Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Farmacologia do aparelho reprodutor Hipotálamo e hipófise: Hipotálamo: GnRH e Ocitocina. FSH e LH. Hipófise posterior - Secreta ocitocina. Aparelho Reprodutor Hipotálamo secreta GnRH que estimula a hipófise anterior a produzir FSH e LH. Precisa-se de GnRH para que seja produzido FSH, mas não necessariamente ele é secretado com base nos pulsos do GnRH. O LH já é idêntico ao GnRH, a medida que se produz GnRH se secreta LH nos mesmos pulsos, estimulando o crescimento folicular. O crescimento folicular é desencadeado em espécies diferentes por formas diferentes. Algumas espécies são totalmente dependentes de FSH para que o folículo que está ali comece a crescer, e outras espécies até um determinado diâmetro não é necessário FSH, por exemplo os bovinos que não são dependentes de FSH no crescimento inicial. Corpo lúteo produz Progesterona, folículo produz estrógeno. Quando aplico progesterona, se reduz a secreção de GnRH e LH. Quando se tem progesterona, há uma menor secreção de GnRH. Quando aplica- se progesterona, independente de ter corpo lúteo ou não bloqueia-se a secreção de GnRH e consequentemente de LH. E sem o hormônio luteinizante, não se dá crescimento final ao folículo para que ele ovule. GnRH (h. liberador de gonadotrofina). Hormônio polipeptídeo, controle da secreção. A secreção de GnRH é regulada pelos esteróides gonadais, progesterona e estradiol. Esta ação é mediada por outros sistemas neurais esteróide-sensitivos, como por exemplo, o que envolve o ácido gama amino butírico (GABA). Os neurônios GABA contém receptores para os esteróides e fazem sinapses com os neurônios de GnRH. As concentrações de GABA estão diminuídas quando a secreção de GnRH é estimulada por estradiol. Durante o período de crescimento folicular e as concentrações de GABA estão aumentadas quando a progesterona está deprimindo a secreção de GnRH. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 O estrógeno muitas vezes é associado a progesterona, pois ele potencializa a ação da progesterona (bloquear GnRH e LH). Além disso, ele tem um efeito sobre o FSH. O folículo dominante é aquele que produz estrógenos suficientes para bloquear FSH, fazendo com que os outros folículos menores que são dependentes de FSH regridam. Além disso, ele tem receptores de LH na área da teca. Ou seja, eles crescem agora por LH. Quando aplico estrógeno, além de potencializar a ação da progesterona, também regride os outros folículos, pois reduz a secreção de FSH. Estudos mostram que quando se mantém um folículo dominante por mais de 7 dias, a capacidade de ser fertilizado diminui. Quando se aplica estrógenos também sincroniza-se uma nova onda de crescimento, um folículo novo e isso é importante para que se tenha qualidade de oócito no momento da fertilização. Uso e posologia – GnRH. GnRH (decapeptídeo). Hormônios modificados (com d- aminoácidos na posição 5 e etilamina no lugar da glicina da posição 10 – mais estabilizado na hora da aplicação, aplicação IM). Utiliza-se para Induzir a secreção de GnRH e sincronizar a ovulação. Na maioria das espécies a ovulação ocorre entre 12-24h após o cio. O que faz o animal ovular é uma sequência de pulsos de LH adequada. Quem controla a liberação de FSH é estrógeno, não GnRH. Uso e posologia – GnRH. Exemplo: Buserelina (20x). Deslorelina (144x). Histrelina (210x). FSH (h. folículo estimulante). Hormônio glicoprotéico, controle da secreção. A secreção de FSH é controlada por GnRH e é contínua e não agudamente responsiva aos pulsos de GnRH. A secreção tônica de FSH está sob controle de feedback negativo de dois hormônios gonadais, estradiol e inibina que diminuem a transcrição de mRNA na glândula hipófise. Pode-se utilizar o eCG (gonadotrofina coriônica eqüina) que tem função semelhante ao FSH. Meia vida curta. eCG pode ser utilizado para que se dê o crescimento final ao folículo que muitas vezes não acontece. Animal saindo do puerpério, animais foto período dependentes. Dá o crescimento final aquele folículo para que ele tenha receptores de LH nas células da granulosa e para que ele possa ovular. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Porém, se utilizou muito o eCG para estimular o crescimento de vários folículos. Se der FSH irá ter mais de um folículo dominante e ovulando. Se utiliza isso para fazer superovulação, lavar o útero e transferir esses embriões para outro indivíduo. Quando tiver vários folículos dominantes, aplica-se por exemplo GnRH que vai estimular LH e assim ele vão ovular. O problema do eCG é que as gonadotrofinas elas tem maior ou menor meia vida em função de um açúcar que elas tem ligado a elas que é o ácido siálico (permite que elas tenham maior ou menos meia vida, quanto maior ácido siálico, maior a meia vida). O eCG tem maior meia vida em razão da quantidade de ácido siálico que ele tem. Lembrando que em equinos, o eCG não tem essa função, sendo aplicado em outras espécies. Em eqüinos a sua função é a Formação de corpos lúteos acessórios para a manutenção da progesterona. Extrai-se do soro da égua gestante. Voltando as outras espécies, na primeira vez ele funciona bem e nas outras não tão bem, pois sendo uma gonadotrofina de outra espécie ele tem a tendência a estimular a formação de anticorpos e como ele tem uma maior meia vida, tem mais tempo para essa formação. Utiliza-se esse eCG para protocolos de sincronização de estro em doses menores para não estimular a formação de anticorpos. LH (hormônio luteinizante). Hormônio glicoprotéico, controle da secreção. A secreção de LH é imediatamente regulada pela liberação pulsátil do GnRH hipotalâmico na circulação porta, que resulta num pulso de LH correspondente liberado pela hipófise anterior. A regulação da secreção de LH pelo feedback ovariano é devido a ação dos esteróides como progesterona e estradiol. O que substitui o LH é o hCG (gonadotrofina coriônica humana) – sincronizar a ovulação. Porém, se utiliza mais o GnRH para o controle do LH. Meia vida das gonadotrofinas: Glândula pineal: Produção de melatonina. Não utilizamos, mas ela é importante na reprodução. Estímulo da luminosidade: estacionalidade. Foto período: duração do dia. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Ovinos: foto período dependentes negativos. Começam a ciclar a partir de final de dezembro, início de janeiro. Equinos: foto período dependentes positivos. Começam a ciclar no final de julho, início de agosto. Alto estímulo luminoso: baixa síntese. Alta secreção de melatonina: liberação de GnRH. A aplicação de progesterona e estrógeno na sincronização de estro ela vai ter maior ou menor eficiência quando a melatonina está alta. Em ovinos, utilizamos eCG para estimular o crescimento folicular. Estrógenos, progesterona, androstenediona, inibiana, ativina, angiotensina II, fatores de crescimento (IGF 1 e 2), FGFs, EGF, GDFs, BMPs). Dispositivos intra-vaginais com progesterona suficiente para bloquear a liberação de GnRH para que os folículos cheguem até a dominância mas que não ovulem. Todos acabam chegando ao mesmo estágio na sua onda de crescimento folicular. Se eu faço uma aplicação intramuscular de progesterona não tem o controle da queda de progesterona. Quando se tira esse dispositivo intra- vaginal, a progesterona cai rapidamente e com isso há um aumento instantâneo de GnRH e consequentemente LH. Existem protocolos em que se aplica prostaglandina com o intuito de acabar com o corpo lúteo que é uma fonte de progesterona. No entanto, ao aplicar prostaglandina, há folículos em diferentes estágios de crescimento e assim não há uma sincronização da ovulação e de estro. Há um espaçamento maior da manifestação de estro e da ovulação. A teca: camada de células vascularizadas do folículo. Possui receptores para LH. Não possui receptores para FSH. Secretam androgênios (testosterona, androstenediona). Quando aumenta a melatonina, o GnRH tem uma frequência de liberação maior e consequentementea frequência de liberação de LH é proporcional. Controle de GnRH por P4 (progesterona) e E2 (estrógeno): Endocrinologia da reprodução da fêmea: Glândulas endócrinas: ovário, útero e placenta. Hormônios produzidos pelos ovários: ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 A granulosa: camada avascular, contém receptores para FSH. Adquire receptores para LH na fase final de desenvolvimento. Estrógeno e progesterona. Estrógeno: funções Comportamento de cio. Aumenta a amplitude e contrações do útero. Desenvolvimento das características das físicas das fêmeas. Controle da secreção de GnRH, FSH, LH. Progesterona: funções Manutenção da gestação. Fertilização. Controle do ciclo estral. Desenvolvimento da glândula mamária. Inibinas e ativinas Hormônio glicoprotéico. Fonte: células da granulosa (ovários) e células de sertoli (testículos). Tecido alvo: gonadotrófos (hipófise anterior) no macho efêmea. Função: dilatar a cérvix e a vagina no momento do parto. Ação: inibição da secreção de FSH. A ativina é um membro funcional dos fatores de crescimento. A ativina possui função de aliviar a secreção de FSH ao contrário das inibinas. LH faz o estímulo da transcrição e tradução de enzimas esteroidogênicas. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Útero: produção de prostaglandina. Sob estímulo de ocitocina em determinada fase do ciclo estral. Quanto mais próximo do fim do ciclo estral, maior a sensibilidade do útero a liberação de prostaglandina estimulada por ocitocina. Foram isoladas primeiramente de fluidos de glândulas acessórias masculinas possui esse nome devido a associação com a glândula prostática. Prostaglandinas podem ser consideradas hormônios, pois regulam vários fenômenos fisiológicos e farmacocinéticos, com a contração de musculatura lisa no trato reprodutivo e intestinal, ereção, ejaculação, transporte de espermatozóide, ovulação, formação de corpo lúteo, parto e ejeção do leite. A ação dessa prostaglandina, ela sai do útero e por um mecanismo de contracorrente ela passa através da artéria uterina para a artéria ovariana sem ser metabolizada. Farmacologia do macho. Produção de testosterona e espermatozóides Ondas de crescimento folicular. Os primeiros folículos não ovulam pois a progesterona ainda está alta. Se usar prostaglandina para o folículo ovular, a vaca que estiver com o folículo maior irá ovular primeiro. Controle de GnRH por P4 e E2: O estrógeno na ausência da progesterona ele tem um efeito contrário, ele estimula GnRH. Em alguns protocolos, quando se retira o dispositivo intra-vaginal de progesterona se preconiza a aplicação de estrógenos para que ele estimule a secreção de prostaglandina para que ocorra a luteólise. Se aplicar estógeno em um animal, ele pode manifestar estro induzido mas sem ovulação. Uma das funções do estrógeno é o comportamento de cio. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Corpo lúteo torna-se mais responsivo a prostaglandina o quanto mais velho ele fica. Desvantagens: terá que observar estro, dispersão muito grande de estro, e muitos animais podem não ser responsivos. Aplicação de prostaglandina, faz a detecção de estro e inseminação artificial. 11-14 dias aplica novamente e faz detecção de estro e inseminação artificial. Insemina quem entrou em cio em até 5 dias pois já se terá um bom resultado, entre animais que ovularam antes. Maior concentração de estros. Aplicação de prostaglandina – detecção de cio e inseminação artificial – 14 dias aplicação prostaglandina – detecção de cio e inseminação artificial – 14 dias aplicação de prostaglandina e inseminação artificial em 72-80h após. Maior custo. Sem aplicação de prostaglandina – insemina aqueles que tiverem cio – após 5 dias, aplicação de 1 única dose de prostaglandina em todos os animais. Aplicação de GnRH – 7º dia aplicação de prostaglandina (corpo lúteo de 7 dias) e detecção de cio e inseminação artificial. Selectsynch. Desvantagem: nem todos os animais irão responder ao GnRH e LH, pois só irão responder aqueles que tem folículos dominantes. Alguns aspectos: O que é? Qual sua utilidade nos sistemas de produção? Quando se usa? Quais são os principais processos/produtos? Alguns sistemas? Relações de custo/beneficio. Produtos e métodos Prostaglandinas Cloprostenol Tiaprost Dinoprost Progestágenos Acetato de melengestrol (oral). Acetato de medroxi-progesterona. Norgestomet. Progesterona. Métodos Dentro da estação reprodutiva: Naturais Efeito carneiro. Hormonais: progestágenos, prostaglandinas. Fora da estação reprodutiva: Progestágenos. eCG. Efeito carneiro. Aplicação de prostaglandina – manifestação de cio em 2-7 dias. Aqueles animais que ovularam a menos de 5 dias não manifestarão cio – não tem um corpo lúteo responsivo a prostaglandina – não manifestarão estro. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 O útero, para ser estimulado a liberar prostaglandina, ele precisa de uma preparação de progesterona, pois esses níveis de progesterona alto fazem com que se acumule GnRH e LH, para que haja um pico de liberação para que ocorra a ovulação. No gráfico, quanto mais velho o oócito menor a capacidade. Isso diminui, mas não diminui drasticamente até 9 dias. 7 dias utilizando progesterona para que quando retirarmos a progesterona esse folículo que vai ovular não seja um folículo velho com baixa eficiência de fertilização. Ovsynch + progesterona CIDR (progesterona intra-vaginal) + GnRH (sincronização, irá ovular) – 7 dias remoção do CIDR e aplicação de prostaglandina (corpo lúteo responsivo) – 9 dia aplicação de GnRH – inseminação artificial 12-16h após. No pós-parto há uma tendência de crescimento menor dos folículos, demorando mais para o folículo atingir um diâmetro responsivo a GnRH e LH. Dados de diâmetro folicular ao longo de dias que estava com dispositivo intra- vaginal. Aplicação de GnRH (para ovulação e formação de um novo corpo lúteo)– 7º dia aplicação de prostaglandina (corpo lúteo responsivo; lise do corpo lúteo, queda da progesterona e ovulação) – 9º dia aplicação de GnRH (sincronizar a ovulação) – inseminação artificial 12-16h depois sem observar estro. Ovsynch. IATF. Sincronização com progestágenos: CIDR – 6 dias aplicação de prostaglandina – 7º dia remoção do CIDR (maior número de animais com folículos de mesmo diâmetro; não necessariamente tem corpos lúteos entrando em luteólise; ao tirar ainda tem progesterona endógena – sem ovulação; por isso se aplica prostaglandina um dia antes – maior numero de animais com estro) – detecção do cio e inseminação artificial. 70% de animais em cio em 5 dias. 3% de touros. Cai níveis de progesterona – níveis de LH sobem rapidamente. ReproduçãoReprodução D A T A 1 3 - 0 8 - 2 0 2 1 Esquema da estacionalidade reprodutiva em ovinos: Aplicação de eCG no dia 6 – folículo esteja maior e mais responsivo. A resposta com mais eficiência se dá em folículos com 12mm. eCG estimular crescimento final sem estimular super ovulação. Retirada dos terneiros no dia de aplicação de GnRH – pois podem estimular a diminuição do GnRH endógeno. Sincronização de cios com progestágenos em ovinos dentro e fora da estação reprodutiva: Preparação de Rufiões:
Compartilhar