Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Compreender a alopecia Definição ● Alopecia, do grego alõpekia, significa diminuição de pelos ou cabelos. As alopecias podem ser adquiridas ou congênitas, estás sendo raras Alopecias adquiridas Avaliação ● Exame Físico: validar cor, comprimento,textura dos pelos de todo o corpo ● Prova da tração leve: introduzir os dedos abertos entre os cabelos. Fechar e fazer tração leve para moderada. Somente alguns cabelos devem ser removidos. Se forem retirados mais de cinco cabelos, a prova é considerada positiva. Verificar se são cabelos telógenos, examinando-os com fundo escuro. ● Prova da tração forte (tricograma): permite verificar a proporção de cabelos anágenos e telógenos. Retiram-se de 50 a 100 cabelos com um porta-agulhas ou pinça de Halsted (mosquito) com a ponta envolta por manguito de látex. Faz-se pressão lateral com os dedos e, com um golpe único, retiram-se os cabelos, que podem ser examinados à vista desarmada ou ao microscópio. O tricograma normal revela pelo menos 80 a 90% de cabelos anágenos, 10 a 20% de telógenos e 1 a 2% de distróficos. O tricograma telógeno, mais de 20% de cabelos telógenos; e o distrófico, mais de 2% de anagenodistróficos. ● Tricoscopia: aumenta acurácia diagnóstica. Avaliação do cabelo com lupa ● Histopatológico: biópsia do local e avalia a alteração - é o padrão ouro CICATRICIAIS — há ausência ou diminuição de pelos em virtude da destruição de folículos pilosos. São, pois, definitivas e acompanham-se de atrofia cicatricial. Podem ser encontradas após traumas ou queimaduras físicas ou químicas, infecções fúngicas, bacterianas ou virais, neoplasias, e em dermatoses, quando localizadas no couro cabeludo, como o lúpus eritematoso, esclerodermia, líquen planopilar, mucinose folicular. — Há algumas exclusivas do couro cabeludo: ● Psudopelada (Brocq) ○ Afecção pouco frequente, de etiologia desconhecida, causa alopecia permanente. ○ Inicia-se, em geral, por focos múltiplos que, gradualmente, se estendem ou permanecem localizados. As áreas atingidas são lisas, ilhantes, atróficas, de contornos imprecisos, sem qualquer evidência de inflamação em todo o decurso evolutivo. Dentro da área atrófica, podem-se notar alguns pelos solitários que persistem por muito tempo, o que é bastante sugestivo da afecção. ○ Quando a doença está em evolução, a retirada dos pelos da periferia das lesões exige menor tração e há maior massa mucinosa em torno da raiz de alguns cabelos (sinal de Sampaio). ○ Não há tratamento efetivo para a pseudopelada. Há referências de resultados favoráveis com o uso da dapsona ou cloroquina. A evolução é lenta e pode ocorrer cura espontânea. Nesses casos, se houver suficiente área pilosa, é possível fazer transplante de cabelos, com bom resultado cosmético. ○ ● Foliculite decalvante ○ Afecção rara, caracterizada pelo aparecimento de reação inflamatória folicular com áreas alopécicas cicatriciais. NÃO CICATRICIAIS — Resultam da perda de cabelos e/ou pelos, sem atrofia cicatricial, ou seja, não é permanente. ● Alopecia areata (AA) ○ A alopecia areata (AA), pelada, é afecção frequente, acometendo aproximadamente 2% da população, caracterizada por áreas de alopecia localizada ou generalizada, por vezes com grave impacto psicossocial. ■ Ocorre quase sempre no couro cabeludo ou barba. ■ De distribuição universal, afeta ambos os sexos, ainda que haja referências como mais frequente no sexo masculino. ○ A perda de cabelos ou pelos ocorre em áreas caracteristicamente redondas ou ovais, donde a denominação, sem sinais inflamatórios ou de atrofia da pele. ○ Surge em qualquer idade, com pico de incidência entre os 15 e os 29 anos. ○ Os seguintes fatores têm sido implicados na sua etiopatogenia: � ■ Genéticos – a participação genética é apoiada pela existência de casos familiares em até 20% dos indivíduos afetados e pela associação com doenças congênitas, como a síndrome de Down e Vogt-Koyanagi-Harada. Os estudos sobre associação com HLA não são consistentes. � ■ Imunológicos – uma série de evidências apoia a definição da AA como doença de participação imunológica. Há um infiltrado linfocitário de linfócitos T CD4 em torno dos folículos pilosos na área afetada. Encontra-se associação de AA com atopia, urticária e doenças autoimunes, como tireoidites e vitiligo. ○ Manifestações clínicas ■ O início é brusco, com perda de cabelos ou pelos em áreas circulares ou ovais, únicas ou múltiplas, sem qualquer outra alteração. A placa da pelada é lisa e brilhante. Na borda, podem ser retirados pelos que são afilados e descorados para o lado da raiz, que apresenta dilatação. São os cabelos peládicos, em ponto de exclamação. A placa cresce em tamanho, atingindo dimensões variáveis. ■ Sinal de Beau: Depressões puntiformes das lâminas ungueais podem acompanhar o quadro da pelada, encontradas com maior frequência nos casos mais graves. Traqueoníquia (unha áspera e opaca) de algumas ou todas as unhas pode ocorrer. ■ Sinal de Widy: deposição de melanina na haste junto ao bulbo; não é patognomônico mas é sugestivo ■ Sinal de Jacque: afrouxamento da pele, com pregueamento ○ A prognose é, em regra, favorável. Após 2 a 6 meses, pode haver reponta; os cabelos são, no início, de cor branca, adquirindo, posteriormente, a cor normal. Novas áreas de pelada podem surgir concomitante ou subsequentemente. ○ A prognose é menos favorável quando há ocorrências repetidas, comprometimento de outras áreas, como barba, sobrancelhas e cílios, e quando surge antes da puberdade. ○ A pelada decalvante é mais grave - Começa por áreas múltiplas que, depois, coalescem. ○ Outro tipo, mais encontrado em crianças, de evolução desfavorável, é a chamada pelada em coroa ou ofíase, que se inicia na nuca, progredindo para a frente pela orla do couro cabeludo. ○ Pode haver comprometimento de todo o couro cabeludo (alopecia total), ou de todos os cabelos e pelos (alopecia universal). ○ A histopatologia revela miniaturas de folículos pilosos em fase anágena ou telógena, o que possibilita a distinção das alopecias cicatriciais. ○ Diagnóstico diferencial ■ tinhas, que ocorrem na infância e caracterizam-se pela tonsura dos cabelos. ■ alopecias cicatriciais, nas quais a pele perde o brilho, a cor e a consistência, com desaparecimento dos folículos pilosos. ■ tricotilomania, principalmente em crianças. ○ A evolução da AA relaciona-se com a forma clínica. ■ As formas localizadas, em geral, regridem espontaneamente, enquanto as formas extensas, tipo ofíase total ou universal, são extremamente resistentes e de prognose grave, apresentando grande impacto psicossocial. ■ Quadros localizados acometendo menos de 40% do couro cabeludo tendem a ser autolimitados; repilação espontânea pode ocorrer no prazo de um ano. ○ Tratamento ■ A alopecia areata não tem repercussões sistêmicas, mas está sujeita a recorrências para as quais não há, até o momento, recursos para evitar. ■ Formas localizadas: Corticoide tópico em loção ou creme, aplicado duas vezes ao dia é a primeira opção. Eventualmente, aplicações de neve carbônica (crioterapia). Em casos resistentes, infiltração com triamcinolona, 3 a 4 mg/mL de soro fisiológico, pode ser indicada. Atrofia temporária pode ocorrer. Regressão espontânea ocorre com frequência Minoxidil é geralmente usado em associação com outras terapias tópicas e atua na síntese de DNA folicular promovendo o crescimento dos pelos ■ Formas disseminadas: � Infiltração com corticoide – é o recurso mais efetivo. Emprega-se a triancinolona, na diluição de 3 a 4 mg/mL, dose total de 10 a 20 mg, por aplicação semanal ou quinzenal, posteriormente mais espaçada, consoante à resposta clínica. � Antralina – atua pela ação irritativa e é empregada em concentração de 1%; no método de curta aplicação, deve ser aumentada gradualmente de 10 até 45 minutos. � Drogas sensibilizantes – atualmente, usa-se o dibutilester do ácido esquálico (SADBE – Squaric acid dibutylester) e a difenciprona (DPCP – Di-phenylcyclopropenone). São indicadas quando a área alopécica é superior a 40% no couro cabeludo.Repilação ocorre em 50 a 60% dos doentes, porém recidivas são frequentes. Há reações adversas como urticária, eritema multiforme, dermatite de contato e vitiligo. Fotoquimioterapia – exposição ao ultravioleta A após uso de psoralênico tópico ou sistêmico (PUVA). Os resultados são variáveis e o índice de recidivas é extremamente alto com a interrupção do tratamento. Preconizam-se de 20 a 40 sessões até se obter resultado favorável. � ● Alopecia total ○ tratamento efetivo se faz com infiltração de triancinolona, a cada sete ou quinze dias, máxima dosagem de 12 mg/sessão, devendo ser complementado por uso tópico de corticoide para a alopecia total do couro cabeludo. ○ Iniciar o tratamento com corticoide via sistêmica, na dosagem de 1 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente e diminuir a dose progressivamente. Com a interrupção do corticoide, há, geralmente, recidiva. Caso seja factível um controle com dose baixa, ele pode ser mantido. O corticoide pode ser prescrito sob a forma de pulsoterapia, a cada 3 a 4 semanas, considerando os efeitos colaterais. Caso a resposta não seja favorável, o tratamento sistêmico deve ser abandonado, em vista dos efeitos colaterais da corticoterapia. ○ Ciclosporina, usada tópica ou sistemicamente, isolada ou associada com corticoide, não tem eficácia comprovada. Recidivas são frequentes quando o tratamento é interrompido. ○ A aplicação tópica de minoxidil de 2 a 5% é pouco eficaz. ○ Outras drogas relatadas com possível ação terapêutica são mostarda nitrogenada, zinco, dapsona. ● Alopecias difusas — O crescimento dos cabelos ocorre continuamente, por meses e anos (fase anágena). Com a parada do crescimento (fase catágena), após algumas semanas, inicia-se a queda (fase telógena). Noxas podem atuar sobre os cabelos, com ação aguda e rápida, causando dano intenso, perturbando o metabolismo e inibindo a atividade mitótica da matriz. O cabelo eliminado é mais fino, irregular e com fraturas em áreas de constrição, em dias ou semanas, consoante a intensidade da noxa. ○ Eflúvio anagenodistrófico ■ Há diversas causas para a alopecia aguda difusa, em dias ou semanas, com a eliminação de cabelos anagenodistróficos. ● Moléstias infecciosas agudas, febris. ● Drogas, particularmente usadas em quimioterapia oncológica. ● Radioterapia. ● Intervenções cirúrgicas prolongadas, com longo tempo de recuperação. ● Na sífilis secundária, há uma perda de cabelos em clareiras, que pode constituir a queixa principal. A presença de micropoliadenopatia, dados da história e sorologia confirmam a diagnose. ■ O tratamento do eflúvio anagenodistrófico se dá pela indicação de alimentação rica em proteínas e administração de preparações com vitaminas e sais minerais. Usar um corticoide tópico. ■ Nas alopecias após quimioterapia oncológica, há relato de recuperação mais rápida com o uso de minoxidil tópico. ○ Eflúvio telógeno ■ efluvio telogeno é a queda exagerada de cabelo, interrompendo o ciclo normal do pelo. Ocorre geralmente por um stress agudo. Devido ao ciclo do pelo, a queda exagerada inicia uns 3 meses após o evento estressante. Os pelos na fase anágena, antecipadamente passam para a fase cartágena e telógena. Pode ser aguda, ocorrendo uma vez após o episodio esteessante, ou crônica, q se manifesta de 2 a 3 vezes por ano. Geralmente trata o fator de stress, pois o pelo mantém seu potencial de crescimento e de regularização do ciclo. ■ Pode ocorrer por várias causas: � ● Post-partum – frequente, de intensidade variável, pode persistir por meses. � ● Contraceptivos orais - durante a ingestão das pílulas, pelo potencial androgênico dos progestogênios, ou algumas semanas após a suspensão do contraceptivo. � ● Regime de emagrecimento – devido à própria carência alimentar ou, eventualmente, por anorexígenos e drogas utilizadas no regime. � ● Deficiência proteica – deficiência de proteína em malnutrição, gastrenterites, parasitoses, glomerulonefrites e em regime de emagrecimento. � ● Deficiência de ferro ou zinco ● Estados estressantes prolongados – podem ser causa de alopecias difusas, provavelmente pela ação do córtex sobre o sistema neuroendócrino. � ● Doenças sistêmicas – observadas em estados crônicos do lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite, caquexia, anemias graves, diabetes mal controlado, hiper e hipotireoidismo, hepatites e outras alterações. Eventualmente, nenhuma noxa pode ser incriminada. É possível que ocorra por variação cíclica do número de cabelos telógenos. ■ O exame do couro cabeludo nada revela ou mostra apenas discreta dermatite seborreica e/ou prurido. A diagnose se confirma pelas provas a seguir. � ● Na diagnose, procurar causas gerais, solicitando exames complementares, como hemograma com dosagem de ferro sérico, ferritina, sorologia para sífilis e outros exames, quando indicados. ■ Tratamento: Medicamentos eletivos para as causas citadas, quando presentes. �Prescrição de dieta rica em proteínas, minerais (especialmente ferro e zinco) e vitaminas. �Procurar controlar o estado de estresse, quando existente. � Xampus ou loções de corticoide para a dermatite seborreica, se presente. � Minoxidil de 2 a 5% diariamente. � ● Alopecia androgenética — É a mais frequente das alopecias, acometendo até 50% dos homens e 40% das mulheres em torno dos 50 anos. É quadro geneticamente determinado com a participação de hormônios androgênicos. — O mecanismo hereditário ainda não está completamente elucidado. A instalação do quadro depende da ação androgênica e a dihidrotestosterona (DHT), um metabólito da testosterona, parece ter papel preponderante na sua etiopatogenia. ○ Alopecia androgenética masculina (AAGM) ■ A calvície masculina inicia-se pela perda de cabelos na linha frontal do couro cabeludo, com entradas laterais e/ou no vértex. ■ A progressão pode ser lenta ou rápida, geralmente mais intensa quanto mais cedo se iniciar. Quando se instala na quarta ou quinta década da vida, dificilmente evolui para uma alopecia extensa. Quando o início é precoce, na adolescência, a evolução é mais rápida e a calvície atinge quase todo o couro cabeludo, poupando somente as têmporas e o occipício. Com a diminuição dos cabelos anágenos, aumentam os telógenos. ■ Os cabelos eliminados são finos e descorados, com bulbo terminal em clava. Progressivamente, os cabelos se tornam mais finos, desaparecem os cabelos terminais e, na fase final, permanecem pelos do tipo velo. ■ Não há associação com doença sistêmica. Há, entretanto, estudos limitados que referem maior risco de doença coronariana e aumento significativo do colesterol e triglicerideos nos calvos em comparação com os não calvos. ■ Alopecia androgenética feminina (AAGF) ■ Na mulher, o quadro clínico é diferente. Os cabelos tornam-se mais finos e há uma rarefação difusa nas regiões frontoparietais, sem formar áreas de alopecia. Na maioria das vezes, sem alteração hormonal e seborreia. ■ Distúrbios menstruais, infertilidade, hirsutismo, acne, obesidade e diabetes devem ser investigados a fim de diagnosticar eventuais distúrbios associados, como: síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia suprarrenal congênita e a síndrome SAHA (Seborreia, Alopecia, Hirsutismo, Acne), na qual ocorre alopecia no couro cabeludo relacionada a aumento de androgênios de origem ovariana ou das adrenais (nesse caso, a alopecia teria um padrao androgênico, com acometimento frontal). ■ A associação com eflúvio telógeno deve sempre ser considerada e, se diagnosticada, tratada de acordo com a sua etiologia. ■ Ao diagnóstico, deve ser distinguida da síndrome SAHA e de outras alopecias devidas a alterações hormonais. ● Os exames complementares mais úteis incluem a relação LH/FSH, níveis de testosterona total e livre, de androstenediona, 17-hidroxiprogesterona e sulfato de deidroepiandros-terona (S-DHEA), TSH e T4 ○ Diagnóstico ■ os critérios para o diagnóstico da alopecia androgenética incluem: ● Início do quadro após a puberdade; � ● padrão de recesso e afilamento capilar bitemporal, frontal ou do vértex; � ● miniaturizacão visíveldos fios; � ● história de alopecia androgenética em familiares de 1° ou 2° grau ■ Realizar tricoscopia, teste de tração ■ Tratamento ■ Tratamento tópico ● Minoxidil – é eficaz na alopecia androgenética, masculina ou feminina, usado de 2 a 5% em uma ou duas aplicações diárias. Na AAGM, é recomendada a concentração a 5%, que eventualmente pode ser usada na AAGF. O minoxidil não atua em todos os casos, admitindo-se haver melhor resultado, consoante a regra, menos 40-10-10, isto é, menos de 40 anos de idade, de 10 anos de duração e de 10 cm de área. O medicamento recupera cabelos telógenos e os mantém anágenos, sendo menos eficaz na região frontal do couro cabeludo. Uma vez interrompido o tratamento, os cabelos voltam a cair. Assim, o medicamento tem de ser mantido indefinidamente. Não há efeitos colaterais nocivos relatados com o uso do minoxidil por vários anos, continuadamente em doentes hígidos. Sendo o minoxidil usado como agente hipotensor via sistêmica em cardiopatas, podem ocorrer reações adversas, como dores anginoides e taquicardia, e o uso deve ter a aprovação do cardiologista. Excepcionalmente, é relatada hipertricose localizada ou difusa. Resultados mais efetivos são observados aplicando, previamente ao minoxidil, uma solução de tretinoína a 0,05% em uma aplicação diária, de preferência à noite. O retinoide atua no crescimento, diferenciação e regeneração de cabelos. Além disso, a tretinoína facilita a penetração do minoxidil pela ação esfoliante e queratolítica. Eventualmente, ocorre irritação pelo uso da tretinoína, que pode ser espaçado, mantendo-se o minoxidil. ● Alfaestradiol – há relatos favoráveis com o emprego do alfaestradiol em solução alcoólica a 0,025%, para uma aplicação diária no couro cabeludo, preferencialmente à noite. ● Progesterona – em solução alcoólica de 2 a 4%, é utilizada topicamente na AAGF, em aplicação diária, por 4 a 12 meses, com alguns resultados favoráveis. ● Existe antiandrogênicos tópicos ■ Tratamento sistêmico ● Na AAGM, é eficiente a finasterida, antiandrogênio utilizado na hipertrofia prostática. A finasterida inibe a 5-α-redutase tipo 2, existente na papila do pelo, próstata e aparelho genitourinário, responsável pela conversão da testosterona em DHT. É administrada na dose diária de 1 mg. Há crescimento de cabelos no primeiro e segundo ano de tratamento entre 48 e 66%. Efeitos colaterais, como diminuição da libido ou disfunção da ereção, são raros e cessam com a interrupção da droga. Existindo possibilidade de gravidez, a parceira deve evitar contato com a medicação. ● Na AAGF sem alterações hormonais clínicas e laboratoriais, o uso de antiandrogênios sistêmicos não tem indicação. A administração da espironolactona (200 mg/dia) tem resultados questionáveis, além do eventual aparecimento de efeitos colaterais como alterações do ciclo menstrual, náuseas e depressão. O acetato de ciproterona na dose de 25 a 100 mg/dia durante os dez primeiros dias do ciclo menstrual, associado ao etinilestradiol, também não tem demonstrado nenhum resultado definitivo. ■ Tratamento cirúrgico ● O transplante é recurso efetivo para a AAG no homem ou na mulher. Atualmente, com técnicas de minienxertos e microenxertos, os resultados cosméticos são excelentes.
Compartilhar