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02 - 205323-Aula202002-LIMPAJcurso-29280-aula-02-v1 - Domínio da estrutura morfossintática do período Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto

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Português para TJ AL 
 Teoria e questões comentadas 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 68 
Aula 2: Domínio da estrutura morfossintática do período. 
Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 
Emprego dos sinais de pontuação. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Conceitos importantes 1 
2. Esquema do período composto por coordenação 9 
3. As orações intercaladas 40 
4. O que devo tomar nota como mais importante? 47 
5. Lista das questões apresentadas 48 
6. Gabarito 68 
 
Olá, pessoal! 
 O assunto “Domínio da estrutura morfossintática do período” e “Emprego 
dos sinais de pontuação”, previstos em nossa aula, serão trabalhados 
concomitantemente com o entendimento da relação de coordenação e 
subordinação. Nesta aula, falaremos sobre a coordenação. Na próxima, 
desenvolveremos a subordinação. 
Para entendermos esse tema, devemos partir de alguns conceitos 
importantes. 
Frase: é um enunciado que possua sentido completo. Ela é finalizada por 
ponto final (.), ponto de exclamação (!), ponto de interrogação (?), dois-
pontos (:) e reticências (...). 
Cada uma destas pontuações sinaliza um tipo diferente de frase. 
Frase declarativa: apenas apresenta uma informação ao leitor. 
 Em 1979, Mandy, uma garota de 13 anos de idade, participou de uma 
excursão em uma ilha da Escócia. 
Frase exclamativa: apresenta certa emoção ao comunicar. 
 Lá estava ela com sua ginga exuberante e porte sensual! 
Socorro! Psiu! 
Frase interrogativa direta: expressa uma dúvida, motivando uma resposta. 
 A prova será realizada ainda hoje? 
 Você já notou, em palestras, aulas ou em outras situações em que haja 
uma explicação de um argumento, o locutor faz uma pergunta para ele mesmo 
responder? 
 Esse é um tipo de procedimento argumentativo muito usado em textos 
dissertativos para que o leitor sinta necessidade de ler ou ouvir a resposta: 
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 “E o que é impessoalidade?”. “Bom, impessoalidade é a forma como o 
servidor deve tratar o cidadão ou outro servidor do Estado”. 
O autor não teve dúvida ao perguntar, a sua intenção foi nos chamar a 
atenção sobre um conceito importante. 
Às vezes temos também a pergunta retórica, aquela em que o autor do 
texto não responde diretamente, mas a condução do texto nos enfatiza a 
resposta. Veja: 
“A política no Brasil é duvidosa quanto à moral e os bons costumes. Em 
relação às obras referentes à Copa do mundo, será que todos os recursos 
serão aplicados devidamente ao que foi previsto nas licitações? 
Uma boa dica seria a participação do cidadão como fiscal, monitorando o 
tempo gasto no andamento das obras e a lisura nos processos.” 
 
Questão 1: Polícia Civil ES - 2011 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou e 
tomou Seul, a capital do Sul. Começava ali uma guerra que opunha os povos 
de um país dividido, com os Estados Unidos da América de um lado e a China 
e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro. O conflito durou 
cerca de três anos e terminou com o país ainda dividido ao meio. O saldo? 
Três milhões e meio de mortos. 
Na linha 5, o emprego da interrogação é um recurso estilístico e retórico que 
confere ênfase à informação subsequente. 
Comentário: A pergunta e a resposta se encontram ligadas quase que 
diretamente, por isso o autor poderia fazer apenas uma afirmação: O saldo é 
de três milhões e meio de mortos. Porém, o autor preferiu chamar a atenção 
do leitor realizando a pergunta, pois o ponto de interrogação faz o leitor dar 
uma pausa frasal antes de continuar a leitura. Essa pergunta é retórica, 
porque tem como princípio enfatizar o termo posterior, que é a resposta. 
Gabarito: C 
 
Além disso, as frases podem trazer uma ideia de continuidade, com o 
uso das reticências, na intenção de que o leitor interprete algo além do que 
foi dito. 
 Joana está sempre de bom humor, só gosta das piadas do chefe... 
 Neste exemplo podemos entender uma malícia do autor do texto em 
relação ao comportamento de Joana. 
Muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o 
leitor reflita mais sobre o assunto. 
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres 
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e... 
 As reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 
2011 em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já 
entendemos que ele (o autor) quer nossa reflexão no problema. 
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 As frases também podem fazer parte de um discurso direto. Neste caso 
a voz do narrador é finalizada por dois-pontos, na intenção de abrir a voz do 
personagem. 
 
 O candidato afirmou: 
 – Vou entrar com recurso. 
 A voz do personagem é chamada de citação, isto é, o recorte literal da 
fala de alguém ou de um fragmento do texto. Esta fala pode também ser 
delimitada por aspas. Exemplo: 
 O candidato afirmou: “Vou entrar com recurso.” 
Questão 2: TRE ES - 2011 - Técnico (banca CESPE) 
 No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs 
a Carta Magna de 1988: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos 
que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, 
devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” Era o reconhecimento de 
um direito. Restava regulamentar a forma pela qual esse direito seria 
garantido. Em novembro de 2003, o presidente da República assinou o 
Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se 
remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste decreto, 
os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória 
histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção 
de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica 
sofrida.” 
O Estado de S.Paulo, 29/11/2010 (com adaptações). 
Os trechos entre aspas são citações literais de texto de natureza jurídica. 
Comentário: Observe que as aspas marcam citações, recortes literais de 
outro texto: da lei. Assim, as expressões “dispôs a Carta Magna de 1988:” e 
“o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º:” reforçam que essas 
citações fazem parte realmente de textos de natureza jurídica. 
Gabarito: C 
 
Questão 3: Correios - 2011 - Médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Um estudo realizado por Dorothy Hatsukami e outros 
pesquisadores da Universidade de Minnesota revelou que fumantes 
inveterados que diminuem a frequência de suas tragadas ainda assim 
respiram duas vezes mais toxinas por cigarro que as pessoas que fumam 
menos. (...) O estudo é consistente com trabalhos epidemiológicos anteriores, 
que revelaram que indivíduos que diminuíram o número de cigarros fumados 
não reduziram riscos à saúde. Moral da história: “pode não haver benefício em 
fumar menos”, conclui a pesquisadora. “Se os fumantes querem mesmo 
diminuir o risco de câncer e doenças”, ela acrescenta, “precisam é parar de 
fumar”. 
As aspas empregadas no texto delimitam citação. 
Comentário: Note que as aspas marcam a fala direta de alguém ou o recorte 
de um fragmento de texto. Isso é a citação, a qual delimita o discurso direto. 
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Perceba que o recorte registrado em “pode não haver benefício em fumar 
menos” não iniciava a frase no texto original. Assim, foi iniciado com letra 
minúscula. 
Gabarito: C 
 
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. 
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois 
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período 
obrigatoriamente terá. 
Assim, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. 
Veja: 
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. 
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. 
Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final 
dele deve ser a mesma da frase: . ! ? : ... 
Agora veremos a oração. 
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. 
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. 
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há 
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, 
porque cada oração terá um verbo diferente. 
Assim, vejamos: 
1. “Socorro!” (apenas frase) 
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 
3. “Olá!” (apenas frase) 
4. “Você está bem?” (frase, período e oração) 
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e 
orações) 
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este 
enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, 
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração 
absoluta. 
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período 
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de 
vendas.”. 
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Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que 
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma 
pontuação final de uma frase: . ! ? : ... 
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores 
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta e na 
próxima aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a 
oração pode ser sucedida por: , ; ņ e às vezes não receberá nenhuma 
pontuação. 
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por 
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se 
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando 
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. 
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque 
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante 
da conjunção e da pontuação. 
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
calmo durante a prova, passará no concurso. 
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com 
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há 
várias orações em um período composto. 
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso.”. Para que 
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se 
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a 
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de 
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas porque todas possuem o 
mesmo valor: condição. 
O CESPE chama esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. 
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. Mas 
perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em 
coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”. 
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam 
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do 
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra 
para terem sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria 
sentido? 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
calmo durante a prova ... 
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Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que 
as outras (subordinadas) tenham sentido. 
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas 
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações 
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). 
A oração subordinada se refere a uma oração principal e a oração 
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de 
oração inicial). Nesta aula, exploraremos apenas a estrutura coordenada. 
Vimos anteriormente que essas estruturas paralelas não ocorrem só com 
orações. Elas também podem ocorrer com os termos da oração. Veja: 
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os 
substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si e compõem 
o aposto enumerativo. 
Dizemos que estão paralelos porque se somam e possuem o mesmo 
valor: explicar a palavra “itens”. 
Como falamos anteriormente, a banca CESPE chama esses termos 
paralelos de ENUMERAÇÃO. Então podemos entender que termos paralelos 
(enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando queremos 
nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos 
(quando queremos demonstrar uma sequência de ações). 
Enumeração de substantivos: 
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 
Enumeração de adjetivos: 
Achei a pintura clara, intrigante, linda! 
Sequência de ações 
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e 
voltou para casa. 
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? 
Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e 
“trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? 
Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é? 
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente 
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que 
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor 
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório. Veja que, na enumeração 
dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”. 
A banca CESPE muitas vezes pergunta se essas vírgulas ocorrem porque 
separa termos de uma enumeração ou termos de mesmo valor. Isso é 
corretíssimo. 
 
 
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Questão 4: TRT 10ªR 2013 Técnico Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O encontro terá a participação de ministros de 
tribunais superiores, desembargadores, juízes, promotores, advogados, 
delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as 
palestras, painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de 
gestão, informatização, correição virtual, paradigmas, meio ambiente, 
conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça. 
No fragmento acima, excetuada a última, todas as demais vírgulas têm a 
mesma justificativa de uso. 
Comentário: Exceto a última vírgula, todas as demais são usadas para 
separar termos de mesma função sintática. Isso é chamado de enumeração. 
Assim, tais vírgulas têm a mesma justificativa. Confirme: 
O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, 
desembargadores, juízes, promotores, advogados, delegados, diretores de 
tribunais e professores universitários. Entre as palestras, painéis e mesas-
redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização, 
correiçãovirtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, 
todos eles relacionados à justiça. 
 Note apenas que a última vírgula marca o início de um comentário à 
parte do autor: “todos eles relacionados à justiça”. Você verá na próxima aula 
que este segmento é chamado de oração intercalada, parentética ou 
comentário do autor. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: MI 2013 Assistente Técnico Administrativo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de 
água para 12 milhões de habitantes de 391 municípios do Agreste e do Sertão 
dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
As vírgulas da linha 3 são empregadas para isolar aposto explicativo. 
Comentário: Novamente uma questão cobrando o reconhecimento do uso 
das vírgulas para separarem termos enumerados. Note que houve a 
enumeração de vários estados. Assim, não há aposto explicativo e a questão 
está errada. Confirme: 
Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de 
habitantes de 391 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de 
Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 
Gabarito: E 
 
Questão 6: ANS 2013 Técnico (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de 
operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros — 
estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações disponíveis 
que dão suporte à proposta feita pela ANS. 
O emprego de vírgulas logo depois de “operadoras” e de “beneficiários” 
justifica-se porque elas isolam aposto explicativo. 
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Comentário: A afirmativa está errada, pois as vírgulas apenas separam 
elementos de uma enumeração. Veja: 
...composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos de defesa 
do consumidor, entre outros... 
Gabarito: E 
 
Questão 7: ANS 2013 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Além do descumprimento dos prazos de atendimento 
para consultas, exames e cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser 
considerados todos os itens relacionados à negativa de cobertura, como o rol 
de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso 
e o mecanismo de autorização para os procedimentos. 
As vírgulas empregadas logo após “procedimentos” (linha 4) e “carência” 
(linha 4) isolam elementos de mesma função sintática componentes de uma 
enumeração de termos. 
Comentário: A afirmativa está correta, pois as vírgulas separam elementos 
de uma enumeração, os quais possuem a mesma função sintática. Neste caso, 
tais elementos funcionam como termos exemplificativos. Veja: 
...como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, 
o reembolso e o mecanismo de autorização para os procedimentos. 
Gabarito: C 
 
Questão 8: TRE ES - 2011 - Técnico (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima 
deram alento ao cultivo de cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no 
Ceará, em Pernambuco, na Bahia e no Piauí o agronegócio teve peso decisivo. 
As vírgulas logo após “Tocantins”, “Maranhão”, “Ceará” e “Pernambuco” 
justificam-se por isolarem termos de mesma função sintática componentes de 
uma enumeração. 
Comentário: Note que os substantivos estão sendo separados por vírgula 
para marcar um termo composto (enumerado). Todos eles fazem parte do 
adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: C 
 
Questão 9: Detran ES - 2011 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Contraposto aos sucessivos recordes de 
congestionamentos nas grandes cidades brasileiras, esse resultado expõe as 
fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que privilegia o 
transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade 
das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o 
problema da mobilidade passa pela criação de alternativas ao uso do 
transporte individual. 
 “Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco 
eficientes, pela falta de conforto, segurança ou rapidez, as pessoas continuam 
optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda que 
permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G., profissional da área de 
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desenvolvimento sustentável. Contudo, restringir o uso do carro não resolve o 
problema. 
A vírgula empregada logo após “individual” (linha 4) tem a função de separar 
os termos de uma enumeração, função semelhante à da vírgula empregada 
imediatamente após “conforto” (linha 8). 
Comentário: Note que a primeira vírgula pedida na questão separa verbos 
coordenados (“privilegia”, “prejudica”). A segunda separa substantivos 
(“conforto”, “segurança”) também coordenados entre si. Este sinal de 
pontuação, portanto, separa termos de mesma função, pois estão 
enumerados. 
Gabarito: C 
 
Entendemos basicamente a estrutura enumerativa e o uso da pontuação 
nestes casos. Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor 
semântico de cada estrutura coordenativa. 
 Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter 
cinco valores semânticos, de acordo com o esquema a seguir: 
 
Esquema do período composto por coordenação 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
______________________, mas _________________. (adversativa) 
______________________ ou ___________________. (alternativa) 
______________________, portanto ______________. (conclusiva) 
______________________, pois _________________. (explicativa) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
 Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações 
coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, 
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. 
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e 
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela 
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor 
semântico, conforme apontado no esquema acima. 
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste 
caso a chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante 
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. 
Exemplo: 
 Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) 
 Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) 
período composto por coordenação 
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 O CESPE não cobra o nome destas orações, mas temos que entender sua 
estrutura para sabermos trocar conjunções de mesmo sentido, saber quando 
usamos a vírgula, além de entender o funcionamento textual destes valores e 
por que tal conjunção foi utilizada. Vejamos os principais valores: 
1) Aditivas: 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
 As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear 
enumeração dentro de uma lógica. As principais são: 
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, 
senão também, tanto...como. 
Ex.: Fechou a porta e foi tomar café. 
 Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso 
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for 
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como os mostrados acima, 
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. 
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. 
 Ele não caminha nem corre. 
 Josefina não trabalha, tampouco estuda. 
 Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha osamigos. 
 A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: 
a) quando o sujeito for diferente: 
Ana estudou, e Jucélia trabalhou. 
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é 
facultativa. 
b) quando o sentido for de contraste, oposição: 
Estudei muito, e não entendi nada. 
 Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste 
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode 
ser substituída por “mas”. Apesar de alguns autores usarem esta estrutura 
sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-la como 
obrigatória. 
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter 
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: 
Enumeração subjetiva: 
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. 
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se 
calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. 
período composto por coordenação 
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 A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. 
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção 
para aumentar a força nos argumentos. 
Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora 
vejamos um aprofundamento do que trabalhamos no início desta aula. A 
pontuação numa enumeração, agora com a objetiva: 
Enumeração objetiva: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante. 
 Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor 
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem 
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração 
subjetiva. 
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas 
são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da 
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante. 
 A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a 
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. 
Mas as duas construções estão corretas. 
 Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou 
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses 
elementos por ponto e vírgula. Veja: 
Uso do ponto e vírgula: 
 
____ e _____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. 
 
Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; 
alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a 
prova; e saíram confiantes. 
 Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por 
ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do 
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na 
enumeração. Assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une 
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é 
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado e o 
penúltimo como apenas um. 
 
1 2 3 4 5 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
6 
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 Assim veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: 
 
 
____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________. 
 
 
____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________. 
 
 
____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________. 
 
 
 
 
____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. 
 
 
Questão 10: SEEDF 2017 nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Falamos não só de uma crise ecológica, mas também 
de uma crise civilizatória de amplas dimensões, do funcionamento de um 
sistema que destrói e ameaça as suas próprias bases de sobrevivência, 
sustentado pela separação homem/natureza, com repercussões para toda a 
vida social. 
A expressão “mas também” (linha 1) introduz no período em que ocorre uma 
ideia de oposição. 
Comentário: A expressão correlativa de adição “não só... mas também” 
transmite valor de adição, e não de oposição. 
Gabarito: E 
 
Questão 11: SEEDF 2017 Monitor (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Como qualquer profissional do ambiente escolar, os 
monitores também são educadores, e cabe à equipe gestora realizar ações 
formativas para que eles saibam como interagir com as crianças e os jovens 
nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o 
banheiro etc.). 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada 
imediatamente após “educadores” (linha 2) fosse suprimida. 
Comentário: A vírgula antes da conjunção “e” separa orações de sujeitos 
diferentes. Assim, a vírgula é facultativa e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
 
1 2 3 4 5 
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6 
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Questão 12: TCE PA 2016 Analista (banca CESPE) 
Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados 
democráticos de direito, modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-
guerra, segundo o qual o poder político não apenas emana do povo, sendo em 
nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo. 
No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) 
mas comporta a participação direta do povo”, a locução “não apenas (...) 
mas” introduz no período ideia de adição. 
Comentário: A questão explora o valor da expressão correlativa de adição 
“Não só ... mas também”. Naturalmente, você entendeu o valor de adição 
dessa expressão. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 13: PC PE 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A decisão ou vontade política de eleger a segurança 
pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar quando se 
pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se considera 
o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente 
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao 
assunto como também o tratam de modo simplista, como uma questão que 
diz respeito apenas à polícia. 
No trecho “Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto 
como também o tratam de modo simplista” (linhas 5 e 6), do texto, o 
vocábulo “como” integra uma expressão que introduz no período uma ideia de 
A proporcionalidade. 
B adição. 
C comparação. 
D explicação. 
E oposição. 
Comentário: O vocábulo “como” integra a expressão correlativa de adição 
“não só...como também”. Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
 
Questão 14: FUB 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua 
universidade federal. A Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a 
promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as diversas formas de 
saber e formar profissionais engajados na transformação do país. 
A vírgula foi empregada para separar orações. 
Comentário: No segundo período, há três orações coordenadas entre si: 
“reinventar a educação superior”¹, 
“entrelaçar as diversas formasde saber”² e 
“formar profissionais engajados na transformação do país”³. 
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 A segunda oração² é coordenada assindética aditiva, a terceira oração³ 
é coordenada sindética aditiva. Assim, a vírgula foi empregada para separar 
as duas primeiras orações coordenadas e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 15: FUB 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. 
Uma vida nova, passada a limpo, me esperava em direção a um Norte mais 
nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela casa me 
protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz. 
A vírgula empregada logo após “protegia” (linha 4) separa orações aditivas 
que têm sujeitos distintos. 
Comentário: Antes de comentar a vírgula, vamos a uma consideração: o 
último período do trecho acima é precedido da conjunção “Mas”. Assim, ele 
está coordenado ao período anterior. Para nossa análise de pontuação, 
devemos contar como oração inicial o segmento “aquela casa me protegia” (já 
sem o conectivo “Mas”, pois sua relação é com o período anterior). 
 Assim, no último período temos a oração inicial “aquela casa me 
protegia” e a oração coordenada sindética “e dentro dela uma mulher se 
esforçava”. 
 Há vírgula antes da conjunção “e”, pois nessas duas orações há dois 
sujeitos distintos: “aquela casa” e “uma mulher”. 
 Por isso a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 16: BSF 2014 - nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Entre os critérios em discussão, encontram-se os 
conceitos da produtividade no setor público; a modificação dos processos 
orçamentários com definições ligadas a objetivos e produtos mensuráveis e 
passíveis de avaliação; a revisão dos elementos que definem a rentabilidade 
social dos programas, serviços e investimentos realizados pelo Estado; a 
incorporação de critérios que atribuam peso maior à demanda dos usuários na 
tomada de decisão no setor público; e, por último, a adoção de padrões 
comparativos como forma de avaliar o rendimento e a qualidade da ação 
estatal. 
No parágrafo acima, o emprego do sinal de ponto e vírgula deve-se à 
necessidade de separar elementos extensos de uma enumeração. 
Comentário: Observe que há enumeração de elementos realmente extensos 
e com conjunções aditivas, além de vírgulas internas. Daí a necessidade de 
transmitir clareza inserindo os sinais de ponto e vírgula. É interessante 
perceber que, mesmo não havendo divisão interna, se os termos enumerados 
são de grande extensão, por motivo de clareza, o autor pode inserir ponto e 
vírgula. 
Gabarito: C 
 
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Questão 17: CNJ 2013 Técnico Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos 
do Executivo e do Judiciário, campanhas importantes para promover o bem-
estar do cidadão, como a da aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito dos 
tribunais; a do reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento 
da ideia de conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida. 
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os sinais de 
ponto e vírgula por vírgulas no trecho “como a da aplicação da Lei Maria da 
Penha (...) a de valorização da vida” (linhas 4 e 5). 
Comentário: O sinal de ponto e vírgula é um recurso estilístico que deixa a 
separação dos termos da enumeração mais clara. Assim, tal sinal não é 
obrigatório, ele pode ser substituído por vírgula. 
 O erro na questão é afirmar que substituição dos sinais de ponto e 
vírgula por vírgulas prejudica a correção gramatical. Tal substituição não 
prejudica, por isso a questão está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 18: DPRF 2013 Policial Rodoviário Federal (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e 
nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. 
Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” 
empregada logo após “inviolável” manteria a correção gramatical do texto. 
Comentário: O conectivo “nem” não está relacionado com a conjunção “e”. 
Ele trabalha em conjunto com o segundo conectivo “nem” (nem o Estado nem 
ninguém). Assim, a conjunção “e” é imprescindível no período, pois conecta a 
oração inicial “Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável” à oração 
coordenada sindética aditiva “e nem o Estado nem ninguém tem o direito”. 
Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 19: SEGER ES - 2011 - nível superior (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a 
acumulação de capital físico e humano, e ganhos permanentes de 
produtividade. 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após 
“humano” fosse retirada, o que, entretanto, tornaria menos claras as relações 
sintáticas estabelecidas pela conjunção “e”, em sua segunda ocorrência. 
Comentário: Como vimos nos esquemas anteriores, a vírgula inserida antes 
do último “e” não é obrigatória, mas tem um papel importante na clareza do 
texto. No caso desta frase, a vírgula mostra ao leitor que a primeira conjunção 
“e” faz uma divisão interna do primeiro termo enumerado (a acumulação de 
capital físico e humano) e que o último “e” inicia o segundo termo da 
enumeração “ganhos permanentes da produtividade”. 
Gabarito: C 
 
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Outro fato relevante para as provas da banca CESPE é notarmos que 
algumas vezes este tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem 
conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais 
explorada em outras aulas. Veja: 
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica 
ascensional. 
A banca CESPE pede muitas vezes para transformarmos essa oração 
reduzida em desenvolvida, com a conjunção aditiva “e”. Veja: 
O Brasil vem exportando bastante, continuando sua trajetória 
econômica ascensional. 
O Brasil vem exportando bastante e continua sua trajetória econômica 
ascensional. 
Veja mais um exemplo: 
“O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das 
ordens de pagamento, transferindo essa atribuição para um conjunto de 
câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a garantir a 
finalização destas operações.” 
A forma verbal “transferindo”(w.2) poderia ser substituída, sem prejuízo 
para a correção do período, por e transfere, eliminando-se a vírgula após 
“pagamento”(w.2)? 
 
 Podemos entender nesse período uma sequência de processos verbais 
referentes ao Banco Central. Primeiro, ele deixa de ser responsável pela 
intermediação. Depois, transfere essa atribuição para um conjunto de câmaras 
de compensação e liquidação (clearings) e estes passam a garantir a 
finalização destas operações. 
 
 Assim, entre essas orações há valor de adição. 
 
 Por esse motivo, pode-se substituir a oração reduzida de gerúndio pela 
sua forma desenvolvida, com conjunção “e” e verbo conjugado no presente 
(“transfere”). 
Como a conjunção “e” liga duas orações de mesmo sujeito, é natural não 
haver vírgula. 
Questão 20: MPE-PI / 2012 / Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Vestidos de palhaço, eles aproveitam o tempo dos 
carros parados no semáforo para cumprir essa missão. Com cartazes 
educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam com 
os motoristas. Muita gente fecha o vidro do carro. 
Sem prejuízo semântico para o texto, as formas verbais “fazem” (linha 3) e 
“brincam” (linha 3) poderiam ser substituídas pelas formas fazendo e 
brincando,respectivamente. 
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Comentário: Veja que há uma sequência de ações, da mesma forma como 
vimos na teoria. Assim, podemos substituir os verbos, transformando as 
orações em reduzidas de gerúndio. Compare: 
Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e 
brincam com os motoristas. 
Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazendo 
performances e brincando com os motoristas. 
Gabarito: C 
 
 
2) Adversativas: exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As 
principais são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. 
 Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a 
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao 
passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em 
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor 
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas 
memorizar as conjunções. 
Ex.: Trabalhou duro, mas não ganhou muito dinheiro. 
 Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. 
 Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos 
conhecimentos básicos. 
 Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a 
sustentabilidade do planeta. 
 O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. 
 Atenção na adversativa, pois a vírgula é obrigatória 
 
______________________ , mas ____________________. (adversativa) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Todas as conjunções, exceto “mas”, podem ficar no início, no meio e no 
fim desta oração. Veja as possibilidades: 
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. 
A banca CESPE costuma cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O 
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível 
ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela 
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, 
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições 
vistas acima. 
 Uso do ponto e vírgula: 
período composto por coordenação 
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Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula. 
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. 
 Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções 
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, 
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja: 
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. 
 Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode 
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda 
será vista adiante. 
 Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. 
Questão 21: SEEDF 2017 nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A pedagogia tradicional é caracterizada pela 
preocupação com a eficiência sempre maior, inspirada no modelo econômico 
dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o aparecimento de 
enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremadamente 
detalhada. 
 Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada 
pela Escola Nova. A pedagogia nova se constitui como oposição estreita à 
tradição: concentração da atenção na criança, suas afinidades e seus campos 
de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a 
uma pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a 
transmitir. 
A conjunção “Entretanto” (linha 6) tem, no período em que se insere, sentido 
conclusivo, equivalendo, semanticamente, a Portanto. 
Comentário: A conjunção “Entretanto” só pode ser coordenativa adversativa. 
Assim, não pode ser substituída pela conjunção conclusiva “Portanto”. 
Gabarito: E 
 
Questão 22: DPU 2016 Agente Administrativo (banca CESPE) 
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No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma 
oração adversativa, que apresenta ideia que contrasta com as ideias 
veiculadas nos quadrinhos anteriores. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa. Assim, transmite 
contraste em relação à informação anterior e a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 23: CPRM 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Há, ainda, outro detalhe surpreendente: os dois genes 
em questão só se ativam na presença do PET, o que constitui uma “ativação 
por substrato”, mecanismo muito comum em velhas rotas metabólicas. Parece 
evidente, entretanto, que isso não precisa ser o resultado de milhões de anos 
de paciente evolução. Basta um século, ou menos. 
A conjunção “entretanto” (linha 4) do texto introduz, no período em que se 
insere, ideia de 
A condição. 
B explicação. 
C oposição. 
D comparação. 
E adição. 
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual 
transmite contraste, oposição em relação à informação anterior. Assim, a 
alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 24: Prefeitura de São Paulo 2016 Médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O Brasil é um país de cidades novas. A maior parte de 
seus núcleos urbanos surgiu no século passado. Há cidades, entretanto, que já 
existem há bastante tempo. Contemporâneas dos primeiros tempos da 
colonização, algumas delas já ultrapassaram inclusive a marca do quarto 
centenário. Poucas são as cidades brasileiras, contudo, que ainda apresentam 
vestígios materiais consideráveis do passado. 
No texto I, a conjunção “entretanto” (linha 2) introduz, no período em que 
ocorre, uma ideia de 
A condição. 
B causa. 
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C consequência. 
D oposição. 
E adição. 
Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual 
transmite contraste, oposição em relação à informação anterior. Assim, a 
alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 25: DEPEN 2015 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito 
dias apenas com as leituras. Essa possibilidade, no entanto, ainda é restrita a 
penitenciárias federais de segurança máxima. 
A substituição da locução “no entanto” por conquanto manteria a relação 
estabelecida entre a última oração do segundo parágrafo e a que a antecede. 
Comentário: O conectivo “no entanto” só pode ter valor coordenativo 
adversativo. Veremos na próxima aula que a conjunção “conquanto” só pode 
ter valor adverbial concessivo. Assim, não pode haver a substituição direta de 
um pelo outro. 
Gabarito: E 
 
Questão 26: TRE GO 2015 Analista Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Os militares, por outro lado, defendiam um Poder 
Executivo forte e se opunham à autonomia buscada pelos civis. Isso sem 
mencionar as acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era um quadro 
que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidadãos que viveram 
naqueles anos. Mas havia cidadãos? 
A inserção de vírgula logo após “Mas” (linha 5) não prejudicaria a correção 
gramatical do texto, pois, nesse caso, a utilização da vírgula é de caráter 
facultativo. 
Comentário: Os conectivos adversativos “porém”,“contudo”, “entretanto”, 
“no entanto”, “todavia”, quando iniciam períodos ou forem precedidos de 
ponto e vírgula, podem ser seguidos de vírgula: 
Estudo pouco. Porém, passou no concurso. 
Estudo pouco; porém, passou no concurso. 
 Contudo, devemos observar que somente a conjunção “mas” não admite 
tal pontuação posterior. Assim, a afirmativa é errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 27: FUB 2015 Nível Médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo 
quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o 
brasileiro não sabe português é um dos mitos que compõem o preconceito 
mais presente na cultura brasileira: o linguístico”. 
 A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, 
mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 
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4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo 
Ministério da Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de 
Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). 
O elemento coesivo “mas” (linha 6) inicia uma oração coordenada que 
exprime a ideia de concessão em uma sequência de fatos. 
Comentário: A conjunção “mas” inicia oração coordenada de valor 
adversativo, e não concessivo. A concessão é circunstância adverbial, sobre a 
qual falaremos na próxima aula. 
Gabarito: E 
 
Questão 28: ICMBIO 2014 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Com as técnicas de simulação em laboratórios de que 
dispomos atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o 
desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. As 
simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de 
substituir experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, 
precisamos adotar cautela extra ao construirmos coisas que precisam durar. 
A expressão “no entanto” (linha 5) poderia ser substituída pelo vocábulo 
entretanto, sem que houvesse prejuízo à correção gramatical e ao sentido do 
texto. 
Comentário: Os conectivos “no entanto” e “entretanto” só podem ter sentido 
adversativo. Assim, eles podem ser trocados sem qualquer problema 
gramatical, além de preservar o sentido no texto. 
Gabarito: C 
 
Questão 29: ICMBIO 2014 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Os estados e municípios deverão adotar os novos 
parâmetros até agosto de 2014, caso contrário, não receberão recursos da 
União. Nesse contexto, a lei propõe incentivos dos municípios para a 
organização desses trabalhadores em cooperativas, em detrimento do 
trabalho autônomo dos catadores de rua. A maioria dos catadores autônomos, 
entretanto, é moradora de rua ou desempregada, sem acesso ao mercado de 
trabalho formal. Em muitos casos, são dependentes químicos ou alcoólatras, e 
não têm horários estabelecidos para o trabalho. 
O elemento coesivo sentencial “entretanto” (linha 6) tem a finalidade 
semântica de introduzir uma relação de adversidade entre a informação 
expressa no período de que faz parte e a informação expressa nos períodos 
que o antecedem 
Comentário: O conectivo “entretanto” só pode ter sentido adversativo. 
Assim, realmente, ele tem a finalidade de transmitir adversidade entre a 
informação iniciada por ele (a maioria dos catadores autônomos é moradora 
de rua não tem acesso ao emprego formal) em relação às informações 
anteriores (adoção de novos parâmetros, proposta de incentivos por lei para 
as cooperativas em detrimento do trabalho autônomo). 
Gabarito: C 
 
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Questão 30: ICMBIO 2014 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em 
desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o lema de 1889, 
inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a 
seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, 
entretanto, precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, 
e do Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas décadas, 
por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos 
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo 
econômico de nações como a China, Índia, África do Sul e o próprio Brasil. 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (linha 5) 
e o trecho “e do Brasil em particular” (linha 6), bem como as vírgulas que os 
isolam, poderiam ser excluídos do período a que pertencem. 
Comentário: Primeiramente, sabemos que as orações coordenadas podem 
ser sindéticas (com conjunção) ou assindéticas (sem conjunção). Assim, a 
exclusão da conjunção “entretanto” apenas transforma a oração coordenada 
sindética em “assindética”, não havendo prejuízo para a correção gramatical. 
 A expressão “e do Brasil em particular” é apenas um comentário extra 
do autor e não é imprescindível na estrutura sintática. Assim, podemos excluir 
também essa expressão e não haverá prejuízo à correção gramatical. 
Gabarito: C 
 
Questão 31: ICMBIO 2014 Médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Depois, quando a captura com malha foi autorizada, 
ele se destacou entre os colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos de 
peixe na embarcação. Hoje, o lago já não é tão abundante quanto há uma 
década e meia, mas ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, 
tucunarés, carpas e traíras, soma 250 quilos de peixe por semana e perto de 
dois mil reais por mês. 
O vocábulo “mas” (linha 4) é um elemento coesivo que introduz relação de 
conclusão entre a informação expressa no período de que faz parte e a 
informação expressa no período que o antecede. 
Comentário: O vocábulo “mas” tem valor coordenativo adversativo, e não 
conclusivo, como afirma a questão. 
Gabarito: E 
 
Questão 32: MTE 2014 Agente Administrativo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma 
relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de 
emprego. 
Caso se substituísse o conectivo “mas” (linha 2) por no entanto, seriam 
mantidos a correção gramatical e o sentido do texto. 
Comentário: Os conectivos “mas” e “no entanto” têm sentido coordenativo 
adversativo. Assim, eles podem ser trocados sem qualquer problema 
gramatical, além de preservar o sentido no texto. 
Gabarito: C 
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Questão 33: Anatel 2014 Superior (banca CESPE) 
 
No segundo quadrinho, a palavra “Já” tem valor temporal. 
Comentário: A palavra “Já”, no segundo quadrinho, transmite um valor 
adversativo, isto é, um contraste em relação à informação anterior. Tanto 
assim que o contexto admite a substituição de “Já” por “Mas”. Assim, não há 
valor temporal e a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
Questão 34: SEGER-ES 2013 Analista do Executivo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas 
também não estava preparado por ela no meu primeiro dia à frente de uma 
sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-me professor 
muito depois de receber o diploma com a habilitação. Acho que posso dizer 
que fui lapidado com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz 
quatro anos desde aquele primeiro dia. 
 Porém já tenho as minhas certezas: ser professor poderia ser muito 
mais confortável, poderia ser muito menos estafante, mas vale todos os 
momentos. 
A conjunção “Porém” estabelece relação de subordinação sintática entre o 
parágrafo que ela inicia e o anterior. 
Comentário: A conjunção “Porém” é coordenativa adversativa.Assim, não 
estabelece relação de subordinação sintática, mas de coordenação. 
Gabarito: E 
 
Questão 35: DPRF 2013 Policial Rodoviário Federal (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. 
É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência 
(é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia... 
Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a conjunção “e”, 
em “e não por deficiência da ciência” (linha 2), poderia ser substituída por 
mas. 
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Comentário: Vimos que a conjunção “e” pode ser também usada com valor 
adversativo, neste caso, cabendo ser substituída por “porém”, “mas”, 
“contudo”, “entretanto”. Assim, bastava perceber o valor de contraste 
realizando a substituição. Veja: 
É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da 
ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia... 
É claro que o definitivo da ciência é transitório, mas não por deficiência da 
ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia... 
É claro que o definitivo da ciência é transitório, porém não por deficiência da 
ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia... 
Gabarito: C 
 
Questão 36: TCU - 2011 - Auditor Federal de Controle Interno (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma 
proposição matemática, e ele passou anos realizando pequenos ajustes em 
seu “cálculo da felicidade”, um termo maravilhosamente atraente. Eu, por 
exemplo, nunca associei cálculo à felicidade. No entanto, trata-se de 
matemática simples. Some os aspectos prazerosos de sua vida, depois 
subtraia os desagradáveis. O resultado é a sua felicidade total. 
A expressão “No entanto” introduz, no texto, ideia de oposição ao fato de o 
autor nunca ter associado cálculo à felicidade. 
Comentário: A expressão “No entanto” é um conectivo adversativo, o qual 
transmite contraste, oposição. Note que o autor dizia no texto que nunca tinha 
associado cálculo à felicidade, em seguida insere a oposição de que este 
cálculo existe e é simples. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 37: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível médio (banca CESPE) 
Fragmento de texto: 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 O governo do estado de São Paulo lançou um programa que 
fechará o cerco ao consumo de álcool por crianças e adolescentes. A 
medida inclui uma lei mais severa, que punirá com multas pesadas e 
fechamento os estabelecimentos comerciais que reincidirem na venda 
de bebidas a indivíduos com menos de dezoito anos de idade, sejam 
bares, supermercados, restaurantes, boates ou lojas de conveniência. 
 (...) 
 Em 2007, o governo paulista determinou que os estabelecimentos 
infratores deveriam fechar as portas. A lei de agora reafirma a punição 
em vigor há mais de quatro anos e inova ao estabelecer multas com 
valores altos, que variam de acordo com o tamanho do negócio e vão de 
R$ 1.745,00 a R$ 43.625,00. 
 
O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se 
substituísse o trecho “os estabelecimentos infratores deveriam fechar as 
portas. A lei de agora reafirma” (linhas 8 e 9) por os estabelecimentos 
infratores deveriam fechar as portas, mas a lei de agora reafirma. 
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Comentário: Pela reescrita do trecho, a questão cobrou do candidato o valor 
semântico entre os dois últimos períodos do texto. 
 É crucial observarmos o verbo “reafirma” na linha 9. Ele dá ao último 
período uma ideia de confirmação, e não de oposição, como estava sendo 
proposto pela questão com a inserção da conjunção “mas”. 
 Note que, em 2007, já havia uma determinação, e a lei de agora a 
reafirma e inova. Assim, não pode haver valor de contraste, oposição. Entre 
esses dois períodos, há uma relação de adição, confirmação. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 38: Instituto Rio Branco - 2011 - Diplomacia (banca CESPE) 
Fragmento de texto: 
1 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 Quando se pensa em como era a infância séculos atrás, uma das 
primeiras imagens que vêm à cabeça é a de meninos dando duro em 
minas ou limpando chaminés. A ideia de que essa fase da vida era 
simplesmente ignorada e de que as pessoas passavam de bebês a 
trabalhadores, do dia para a noite, é reforçada por inúmeras pinturas 
antigas retratando crianças sérias, tristemente vestidas como 
miniadultos. As fontes de informações medievais, entretanto, quando 
analisadas de perto, não oferecem evidência alguma de que as pessoas 
daquela época tivessem, com relação às crianças, atitudes muito 
diferentes das de hoje — com exceção, talvez, apenas do uso em 
excesso de castigos físicos, que, de qualquer modo, também eram 
aplicados em adultos. 
 
O vocábulo “entretanto” (linha 7) é um elemento coesivo que introduz uma 
relação de adversidade entre a informação expressa no período de que faz 
parte e as informações expressas nos períodos anteriores. 
Comentário: A conjunção “entretanto” é coordenativa adversativa. Assim, 
transmite relação de contraste, oposição, adversidade entre a sua oração e as 
informações anteriores. 
Gabarito: C 
 
Questão 39: TRE ES - 2011 - nível médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a 
constituinte só seria instalada um ano mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, 
mas acabaria dissolvida seis meses depois, em 12 de novembro. 
A substituição da conjunção “mas” por “conquanto” manteria o sentido original 
do texto e acrescentaria característica rebuscada à linguagem empregada. 
Comentário: A conjunção “mas” tem valor coordenativo adversativo, 
enquanto a conjunção “conquanto” é subordinativa adverbial concessiva, a 
qual leva o verbo obrigatoriamente para o subjuntivo. Então uma não pode 
substituir a outra. As orações subordinadas adverbiais serão vistas na próxima 
aula. 
Gabarito: E 
 
 
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Questão 40: PGM RR ES - 2011 - Procurador (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas 
um problema de distribuição mais justa da renda e da riqueza: envolve a 
inclusão produtiva digna da maioria da população desempregada, 
subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais. Um 
PIB que cresce mas não inclui as populações não é sustentável. 
No desenvolvimento da argumentação, apesar de enfraquecer a ideia de 
oposição, a substituição de “mas” por e mantém a coerência e a correção do 
texto. 
Comentário: A conjunção “e” pode ter valor de oposição, depende do 
contexto, como foi este. Veja que a conjunção “mas” exige vírgula 
antecipando-a, mas o autor do texto preferiu não utilizar, por isso a conjunção 
“e” também com valor de oposição não foi antecedida de vírgula. Fica claro 
que, quando mantemos a oposição com a conjunção “mas”, isso se dá de 
maneira mais enfática do que apenas com a conjunção “e”. Por isso, está 
correta nesta questão a expressão: “apesar de enfraquecer a ideia de 
oposição”. 
Gabarito: C 
 
Questão 41: SEGER ES - 2011 - nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A diferença é que, nesse caso, a previsão não se vale 
de dados, mas de sentimentos; algo que poderia também ser chamado de 
intuição, mas que deriva da experiência de vida. 
A inserção do termo também logo depois de “mas” preservaria tanto as 
relações de coerência entre os argumentos quanto a correção gramatical do 
texto, com a vantagem de que reforçaria os aspectos utilizados no tipo de 
previsão mencionado. 
Comentário: Note quea expressão “mas de sentimentos” é adversativa, 
contrastante à informação anterior. A inserção do vocábulo “também” 
transformaria essa expressão em adição, o que não condiz com o contexto. 
Gabarito: E 
 
 
3) Alternativas: a conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou 
repetida em cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações 
alternativas normalmente não são separadas por vírgula. Veja as principais 
conjunções: 
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. 
______________________ ou ____________________. (alternativa) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
Ex.: Faça este trabalho novamente, ou procure outro emprego. 
período composto por coordenação 
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 A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada pela banca CESPE 
como conectivo de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou 
exclusão entre substantivos ou adjetivos. 
Inclusão: 
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão) 
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual 
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro 
possuem as características de bons candidatos. 
Exclusão: 
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão) 
 Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá 
Pedro e vice-versa. 
 Como vimos acima, há outros vocábulos de diferentes classes 
gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando alternância, como 
ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e 
iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula 
se fortalece por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido: 
Ora narrava, ora comentava. 
Questão 42: STJ 2015 Analista Judiciário (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Desse modo, o termo justiça como conformidade da 
conduta a uma norma é empregado para julgar o comportamento da pessoa 
humana diante de uma norma, seja esta moral, seja de direito natural ou de 
direito positivo. 
Em “seja esta moral, seja de direito natural” (linha 3), é obrigatório o 
emprego da vírgula para indicar a relação de alternância entre os elementos 
de orações de mesmo nível sintático. 
Comentário: Quando repetimos a conjunção alternativa, devemos inserir a 
vírgula. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
 
Questão 43: FUB 2015 Analista de Tecnologia da Informação (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Ser objeto de referência, seja na Web, seja em 
publicações científicas, constitui fator importante em avaliações globais. 
As relações estabelecidas pelo emprego da expressão “seja (...) seja” (linha 
1), que poderia ser corretamente substituída pelo par quer (...) quer, 
indicam termos sintaticamente dependentes entre si. 
Comentário: Dizemos que os conectivos “quer..quer”, “seja...seja”, “ou...ou”, 
“ora...ora” são correlativos. Tais conectivos iniciam orações coordenadas 
alternativas. Assim, não pode haver dependência sintática entre elas, pois elas 
não são orações subordinadas. A relação entre elas é de paralelismo, 
coordenação, justaposição. Assim, a afirmativa está errada. 
Gabarito: E 
 
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Questão 44: TRE ES - 2011 - Técnico (banca CESPE) 
Fragmento de texto: Na hipótese de doações a partidos políticos ou 
candidatos por meio da Internet, as fraudes ou erros cometidos pelo doador, 
sem conhecimento dos candidatos, dos partidos ou das coligações, não 
ensejam a responsabilidade destes nem a rejeição de suas contas eleitorais. 
A conjunção ou empregada em “as fraudes ou erros” (linha 2) designa 
exclusão, como na frase Liberdade ou morte! 
Comentário: A conjunção “ou” possui dois valores: inclusão ou exclusão. A 
exclusão marca que, havendo um termo, o outro obrigatoriamente se exclui, 
como em “Liberdade ou morte”. Já na alternância de inclusão, um termo não 
exclui o outro, podendo-se aglomerar, como no contexto: havendo “fraudes” 
não implica a exclusão de “erros”. Eles podem coexistir. 
Gabarito: E 
 
Questão 45: CEF - 2011 - Médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Cientistas da Universidade de Essex, na Inglaterra, 
investigaram a serotonina, um neurotransmissor ligado ao humor, e 
estudaram a preferência de 97 voluntários relativamente a diferentes tipos de 
imagens. Pessoas em que se identificou apenas a versão longa do gene para a 
proteína transportadora de serotonina — que controla os níveis do 
neurotransmissor nas células do cérebro — tenderam a prestar atenção em 
figuras agradáveis (como imagens de chocolates) e evitaram as negativas 
(como fotografias de aranhas). As pessoas com a forma curta do gene 
apresentaram preferências opostas, embora não tão fortemente. 
A substituição de “embora” (linha 9) por ou não prejudicaria a correção nem o 
sentido do texto. 
Comentário: A conjunção “embora” tem valor concessivo, contrastante 
(veremos essa conjunção na próxima aula). No texto, percebemos que as 
pessoas com a forma curta do gene apresentaram preferências opostas, 
mesmo a apresentação dessa preferência não sendo tão forte. Com a 
substituição da conjunção “embora” pela conjunção “ou”, haveria mudança de 
sentido, pois esta conjunção, neste contexto, transmitiria uma ideia de 
alternância de exclusão; havendo, assim, um prejuízo à coerência do texto. 
Gabarito: E 
 
4) Conclusivas: são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado 
de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As 
principais conjunções são: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada 
depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso. 
 
_____________________ , portanto ____________________. (conclusiva) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
período composto por coordenação 
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A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados 
exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a 
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode 
ocorrer, é o registro mais aceitável. 
Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. 
 O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo 
economicamente. 
 Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. 
 Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil. 
 Estudou, então passou. 
Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas 
conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar 
também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): 
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde. 
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde. 
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto. 
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde. 
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto. 
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde. 
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde. 
 Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula 
pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda 
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior. 
Questão 46: SEEDF 2017 nível superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O universo da comunicação vem se ampliando com 
maior dinamismo, nos últimos anos, para atender à demanda de seus 
usuários, nas mais diferentes situações de interatividade. Nele estamos 
inseridos, exercitando nossa linguagem orale escrita, até mesmo na área 
digital. Por isso, necessitamos sempre assimilar novos conhecimentos e 
expressá-los com objetividade e competência. 
A substituição de “Por isso” (linha 5) por Por esse motivo manteria a 
correção e o sentido original do texto. 
Comentário: O conectivo “Por isso” transmite uma noção de conclusão. Ele 
pode ser substituído por “Por esse motivo” haja vista que “isso” retoma o 
motivo anteriormente informado, da mesma forma que a expressão “esse 
motivo”. Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 47: PC PE 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Por outro lado, os progressos da ciência médica têm 
tornado imperioso que o momento do óbito seja estabelecido com o máximo 
rigor. De fato, a problemática ligada à separação de partes cadavéricas 
destinadas a transplantes em vivos exige que sua retirada seja feita em 
condições de aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse 
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procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o momento da morte. 
É importante, pois, que o médico estabeleça o momento de ocorrência do 
êxito letal com a maior precisão possível. 
A conjunção “pois” (linha 7) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de 
A conclusão. 
B explicação. 
C causa. 
D finalidade. 
E consequência. 
Comentário: Você viu anteriormente que, quando a conjunção “pois” 
encontra-se deslocada após o verbo, só pode ter valor conclusivo. Até por isso 
podemos trocá-la por “portanto”, “por conseguinte”, “dessa forma” etc. 
 A alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 48: PC PE 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O fenômeno da corrupção, em virtude de sua 
complexidade e de seu potencial danoso à sociedade, exige, além de uma 
atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é 
preciso estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes 
sempre atuem, de fato, em prol do interesse público. 
Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” 
(linha 3) fosse substituído por Por conseguinte. 
Comentário: Para resolver esta questão, nem precisaríamos voltar ao texto, 
haja vista que os conectivos “Portanto” e “Por conseguinte” só podem ter 
valor coordenativo conclusivo. Assim, um pode substituir o outro. 
Gabarito: C 
 
Questão 49: TRE PE 2016 Superior (banca CESPE) 
Fragmento do texto: O jurista Luiz Roberto Barroso bem esclarece a 
distinção ao afirmar que “Enunciado normativo é o texto ainda por interpretar. 
Já a norma é o produto da incidência do enunciado normativo sobre os fatos 
da causa, fruto da interação entre texto e realidade.” Portanto, o enunciado 
normativo resume-se ao texto legal, o qual, porém, somente se torna norma 
jurídica quando aplicado aos casos concretos, ou seja, ao tornar-se efetivo. 
O vocábulo “Portanto” (linha 4) introduz no texto a efetividade do direito 
eleitoral e a soberania popular uma ideia de 
a) finalidade. 
b) conclusão. 
c) causa. 
d) consequência. 
e) condição. 
Comentário: Outra questão que também não precisa retorno ao texto, haja 
vista que a conjunção “Portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo. 
Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
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Questão 50: Prefeitura de São Paulo 2016 Médio (banca CESPE) 
Fragmento do texto: É importante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi 
uma arte caracterizada pela autoria anônima, por meio da qual o grafiteiro 
transformava a cidade em um importante suporte de comunicação artística 
sem delimitação de espaço, de mensagem ou de mensageiro. 
 Portanto, o que importava naquele momento era a arte em si e não o 
nome de seu autor. Por esse motivo, os ditos “cânones” são retirados de sua 
posição central e imperativa para dar lugar a uma arte de todos e para todos; 
arte da rua, na rua e para a rua; arte da cidade, na cidade e para a cidade: o 
grafite. 
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso a palavra 
“Portanto”, no trecho “Portanto, o que importava naquele momento era a arte 
em si e não o nome de seu autor” (linha 5), fosse substituída por 
A Pois. 
B No entanto. 
C Logo. 
D Entretanto. 
E Porquanto. 
Comentário: A conjunção “Portanto” só pode ter valor conclusivo e pode ser 
substituído pela conjunção também conclusiva “Logo”. Assim, a alternativa (C) 
é a correta. 
 Quanto às demais alternativas, a conjunção “pois” tem valor explicativo 
ou causal e só terá valor conclusivo se estiver após o verbo, o que não 
ocorreu neste contexto. Os conectivos “No entanto” e “Entretanto” têm valor 
coordenativo adversativo, e a conjunção “porquanto” pode ter valor 
explicativo ou causal. 
Gabarito: C 
 
Questão 51: TRE PI 2016 Taquígrafo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Os partidos representam diferentes ideologias e 
convicções políticas existentes na sociedade, reunindo, como seus filiados, 
cidadãos adeptos a sua corrente de pensamento. Por isso, antes de se filiar a 
um partido político, o eleitor deveria tomar conhecimento do estatuto 
partidário, norma interna que rege sua organização e seu funcionamento, com 
o objetivo de verificar sua afinidade com aquele projeto político. 
A expressão “Por isso” (linha 3) tem a função de retomar elemento já 
mencionado no texto e poderia ser substituída por Porquanto, sem prejuízo 
do sentido original do texto. 
Comentário: O conectivo “Por isso” é coordenativo conclusivo e não pode ser 
substituído por “Porquanto”, que é um conectivo explicativo. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
 
 
 
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Questão 52: FUB 2015 Analista de Tecnologia da Informação (banca CESPE) 
Fragmento do texto: Como a população cresce em número e em capacidade 
de consumo, também aumenta o desejo de que a economia utilize mais 
recursos de base biológica, recicláveis e renováveis, logo, mais sustentáveis — 
e essa é a base da bioeconomia. 
O vocábulo “logo” (linha 3), por indicar conclusão de ideia anterior, poderia 
ser substituído pela expressão por conseguinte, o que manteria a correção 
gramatical e a coerência textual. 
Comentário: Sabendo-se que o conectivo “por conseguinte” também tem 
valor conclusivo, a substituição pode ser realizada sem qualquer problema 
gramatical, de sentido ou de coerência. Assim, a afirmativa está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 53: TCU 2015 Técnico Federal de Controle Externo (banca CESPE) 
Fragmento do texto: A invenção e a difusão da técnica da escritura, 
somadas à compilação de costumes tradicionais, proporcionaram os primeiros 
códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei 
das XII Tábuas. Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos 
eram melhores depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo 
que a memória de certo número de pessoas, por mais força que tivessem em 
função de seu constante exercício. 
Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (linha 4) poderia ser 
substituído por contudo ou todavia. 
Comentário: O conectivo “destarte” tem valor conclusivo, porém “contudo” e 
“todavia” têm valor coordenativo adversativo, por isso a substituição não pode 
ocorrer. 
Gabarito: E 
 
Questão 54: Secretaria de Ciência e Tecnol DF Médio 2014 (banca CESPE) 
Fragmento do texto: É de se observar que a Constituição Federal de 1988 
(CF) por nenhuma vez utiliza o termo funcionário, embora este seja de uso 
comum na legislação ordinária; entretanto, há dispositivos legais que tratam 
de pessoas que exercem funções públicas, quer administrativas,

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