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Bactérias do Sistema Respiratório • Trato respiratório superior: ↳ Nariz; ↳ Faringe; ↳ Estruturas associadas (ouvido médio e tubas auditivas); ↳ Laringe; ↳ Sistema mucociliar, saliva e IgA são os mecanismos de defesa. • Trato respiratório inferior: ↳ Traqueia; ↳ Brônquios; ↳ Alvéolos ↳ Pleuras; ↳ BALT e fagócitos são os mecanismos de defesa. • A transmissão dessas doenças se dá pelo contato com secreções das vias respiratórias (tosse, espirro, salva, beijo, aerossóis, compartilhamento de copos ou talheres) ou pelo contato com mãos contaminadas com essas secreções respiratórias, toalhas, roupa de cama e roupas pessoais. • A doença por essas bactérias é decorrente de seus fatores de virulência que permitem a adesão, invasão tecidual, presença de toxinas eu lesam os tecidos e escape do sistema imunológico. CORYNEBACTERIUM DIPHTHERIAE • Causa a difteria/ crupe/ croup • São bacilos irregulares; • Gram positivos; • Arranjo paliçada (parecido com letra chinesa); • Anaeróbio facultativo; • Imóveis; • Não formam esporos; • Catalase positiva; • Quando infectadas por bacteriófagos portadores do gene TOX começam a produzir a toxina diftérica (exotoxina) que tem tropismo para músculo cardíaco, rins, suprarrenais e sistema nervoso. • Fatores de virulência: ↳ Toxina diftérica AB (exotoxina); ↳ Adesinas; ↳ Evasinas; • A toxina diftérica AB, tem um domínio A que é capaz de bloquear a síntese de proteínas culminando na morte celular por necrose; • A toxina também é um domínio B que se fixa no receptor celular HB-EGF (na membrana); ↳ Essa ligação leva a endocitose da toxina formando vesículas; ↳ Na vesícula, o fragmento A se solta e vai para o citosol; ↳ Culminando na translocação do domínio A que inibirá o EF2; ↳ Ao bloquear o EF2, bloqueia a síntese proteica levando a morte celular. • Esse receptor possui tropismo com rins, miocárdio, suprarrenais e sistema nervoso; • Sinais e sintomas da difteria: ↳ Formação de placas pseudomembranosas branco acinzentadas aderentes que se instalam nas tonsilas podendo invadir as estruturas vizinhas causando asfixia. ↳ As placas podem aderir na faringe, laringe, fossas nasais, conduto auditivo, vulva, pênis e cordão umbilical; ↳ As placas são constituídas de eritrócitos, leucócitos, células epiteliais necróticas, bactérias e fibrina; ▪ Sinal patognômico da difteria. ↳ Essas placas têm alta vascularização, podendo sangrar na tentativa de retirada; ↳ Pescoço taurino (edema) por conta do aumento dos linfonodos; ↳ Algumas cepas podem causar infecção nasofaríngea e doença sistêmica (endocardite e artrite séptica); ↳ Feridas diftéricas; ↳ Febre. BORDETELLA PERTUSSIS • Causa a coqueluche (tosse violenta); • São cocobacilos; • Gram negativos; • Muito pequena; • Aeróbia estrita; • Não são móveis; • Transmitida para crianças menores de um ano de idade através de gotículas e aerossóis; • Leva ao acúmulo de muco e ausência de células para expelir; • Quando inalado, coloniza as células epiteliais ciliadas dos brônquios, com a proliferação das bactérias, essas células ficam destruídas. ↳ Causa uma dificuldade de funcionamento da traqueia e dos brônquios levando a uma diminuição da eliminação secretória e respiratória levando a acessos de tosse. • Fatores de virulência: ↳ Adesinas – hemaglutinina filamentosa, pertactina e fímbrias; ▪ Proteína P69 (adesão e invasão) ↳ Toxina pertusis PTX; ▪ Principal ▪ Inibe a fagocitose; ▪ Responsável pela tosse; ▪ Contribui para a ligação da bactéria às células epiteliais ciliadas; ▪ Aumenta a secreção de muco; ▪ A subunidade B fixam a toxina à superfície da célula e a subunidade A aumenta a secreção e produção de muco; ▪ Leucocitose, linfocitose, sensibilização à histamina; ↳ Adenilato ciclase toxina (acase); ▪ Inibe fagocitose e as funções das células NK ao penetrar nas células do hospedeiro; ▪ Aumenta a secreção de muco; ↳ Citotoxina traqueal (TCT); ▪ Se liga nas células epiteliais ciliadas interferindo nos movimentos ciliares; ▪ Destrói células ciliadas contribuindo para a tosse. ↳ Toxina Dermonecrótica; ▪ Faz vasoconstrição levando a isquemia e necrose do tecido traqueal. • Fases da coqueluche: ↳ Catarral: febre pouco intensa, mal estra, coriza, tosse seca (é o período de transmissão); ↳ Paroxística: tosse seca, inspiração forçada, ruído (guincho), cianose e vômito. ↳ Covalescença: tosse comum até 3 meses ou mais STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE • Causa pneumonia, otite e sinusite; • O Streptococcus pneumoniae pode ser referido como pneumococo; • Cocos aos pares ou em cadeias curtas; • Gram positiva; • Anaeróbio facultativo; • Coloniza a nasofaringe; • Catalase negativa; • Alfa hemolítico – causa hemólise parcial das hemácias; • É um dos principais patógenos responsável por infecções graves em crianças e idosos; • Disseminação: ↳ Coloniza a nasofaringe → fatores de virulência → dissemina para ouvido médio e pulmões (através dos brônquios) corrente sanguínea e meninges, escape da fagocitose (interferência na opsonização) e inflamação. • Causa otite e sinusite (Trato respiratório superior), pneumonia e derrame pleural purulento (trato respiratório inferior), meningite e bacteremia. • Pneumonia: ↳ Infecção aguda que precede um estado gripal; ↳ Frequente em crianças e idosos; ↳ Pode levar ao derrame pleural purulento (empiema). • Fatores de virulência: ↳ Cápsula – proteção contra a fagocitose; ↳ Pili – adesão e biofilmes; ↳ Adesinas e Evasinas: ▪ PspA (ancorada na superfície celular) – promove adesão e inibe o complemento (C3); ▪ CbpA (ancorada na superfície celular) – adesão e induz a endocitose favorecendo a translocação dos pneumococos a partir das células epiteliais da nasofaringe para a corrente sanguínea, sugerindo sua participação na patogênese da meningite pneumocócica; ↳ Invasinas: ▪ Hialuronidase – degrada o ácido hialurônico e permite à bactéria invadir o tecido conjuntivo. ↳ Toxinas: ▪ Pneumolisina (citotoxina) – forma poros na membrana plasmática causando o extravasamento dos conteúdos e lise → leva a uma diminuição do movimento ciliar → ao extravasar, o sistema complemento (via clássica) é ativada levando a uma resposta inflamatória. • Também diminui a atividade dos leucócitos. STREPTOCOCCUS PYOGENES • Causa faringite, escarlatina e choque tóxico; • Cocos, estreptococos (cordão), estafilococo; • Gram positiva; • Aeróbios facultativos; • Beta hemolítica; • Catalase negativa; • Escarlatina: ↳ Faringite ou amidalite; ↳ A bactéria fica incubada de 2 a 5 dias; ↳ Causa inflamação na faringe, dores pelo corpo e febre; ↳ Aumento dos gânglios do pescoço; ↳ Causa dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos; ↳ De 12 a 24h aparece manches avermelhadas na pele (rash cutâneo); ↳ Língua ‘’morango’’; • Fatores de virulência: ↳ Adesinas: ▪ Proteína M (ancorada na parede celular) – liga no complemento e nos anticorpos bloqueando a interação com os fagócitos, além de ajudar na adesão; ▪ Ácido lipoteicóico; ▪ Píli/ fimbria (adesão e formação de biofilme) ▪ Proteína F – adere à mucosa da faringe, ↳ Evasinas: ▪ Cápsula – dificulta a fagocitose; ▪ ScpA (está na superfície) – degrada a C5A do complemento reduzindo, assim, o recrutamento de fagócitos; ▪ ScpC – inativa todas as quimiocinas que recrutam neutrófilos. ▪ Proteína M (ancorada na parede celular) – liga no complemento e nos anticorpos bloqueando a interaçãocom os fagócitos, além de ajudar na adesão; ↳ Invasinas: ▪ Estreptolisina – lisa as hemácias e leucócitos; ▪ Hialuronidase – degrada ácido hialurônico da MEC ▪ Estreptoquinase – dissolver coágulos; ▪ Desoxirribonuclease – degrada DNA ↳ Toxinas: ▪ Exotoxinas pirogênicas superantígenos (SPE) – toxina eritrogênica que leva à lise das hemácias tendo manifestação cutânea. ▪ Toxina pirogênica (exotoxina eritrogênica A) – superantígeno; • Faringite: ↳ Inflamação na faringe causada por S. pyogenes; ↳ Tonsilas eritematosas e edemaciadas, com exsudato purulento, febre e linfadenopatia cervical; • Escarlatina: ↳ Causada pela exotoxina eritrogênica A (superantígeno); ↳ Febre, bochechas coradas; ↳ Rash cutâneo; ↳ Língua de morango; ↳ Garganta seca; ↳ Dor de cabeça; ↳ Dor abdominal; ↳ Náuseas; ↳ Vômitos; ↳ Usa antibióticos para tratar;
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