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• Imunidade inata: barreiras físicas e biológicas, sendo que as células da imunidade inata têm como função a fagocitose, a liberação de mediadores inflamatórios, o estímulo do sistema complemento e a produção de citocinas e quimiocinas. • Imunidade adaptativa: é estimulada pela exposição a agentes infecciosos e estimulada também pela imunidade inata. A resposta humoral é proveniente dos linfócitos B e a resposta celular por linfócitos T. Na imunidade inata, há o reconhecimento dos PAMPs pelos receptores de reconhecimento padrão, formando assim a resposta imunológica. • Células dendríticas: são as primeiras a chegar no local da inflamação, produzindo citocinas e quimiocinas (IL- 10), recrutando linfócitos e neutrófilos, além de capturar e apresentar antígenos aos linfócitos. É considerada uma “ponte” entre imunidade inata e adaptativa. • Neutrófilos: migram para o local atraído por citocinas, quimiocinas e pelo sistema complemento. Sua principal função é fagocitar o agente agressor. Ao fagocitar, ele sofre degranulação, liberando o conteúdo intracelular para o interstício (local que está inflamado). As enzimas liberadas pela degranulação do neutrófilo tem preferência por destruir/degradar colágeno ou proteoglicanas (constituintes principais das articulações). Enzimas: colagenase, gelatinase, elastase e catepsina G. • Macrófagos: também fazem fagocitose, mas eles possuem a função de triturar o agente agressor e as partículas desses agentes ficam ao redor da camada externa dos macrófagos, promovendo a secreção de citocinas (IL-6 e TNF-alfa) e mediadores inflamatórios responsáveis por recrutar linfócitos B e T, estimulando ações da imunidade adaptativa. • Células NK: combatem o agente agressor, atacam a célula alvo infectada por vírus, bactérias e protozoários, além de produzir citocinas (IFN-8) que “chamam” linfócitos B e T, macrófagos e neutrófilos. • Mastócitos: ativados em reações alérgicas, liberam citocinas e histaminas. • Basófilos: reações de hipersensibilidade. • Eosinófilos: antiparasitárias, alergias, asma. É formado por glicoproteínas plasmáticas e ativado por um sinal específico, principalmente quando há união do complexo Ag-Ac. Atua em efeito cascata. O objetivo principal é o combate ao agente agressor, produzindo mediadores e sinais que indicam a infecção. Esse sistema ataca o agente agressor e também as células vizinhas. • Via clássica; • Via alternativa; • Via das lectinas; • Linfócitos T: mediam a resposta celular, são produzidos na MO e maturados no timo, reconhecem antígenos intracelulares. O linfócito T auxiliar produz citocinas, ativa macrófagos, estimula a produção de Ac pelos linfócitos B. O linfócito T citotóxico destrói as células alvos e o T reg suprime a função dos outros linfócitos T, colocando fim na resposta imune. Nas patologias reumatológicas, a atuação dos T reg não acontece, perpetuando a resposta imunológica. • Linfócitos B: produzidos e maturados na MO, fazem parte da resposta humoral e produzem Ac, além de reconhecerem Ag extracelulares. Eles também são responsáveis pela nossa memória imunológica. Resposta autoimune: é uma resposta imune patológica. O organismo cria anticorpos contra si mesmo. Na artrite, por exemplo, o organismo reconhece uma célula da membrana sinovial como sendo invasora e cria anticorpos contra ela. Tolerância imunológica: até um determinado momento, a célula fazia parte do organismo e não era atacada. Depois, ele passa a não a reconhecer mais e existem gatilhos que podem levar a isso. Complexo de histocompatibilidade (MHC ou HLA – antígeno de histocompatibilidade humano): todas as nossas células carregam material genético, sendo que o HLA é o REVISÃO DE IMUNOLOGIA REVISÃO DE IMUNOLOGIA responsável por carregar nossa identidade celular. As nossas células têm alguns HLA e eles são responsáveis pela compatibilidade entre indivíduos. Relação entre HLA e as doenças autoimunes: Doença HLA Risco relativo Espondilite anquilosante B27 87,4% Sd de Reiter B27 37% Artrite Psoriásica B7/B27 10% Artrite Reumatoide DR4 4,2% A resposta inflamatória é a reação local do organismo frente a um fator irritante que pode ser vírus, bactéria, lesão decidual ou o próprio tecido. O objetivo da inflamação é a defesa, a remoção do tecido morto e a regeneração. Os sinais inflamatórios ou flogísticos são: dor, calor, rubor, tumor e perda de função. Essa resposta se dá da seguinte maneira: 1) Agressão tecidual gera danos ultra estruturais nas células com extravasamento de conteúdo intracelular para o interstício; 2) Esse extravasamento promove ativação de mediadores químicos, os quais geral reações vasculares e celulares (sistema imunológico); 3) As reações vasculares alteram a pressão de filtrado capilar (PFC). A pressão de filtrado capilar (PFC) envolve 4 outras pressões, que são: • Pressão hidrostática capilar (PHC): pressão que a água do plasma sanguíneo exerce na parede interna do vaso para extravasar. • Pressão hidrostática tecidual (PHT): pressão que a água presente no interstício exerce na parede externa do vaso para ser reabsorvida por ele. • Pressão oncótica capilar (POC): pressão que as proteínas ou coloides (que estão dentro dos vasos) fazem para atrair a água de fora para dentro do vaso. • Pressão oncótica tecidual (POT): pressão que as proteínas e restos celulares que ficam no interstício exercem sobre o vaso, atraindo a água para fora. Em uma resposta inflamatória, ocorre um desequilíbrio na PFC, no sentindo de mandar o líquido que está presente dentro dos vasos para fora deles. Ocorre vasodilatação (liberação de histamina e prostaglandina), aumentando o aporte sanguíneo e, consequentemente, a PHC. Além disso, há um aumento da POT. A lesão primária promove danos na estrutura das células e nos vasos sanguíneos que estão ao redor delas. Quando isso acontece, a lesão primária pode se expandir, gerando uma lesão secundária por liberação enzimática (enzimas da degranulação de células imunes) ou por hipóxia (com a lesão do vaso, o aporte sanguíneo e de oxigênio fica diminuído, provocando morte celular). A lesão secundária contribui para a formação do edema porque gera aumento na POT (devido ao grande número de restos celulares gerado). • Fase aguda: pode se estender por até 72h. É caracterizada por alterações ultra estruturais, ativação de mediadores químicos, reações vasculares, celulares, hemostáticas e lesão secundária. • Fase subaguda: ocorre em torno do 7º dia após a lesão. É a fase mais proliferativa, na qual ocorre reparação e cicatrização. • Fase crônica: a partir do 10º dia. Fase de remodelagem.
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