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Contenção química em animais silvestres

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Maria Carolina B. de Castro 
CONTENÇÃO QUÍMICA EM ANIMAIS SILVESTRES 
• A contenção é a restrição dos movimentos em plena consciência do animal. Pode ser 
física ou química. 
• Muitas vezes a contenção física precede a contenção química. 
- Fatores que determinam o procedimento de contenção: diferença na abordagem 
entre espécies, potencial para causar injúrias/mecanismos de defesa, extrema 
sensibilidade ao estresse, particularidades anatômicas, fisiológicas e metabólicas. 
• A seleção do método de contenção prima pela segurança do paciente e da equipe, 
realização adequada do procedimento e recuperação adequada do paciente. 
- Escolha do protocolo anestésico: deve levar em consideração a espécie 
(comportamento, sensibilidade ao estresse, habilidade de defesa, reação de luta ou fuga e 
técnica de abordagem), estado geral do paciente (condição clínica, qualidade das 
informações da anamnese, localização do paciente e parâmetros possíveis de serem 
conhecidos, sejam eles clínicos ou laboratoriais), objetivo do procedimento (a razão da 
contenção, podendo ser avaliação clínica, cirurgia, transporte, captura...), o tipo de 
fármaco utilizado (protocolo deve ser adequado para aquela espécie, indivíduo e objetivo 
do procedimento, experiencia com o uso do protocolo, adequação do protocolo ao uso de 
equipamentos a distância se necessário, associações farmacológicas sinérgicas que 
facilitem o procedimento), período anestésico necessário (realização do procedimento de 
maneira que ofereça segurança ao animal e a equipe, conhecimento da farmacodinâmica 
do anestésico e do animal), grau de analgesia (relacionado ao objetivo da contenção). 
 
Contenção química de aves 
• Diversidade de tamanho e formas de defesa. 
• Presença de ossos pneumáticos, fusão de partes ósseas, não possuem diafragma, 
cavidade celômica única, respiração do tipo folley. 
• Cavidade nasal diferenciada de espécie para espécie. 
• Não possuem epiglote. 
• Traqueias diferentes, com diferentes comprimentos. 
• Presença da siringe. 
- Cuidados pré-anestésicos: anamnese e avaliação clínica, exames laboratoriais, período 
de recuperação respiratória, desidratação (fluidoterapia, cancelar procedimentos com 
hematócrito menor que 20%), jejum (2h P/ 2 a 4h M/ 6h G) mas lembrar do risco da 
hipoglicemia e anestesia prolongada, pesagem. 
- Vias de aplicação: intravenosa (acesso imediato, atuação emergencial, alguns fármacos 
só tem utilização por essa via, cuidar com a fragilidade de manutenção em alguns casos), 
intraóssea (acesso pra fármacos não oleosos, mais utilizada para fluidoterapia, absorção 
rápida, nas aves a ulna é a via de escolha, lembrar da contraindicação de ossos 
pneumáticos), intramuscular (deve-se evitar a musculatura dos membros pélvicos por 
conta do sistema porta renal, frequentemente utilizada musculatura peitoral), inalatória 
(bastante utilizada, fazem troca gasosa pelos capilares aéreos, que são mais eficientes que 
os alvéolos tornando a absorção e eliminação dos fármacos mais rápida). 
 
 
 
Contenção química dos répteis 
• Sistema respiratório com estrutura diferente, ausência de diafragma, cavidade celômica 
única, anéis traqueais completos em alguns e incompletos em outros, pulmões alongados 
(especialmente nas serpentes), presença de estruturas saculares semelhantes aos sacos 
aéreos. 
• Visualização facilitada da glote. 
• Capacidade anaeróbia por longos períodos em algumas espécies. 
• Crocodilianos tem o flap epiglotal ou prega palatal.

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