Diagramador Hugo Sávio de Carvalho Melo Instrução de Material para Web (IMAWEB) Web Designer Yuri Paolini Catingueiro Instrução de Material para Audio Visual (IMAVI) Produtor de RTV Marcelo de Souza Aquino Revisor de Língua Portuguesa Profa. Ms. Mairy Aparecida Pereira Soares Ribeiro ©2018 por Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito, do Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA. LIVRO 1: MÓDULOS AULA 1, 2 E 3 SUMÁRIO MÓDULO AULA 1 Contextualização das transformações mercadológicas .. 9 1.1 Mudanças organizacionais........................................... 9 1.2 Sociedade do conhecimento ...................................... 11 1.3 Gestão do conhecimento ........................................... 13 1.4 Papel da informação no planejamento estratégico ... 16 MÓDULO AULA 2 Origem e evolução do pensamento estratégico .........19 2.1 Evolução ....................................................................... 19 2.1.1 Estratégia......................................................... 21 2.1.2 Planejamento .................................................. 21 2.1.3 Competição .................................................... 22 2.1.4 Competição nos negócios ............................. 24 2.2 Origem do pensamento estratégico .......................... 26 2.3 Escolas do planejamento estratégico ........................ 27 2.3.1 Escolas de caráter prescritivo e normativo ...28 2.3.2 Escolas de caráter descritivo e explicativo ....29 MÓDULO AULA 3 Conceitos básicos de estratégia ................................ 33 3.1 Estratégia ...................................................................... 33 3.2 Importância da Estratégia ......................................... 36 3.3 Especificações das Estratégias ................................... 37 3.4 Tipos de Estratégias .................................................... 39 3.5 Formulação da estratégia ........................................... 43 3.6 Exemplos de estratégias ............................................. 44 APRESENTAÇÃO DO MAGNÍFICO REITOR O Centro Universitário de Goiás Uni-ANHANGUERA mantém-se fiel com mais de 40 anos de existência, à sua missão de oferecer cultura e disseminar o saber para o sociedade, acreditando que, um mundo melhor só é possível por meio da valorização da educação. O nome referencia o descobridor e colonizador de Goiás, um bandeirante. Por isso, a marca institucional reflete os valores da história. A CRUZ que se encontra dentro do escudo foi plan-tada à beira do Rio Paranaíba, hoje município de Catalão, pelo bandeirante Anhanguera em data incerta, porém presumivelmente nos primeiros anos do Séc. XVI. Atualmente, esta cruz encontra-se estabelecida a margem esquerda do Rio Vermelho na Cidade de Goiás (antiga capital do Estado - Vila Boa) e constitui-se para muitos o símbolo maior do Estado de Goiás. A Bateia em Fogo ao centro superior relembra o episódio do encontro do Anhanguera com os índios Goiá (tribo que habitava a região), quando teria ele queimando uma bebida alcoólica numa bateia para ameaçar com a queima do que os índios acreditavam ser água encontrar a localização das minas de ouro. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 9 As cores, ocre e amarelo, simbolizam o fogo e o ouro, respectivamente. Enquanto, o significado das quatro palavras inscritas no brasão significam: TRADITIO significa Tradição: expressão maior dos 45 anos de tradição e de ensino com qualidade do Centro Univer- sitário. ETTICA significa Ética: significa proporcionar aos membros da família Uni-ANHANGUERA valores que tinjam um nível de satisfação e de bem estar para todos. COGNITIO significa Conhecimento: motivo da criação e existência do Centro Universitário, mediar o conhecimento. OFFICIUM significa Trabalho ou Responsabilidade: expressa a responsabilidade assumida por parte de todos que trabalham e estudam no Uni-ANHANGUERA, proporcio- nando um ensino e atendimento de alta qualidade comprome- tido com os valores como Tradição, Ética, Conhecimento e Responsabilidade. Diante de grandes valores estabelecidos pela marca do Uni-ANHANGUERA e contando com um número expressivo de docentes (que incluem mestres e doutores), a Instituição é reconhecida pela qualidade de seu ensino, por meio da marca indelével da tradição. Desta forma, a Instituição tem a honra de unir tradição e modernidade, contribuindo de modo sólido para o avanço da educação no país. Prof. Joveny Sebastião Cândido de Oliveira, J.M, J.D. MÓDULO AULA 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 1.1 MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS Para que possamos entender o sentido do planejamento estratégico, precisamos conhecer as mudanças que as organi- zações sofreram. Com a chegada das revoluções (industrial, tecnológica e do conhecimento), o mundo foi palco de muitas transforma- ções. O mercado mudou, as pessoas se tornaram mais exigen- tes, os produtos com mais qualidade e as empresas precisavam se preparar para se adaptarem às mudanças. Neste novo con- texto, as alterações que chegaram, traziam um processo produ- tivo mais eficiente e eficaz; uma mão de obra mais qualificada; tecnologia moderna e comportamentos modificados. Fazendo Caro aluno, Seja bem vindo ao nosso Módulo inicial. Esperamos que você aproveite bem os assuntos estudados, que servirão como contextualização para o planejamento estratégico. Vamos lá?! CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 1110 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO cio. Fazendo com que este conhecimento seja utilizado para o desenvolvimento de novos mercados, para ampliação do aten- dimento dos seus serviços, para a melhoria do processo produ- tivo, e para o crescimento dos profissionais e da empresa. 1.2 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO Diante de todas as mudanças comentadas acima, a socie- dade não ficaria de fora deste processo. Aquela sociedade industrial, produtora de bens físicos, deu lugar a uma nova sociedade, com necessidades, recursos e tecnologias diferentes. Nesta nova sociedade, onde o recurso organizacional mais relevante é o capital intelectual, e não o financeiro. O conhecimento passa ser um diferencial. Não podemos esque- cer que o financeiro é fundamental para a manutençãodo negócio, pois, é este conhecimento que proporciona as novas formas de trabalho, de comunicação, de tecnologia e de intera- ção humana. A busca de novos conhecimentos se torna funda- mental para as pessoas e para as organizações que compõem esta sociedade. Na busca destes conhe- cimentos, o processo de aprendizagem é fundamen- tal. Pois agora a força de tra- balho considerada é a mental, a criativa. Aquela que pro- move o desenvolvimento de uma produção flexível, personalizada, organizada em células de trabalho e atende a um mercado global. Para Chiavenato (2010, p. 367) a “aprendizagem significa uma mudança no comportamento da pessoa através da incorporação de novos hábitos, atitudes, conhecimentos, competências e destrezas.” com que os negócios também mudassem todo o processo de trabalho, inclusive o planejamento, para que pudessem se esta- belecerem no mercado. Dentro destas mudanças propostas a tecnologia colabora trazendo novidades cada vez mais rápidas. Neste pacote, apre- senta produtos e serviços que surgiram a partir da nova tecno- logia. A evolução nos processos gerenciais traz as mudanças organizacionais como as reestruturações, o achatamento da pirâmide hierárquica¹, novas parcerias, aquisições e fusões. As pessoas também estão numa evolução contínua; as profissões mudando, passando por mudanças, uma expecta- tiva alta de vida, famílias menores com hábitos e alimentação diferenciados, lazer, esportes; a necessidade de qualificação constante e contínua; as profissões mudando, deixando de existir algumas e sendo criadas outras. Neste cenário de incer- tezas trazido pelas mudanças, a informação e o conhecimento nunca foram tão valorizados! A qualificação profissional que no passado era vista como ponto final para o desenvolvimento, hoje é ponto inicial do processo. Escolhido a formação profissional, pronto! Você iria trabalhar com isso para sempre. Atualmente, não é mais assim. A partir do momento que se escolhe a formação você sabe que precisará se qualificar e desenvolver constantemente. A vida útil de um curso é mais curta... Rapidamente as novas invenções e as novas tecnologias desatualizam o curso. Sendo necessário buscar os novos conhecimentos que permeiam sua área de atuação para sua utilização no mercado. Sem a aplicação deste conhecimento no desenvolvimento de novas competências, a empresa não conseguirá tomar as decisões que serão capazes de garantir sua permanência no mercado. A empresa do futuro, será aquela que conseguir criar e utilizar o conhecimento de forma estratégica para o seu negó- ¹ - Achatamento da pirâmide hierárquica, significa que os cargos que compunham a pirâmide, foram diminuídos, por exemplo, ao invés de se ter 6 cargos na pirâmide, hoje temos 3. Diminuindo o tamanho da hierarquia. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 1312 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Sem um novo processo de aprendizagem, não consegui- ríamos atender a todas as mudanças ocorridas nos últimos tempos. A aprendizagem acontece quando existe uma experi- ência somada a uma informação nova, gerando uma conclusão que será incorporada ao comportamento organizacional. O indivíduo quando realmente aprende, ele muda a forma de pensar, de trabalhar e de perceber o mundo ao seu redor. Podendo assim, colaborar criativamente com a melhoria do seu trabalho. Em todos os aspectos, se relacionando melhor com as pessoas (pessoal e profissional), utilizando a tecnologia e os sistemas de informações corretamente, entendendo o negócio da empresa e a importância do seu cargo. Enfim, se tornando mais importante que as máquinas, os equipamentos e a estrutura da empresa. Desta forma, a informação é importante para desenvol- ver todas as áreas de conhecimentos. A pessoa individualmente vai construindo o conceito de conhecimento. Conhecimento este que passa pelas informações teóricas e práticas, aquilo que foi sendo construído a partir das experiências. O aprendizado que a escola proporciona, o curso técnico, o treinamento, o curso superior são informações teóricas que vão gabaritar esta pessoa a se colocar disponível para o trabalho. E a sua experi- ência, o aprendizado da rotina, do trabalho e da vida, gabari- tam a pessoa para executar o trabalho. O processo de aprendizagem organizacional é visto como uma continuação da aprendizagem individual. A pessoa que está sempre aprendendo, está trazendo novidades, como as inovações, os processos novos e as tecnologias para o meio empresarial. Desenvolvendo novas competências e fazendo com que este trabalho seja mais eficiente. Assim, a aprendizagem organizacional tem como obje- tivo preparar a organização e as pessoas para adaptarem-se às mudanças necessárias do seu ambiente, criando novas formas de trabalho. Por isso, o incentivo ao desenvolvimento da gestão do conhecimento é uma ferramenta importante para o cresci- mento das organizações. Visto que estas, são formadas por pessoas, se estes profissionais desenvolverem um grau de inte- ligência maior, isto será muito positivo para a organização. Que também estará sendo melhorada. Segundo Piaget apud Chiavenato (2009), existem dois tipos de aprendizados: A - Por Assimilação: quando a pessoa já possui estrutu- ras preparadas para absorver as novas informações, podendo reconhecê-las e dar significado a elas. Um chef de cozinha pode reconhecer facilmente quando um ingrediente está ven- cido. Ele conhece a cor, a textura, o cheiro. Enfim, ele está pronto pra substituir ou retirar este ingrediente. B - Por Acomodação: Acontece quando há uma mudança nas crenças, ideias e atitudes. As experiências anteriores preci- sam ser reformuladas e modificadas para receber a novidade. É muito rico, pois as pessoas precisam mudar para se adaptar às exigências do ambiente, e da empresa. Um trabalhador que tenha 20 anos de experiência, precisa mudar a forma de traba- lhar para se adaptar a tecnologia e as inovações trazidas para o mercado. Se ele não aprender e se não mudar, provavelmente vai deixar o mercado. 1.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO Nesta sociedade moderna, que trouxe tantas mudanças, investir nas pessoas buscando o desenvolvimento da gestão do conhecimento está sendo um diferencial para as organizações. Na verdade, não é mais um diferencial. É quase uma obrigação! CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 1514 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Quem não investe perde o cliente, que troca de empresa, se esta não demonstrar qualidade nos seus processos. A organização ao trabalhar a gestão do conhecimento está investindo no capital intelectual dos seus colaboradores ou funcionários. Promovendo a movimentação deste conheci- mento através das pessoas e para as pessoas. Ou seja, criando, integrando, recuperando, e distribuindo os conhecimentos que são pertinentes ao crescimento da empresa, as melhorias nos processos, a um melhor atendimento e as políticas específicas da organização. A criação de um conhecimento está voltada para deter- minação de um fluxo de informações que permeiem todo pro- cesso organizacional. Aperfeiçoando este conhecimento em prol da melhoria interna da organização. Ao estudar e colocar em prática um conhecimento novo, você estará contribuindo com você e com todos!! Integrar o conhecimento é imprescindível para a melho- ria dos procedimentos e métodos de trabalho. As informações integradas e trabalhando juntas geram resultados mais acerta- dos, com menos erros. Uma empresa com conhecimento desin- tegrado, faz com que cada departamento trabalhe sozinho. Ele se preocupa somente com as suas informações e esquece o res- tante da empresa. Claro que conhecer o trabalho da sua área é importante, mas conhecer o todo da empresa é fundamental para um bom trabalho. Recuperar edistribuir o conhecimento são necessários sempre no processo. Pois, às vezes este conhecimento está adormecido, esquecido, ou guardado! Ao retomarmos a impor- tância deste conhecimento, estaremos continuamente melho- rando. Segundo Chiavenato (2010, p. 398), “O segredo não mais está em deter o conhecimento nas mãos de poucos, mas divulgá-lo em toda a organização, em distribuir e disseminar e não retê-lo ou esconde-lo”. A distribuição deste conhecimento na estrutura da organização incentiva a melhoria do capital intelectual da organização. Fazendo com que esta se torne indispensável ao crescimento organizacional. O conhecimento pode ser repartido em ocasiões diferen- tes, por exemplo, quando um funcionário é recém contrato ele, recebe um treinamento inicial sobre os processos de trabalho, experiências anteriores, que vão habilitá-lo a desempenhar o seu trabalho. Este é o conhecimento que as pessoas precisam saber antes de fazer seu trabalho. O cuidado que precisamos ter é que este conhecimento pode se tornar obsoleto muito rápido, ao mudar os proces- sos de trabalho, ao acontecer algo novo.. Este conheci- mento já pode estar ficando ultrapassado. Outro momento que repartimos este conhecimento é no momento da execução do trabalho. À medida que as pes- soas necessitem do conhecimento, ele será oferecido. Por quê? Porque temos uma enorme gama de informações disponíveis, se o empregado for buscar todas as informações, será que con- seguirá absorver tudo isto, antes de executar o trabalho!! Com o auxílio da tecnologia este conhecimento será disponibilizado quando necessário. Toda vez que precisar de um novo conhe- cimento, estará sujeito a uma situação de aprendizagem. Rebouças (2010, p. 387) apresenta a gestão do conheci- mento como: “o processo estruturado, criativo, inovativo e sus- tentado de identificar, desenvolver e operacionalizar os conhe- cimentos necessários para alavancar os resultados globais das organizações.” Assim, o conhecimento leva as novas formas de trabalho, de comunicação e de interação humana. As empresas bem- CONTEXTUALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES MERCADOLÓGICAS 1716 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO -sucedidas conquistam e motivam as pessoas para que apren- dam e apliquem o conhecimento na resolução de problemas, na busca por inovação, desenvolvendo novas competências e fazendo o negócio ser competitivo e lucrativo. 1.4 PAPEL DA INFORMAÇÃO NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A informação e o conhecimento são necessários para todos os negócios. E nas diversas áreas (financeira, de marke- ting, comercial, contábil, logística, recursos humanos) dos negócios, precisamos de várias informações que façam com que a empresa dê certo. Para o planejamento estratégico, também, não é possível pensarmos em planejamento estratégico sem informações do ambiente externo, do ambiente interno, do passado e do futuro. As informações trazem para o negócio condições de tomar melhores decisões, de construir cenários futuros, de sair na frente dos concorrentes e de fazer um diferencial para os clientes. Acompanhar e monitorar as informações funciona como uma ferramenta das organizações para obter vantagem com- petitiva. Como? A competição global, faz com que os gestores tenham que lidar com diferentes culturas, políticas, mercados, situações. Enfim, com empresas em diversas localizações dife- rentes. Acompanhando as novas informações é possível enten- der e negociar melhor em qualquer cenário. Junto a esta competição global, sem fronteira e sem limi- tes, os mercados estão cada dia mais voláteis, ou seja, mais ins- táveis. Os produtos com o ciclo de vida cada vez menores, pois o processo produtivo cada vez mais tecnológico se encarrega de garantir a melhoria constante do produto. Promovendo a sua substituição. Além da instabilidade dos mercados, o cliente está muito exigente e cheio de informações. Fazendo com que não só o produto, mas também, a prestação de serviço seja alvo de melhorias constantes. Desta forma, não se pode pensar em desenvolver um pla- nejamento estratégico sem a busca de informações. São estas informações que vão munir o processo de planejamento para tomada das decisões adequadas, buscando o atendimento cor- reto das necessidades dos clientes. Para auxiliar neste pro- cesso de busca e manutenção da informação os sistemas de informações são fundamen- tais. Com banco de dados atualizados e corretos é possí- vel trabalhar com informa- ções seguras e garantidas. Desta forma, a tecnologia nos dá o suporte necessário para manutenção destas informações. Com informações corretas a organização do ambiente para a implantação do planejamento estratégico se torna algo normal, tranquilo de ser feito! Pois, as pesquisas que foram desenvolvidas, os dados externos e interno, os números do pas- sado e as projeções do futuro podem ser analisadas, estudadas, e confrontadas que apresentarão veracidade, colocando a orga- nização em uma posição privilegiada para o desenvolvimento do processo de planejamento estratégico. Após uma contextualização sobre as mudanças mercado- lógicas, sociais, o conhecimento e a aprendizagem., vamos agora a importância de tudo isto para o planejamento estratégico. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 1918 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Referências CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3 ed. – Rio de Janeiro, Elsevier, 2010. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico. 2 ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração: uma abordagem prática. 2 ed. – São Paulo: Atlas, 2010. Imagens: Banco institucional Shutterstock. MÓDULO AULA 2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2.1 EVOLUÇÃO Por uma questão de sobrevivência as organizações preci- sam se renovar constantemente. Esta renovação acontece por- que diariamente as empresas competem por mercados, clien- tes, imagem e prestígio. Nesta corrida intensa as organizações precisam buscar as informações necessárias ao seu crescimento. Estas mudan- ças aparecem no sentido de se antecipar os novos desafios, e as novas tendências de mercado organizando assim as estraté- gias pertinentes a este mercado. A estratégica não é um con- ceito novo. Ao longo da história o plano antecipado do que fazer para competir e ser bem-sucedido já existia. Desde a Grécia antiga, onde os generais precisavam se desdobrar e Encerramos o Primeiro Módulo!! Agora vamos exercitar. Caro aluno, Neste módulo vamos estudar a origem e a evolução do pensamento estratégico. Preparados? Lá vem a história e suas riquezas. Vamos lá?! ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2120 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO pensarem em todo processo. Passando por grandes con- quistadores como Alexandre, o Grande (330 a. C), os faraós no antigo Egito, até chegar as guerras. A partir da competição militar, o conceito de estratégia começou a ser utilizado como é entendido na atualidade. Uma das mais conceituadas obras sobre a aplicação da estratégia é o livro “A arte da Guerra”, de Sun TZU que foi traduzido em diversos idiomas, transformado em filme. Em que um general filósofo chinês, escreveu o livro sobre estratégia militar, há 2500 anos, explicando como preparar os planos para vencer uma Guerra. Mais tarde, o livro é interpretado e trazido para área empresarial, e atualmente é destaque para estratégia gerencial. Para a área política, o conceito de estratégia também foi implantado. Nicolau Maquiavel, também filósofo político ita- liano (1512), lança a obra O Príncipe, que trata das estratégias sendo utilizadas para o meio político, objetivando criar uma liderança política, mostrando que estratégicas podem ser utili-zadas para desenvolver um líder político. 2.1.1 ESTRATÉGIA Pensar no que a empresa vai fazer para alcançar aquilo que ela almeja, qual o caminho mais adequado para se chegar a um propósito? São questões que a estratégia vai resolver. Bus- car respostas para estas questões fazem com que as empresas elaborem e executem as estratégias. Para as organizações, é importante ter estas estratégias clara e assim determinar o caminho a ser seguido, para se chegar ao objetivo esperado. “Estratégia é o caminho, maneira ou ação formulada e adequada para se alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, os objetivos, desafios e metas estabelecidos, no melhor posicionamento da organização perante seu ambiente.” OLIVEIRA (2010, p.408) Assim, elaborar uma estratégia que faça com que os obje- tivos e metas sejam atingidos e encaminharem a empresa para novos desafios. É sensacional!! A empresa além de se manter no negócio, também cresce, busca novos mercados, novos pro- dutos, outros serviços. Garante seu crescimento ao longo dos anos e sua permanência no mercado. Os autores da atualidade trazem vários conceitos sobre a estratégia empresarial, mas todos permeiam a ideia de planos estabelecidos buscando atingir um objetivo. Para isto, a orga- nização precisa atingir algumas metas específicas. 2.1.2 PLANEJAMENTO Além da estratégia, o planejamento é o outro elemento importante para conhecermos e entendermos sua aplicação. O Nota – assistir ao filme ou ler o livro De uma forma rápida, vamos contextualizar a estratégia e mais tarde falaremos sobre a gestão estratégia utilizada atual- mente nas organizações. Originalmente, estratégia era compreendida como a arte do general. A palavra tem origem no grego antigo stratègós (stratos significa exército e ago, comando ou liderança).¹ ¹Disponível em <http://www. siginificadosbr. com.br> ; Acesso em 31/10/2018. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2322 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO planejamento trata da elaboração com antecedência de um plano. Pensar de forma antecipada no que pode acontecer. Numa analogia simples “Quando chegaram numa bifurcação da estrada. Alice perguntou ao Gato qual direção seguir, e ouviu outra pergunta: Para onde você quer ir? Quando Alice falou que não se importava, o Gato respondeu, então, qualquer das estradas a levará até lá.” Se a empresa não souber onde quer chegar, pode tomar qualquer caminho, e este caminho a levará para algum lugar. Que lugar é este? Ao antecipar os aconte- cimentos e planejar as ações a organização estará esco- lhendo os caminhos para per- correr. Avaliando os prós e contras de cada um, verifi- cando qual deles fará com que chegue melhor e mais rápido no objetivo proposto. Sobral e Peci (2008) apresentam algumas vantagens e benefícios do planejamento, como: proporciona senso de dire- ção; focaliza esforços, maximiza a eficiência, reduz o impacto do ambiente, define parâmetros de controle, atua como fonte de motivação e comprometimento; potencializa o autoconhe- cimento organizacional e fornece consistência. Se alinharmos o estudo do planejamento e da estratégia, pode-se maximizar a utilização dos dois e assim chegar no conceito de planejamento estratégico. (estudaremos no pró- ximo módulo). 2.1.3 COMPETIÇÃO No estudo da estratégia, é preciso falar um pouco de competição., pois é por causa da competição, da concorrência, que buscamos desenvolver e melhorar as nossas estratégias. Esta competição não é algo novo, ela acontece em várias áreas diferentes, e simultaneamente. A competição surgiu como o aparecimento da vida, na origem da vida já existe um processo de competição para garantir quem chegará primeiro e conseguirá fertilizar o óvulo. Aqui, vence aquele que conseguir se adaptar e sobreviver. As mudanças foram acontecendo e a seleção natural aparece. O mundo passa por transformações, a espécie evolui, e a compe- tição está acontecendo, o maior se alimentado do menor, se adaptando, e buscando novas formas de sobreviver. Enfim, algumas espécies desaparecem, outras melhoram, outras ainda passam por mutações e permanece quem venceu a competição da evolução das espécies. A competição militar esta acontece desde que o mundo é mundo! Conquistar novos territórios, buscar novos povos, explorar novas riquezas, e garantir um maior poder. Fazem parte do cotidiano militar. O mundo vive várias guerras. Pri- meira e Segundas Guerras mundiais, Do Golfo, Do Paraguai, do Vietnã e todas proporcionaram perdas e ganhos, inclusive aprendizagem de como competir. Quem tem mais armas, quem tem a melhor comunicação, a melhor tecnologia, os melhores parceiros e o maior poder. Esta competição é algo tão atual que as Guerras conti- nuam em 2015! A guerra em nome de religiões, a guerra contra o terrorismo, a guerra nuclear e a guerra contra as facções cri- minosas. Em todas, a área militar precisa se desdobrar para conseguir conter o problema. Nestas Guerras atuais, como em qualquer outra, quem tem mais poder, mais dinheiro e mais armas garantiram a liderança. No Esporte também encontramos a competição. A com- petição esportiva traz um bem-estar físico, mostra o estilo de vida que o competidor adota, e comprovadamente apresenta ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2524 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO melhorias para o espírito, a alma e a mente. A precursora das competições esportivas é a Grécia, onde se vê falar das primei- ras OLIMPIADAS, 2500 a. C. Estes jogos foram criados com objetivo de homenagear os deuses, principalmente Zeus. O tempo passou e os Jogos Olímpicos da Era Moderna, mais pró- ximo do nosso cotidiano foi retomado em 1896, Atenas. De lá para cá, os anos se passaram e no formato atual, além dos benefícios anteriores, também devem ser levado em conta os benefícios financeiros que o competidor tem, os benéficos tecnológicos que utiliza, o prestígio, o nome, a fama. Um esportista que quer competir melhor e investir em sua carreira, utiliza os recursos que dispõem, melhora sua perfor- mance e sai na frente. Se tornando um medalhista e uma que- brador de recordes. 2.1.4 COMPETIÇÃO NOS NEGÓCIOS Depois de todos estes tipos de competição, chega- mos na competição dos negó- cios, aquela que realmente vai interferir no nosso dia a dia. Esta competição também parte das mudanças e melho- rias no processo de desenvol- vimento empresarial. Os negócios que se adaptam melhor sobrevivem. Os que não enxergarem a necessidade de mudança permanecem estagna- dos ou morrem... Os negócios e as empresas que se transformaram e obti- veram sucessos, utilizaram bem a palavra adaptação e conse- guiram perceber que precisam de alguns fatores determinantes da competitividade. Fatores estes, que são previstos e revistos através do desenvolvimento de estratégias modernas e capazes de fazer com que a empresa atenda o mercado atual, e cresça. “Quando a economia era fechada, a competição limi- tava-se ao contexto interno. Isso, naturalmente, empurrou grande parte das empresas para o atraso, até porque não havia preocupação com o ganho produtivo. Houve uma mudança irreversível, e a abertura econômica forçou as empresas a ganharem escala e a investirem no aumento de tecnologia, em treinamento, em automatização. É incontrolável o cresci- mento da produtividade; é condição se sobrevivência para as empresas.” ANDRADE e AMBONI (2010, p. 13) O autor acima destaca a importância do processo de mudança e no desenvolvimento de meios p´ara se adaptarem a estas mudanças. Sem o desenvolvimento dos processos tecnoló- gicos os negócios não conseguem competir. A tecnologia na indústria é importante, para criar um produto melhor e num tempo menor. O grande exemplo são os produtos da área de tecnologia, celulares, computadores. Vejamos o quanto o pro- duto agregafunções, está mais leve, mais bonito e menor. Sem uma tecnologia legal, melhorar estes produtos seriam inviáveis. E a tecnologia no comércio e na prestação de serviços, como ela se apresenta hoje? Na área comercial, a tecnologia é tão fantástica, que qualquer pessoa compra e vende para qual- quer pessoa. Sem limitações geográficas, políticas ou econômi- cas, através de um site, de um telefone, de um boleto ou de um cartão. Uma empresa que não aderiu a estas mudanças deixa de vender. No serviço, mudanças tecnológicas mais práticas fazem com que os serviços tenham uma qualidade incrível. Você mesmo, está fazendo uma disciplina online. Antes era ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2726 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO impensável, mas agora você pode fazer no seu tempo, na sua casa por conta de um processo tecnológico. E os salões de beleza, as clínicas de estéticas, os organizadores de eventos. O que ganharam com o uso da tecnologia. Junto a este processo todo de desenvolvimento e tecnolo- gia, é preciso treinar e desenvolver as pessoas, pois são elas que movimentam a tecnologia fazendo com que os negócios fiquem mais produtivos e, sem dúvidas, mais competitivos. Nesta busca de competitividade, quem estiver mais pro- dutivo sai na frente. Para garantir a produtividade é necessário um estudo, desenvolvimento e aplicações corretas das estraté- gias empresariais. Dentre estas estratégias, algumas são funda- mentais: redução do custo, especialização das linhas de produ- ção, controle de qualidade, melhor eficiência, observar a concorrência, produtos diferenciados, entrega garantida. 2.2 ORIGEM DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO Na evolução deste pensamento, cada época foi impor- tante para que se produzissem conceitos, práticas e ferramen- tas adequadas a cada momento econômico e politico viven- ciado pelas empresas. Segundo Geus (1999), a relevância do pensamento estratégico não está simples- mente em elaborar os planos, está em colaborar para a mudança de pensamento dos tomadores de decisões. E assim, colaborar com a mudança na estruturação do negócio. Quando a mudança vem de cima para baixo, é mais fácil fazer com que todos absorvam e entendam as novidades no negócio. Pensar estratégico é um processo difícil e prazeroso ao mesmo tempo porque representa um processo de libertação, imaginação, criação, formação de “teias” e de interconexões imbricadas no passado, presente e futuro da organização. (...) É um processo que incentiva o praticante a pensar e agir de forma permanente, acerca do que se passa dentro e fora da organização. ANDRADE e AMBONI (2010, P. 44) Quando você desenvolve o pensamento estratégico a empresa ganha um profissional que está constantemente com a capacidade de criação e imaginação sendo desenvolvidas pro- fissionalmente. Planejamento estratégico surge a partir da evolução do pensamento estratégico. Desenvolver um pensamento estraté- gico é trabalhar o conhecimento. Buscar através da imagina- ção, intuição, iniciativa, empreendedorismo, criar formas de executar a estratégia pensada para buscar atingir as metas. Através deste pensamento, pode-se identificar oportunidades novas, ameaça e riscos ao negociar, melhorar a vantagem com- petitiva, e trabalhar formas de criar os diferenciais ao negócio. 2.3 ESCOLAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Com as mudanças acontecidas no mundo, somente nos primeiros anos do século XXI que a execução e os resultados do planejamento estratégico começaram a ser enfatizados e a se tornarem importantes. De lá para os dias atuais, esta ênfase mudou muito, com todos os avanços tecnológicos e as mudan- Depois de contextualizarmos todos estes assuntos, preci- samos entender a origem do planejamento estratégico. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 2928 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ças do mundo globalizado. Fazem com que o planejamento estratégico seja hoje uma ferramenta indispensável para o sucesso organizacional. Independente da escola utilizada para elaboração das estratégias, todas vão colaborar para o crescimento organiza- cional. Mintzberg, Ahsltrans e Lampel apud Chiavenato e Sapiro, 2000, apresenta as escolas do planejamento estratégico, destacando algumas de caráter prescritivo e normativo e outras de caráter descritivo e explicativo. 2.3.1 ESCOLAS DE CARÁTER PRESCRITIVO E NORMATIVO: Aqui são apresentadas escolas de caráter mais rígido e formal. A – Escola do planejamento: Esta escola diz que o resultado imediato do planejamento é um plano, que vai responder às questões: o que, quando, como, onde e por quem. De forma documentada e formalizada. Neste contexto a estratégia é vista com um processo formal e hierarquizado, com planos estratégicos, táticos e operacionais. B – Escola do design: Esta leva em conta os aspectos internos da organização e os aspectos externos, para a elaboração da estratégia. Desta forma, a estratégia é vista como um processo de adaptação, que pode ser ajustado conforme as necessidades. C – Escola do posicionamento: A estratégia é vista como o resultado de uma análise. Após uma análise da situação ambiental, a empresa define as estratégias que podem fazer com que ocupe um lugar de desta- que no mercado. Nesta escola são tratados dois tipos de deci- sões: de Portfólio, onde a empresa vai escolher quais produtos e serviços vai investir seu capital; e decisão de posicionamento, aqui a empresa vai escolher o mercado em que os produtos e serviços escolhidos vão ser inseridos. Qual o segmento de mer- cado que a empresa vai buscar para atingir seus objetivos. 2.3.2 ESCOLAS DE CARÁTER DESCRITIVO E EXPLICATIVO Estas escolas são representadas pela criatividade e pela imaginação. Algo menos formal e mais divertido de se utilizar no trabalho. A – Escola do empreendedorismo Elementos como intuição, subjetividade, experiência são apreciados e levados em conta nesta escola. Esta escola acredita que a definição da estratégia um processo visionário e que já está representado mentalmente na cabeça do líder. Servindo para guiar o caminho de todos em busca de novas oportunida- des. Chiavenato e Sapiro (2009, p. 42) pregam que “a organiza- ção é igualmente maleável, uma estrutura simples e sensível às diretivas do líder” B – Escola cognitiva Ao estudar sobre a cognição, a escola cognitiva se carac- teriza sobre o estudo da inteligência. Portanto, a estratégia é percebida como um processo elaborado a partir do processo cognitivo, ou seja, cada um entende a estratégia a partir do seu processo mental. A percepção e interpretação da realidade é resultado das informações e do conhecimento que cada um possui. E a estratégia também é resultado deste conjunto. C – Escola do aprendizado O aprendizado de hoje é resultado das reflexões do pas- sado. Para Weick apud Chiavenato e Arão (2009), o compor- ORIGEM E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO 3130 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO tamento de aprendizagem acontece quando a pessoa age. Ao fazer algo, junto à execução acontece o aprendi- zado. Depois, a pessoa sele- ciona o que funciona, com- preendendo o resultado dessas ações e então escolhe aqueles comportamentos que julgam adequados para trazer resultados. Desta forma, esta escola considera o processo de apren- dizagem estratégica este resultado. A partir de cada realidade surge novas estratégias. D – Escola do poder Para esta escola o planejamento estratégico é de natureza política e esta vincula ao poder. Prega que nas organizações o poder é disputado internamente através das negociações, da persuasão, e da barganha. Assim, a estratégia é vista basica- mente como um processo de negociação. E – Escola da cultura Nesta escola o ponto fundamental a ser discutido é a cul- tura organizacional. Esta cultura que afeta e desenhatoda estrutura da organização, também afeta na elaboração da estratégia. Esta estratégia seria o resultado desta cultura, cada vez que a algo afeta e muda a cultura, a estratégia também pode ser mudada. F – Escola do ambiente Esta escola surge a partir da Teoria da Contingência, que estuda os fenômenos a partir de uma dependência dos aconte- cimentos externos. A elaboração da estratégia funciona como um processo reativo ao ambiente. O planejamento estratégico deixa de ser algo formal e rígido e passa a ser visto como algo que se adapta ao comportamento global a partir dos eventos ambientais. G – Escola da configuração Trata da organização com a seguinte normativa. Cada organização tem sua época e seu lugar. A configuração é momentânea e passageira, para cada momento que a organiza- ção se encontra ela pode desenvolver uma configuração dife- rente para atender este período. Portanto, a estratégia é vista como parte de um processo de transformação, para cada situ- ação o planejamento estratégico sofrera mudanças. A partir do estudo e do conhecimento destas escolas a organização poderá escolher a partir de qual escola vai traba- lhar o desenvolvimento do planejamento estratégico. Referências ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de, AMBONI Nério. Estratégias de Gestão: processos e funções do administrador. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHIAVENATO, Idalberto, SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico. 2 ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração: uma abordagem prática. 2 ed. – São Paulo: Atlas, 2010. SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Imagens: Banco institucional Shutterstock. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 3332 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MÓDULO AULA 3 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 3.1 ESTRATÉGIA O conceito de estratégia tem sido trabalhado por diver- sos autores ao longo dos anos, cada um deles acrescenta, melhora, ou atualiza o conceito. Oliveira (2007, p.181) define estratégia dizendo que é “um caminho, ou maneira, ou ação formulada e ade- quada para alcançar, preferencialmente de maneira diferen- ciada, as metas, os desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente.” Destaca ainda o entendimento da estratégia como uma ação organizada e adequada para se chegar aos desafios traçados ou as metas estabelecidas, lembrando ainda que precisa ser de forma diferenciada para garantir sua permanência no mercado. Caro aluno, Agora vamos conceituar e estudar a estratégia e como ela pode interferir no planejamento estratégico! Bom trabalho! CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 3534 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Portanto, reunir para pensar nas estratégias que serão utilizadas no próximo ano, mês, ou semana é muito impor- tante para as organizações. Ao desviar o olhar da rotina do seu negócio, e olhar para fora. Para o concorrente e para o mer- cado, fica mais fácil ver o que os outros estão fazendo. E assim, voltar para o meu negócio com um olhar diferente, tendo con- dições de pensar, repensar e mudar a forma de atuação, ou seja, as estratégias, para alcançarem os objetivos e os novos desafios. A estratégia empresarial significa a vantagem competi- tiva. O único objetivo do planejamento estratégico é capacitar a empresa a ganhar, da maneira mais eficiente possível, uma margem sustentável sobre seus concorrentes. (DRUCKER apud CHIAVENATO ,2003, p. 39) Uma estratégia bem desenvolvida significa para a orga- nização que esta tem uma vantagem competitiva no mercado. Ou seja, ela faz algo diferente dos seus concorrentes, algo que pode ser mais rápido, melhor, mais eficiente. Algo que a dife- rencia dos concorrentes. Neste estudo, também foi apresentado a estratégia como uma “Forma de pensar no futuro, integrada no processo deci- sório, com base em um procedimento formalizado e articula- dor de resultados e em uma programação previamente estabe- lecia” Mintzberg (apud Chiavenato 2003, p. 180). O autor ressalta a importância da estratégia ser algo para o futuro e estar integrada ao processo de tomada de decisão, colaborando para alcançar os objetivos definidos. Costa traz para discussão sobre estratégia um elemento novo que ele diz ser trilema estratégico. A partir do conheci- mento deste trilema, vai aparecer uma opção estratégica. Uma organização precisa decidir em qual desses três pontos deve ser concentrar: fornecer produtos de ponta, ou ter excelência operacional, ou ter intimidade com os clientes, não podendo ser, ao mesmo tempo, a melhor em todos os três aspectos citados. COSTA (2007, p.39) Escolhido o ponto, a empresa vai se concentrar neste ponto e desenvolvê-lo como uma estratégia. Este ponto traba- lhado vai garantir para o negócio o diferencial competitivo necessário para se manter no mercado e crescer. Se a empresa fizer a opção de ter produtos de ponta, isto significa que vai pesquisar as melhores matérias primas, o que pode ser substi- tuído, trocado, melhorado. Este produto será o produto de melhor qualidade existente no mercado. Se a empresa fizer a opção por ter uma excelência ope- racional, a pesquisa continua, mas agora na área tecnologia e operacional. Ter uma tecnologia melhor, mais rápida e mais barata que pode ser utilizada. Qual o equipamento capaz de garantir rapidez e qualidade ao processo produtivo? E se a empresa fizer a opção por ter intimidade com os clientes, ela vai desenvolver tudo que diz respeito ao bom atendimento ao cliente. O autor acima, ainda apresenta que para formulação de uma estratégia é preciso considerar um triângulo estratégico. Formado por três vértices: o propósito, apresentando o que nós queremos ser. O ambiente externo, que vai se preocupar com o que nos é permitido fazer. E a capacita- ção, que trata o que nós sabemos fazer. E no centro do triângulo vai estar a estratégia que vai se preocupar com o que nós vamos fazer. Respon- dida esta pergunta e levando em conta o triângulo estratégico, a definição da estratégia estará fácil de ser feita. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 3736 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 3.2 IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA Para iniciar o estudo da importância da estratégia cita- remos Oliveira (2007, p. 183), “Deve-se considerar, com igual importância, o objetivo que se deseja alcançar e como se pode chegar a essa situação desejada.” Ou seja, determinar onde se quer chegar é importante, mas saber como a empresa vai che- gar lá é fundamental. Daí se dá a importância da estratégia. Estabelecer prioridade de ação, sabendo por que a deci- são da prioridade foi tomada sinaliza o conhecimento do pro- fissional para com a sua empresa. Quando a prioridade de ação está clara, provavelmente as estratégias que estão sendo utiliza- das também estão muito claras. Costa advoga a ideia de que, o direcionamento estratégico é um processo que per- mite selecionar as prioridades em função da gravidade dos problemas enfrentados pela organização e estabelecer uma sequencia logica nos processos de intervenção, começando pelos problemas diagnosticados como os mais importantes e mais graves para o crescimento e a sobrevivência da organiza- ção. (2007, p. 56) O executivo e sua equipe quando preparados com um direcionamento estratégico eles conseguem discernir, e então, diagnosticar aquilo que compromete o crescimento, mas tam- bém a sobrevivência da empresa, intervindo de forma certeira no caminho a ser trilhado e assim, realmente fazendo um dife- rencial para o negócio. A importância da estratégia também se justifica para evitar o surgimento de problemas. Ao se escolher e utilizar as estratégias de forma preventivamente, a empresa poderá se preparar paramudanças, aproveitar as oportunidades e traba- lhar a variável tempo, criando um diferencial para o mercado. A prevenção é o caminho mais barato para resolver os proble- mas ou evitar que eles aconteçam. SOBRAL e PECI, (2008, p. 140) destacam a importância da estratégia assim: “A estratégia necessariamente muda com o tempo para se adequar às condições ambientais; porém, para permanecer competitivas, as organizações devem ser capazes de oferecer, de forma sustentável, mais valor a seus clientes do que os con- correntes.” Nos negócios a estratégia é algo considerado tão compe- titivo e determinante que precisa ser capaz de se adaptar as novidades apresentadas no mercado, e mesmo assim conti- nuar garantindo competitividade para a empresa. Prosseguir gerando mais valor para o cliente que o meu concorrente. Como exemplo, podemos destacar as empresas comerciais que trabalham com comercialização de eletrodomésticos, ele- troeletrônicos, e tecnologia. Sem dúvida, já adaptaram a estratégia, mudando para atender seu cliente e sair na frente do seu concorrente. Produtos de várias marcas, com vários preços diferentes, prazo de pagamento e crediá- rio próprio. 3.3 ESPECIFICAÇÕES DAS ESTRATÉGIAS Para facilitar a forma de visualizar as estratégias e auxi- liar o empresário a utilizar da forma correta, Oliveira (2003) apresenta algumas situações que podem ser utilizadas: CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 3938 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A - Quanto à amplitude: as estratégias podem ser macro, funcional ou operacional. Para cada área da empresa pode ser utilizada um tipo de estratégia, para a área de direção, os executivos vão utilizar as estratégias macros, para as áreas táticas, gerenciais as estratégias são funcionais e para a operacionalização estraté- gias operacionais. B - Quanto à concentração: a empresa pode usar uma estratégia pura que tem como objetivo o desenvolvimento específico de uma ação, ou de uma área na empresa. Ou pode ser uma estratégia conjunta, onde existe uma combinação de estratégias para promover um novo produto, e financiar as compras, por exemplo. C - Quanto à fronteira: estratégias internas, que resultam em mudanças dentro da empresa, de área para área, ou interliga- ções. Estratégias externas que buscam opor- tunidades fora da empresa, observando um novo mercado, o concorrente. E estratégias internas e externas: o objetivo é proporcionar a interligação entre aspectos internos- controláveis e aspectos externos não controláveis, buscando uma situação adequada. D - Quanto aos recursos aplicados: em quais recursos serão necessários aplicar estratégias novas ou diferentes. Nos recursos humanos, nos recursos materiais e financei- ros, nos recursos tecnológicos. Enfim, quais recursos serão melhorados a partir das novas estratégias. E - Quanto ao enfoque: Estratégias pessoais; que buscam desenvolver as pessoas e suas limitações sejam motivacionais, de relações humanas, na execução das tarefas. Que dificuldades pessoais as estratégias vão resolver. Ou estratégias empresariais; aqui as estratégias vão gerar ações no ambiente empresarial, na empresa como um todo. 3.4 TIPOS DE ESTRATÉGIAS Para cada área do negócio é preciso buscar as estratégias mais interessantes e atuais. Esta busca acontece quando os gestores conseguem visualizar as oportunidades embutidas na estratégia. Oliveira (2007) traz alguns tipos de estratégias que podem ser utilizadas para os negócios. A) Estratégia de sobrevivência Quando não existe nenhuma alternativa a ser utilizada, este tipo de estratégia deve ser adotado pela empresa. Quando as perspectivas internas e externas não forem boas, muitos pontos fracos internos e muitas ameaças externas, a empresa precisa se posicionar para garantir sua sobrevivência. Neste cenário, estraté- gias de redução de custos e desinvestimento são utiliza- das para garantir a sobrevi- vência num período de tempo da empresa. A primeira busca reduzir todos os custos possí- veis, como níveis de estoques, pessoal, em compras, em equi- pamentos, em marketing. Enfim, reduzir tudo que for possível para sobreviver até melhorar a situação. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 4140 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A segunda significa deixar de manter linhas de produtos ou prestação de serviços que deixaram de ser interessantes para a empresa. Um produto que não está gerando o lucro esperado, não está forte no mercado. Chega o momento que se a empresa não fizer a opção de parar de trabalhar com ele e investir no negócio principal, ela pode ir mal até seu fecha- mento. B) Estratégia de manutenção Esta estratégia deve ser utilizada quando a empresa pos- sui vários pontos fortes (recursos financeiros, humanos, tecno- lógicos), mas visualiza um ambiente de ameaça, como taxa de juros altas oferecidas pelas instituições financeiras, escassez de matéria prima, as moedas comerciais em alta. A partir deste cenário usar a estratégia para se manter no mercado até a ameaça passar. E pode ser usada de três formas: estratégia de estabili- dade, que tem como principal objetivo manter um estado de equilíbrio ameaçado. Por exemplo, um desequilíbrio finan- ceiro causado pela diminuição de vendas de um produto. Estratégia de nicho, a empresa escolhe um segmento de mer- cado, para concentrar seus esforços e recursos, com o objetivo de preservar sua vantagem competitiva. Estratégia de especiali- zação, aqui a empresa busca se manter no mercado através da especialização de um único produto ou serviço. A grande van- tagem é a redução de custo, pois você tem um único foco, e a desvantagem é que você não atende todo o mercado. C) Estratégia de crescimento Quando o ambiente apresentar situação que podem ser transformadas em oportunidade a estratégia a ser utilizada é a de crescimento. A empresa busca lançar novos produtos e ser- viços para aumentar as vendas e melhorar sua participação no mercado. Esta postura de cresci- mento pede a utilização de estratégicas como: Inovação: o trabalho aqui é antecipar as necessidades dos clientes e sair na frente dos concorren- tes. Esta estratégia prega o desenvolvimento de novos produtos, nova tecnologia e servi- ços, que sejam impactantes no mercado. Internacionalização, trata de expandir os negócios para outros países, aproveitando o desenvolvimento dos sistemas logísticos e de comunicação. Joint Venture: na busca de novos mercados as empresas se associam, buscando tecnologia, mais capital e mais estrutura. D) Estratégia de desenvolvimento Quando a empresa estiver atravessando um cenário de pontos fortes e oportunidades, o empresário deverá, portanto, promover o desenvolvimento desta empresa. Este desenvolvi- mento aponta para duas direções, o mercadológico e o tecnoló- gico, sempre pensando em procurar novos mercados e novas tecnologias. Estas estratégias podem ser: desenvolvimento de mercado; a empresa busca atuar em outros segmentos de mercado ou a abertura de novos mercados geográficos, sempre buscando maiores vendas. Desenvolvimento de produtos ou serviços; a empresa quer aumentar as vendas através do desenvolvimento de melhores CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 4342 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO produtos ou serviços. Acontece através de produtos novos dife- rentes dos existentes ou de variação de qualidade, tamanho e modelo. Ou Desenvolvimento financeiro; quando existem duas empresas, uma com poucos recursos financeiros, mas grandes oportunidades no mercado e outra o inverso. Estas se juntam criando uma empresa. E passando a ter como ponto forte o recurso financeiro e a oportunidade de mercado. Desenvolvimento de capacidades; aqui as empresas que vão se associar são: uma com fraca tecnologia, mas alto índice de oportunidade ou potenciais e vice-versa,muita tecnologia e pouca oportunidade. E vão juntas melhorar suas capacidades tecnológicas e seus potenciais. Desenvolvimento de estabilidade; quem vai crescer são as empresas que procuram um crescimento uniforme, como no aspecto mercadológico, tecnológico, de capacidade. Enfim, crescer de forma constante. E) Estratégias Funcionais: Aqui são apresentadas estratégias para cada função na organização. Como estratégias de marketing; específicas para produtos ou serviços e estratégias próprias de mercado. Estra- tégias financeiras; que podem influenciar na posição finan- ceira das empresas. Estratégia de produção; que leva em conta aspectos como engenharia de processo, controle de qualidade, custos industriais e estoques intermediários. E, por ultimo, Estratégias de recursos huma- nos: importantíssimas para o desenvolvimento humano, pois trata do treinamento e desenvolvimento, remunera- ção e benefícios, transferên- cias e promoções. 3.5 – FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA Na formulação das estratégias, é necessário considerar aspectos como: a empresa, seus recursos, pontos fortes, fracos, propósitos, missão, objetivos, desafios e políticas. Todas estas informações devem ser levantadas, catalogadas, conferidas e pesquisadas. Para então, poder fazer parte da estratégia do negócio. Quando o executivo busca estas informações ele estará organizando internamente todas elas. Separar os pontos fortes e fracos na empresa, quais seus propósitos, sua missão e objetivos, os novos desafios, as políticas de trabalho. Aquilo que tiver descrito, mas antigo, será atualizado. Aquilo que não estiver descrito, será feito, colaborando assim para juntar todas as informações necessárias. Aspectos como o ambiente e suas constantes mudanças, oportunidades e ameaças, também são pesquisados exaustiva- mente para compor as informações utilizadas na formulação das estratégias. O mercado está sempre em mudanças trazendo oportunidades e ameaças às empresas, se o executivo acompa- nha estas mudanças, e sabe o que pode se tornar uma oportu- nidade ou uma ameaça fica mais claro como deve ser a formu- lação das estratégias. E, por último, a integração entre empresa e ambiente são imprescindíveis para que a formulação da estratégia seja correta. A adequação entre o que o ambiente quer e o que a empresa oferece é fundamental para garantir sua permanên- cia no mercado. E uma estratégia correta vai auxiliar para que a empresa não perca seu foco e deixe de ser competitiva no mercado. Para finalizar esta parte da estratégia, vamos apresentar a formulação da estratégia. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 4544 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Além destes aspectos, Keeney (apud Oliveira, 2007) sugere que seja preciso observar a existência de múltiplos obje- tivos hierarquizados e diferenciados na empresa e, a partir daí, identificar quais são as prioridades para serem tratados na estratégia. Observar também o aspecto interdisciplinar que envolve grande variedade de assuntos, uma estratégia pode ser de uma área específica, mas exige que outros departamentos colaborem com esta área específica para que se cumpra a estra- tégia. Outro ponto a ser observado é a existência de vários tomadores de decisão, o que pode fazer com que demore na escolha ou na formulação das estratégias. É um ponto que pode gerar polêmica e medo entre os executivos é a incidência de risco e incerteza com relação aquele assunto a ser tratado, como esclarece Oliveira afirmando que “a formulação de estratégias, visando sempre aos obje- tivos estabelecidos, é condição essencial para a própria viabi- lização do objetivo proposto, ou seja, se o objetivo é chegar a uma ilha e não se dispõe de nenhum barco, é preciso encon- trar alternativas para que isso ocorra; alugando, comprando o fretando um barco, navio, avião ou helicóptero, ou propondo- -se a realizar trabalhos de limpeza no navio em troca da pas- sagem, ou, ainda, construindo uma jangada.” (OLIVEIRA, 2007, p. 205) Então, se o objetivo estiver claro, e a equipe entender o que é uma estratégia, esta equipe vai buscar alternativa na for- mulação desta estratégia até conseguir atingir o objetivo. O caminho vai ser mudado, adaptado ou refeito até se chegar ao objetivo proposto. 3.6 - EXEMPLOS DE ESTRATÉGIAS 1 – Desenvolver a habilidade em usar a informática para manuseio de operações e controle financeiro; 2 – Realizar uma avaliação e liberação de credito, segura e adequada para cada cliente; 3 – Melhorar o inter-relacionamento entre o marketing, a produção e o transporte; 4 – Usar o marketing de maneira eficaz, incluindo descontos, prazos, créditos ao consumidor, garantias e entregas; 5 - Aplicar a produção em massa, baixando o custo unitário e produzindo mais rápido; 6 – Pesquisar e desenvolver novos produtos e servi- ços para substituir os atuais, na medida que vão per- dendo a participação de mercado; 7 – Estimular a criatividade nos funcionários; 8 – Atrair e reter os profissionais mais qualificados tecnicamente para empresa; 9 – Divulgar a colaboração de todas as áreas para o desenvolvimento logístico da empresa; 10 – Permanecer, geograficamente, próximo aos clientes. Referências CHIAVENATO, Idalberto, SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico. 2 ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. CONCEITOS BÁSICOS DE ESTRATÉGIA 4746 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica: da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2007. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planeja- mento estratégico: conceitos, metodologia e praticas. 24 ed. – São Paulo: Atlas, 2007. SOBRAL, Filipe, PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. ANDRADE: processos e funções do administrador. Rio, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Estratégias de Gestão de Janeiro: Elsevier, 2010. Imagens: Banco institucional Shutterstock.
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