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Exercício sobre ansiedade e transtornos relacionados

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17/08/2021 OneNote
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10/08 
terça-feira, 10 de agosto de 2021 14:07 
DISPARADOR 2 – “SURTEI” 
 
 O Sr Cláudio foi buscar ajuda na UBS de seu bairro, pois não sabia como resolver alguns
problemas que estava enfrentando. Aos 57 anos, trabalhava na coleta de exames no laboratório
central da cidade, sempre tido como funcionário exemplar. Chegando lá, conversou com o
médico, Dr. Juan: Cláudio: - Bom dia, doutor. Eu preciso que o senhor me ajude, estão
acontecendo coisas comigo que eu não sei explicar... Dr Juan: - Bom dia, Cláudio, me conte que
coisas são essas? Deixa eu ver como posso lhe ajudar. Cláudio: - Assim doutor, no último ano
meu trabalho aumentou muito por causa da pandemia, pois estou na linha de frente na coleta
de exames para o COVID-19... horas extras, finais de semana, durmo e acordo pensando no
trabalho, nem consigo me alimentar direito. Sem contar que escuto notícias da pandemia o
tempo todo, são casos aumentando, o número de mortes aqui na cidade é cada vez maior, gente
que não respeita as medidas de restrição... Há 15 dias estava com o final de semana todo de
folga, além do banco de horas que tinha, então havia me programado para ficar os 4 dias longe
de tudo. Foi quando meu chefe informou que a escala estava suspensa e que eu iria ter que
trabalhar o fim de semana todo... Doutor! eu me transformei.... comecei a gritar e chorar
desesperadamente, joguei objetos no chão, xinguei todo mundo, logo eu que sempre fui calmo,
saí dali correndo, fui para casa transtornado e minha esposa me acalmou… No dia seguinte, meu
chefe me afastou temporariamente e pediu que eu procurasse ajuda… Ando sentido medo e
irritabilidade sem muitos motivos, não sei o que fazer. Dr Juan: - Entendi toda sua situação, só
vou pegar o receituário correto e irei prescrever um medicamento que vai ajudá-lo a ficar mais
calmo e assim, conseguir voltar a trabalhar. 
 
DISPARADOR 2 – “SURTEI” 
 
PROBLEMAS 
1. Dificuldade em enfrentar seus problemas; 
2. Não sabe explicar o que está acontecendo consigo; 
3. Sobrecarga de trabalho; 
4. Trabalho insalubre devido ao risco biológico; 
5. Preocupação excessiva; 
6. Alimentação inadequada; 
7. Pandemia; 
8. Falta de tempo para atividades de lazer; 
9. Frustração; 
10. Mudança de personalidade; 
11. Descontrole emocional; 
12. Medo; 
13. Irritabilidade; 
14. Falta de atendimento médico humanizado; 
15. Plano terapêutico incompleto. 
 
 
HIPÓTESES: 
• Falta de acompanhamento em saúde mental; (1, 2, 11, 12, 13, 14, 15) 
• Falta de amparo psicológico para os profissionais de saúde em geral e envolvidos na
Pandemia de COVID - 19; (3, 4, 7, 9, 14) 
• Sobrecarga de trabalho; (4, 5, 6, 7, 8, 9, 13, 14) 
• Trabalho insalubre devido ao risco biológico; (3, 7, 12, 13) 
• Preocupação excessiva; (1, 2, 3, 4, 7, 8, 11, 13) 
• Falta de tempo para atividades de lazer; (3, 5, 7, 9, 13) 
• Insuficiência de profissionais na área da saúde; (3, 4, 7) 
• Ansiedade; (1, 5, 6, 9, 11, 12, 13) 
• Síndrome Burnout; (1, 5, 6, 9, 11, 12, 13) 
• Crise de pânico; (1, 5, 6, 9, 11, 12, 13) 
• Transtorno fóbico; (1, 5, 6, 9, 11, 12, 13) 
• Surto psicótico; (1, 5, 6, 9, 11, 12, 13) 
• Retorno precoce ao trabalho. (14, 15) 
 
 
PERGUNTAS: 
1. Qual a definição, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento de Ansiedade? 
Definição: A ansiedade é um estado emocional adaptativo relacionado com a antecipação
de uma ameaça; pode incluir pensamentos de medo, sintomas de excitabilidade fisiológica
e preparação para luta ou fuga. Os transtornos de ansiedade consistem em síndromes
características de adaptação inadequada a vários tipos de ameaça antecipada. Os exemplos
incluem perigos de predadores, conflitos interpessoais, germes e outros perigos. Os
transtornos de ansiedade distinguem-se dos episódios leves de ansiedade pela sua
persistência e intensidade e também pelo critério diagnóstico segundo o qual devem
causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento. 
 
17/08/2021 OneNote
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Epidemiologia: Historicamente, a categoria dos transtornos de ansiedade constitui o tipo
mais comum de transtorno psiquiátrico, com prevalência de mais de 25% durante a vida.
Os transtornos de ansiedade são mais comuns em mulheres, com uma relação de 2:1, têm
o seu início antes dos 30 anos de idade na maioria dos casos e tendem a ser crônicos. As
taxas de prevalência na comunidade para os transtornos de ansiedade individuais variam
de 5 a 12% para o transtorno de ansiedade social e fobias específicas e de 1 a 2% para o
transtorno de pânico e o TOC, com taxas intermediárias para o TEPT e o transtorno de
ansiedade generalizada. 
 
Fisiopatologia: Os circuitos neurais, a neuroquímica e os comportamentos que medeiam a
ansiedade humana compartilham características com os sistemas neurais que medeiam as
respostas de retirada a estímulos aversivos entre as espécies. Nos seres humanos, essas
respostas incorporam funções corticais superiores, como antecipação ansiosa e adaptações
baseadas nas experiências de vida e na cultura. Os estudos realizados em gêmeos mostram
que a hereditariedade dos transtornos de ansiedade específicos situa-se na faixa de 10 a
60%, porém os achados de genes individuais explicam apenas proporções muito pequenas
do risco global. Os fatores de risco ambientais para os transtornos de ansiedade incluem
trauma e estressores agudos no início da infância, como perda interpessoal. Estudos
realizados em roedores e seres humanos implicaram o circuito do medo no sistema
nervoso central (SNC), incluindo a amígdala, o hipocampo e o córtex pré-frontal, no
desenvolvimento e na manutenção do medo condicionado; esse circuito é ativado quando
indivíduos com transtorno de ansiedade social, fobias específicas ou TEPT ficam expostos a
estímulos que provocam medo. Foi também constatado que os transtornos de ansiedade
estão associados à disfunção de vários sistemas de neurotransmissores, incluindo
serotonina, norepinefrina, ácido γ-aminobutírico (GABA) e glutamato. Foi também relatada
uma disfunção da dopamina, e foi constatada a ocorrência de taxas elevadas de transtorno
de pânico, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno de ansiedade social na
doença de Parkinson. Foram observadas anormalidades do sistema nervoso simpático e do
eixo hipotálamo-hipófise nos transtornos de ansiedade. O transtorno de pânico tem sido
associado a hiperventilação, hipocapnia e distúrbio na regulação do CO2. 
 
Manifestação clínica: 
A experiência da ansiedade apresenta dois componentes: a percepção das sensações
fisiológicas (como palpitações e suor) e a percepção do estar nervoso ou assustado. Um
sentimento de vergonha pode aumentar a ansiedade – “os outros perceberão que estou
assustado”. A maioria das pessoas fica atônita ao verificar que os outros não se dão conta
de sua ansiedade ou, se o fazem, não apreciam sua intensidade. Além dos efeitos motores
e viscerais, a ansiedade afeta o pensamento, a percepção e o aprendizado. Tende a
produzir confusão e distorções da percepção, não apenas do tempo e do espaço, mas
também das pessoas e dos significados dos acontecimentos. Essas distorções podem
interferir no aprendizado ao diminuir a concentração, reduzir a memória e perturbar a
capacidade de fazer relações. Um aspecto importante das emoções é seu efeito sobre a
atenção seletiva. Os indivíduos ansiosos ficam predispostos a selecionar certos aspectos de
seu ambiente e subestimar outros em seu esforço para provar que se justifica considerar
sua situação aterradora. Se, de maneira equivocada, justificam seu medo, aumentam a
ansiedade pela resposta seletiva e estabelecem um círculo vicioso de ansiedade,
percepções distorcidas e ansiedade aumentada. Se, como alternativa, se tranquilizam por
meio de pensamentos seletivos, a ansiedade apropriadapode ser reduzida, e eles podem
deixar de tomar as precauções necessárias 
 
Tratamento: A terapia farmacológica deve ser considerada, em conjunto com a abordagem
psicoterápica, quando o grau de sofrimento do paciente e a interferência dos sintomas
sobre a sua vida assim o exigirem. Nessa condição o médico deve avaliar se a previsão de
uso do medicamento é por um curto ou longo período. Se o período for curto (menor que
12 semanas) pode utilizar um benzodiazepínico, porém se houver a possibilidade de uso
mais prolongado deve pensar em outra alternativa terapêutica. Os benzopiazepínicos são
efetivos nos sintomas do TAG, produzem efeito rapidamente (minutos ou horas) e têm um
perfil favorável de efeitos colaterais (sonolência, diminuição de reflexos ao dirigir ou
manipular maquinas perigosas e ataxia e/ ou alterações de memória em doses mais
elevadas). A limitação no uso dos benzodiazepínicos devese a sua propensão para
desenvolver tolerância de efeitos e dependência. Dessa forma, deve-se optar por outra
classe de drogas quando se prevê a necessidade de uso da medicação por tempo
prolongado, ou em pacientes que desenvolvem rápida tolerância, apresentem propensão
às dependências de uma maneira geral ou mostrem comorbidade com depressão. É
importante, também, estar atento à interação com o álcool e outras medicações. Os
diferentes benzodiazepínicos apresentam eficácia semelhante, diferindo pelas suas
características farmacocinéticas, tais como, tempo para o início de ação ou duração do
efeito (ex.: diazepam tem início rápido e efeito prolongado enquanto o alprazolam tem
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início intermediário e duração mais reduzida). Os antidepressivos inibidores da receptação
de serotonina (ex.: escitalopram, paroxetina, sertralina, fluoxetina) ou inibidores da
receptação de serotonina e noradrenaliana (ex.: venlafaxina, duloxetina) são as drogas de
primeira escolha para tratamentos mais prolongados do TAG. Ensaios clínicos geralmente
mostram uma eficácia semelhante entre esses medicamentos e maior que placebo. O
tempo para o início de ação é prolongado, variando entre duas a quatro semanas e
apresentam efeitos colaterais que podem interferir com a vida dos pacientes. Os pacientes
podem apresentar agitação ou aumento da ansiedade no início do tratamento, que pode
ser amenizada pela associação com benzodiazepínicos por curto período. Os efeitos
colaterais mais comuns são: distúrbios gastrointestinais (náusea e diarreia), disfunção
sexual, insônia e sintomas rebote na interrupção do uso prolongado. A dose inicial da
medicação pode ser ajustada após quatro semanas, se necessário.15 Outra possibilidade
no caso de tratamento prolongado com medicação é a buspirona, uma droga que interfere
com o sistema serotonérgico, bloqueando os auto-receptores 5HT1a. Apresenta uma
latência de efeitos semelhante à dos antidepressivos e não apresenta risco de
dependência. Não deve ser utilizado como monoterapia quando houver comorbidade com
depressão. 
 
Classificação: 
Transtorno de ansiedade social (fobia social) 
O transtorno de ansiedade social, também conhecido como fobia social, caracteriza-se por
um medo excessivo de situações sociais, devido ao medo de avaliação negativa. O
indivíduo pode evitar situações sociais ou de desempenho ou suportá-las com grande
sofrimento. Pode haver sintomas físicos, como sudorese, tremor e rubor, porém a sua
presença não é necessária para o diagnóstico, de acordo com o DSM-5. O âmbito das
situações temidas pode abranger a maioria das situações e parece semelhante à timidez
extrema, ou pode limitar-se a situações de desempenho, como falar em público. O
transtorno de ansiedade social distingue-se da timidez normal pela sua maior persistência
e intensidade e pelo sofrimento ou prejuízo associados. Com frequência, os indivíduos com
transtorno de ansiedade social têm dificuldade em participar em atividades em salas de
aula ou reuniões no trabalho, encontros ou reuniões sociais. 
 
Transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de estresse agudo 
Os transtornos de estresse ocorrem em indivíduos expostos a um evento traumático, em
que o indivíduo vivenciou, testemunhou ou enfrentou a morte ou ameaça de morte, lesão
grave ou violência sexual ocorrida com ele ou com outras pessoas. De acordo com o DSM-
5, as características do TEPT incluem mais de 1 mês de (1) lembranças intrusivas, sonhos ou
flashbacks ou intenso sofrimento psicológico e fisiológico com a exposição a estímulos que
recordam o trauma; (2) evitação de estímulos associados ao evento traumático; (3)
alterações na cognição ou no humor, como culpar a si mesmo ou incapacidade de sentir
emoções positivas; e (4) sintomas de excitabilidade aumentada, como hipervigilância,
insônia, dificuldade de concentração, irritabilidade ou comportamento imprudente. O
transtorno de estresse agudo é diagnosticado na presença de uma síndrome semelhante
dentro de 1 mês após a exposição a um evento traumático, podendo progredir para o
TEPT. Quando ocorre LCT, os sintomas de TEPT podem se sobrepor aos sintomas
neurocognitivos relacionados com a LCT. 
 
Transtorno obsessivo-compulsivo 
No DSM-5, o TOC é definido por obsessões ou compulsões recorrentes, que tomam tempo
(mais de 1 h/dia) ou que causam sofrimento e prejuízo significativos. As obsessões
consistem em pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes que são experimentados
como intrusivos e indesejados e que causam acentuada ansiedade ou sofrimento. O
indivíduo tenta ignorar ou suprimir as obsessões ou neutralizá-las com algum outro
pensamento ou ação. O insight quanto à natureza verdadeira das crenças obsessivas pode
variar. As compulsões consistem em comportamentos repetitivos, como lavar as mãos ou
verificar, ou em atos mentais, como contar, que o indivíduo se sente compelido a executar
em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras rígidas. O indivíduo pode ter a ideia
de que os comportamentos evitam o sofrimento ou que eles de algum modo evitam um
evento temido (p. ex., morte de uma pessoa querida). Entretanto, esses comportamentos
não têm uma conexão realista com o que visam evitar ou são claramente excessivos. Até
30% dos indivíduos com TOC apresentam um transtorno de tique durante a vida, e, nesses
casos, o diagnóstico deve ser especificado como relacionado a tique. 
 
Transtorno de ansiedade generalizada 
De acordo com o DSM-5, o transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se por
ansiedade e preocupação excessivas com diversos eventos ou atividades, ocorrendo na
maioria dos dias durante pelo menos 6 meses. O indivíduo considera difícil controlar a
preocupação, que está associada a três ou mais dos seguintes sintomas: (1) inquietação ou
sensação de estar com os nervos à flor da pele, (2) fadiga, (3) dificuldade na concentração,
(4) irritabilidade, (5) tensão muscular, e (6) perturbação do sono. O transtorno de
ansiedade generalizada tem alta comorbidade com a depressão. 
 
Fobias específicas 
Os indivíduos com fobia específica exibem medo persistente de um objeto ou situação
específicos, cuja exposição provoca uma resposta de medo desproporcional ao perigo
verdadeiro. Conforme especificado no DSM-5, os tipos comuns são os seguintes: animal (p.
ex., aranhas ou cães), ambiente natural (p. ex., tempestades, alturas), situacional (p. ex.,
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aviões, locais fechados) e sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas, dentista). Uma
resposta vasovagal foi especificamente associada à fobia de sangue-injeção-ferimentos. 
 
Transtorno de ansiedade de separação 
No DSM-5, o transtorno de ansiedade de separação caracteriza-se por um medo excessivo
de separação de uma figura de apego, evidenciado por pelo menos três dos seguintes
aspectos: sofrimento excessivo relacionado com a separação, preocupaçãoexcessiva
acerca de um perigo relacionado com a figura de apego, preocupação excessiva com um
evento indesejado que leve à separação, relutância em sair (p. ex., ir para o trabalho),
relutância em ficar sozinho, relutância em dormir longe de uma figura de apego, pesadelos
envolvendo separação e sintomas físicos quando ocorre a separação. Os adultos
preocupam-se frequentemente com uma outra pessoa importante ou um filho. 
 
Mutismo seletivo 
Em geral, o mutismo seletivo é diagnosticado em crianças pequenas, mas pode persistir na
idade adulta. Conforme descrito no DSM-5, o diagnóstico baseia-se na observação de que o
indivíduo manifesta um fracasso persistente para falar em situações sociais específicas (p.
ex., na escola), apesar de falar em outras situações. O comportamento interfere no
funcionamento, e não se deve a uma falta de conhecimento do idioma falado ou a um
transtorno de comunicação (p. ex., transtorno de fluência com início na infância). A criança
com mutismo seletivo pode ser incapaz de fornecer uma explicação para o seu silêncio,
embora altos níveis de ansiedade social frequentemente pareçam estar associados a esse
comportamento reticente. 
<D., LOUIS,, E. et al. Merritt - Tratado de Neurologia, 13ª edição. Disponível em: Minha
Biblioteca, Grupo GEN, 2018.> 
 
2. Qual a definição, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento de Síndrome Burnout? 
Definição: A síndrome de burnout pode ser considerada uma resposta crônica aos
estressores interpessoais advindos da situação laboral, uma vez que o ambiente de
trabalho e sua organização podem ser responsáveis pelo sofrimento e desgaste que
acometem os trabalhadores. Nessa mesma direção, o burnout é constituído por três
dimensões, que são exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no
trabalho. 
Manifestação clínica: A SB, em uma perspectiva psicossocial, tem se definido como uma
síndrome cujos sintomas são sentimentos de esgotamento emocional, despersonalização e
baixa realização pessoal no trabalho. As principais características dessas dimensões são: 
• Exaustão Emocional, que ocorre quando o indivíduo percebe não possuir mais condições
de despender a energia que o seu trabalho requer. Algumas das causas apontadas para a
exaustão são a sobrecarga de atividades e o conflito pessoal nas relações, entre outras. 
• A Despersonalização é considerada uma dimensão típica da SB e um elemento que
distingue essa síndrome do estresse. Originalmente apresenta-se como uma maneira do
profissional se defender da carga emocional derivada do contato direto com o outro.
Devido a isso, desencadeiam-se atitudes insensíveis em relação às pessoas nas funções que
desempenha, ou seja, o indivíduo cria uma barreira para não permitir a influência dos
problemas e sofrimentos alheios em sua vida. O profissional em Burnout acaba agindo com
cinismo, rigidez ou até mesmo ignorando o sentimento da outra pessoa. 
• Reduzida Realização Profissional, a qual ocorre na sensação de insatisfação que a pessoa
passa a ter com ela própria e com a execução de seus trabalhos, derivando daí sentimentos
de incompetência e baixa autoestima. 
Diagnóstico: O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feita por profissional especialista
após análise clínica do paciente. O psiquiatra e o psicológo são os profissionais de saúde
indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme
cada caso. Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem
identificar todos os sintomas e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem
saber que algo mais sério pode estar acontecendo. Amigos próximos e familiares podem
ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda.
No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está
apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o
tratamento medicamentoso. Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que
compõe a RAPS, são os locais mais indicados O burnout não é, então, entendido como uma
doença, não constando, por exemplo, do DSM-5, entretanto é citada pela Organização
Mundial da Saúde na Classificação Internacional de Doenças – CID 10. Portanto, para o
diagnóstico é necessário uma ampla compreensão do quadro clínico, do contexto social e
do estado psicológico do paciente, cabendo ao psiquiatra e ao psicólogo fecharem o
diagnóstico. CID10 - Z73.0, CID11 – QD85 
Tratamento: O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia,
mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O
tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais
tempo, conforme cada caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente,
mudanças nos hábitos e estilos de vida. A atividade física regular e os exercícios de
relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da
doença. Após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e
desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas - amigos, familiares, cônjuges etc.
SINAIS DE PIORA: Os sinais de piora do Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não
segue o tratamento adequado. Com isso, os sintomas se agravam e incluem perda total da
motivação e distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver
uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação
detalhada e possíveis intervenções médicas. 
17/08/2021 OneNote
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3. Qual a definição, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento de Transtorno de Pânico? 
Epidemiologia: A prevalência de transtorno de ao longo da vida pânico está na variação de
1 a 4%, com a prevalência em 6 meses de aproximadamente 0,5 a 1,0%, e de 3 a 5,6% para
ataques de pânico. As mulheres têm três vezes mais probabilidade de serem afetadas do
que os homens, ainda que o subdiagnóstico de transtorno de pânico em homens possa
contribuir para a distribuição distorcida. São poucas as diferenças entre hispânicos,
brancos e negros. O único fator social identificado como contribuindo para o
desenvolvimento desse transtorno é história recente de divórcio ou separação. O
transtorno costuma surgir na idade adulta jovem – a idade média de apresentação é em
torno dos 25 anos –, mas tanto transtorno de pânico como agorafobia podem se
desenvolver em qualquer idade. O transtorno de pânico tem sido relatado em crianças e
adolescentes, embora seja provavelmente subdiagnosticado nesses grupos. 
 
Fisiopatologia: A pesquisa sobre as bases biológicas do transtorno de pânico produziu uma
variedade de achados; uma interpretação é a de que os sintomas estão relacionados a uma
série de anormalidades biológicas na estrutura e na função do cérebro. A maioria dos
trabalhos utilizou estimulantes biológicos para induzir os ataques de pânico em pacientes
com o transtorno. Evidências consideráveis indicam que a regulação anormal dos sistemas
noradrenérgicos também está envolvida na fisiopatologia do transtorno. Esses e outros
estudos produziram hipóteses que implicam a desregulação dos sistemas nervosos
periférico e central em sua fisiopatologia. Foi relatado que o sistema nervoso autônomo de
alguns pacientes exibe aumento do tônus simpático, adapta-se lentamente a estímulos
repetidos e responde de maneira excessiva a estímulos moderados. Estudos do estado
neuroendócrino demonstraram várias anormalidades, embora tenham sido inconsistentes
em seus achados. Os principais sistemas de neurotransmissores implicados são os da
norepinefrina, da serotonina e do GABA. A disfunção serotonérgica é bem evidente no
transtorno de pânico, e vários estudos com medicamentos mistos agonistas e antagonistas
da serotonina revelaram aumento dos níveis de ansiedade. Essas respostas podemser
causadas por hipersensibilidade pós-sináptica a serotonina no transtorno de pânico.
Evidências pré-clínicas sugerem que a atenuação da transmissão GABAérgica inibidora local
na amígdala basolateral, no mesencéfalo e no hipotálamo pode desencadear respostas
fisiológicas semelhantes a ansiedade. Os dados biológicos conduziram a um foco no tronco
cerebral (em particular nos neurônios noradrenérgicos do locus ceruleus e nos neurônios
serotonérgicos dos núcleos da rafe mediana), no sistema límbico (possivelmente
responsável pela geração da ansiedade antecipatória) e no córtex pré-frontal
(possivelmente responsável pela geração de esquiva fóbica). Entre os vários
neurotransmissores envolvidos, o sistema noradrenérgico também tem atraído muita
atenção, com os receptores 2-adrenérgicos pré- -sinápticos, em particular,
desempenhando um papel significativo. Pacientes com transtorno de pânico são sensíveis
aos efeitos ansiogênicos da ioimbina, além de terem respostas exageradas a MHPG e
cortisol e cardiovasculares. Eles foram identificados por provocações farmacológicas com o
agonista dos receptores 2 clonidina e o antagonista dos receptores 2 ioimbina, que
estimulam o disparo do locus ceruleus e induzem taxas elevadas de atividade semelhante a
pânico em pacientes com transtorno de pânico. 
Diagnóstico: Um ataque de pânico é um período súbito de intenso medo ou apreensão que
pode durar de minutos a horas. Ele pode ocorrer também em outros transtornos mentais,
particularmente na fobia específica, na fobia social e no TEPT. Ataques inesperados
ocorrem a qualquer momento e não estão associados a um estímulo situacional
identificável, mas não precisam se apresentar dessa forma. Em pacientes com fobia social e
específica, eles costumam ser esperados ou indicados por um estímulo específico
reconhecido. Alguns não se encaixam com facilidade na distinção entre inesperado e
esperado, sendo referidos como ataques de pânico predispostos por situações. Eles podem
ou não ocorrer quando um paciente é exposto a um gatilho específico, ou podem ocorrer
tanto imediatamente após exposição quanto após uma considerável demora. 
 
Tratamento: Com tratamento, a maioria dos pacientes exibe uma melhora importante nos
sintomas de transtorno de pânico e agorafobia. Os dois tratamentos mais eficazes são a
farmacoterapia e a terapia cognitivo-comportamental. As terapias familiar e de grupo
podem ajudar os indivíduos afetados e suas famílias a ajustarem-se ao transtorno e às
dificuldades psicossociais que ele possa ter precipitado. 
Farmacoterapia 
 
Visão geral. Alprazolam e paroxetina são os dois medicamentos aprovados pela Food and
Drug Administration (FDA) para o tratamento do transtorno de pânico. Em geral, a
experiência está mostrando superioridade dos inibidores seletivos da recaptação de
17/08/2021 OneNote
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serotonina (ISRSs) e da clomipramina sobre os benzodiazepínicos, os inibidores da
monoaminoxidase (IMAOs) e os medicamentos tricíclicos e tetracíclicos, em termos de
eficácia e tolerância de efeitos adversos. Alguns relatos sugeriram um papel para a
venlafaxina, e a buspirona tem sido sugerida como um medicamento auxiliar em alguns
casos. A venlafaxina é aprovada pela FDA para o tratamento do transtorno de ansiedade
generalizada e pode ser útil no transtorno de pânico combinado com depressão. Não foi
verificado que antagonistas dos receptores β-adrenérgicos sejam particularmente úteis
para o transtorno de pânico. Uma abordagem conservadora é iniciar o tratamento com
paroxetina, sertralina, citalopram ou fluvoxamina no transtorno de pânico isolado. Se o
controle rápido de sintomas graves for desejado, um tratamento breve com alprazolam
deve ser iniciado junto com o ISRS, seguido pela redução gradativa da utilização do
benzodiazepínico. Na utilização de longo prazo, a fluoxetina é um agente eficiente para o
transtorno de pânico com depressão comórbida, embora suas propriedades ativadoras
iniciais possam imitar os sintomas de pânico nas primeiras semanas e ela possa ser mal
tolerada nesse esquema. O clonazepam pode ser prescrito para pacientes que antecipam
uma situação em que pode ocorrer pânico (0,5-1 mg conforme necessidade). 
 
 
•Inibidores seletivos da recaptação de serotonina. 
Todos os ISRSs são eficientes para o transtorno de pânico. A paroxetina e a paroxetina CR
têm efeitos sedativos e tendem a acalmar os pacientes de imediato, o que leva a maior
adesão e a menos interrupções, mas isso deve ser contrabalançado com seu potencial de
ganho de peso. O citalopram, o escitalopram, a fluvoxamina e a sertralina são as seguintes
mais bem toleradas. Relatos empíricos sugerem que indivíduos com transtorno de pânico
são particularmente sensíveis aos efeitos ativadores dos ISRSs, em especial da fluoxetina,
portanto eles devem ser administrados em pequenas doses iniciais, elevadas pouco a
pouco. Na dose terapêutica – por exemplo, 20 mg por dia de paroxetina –, alguns
pacientes podem experimentar aumento da sedação. Uma abordagem para pacientes com
transtorno de pânico é administrar 5 a 10 mg/dia de paroxetina ou 12,5 a 25 mg de
paroxetina CR por 1 a 2 semanas e, então, aumentar a dose em 10 mg/dia de paroxetina
ou 12,5 mg de paroxetina CR a cada 1 a 2 semanas, até o máximo de 60 mg de paroxetina
ou 62,5 mg de paroxetina CR. Caso a sedação se torne intolerável, reduzir a dose para 10
mg/dia de paroxetina ou 12,5 mg de paroxetina CR e mudar para 10 mg/dia de fluoxetina e
elevá-la lentamente. Outras estratégias podem ser utilizadas com base na experiência do
clínico. 
 
•Benzodiazepínicos. Esses agentes têm o início de ação mais rápido contra o pânico, por
vezes na primeira semana, e podem ser utilizados por períodos longos sem o
desenvolvimento de tolerância aos efeitos antipânico. O alprazolam tem sido o mais
utilizado para o transtorno de pânico, mas estudos controlados demonstraram eficácia
igual para o lorazepam, e relatos de caso também indicaram que o clonazepam pode ser
eficaz. Alguns pacientes utilizam benzodiazepínicos quando se defrontam com um estímulo
fóbico. Eles podem ser razoavelmente empregados como primeiro agente para o
tratamento do transtorno de pânico enquanto a dose de um medicamento serotonérgico
estiver sendo titulada lentamente para uma dose terapêutica. Após 4 a 12 semanas, o uso
dos benzodiazepínicos pode ser reduzido pouco a pouco (ao longo de 4 a 10 semanas),
enquanto o medicamento serotonérgico é continuado. A maior reserva entre os médicos
relativa ao uso dos benzodiazepínicos para o transtorno de pânico é o potencial para
dependência, comprometimento cognitivo e abuso, em especial após a utilização a longo
prazo. Os pacientes devem ser instruídos a não dirigir ou operar equipamentos perigosos
enquanto estiverem utilizando esses agentes. Embora eles provoquem uma sensação de
bem-estar, sua interrupção gera uma síndrome de abstinência bem documentada e
desagradável. Relatos empíricos e pequenas séries de casos indicaram que a adição de
alprazolam é uma das mais difíceis de superar, podendo requerer um programa
abrangente de desintoxicação. A dose do benzodiazepínico deve ser reduzida lenta e
gradativamente, e os efeitos esperados da retirada devem ser explicados em detalhes ao
paciente. 
•Medicamentos tricíclicos e tetracíclicos. 
Atualmente, os ISRSs são considerados os agentes de primeira linha para o tratamento de
transtorno do pânico. Entretanto, dados mostram que entre os medicamentos tricíclicos, a
clomipramina e a imipramina são os mais eficazes no tratamento desse transtorno. A
experiência clínica indica que as doses devem ser aumentadas aos poucos, para evitar a
estimulação excessiva, e que o benefício clínico completo necessita de dosagens totais, que
podem não ser atingidas por 8 a 12 semanas. Alguns dados apoiam a eficácia da
desipramina, e menos evidências sugerem um papel para a maprotilina, a trazodona, a
nortriptilina, a amitriptilina e a doxepina.Os medicamentos tricíclicos não são tão utilizados
quanto os ISRSs, porque, em geral, têm efeitos adversos mais graves nas doses mais altas
necessárias para o tratamento eficaz do transtorno. 
•Inibidores da monoaminoxidase. 
Dados consistentes apoiam a eficácia da fenelzina, e alguns também apoiam o uso da
tranilcipromina. Os IMAOs parecem ter menos probabilidade de causar estimulação
excessiva do que os ISRSs e os tricíclicos, mas podem requerer doses totais por pelo menos
8 a 12 semanas para serem eficazes. A necessidade de restrições dietéticas tem limitado a
utilização de IMAOs, sobretudo desde o aparecimento dos ISRSs. 
•Falta de resposta ao tratamento. 
Se os pacientes deixam de responder a uma classe de medicamentos, outra deve ser
tentada. Dados recentes defendem a eficácia da venlafaxina. A combinação de um ISRS ou
um tricíclico e um benzodiazepínico ou de um ISRS e lítio ou um medicamento tricíclico
pode ser tentada. Relatos de caso sugeriram a eficácia da carbamazepina, do valproato e
de inibidores dos canais de cálcio. A buspirona pode ter um papel na potenciação de outros
agentes, mas tem pouca eficácia por si própria. Os médicos devem reavaliar o paciente,
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particularmente no sentido de estabelecer a presença de condições comórbidas como
depressão e uso de álcool ou outras substâncias. 
•Duração da farmacoterapia. 
Uma vez eficaz, o tratamento farmacológico, em geral, deve continuar por 8 a 12 meses.
Dados indicam que o transtorno de pânico é uma condição crônica, talvez para toda a vida,
que tem recorrência quando o tratamento é interrompido. Estudos relataram que 30 a
90% dos indivíduos com a condição que receberam tratamento bem-sucedido têm uma
recaída quando a medicação é interrompida. Os pacientes podem ter mais probabilidade
de recaída se estiverem recebendo benzodiazepínicos e se esse tratamento for
interrompido de uma forma que cause sintomas de abstinência. 
 
4. Qual a definição, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento de Transtornos Fóbicos? 
O termo fobia refere-se a um medo excessivo de objeto, circunstância ou situação
específicos. A fobia específica é um medo intenso e persistente de um objeto ou de uma
situação. O diagnóstico de fobia específica requer o desenvolvimento de ansiedade
intensa, mesmo a ponto de pânico, quando da exposição ao objeto temido. Pessoas com
essa fobia podem antecipar lesões, tal como serem mordidas por um cão, ou podem ficar
em pânico ante o pensamento de perder o controle; por exemplo, se têm medo de andar
de elevador, também podem se preocupar com a possibilidade de desmaiar após a porta
se fechar. 
Epidemiologia: As fobias são um dos transtornos mentais mais comum nos Estados Unidos,
onde se estima que aproximadamente 5 a 10% da população seja afetada por esses
transtornos perturbadores e, às vezes, incapacitantes. A prevalência ao longo da vida de
fobia específica é de cerca de 10%. É o transtorno mais comum entre as mulheres e o
segundo mais comum entre os homens, atrás apenas dos transtornos relacionados a
substâncias. Sua prevalência em seis meses é de 5 a 10 por 100 pessoas. As taxas de fobias
específicas em mulheres (14 a 16%) eram o dobro das dos homens (5 a 7%), embora a
proporção seja mais próxima de 1 para 1 para o medo de sangue, injeção ou ferimentos.
(Os tipos de fobias são discutidos a seguir nesta seção.) A idade de pico para o início das
fobias do tipo ambiente natural e do tipo sangue-injeção-ferimentos é dos 5 aos 9 anos,
ainda que possa ocorrer mais tarde. No entanto, a idade de pico para o início das fobias do
tipo situacional (exceto para medo de altura) é mais alta, em torno dos 20 anos, idade mais
próxima daquela para princípio de agorafobia. Os objetos e as situações temidos nas fobias
específicas (listadas em frequência descendente de aparecimento) são animais,
tempestades, altura, doença, ferimento e morte. 
Diagnóstico: O DSM-5 inclui tipos distintos de fobia específica: tipo animal, tipo ambiente
natural (p. ex., tempestades), tipo sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas), tipo
situacional (p. ex., carros, elevadores, aviões) e outro tipo (para fobias específicas que não
se enquadram nos quatro tipos anteriores). O aspecto fundamental de cada tipo de fobia é
que os sintomas de medo ocorrem apenas na presença de um objeto específico (Tab. 9.4-
3). O tipo sangue- -injeção-ferimentos é diferenciado dos outros, porque bradicardia e
hipotensão com frequência seguem a taquicardia inicial, que é comum a todas as fobias. O
tipo sangue-injeção-ferimento de fobia específica tende a afetar, em especial, muitos
membros e gerações de uma família. Um tipo relatado recentemente é a fobia de espaço,
na qual as pessoas temem cair quando não há apoio próximo, como uma parede ou uma
cadeira. Alguns dados indicam que elas podem ter disfunção do hemisfério direito, o que
resulta em possível comprometimento visuoespacial. Os transtornos do equilíbrio devem
ser excluídos nesses pacientes. As fobias têm sido classificadas tradicionalmente de acordo
com o medo específico por meio de prefixos gregos ou latinos, como indicado na Tabela
9.4-4. Outras fobias que estão relacionadas com mudanças na sociedade são o medo de
campos eletromagnéticos, de micro-ondas e da sociedade como um todo (amoxofobia). 
5. Qual definição, epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e
tratamento de Surto Psicótico? 
SURTO PSICÓTICO - TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE: O transtorno psicótico breve é
definido como uma condição psicótica que envolve o início súbito de sintomas psicóticos
que duram um dia ou mais, mas menos de um mês. A remissão é completa, e o indivíduo
retorna ao nível de funcionamento pré-mórbido. É uma síndrome psicótica aguda e
transitória. 
EPIDEMIOLOGIA: A incidência e a prevalência exatas do transtorno psicótico breve não são
conhecidas, mas ele é em geral considerado incomum. Ocorre com maior frequência entre
indivíduos mais jovens (na segunda e terceira décadas de vida) do que entre os mais
velhos. É mais comum em mulheres do que em homens. Esses padrões epidemiológicos
são claramente distintos dos da esquizofrenia. Alguns médicos referem que o transtorno
pode ser observado com mais frequência em pessoas de classes socioeconômicas baixas e
naquelas que vivenciaram desastres ou grandes mudanças culturais (p. ex., imigrantes). A
idade de início em países industrializados pode ser mais alta do em países em
desenvolvimento. Pessoas que passaram por estressores psicossociais importantes podem
ter um risco maior de transtorno psicótico breve subsequente. FISIOPATOLOGIA: A causa
do transtorno psicótico breve é desconhecida. Pacientes que têm um transtorno da
personalidade podem apresentar uma vulnerabilidade biológica ou psicológica para o
desenvolvimento de sintomas psicóticos, particularmente aqueles com qualidades
borderline, esquizoide, esquizotípica ou paranoide. Alguns com transtorno psicótico breve
têm história de esquizofrenia ou transtorno do humor em suas famílias, mas esse achado
não é conclusivo. Formulações psicodinâmicas têm enfatizado a presença de mecanismos
de enfrentamento inadequados e a possibilidade de ganhos secundários para pacientes
com sintomas psicóticos. Outras teorias psicodinâmicas sugerem que os sintomas
psicóticos sejam uma defesa contra fantasias proibidas, a satisfação de um desejo
frustrado ou uma fuga de uma situação psicossocial estressante. 
MANIFESTÇÕES CLÍNICAS: Os sintomas do transtorno psicótico breve sempre incluem pelo
menos um sintoma importante de psicose, como alucinações, delírios e pensamentos
desorganizados, geralmente com início repentino, mas nem sempre incluem todo o padrão
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sintomático visto na esquizofrenia. Alguns médicos observaramque humor lábil, confusão
e comprometimento da atenção podem ser mais comuns no início do transtorno psicótico
breve do que no início de transtornos psicóticos que acabam se tornando crônicos. Os
sintomas característicos do transtorno psicótico breve incluem volatilidade emocional,
comportamento estranho ou bizarro, gritos ou mutismo e memória comprometida para
eventos recentes. Alguns dos sintomas sugerem um diagnóstico de delirium e justificam
uma pesquisa clínica, especialmente para excluir reações adversas a medicamentos. A
literatura escandinava e de outros países da Europa descreve diversos padrões
característicos de sintomas desse transtorno, ainda que estes possam diferir um pouco na
Europa e na América. Esses padrões incluem reações paranoides agudas e confusão
reativa, excitação e depressão. Alguns dados apontam que, nos Estados Unidos, a paranoia
muitas vezes é o sintoma predominante. Na psiquiatria francesa, a bouffée délirante é
semelhante ao transtorno psicótico breve. ● Estressores precipitantes. Os exemplos mais
claros de estressores precipitantes são eventos de vida importantes que causariam
impacto emocional significativo a qualquer pessoa. Esses eventos incluem a perda de um
membro da família próximo ou um acidente automobilístico grave. Alguns médicos
argumentam que a gravidade do evento deve ser considerada em relação à vida do
paciente. Essa visão, embora razoável, pode ampliar a definição de estressor precipitante
para incluir eventos não relacionados ao episódio psicótico. Outros entendem que o
estressor pode ser uma série de eventos modestamente estressantes, em vez de um único
acontecimento com estresse acentuado, mas avaliar a quantidade de estresse causado por
uma sequência de eventos exige um grau de julgamento clínico quase impossível.
DIAGNÓSTICO: Muito importante para este diagnóstico é considerar o fator tempo: o
episódio deve durar no mínimo um dia e no máximo 30 dias. Após o mesmo, o paciente
deve voltar a ter o mesmo grau de funcionamento de antes do quadro; Segundo o DSM-5,
para o diagnóstico devem estar presentes pelo menos um dos sinais ou sintomas a seguir
(sendo que pelo menos um deve ser alucinação, discurso desorganizado ou delírio): ●
Discurso desorganizado; ● Catatonia ou comportamento desorganizado; ● Alucinações; ●
Delírios. 
TRATAMENTO: Alguns casos remitem sem medicação. Contudo, as medicações-padrão
para esses casos são os antipsicóticos, de preferência os de segunda geração (ex.:
Risperidona). Caso não haja resposta, é possível trocar o antipsicótico. Na presença de
efeitos colaterais extrapiramidais com os antipsicóticos, podem ser tentados
anticolinérgicos. Na agitação, benzodiazepínicos podem ser uma opção na ausência de
resposta aos antipsicóticos. Sugere-se a continuação do tratamento por 1-3 meses após a
remissão dos sintomas. Ao descontinuar, diminuir a dose progressivamente ao longo de 2-
4 semanas. Contudo, na ocorrência de sintomas leves e persistentes, pode ser necessário
retomar a farmacoterapia. É necessário monitorizar o paciente para avaliar recaída ou
recorrência (caso presente, pode ser interessante rever as hipóteses diagnósticas). A
psicoterapia pode ajudar o paciente a compreender e a lidar com essa experiência, com
destaque para as técnicas de apoio. A psicoterapia também pode ajudar caso haja relação
com um ou mais fatores estressores. ● Hospitalização. Um paciente com psicose aguda
pode necessitar de hospitalização breve tanto para avaliação como para proteção. A
avaliação requer o monitoramento rigoroso dos sintomas e a estimativa do nível de perigo
do paciente para si mesmo e para os outros. Além disso, o ambiente calmo e estruturado
de um hospital pode ajudar na recuperação do senso de realidade. Enquanto os médicos
aguardam que o ambiente ou os medicamentos façam seus efeitos, pode ser necessário o
isolamento, a contenção física ou o monitoramento do paciente. ● Farmacoterapia. As
duas principais classes de medicamentos a serem consideradas no tratamento de
transtorno psicótico breve são os antipsicóticos e os benzodiazepínicos. Quando se opta
por um medicamento antipsicótico, um agente de alta potência, como haloperidol, ou um
agonista de serotonina-dopamina, como ziprasidona, podem ser utilizados. Para pacientes
com alto risco de desenvolvimento de efeitos adversos extrapiramidais (p. ex., homens
jovens), um antagonista de serotonina-dopamina deve ser administrado como profilaxia
contra sintomas de transtorno do movimento induzidos pela medicação. Como alternativa,
os benzodiazepínicos são um recurso no tratamento de curto prazo da psicose. Ainda que
tenham pouca ou nenhuma utilidade no tratamento a longo prazo dos transtornos
psicóticos, eles podem ser eficazes por um período curto e estão associados a menos
efeitos adversos do que os antipsicóticos. Em casos raros, os benzodiazepínicos estão
associados com aumento da agitação e, ainda mais raramente, com convulsões por
abstinência, que, em geral, ocorrem apenas com o uso continuado de altas dosagens. O
uso de outros agentes, embora relatado em estudos de caso, não foi ratificado em nenhum
estudo de larga escala. Os medicamentos ansiolíticos, contudo, costumam ser úteis
durante as primeiras 2 ou 3 semanas após a resolução do episódio psicótico. Os médicos
devem evitar o uso a longo prazo de qualquer medicação no tratamento do transtorno. Se
for necessário algum agente de manutenção, o médico pode ter que reconsiderar o
diagnóstico. ● Psicoterapia. Mesmo que a hospitalização e a farmacoterapia possivelmente
controlem situações de curto prazo, a parte mais difícil do tratamento é a integração
psicológica da experiência (e do trauma precipitante, caso exista um) na vida dos pacientes
e de suas famílias. A psicoterapia é útil como uma oportunidade para discutir os
estressores e o episódio psicótico. A exploração e o desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento são os principais tópicos na psicoterapia. Questões associadas incluem
ajudar os pacientes a lidar com a perda da autoestima e recuperar a autoconfiança. Uma
estratégia individualizada de tratamento que busque melhorar as habilidades na resolução
de problemas, assim como fortalecer a estrutura do ego, parece ser a abordagem
psicoterápica mais eficaz. O envolvimento da família no processo de tratamento pode ser
crucial para um desfecho bem-sucedido. 
6. Como a sobrecarga de trabalho afeta a saúde mental do trabalhador? 
A competitividade no mercado de trabalho, somada ao medo do desemprego, induz as
pessoas a se submeterem a condições de trabalho desumanas. Por exemplo, exposição a
baixos salários, ambientes insalubres, ruídos e calor excessivo, ao acúmulo de funções, às
jornadas de trabalho que excedem a carga horária suportável e ao regime em turnos
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alternantes; todos esses fatores favorecem o adoecimento dos trabalhadores. A ansiedade
é um sentimento de medo vago e desagradável que se manifesta como um desconforto ou
tensão decorrente de uma antecipação do perigo, de algo desconhecido, enquanto os TAs
compartilham características de medo e ansiedade excessiva, além de perturbações
comportamentais. Esses transtornos diferem entre si nos objetos ou situações que
induzem ao medo, à ansiedade ou ao comportamento de esquiva e a ideação cognitiva
associada. Assim, diferenciam-se da ansiedade por serem mais intensos e persistirem além
dos períodos apropriados para o desenvolvimento normal. 
Os TAs são problemas frequentes quando se aborda a saúde do trabalhador, visto que
geram altos custos e impacto nos índices de absenteísmo, presenteísmo e outros aspectos
relacionados ao trabalho, como a redução do desempenho e carga de afazeres. Na França,
um estudo de base populacional com amostra de 4.717 trabalhadores evidenciou que a
alta demanda psicológica, a baixa recompensa, as exigências emocionais e a insegurança
são fatores preditores de ansiedade. 
<Fernandes MA, RibeiroHKP, Santos JDM, Monteiro CFS, Costa RS, Soares RFS. Prevalence of anxiety
disorders as a cause of workers’ absence. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 5):2213-20. [Thematic
Issue: Mental health] DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0953> 
7. Como a saúde do trabalhador interfere na sobrecarga do sistema de saúde? (Déficit na
força de trabalho e incremento na quantidade de pacientes) 
As condições de trabalho dos profissionais da saúde, caracterizadas, por vezes, pela
sobrecarga de trabalho e pela jornada em regime de plantões são fatores de risco para a
segurança do paciente (Incidentes de segurança do paciente), por vezes prolongando o
tempo de internação e necessidade de cuidados, consequentemente, onerando e
aumentando a demanda de serviços no serviço de atenção à saúde. 
8. Quais os tipos de receituário médico e suas formas de preenchimento? 
Receituário Simples 
 É utilizada para prescrição de medicamentos anódinos (paliativos) e medicamento
de tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica, e segue as regras descritas
na Lei 5.991/1973. 
 Deve conter o nome do paciente, o modo de uso da(s) medicação(ões) prescritas, o
nome do profissional prescritor, acompanhado do endereço de consultório (ou residência
ou instituição onde se deu o atendimento), data, assinatura e número de inscrição no seu
respectivo Conselho Profissional. 
 Sua confecção fica a cargo dos profissionais e instituições e podem ter modelo
variado, respeitando as informações exigidas conforme a legislação mencionada no
capítulo anterior. 
 Pode ser utilizada para prescrição de medicamentos de uso contínuo, mas estes
devem ser limitados ao uso por 60 dias. 
 
Receituário para aquisição de Antimicrobianos 
 A receita para aquisição de antimicrobianos é determinada pela Resolução RDC-
ANVISA nº 20, de 05 de maio de 2011, sendo a relação de antimicrobianos sujeitos ao
controle atualizada periodicamente. 
 A última atualização foi realizada pela Resolução RDC-ANVISA nº 68, de 28 de
novembro de 2014. 
 Para prescrição pode ser utilizado o Receituário de Controle Especial devidamente
preenchido ou o Receituário Simples, desde que contenha as informações exigidas que,
além das já descritas no item 1, englobam ainda o nome completo, endereço, idade e sexo
do paciente, emitida em 2 (duas) vias, uma delas destinada a retenção pela farmácia onde
se dará a aquisição. 
 Sua confecção fica a cargo dos profissionais e instituições e podem ter modelo
variado, respeitando as informações exigidas conforme a legislação mencionada no
capítulo anterior. 
 Os antimicrobianos tem a validade da receita limitada a 10 dias da data de
prescrição. 
 Atenção - Para pacientes internados ou em regime de semi-internato: 
 Não há necessidade de notificação de receita para dispensar medicamento
controlado para pacientes internados ou em regime de semi-internato desde que o
hospital emita uma receita própria para que a farmácia hospitalar dispense o medicamento
ao paciente internado. 
 
Receituários de Controle Especial 
 A Portaria SVS / MS nº 344 / 1998 aprova o regulamento técnico sobre substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial. 
 A Portaria SVS / MS nº 344 / 1998 passa por atualizações periódicas, as quais são
realizadas por meio de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), publicada no Diário Oficial
da União (DOU). Por isso, faz parte das atribuições dos profissionais da área consultá-la
sempre. 
 A RDC mais recente traz a última atualização do Anexo I da Portaria, referente às
Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle
Especial, no caso a Resolução RDC-ANVISA nº 18, de 13 de maio de 2015. 
 As chamadas substâncias controladas ou sujeitas a controle especial são substâncias
com ação no sistema nervoso central e capazes de causar dependência física ou psíquica,
motivo pelo qual necessitam de um controle mais rígido do que o controle existente para
as substâncias comuns. 
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 Também se enquadram na classificação de medicamentos controlados, segundo a
Portaria SVS / MS nº 344 / 1998, as substâncias anabolizantes, substâncias abortivas ou
que causam má-formação fetal, substâncias que podem originar psicotrópicos, insumos
utilizados na fabricação de entorpecentes e psicotrópicos, plantas utilizadas na fabricação
de entorpecentes, bem como os entorpecentes, além de substâncias químicas de uso das
forças armadas e as substâncias de uso proibido no Brasil. 
O que deve conter uma notificação de receita: 
 A notificação de receita deverá conter os itens referentes às alíneas a, b e c
devidamente impressos (art. 36 da Portaria nº 344 / 1998): 
a) sigla da unidade da federação; 
b) identificação numérica. Observação: a sequência numérica será fornecida pela
autoridade sanitária competente dos estados, municípios e Distrito Federal; 
c) identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no conselho regional
com a sigla da respectiva unidade da federação. Ou nome da instituição, endereço
completo e telefone. 
 Além disso, a notificação de receita deve apresentar as seguintes características: 
d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente e, no caso de uso
veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; 
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de denominação
comum brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em
algarismos arábicos e por extenso) e posologia; 
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de
uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "risco de graves
defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto"; 
g) data da emissão; 
h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente
impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a notificação de receita. No
caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá
identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no conselho regional, ou
manualmente, de forma legível; 
i) identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação,
endereço completo e telefone; 
j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela
dispensação e data do atendimento; 
l) identificação da gráfica: nome, endereço e CNPJ impressos no rodapé de cada folha do
talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e final concedidas ao profissional
ou instituição e o número da autorização para confecção de talonários emitida pela
vigilância sanitária local; 
m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e quando tratar-se
de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário. 
 
9. Como funciona a Rede de Atenção ao paciente com Transtorno de Ansiedade? 
Os CAPS devem ser reservados para casos complexos, principalmente quando houver
comorbidade com transtornos psicóticos e/ou abuso de substâncias. Como existe alta
prevalência de sintomas físicos no TAG, é importante que os profissionais das UPA e
emergências hospitalares sejam treinados para identificar casos suspeitos de transtornos
de ansiedade – por exemplo, ao fazer o diagnóstico diferencial da dor torácica atípica -,
possibilitando prevenção de medicalização excessiva e orientação ao paciente para buscar
diagnóstico preciso e cuidado adequado na atenção primária. 
<https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-
mental/protocolos-da-raps/9217-ansiedade-generalizada/file>

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