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CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS

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CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS 
 
A pele é o maior e o órgão mais pesado que existe. Ela constitui 8% do peso corporal e 
é composta por três camadas: epiderme (mais externa), derme (intermediária) e 
hipoderme (mais profunda). 
A pele é também composta por: 80% de Colágeno tipo I + 20% de Colágeno tipo III 
 
FUNÇÕES: Isolamento; Regulação da temperatura; Sensibilidade; Imunidade; Síntese 
de Vitamina D 
 
FERIDAS AGUDAS 
Podem ser: lacerações, perfurações, abrasões, avulsões, amputações. 
3 técnicas de tratamento: 
➔ Primeira intenção: sutura direta 
➔ Segunda intenção: deixada aberta para granular 
➔ Terceira intenção: deixada aberta por alguns dias e depois sutura 
 
FASES DA CICATRIZAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
INFLAMATÓRIA: inicia no momento da lesão até 48h – dura de 1 a 4 dias 
Características: presença de secreção (exsudato), edema (inchaço), vermelhidão e 
dor. 
 
Vasoconstricção inicial: os vasos lacerados contraem-se no local da lesão, então o 
subendotélio é exposto, as plaquetas aderem, agregam e formam o tampão hemostático 
inicial. 
Vasodilatação: depois da hemostasia, os vasos locais dilatam secundários aos efeitos 
de coagulação e cascatas de complemento. A bradicinina é um potente VD e fator de 
permeabilidade vascular, que é gerada pela cascata da coagulação. A cascata do 
complemento gera as anafilotoxinas C3a e C5a, que aumentam diretamente a 
permeabilidade dos vasos sanguíneos e atraem os neutrófilos e monócitos para a ferida. 
PROLIFERAÇÃO – inicia em 2-3 dias da lesão e pode durar até 3 semanas 
Características: formação do tecido de granulação (caracterizado por seu aspecto 
carnudo vermelho e está́ presente em feridas abertas) e é uma população densa de 
vasos sanguíneos, macrófagos, e fibroblastos, incorporados em uma matriz provisória 
frouxa de fibronectina, ácido hialurônico e colágeno. 
Neovascularização: 
➔ Lactato elevado 
➔ Baixa tensão de oxigênio 
➔ Baixo PH 
➔ Fatores de crescimento (VEGF – FGF-2) 
 
REMODELAGEM / MATURAÇÃO iniciam com 3 semanas – até um ano 
Características: o tom da nova pele passa de vermelho escuro para rosa claro. O tecido 
formado na fase anterior é remodelado para aumentar a resistência. As fibras são 
realinhadas para melhorar o aspecto da cicatriz. 
Resistência da ferida: aumenta rápido de 1 a 8 semanas após o ferimento e 
correlaciona-se com a cruzamento de colágeno por lisil-oxidase. 
Contudo, a resistência à tração da pele ferida na melhor das hipóteses atinge apenas 
cerca de 80% daquela da pele íntegra 
➔ 7 dias – 20% 
➔ 90 dias – 70% 
➔ 1 ano – 80% 
 
Tipos de colágeno e sua localização: 
Tipo I: pele, tendão e cicatriz madura 
Tipo II: cartilagem 
Tipo III: vasos sanguíneos e cicatriz imatura (colágenos fetal) 
Tipo IV: membrana basal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos do corticoide na cicatrização: 
➔ Anti-inflamatório: deixa a fase inflamatória mais curta, consequentemente 
inibindo a síntese de colágeno 
➔ Inibem os macrófagos, dificultando a proliferação de fibroblastos 
➔ Estimula a colágenase, que degrada o colágeno 
 
Vitamina A: restauram os efeitos deletérios dos corticoides, endovenoso ou tópico. Se 
fizer vitamina A 50.000 U corta o efeito deletério do corticoide. Ideal fazer 1 mês antes. 
Vitamina C: essencial para hidroxilação da lisina e prolina, formação da fibra colágena. 
Penicilamina: quelante de cobre. Impede a polimerização do colágeno, por tornar as 
pontes de H+ mais fortes, dificultando a formação de tropocolágeno. 
Colchicina: interfere a secreção de precursores do colágeno e estimula a colagenase. 
 
 
FERIDAS CRÔNICAS 
Feridas que não cicatrizam em 4 semanas e que não apresentam redução de 20- 40% 
de sua área após 2-4 semanas de tratamento ideal. 
 
FATORES DE RISCO: 
Tabagismo: Principalmente por 3 toxinas – nicotina, monóxido de carbono e cianeto 
Obesidade: Dificuldade de cicatrização independente do controle da glicose 
Infecção: Resulta em liberação de moduladores pró-inflamatórios, com dor e não 
cicatrização, e aumento da morbimortalidade dos pacientes. 
 
As feridas crônicas possuem uma flora colonizadora que muda com o tempo: 
- inicialmente: S. aureus e estafilo coagulase negativo 
- úlceras crônicas na perna: S. aureus, Enterococcus faecalis, Pseudomonas, estafilo 
coagulase negativo, Proteus, anaeróbios 
- internação, cirurgia e ATB amplo ou prolongado: S. aureus MARSA, enterococo res. 
Vanco 
 
Desnutrição: 
Hipoproteinemia: aumenta risco de deiscência de feridas 
Vit. C (ácido ascórbico): essencial para hidroxilação de lisina e prolina, na formação de 
fibra colágena. Sua deficiência causa Escorbuto. 
Vit. A (ácido retinóico): A necessidade de vitamina A aumenta após a lesão, então é 
indicado para pacientes gravemente feridos e usuários crônicos de corticoide. 
Vit. B6 (piridoxina): prejudica a reticulação do colágeno 
Vit. B1 (tiamina) e Vit. B2 (riboflavina): deficiência do reparo da ferida 
Zinco: sua deficiência é associada a má epitelização e feridas crônicas 
 
Úlceras dos MMII: 
Úlceras venosas: principal causa de feridas crônicas 
Quimioterápicos: Atuam sobre as células em divisão, retardando a cicatrização. 
Radiação: A lesão do DNA dessas células prejudica sua capacidade de divisão. O tecido 
irradiado apresenta lesão celular endotelial resultando em atrofia, fibrose e reparo 
tecidual precário. 
Corticoide: Reduzem a fase inflamatória, a síntese de colágeno e a contração da ferida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPÇÕES TERAPÊUTICAS: 
Fita de silicone: agem aumentando a temperatura da cicatriz, levando a um aumento 
da ação de proteínas como a colagenase. Diminui a perda de água, levando a uma 
hiperidratação local, e consequente diminuição nas citocinas inflamatórias. 
Malhas de compressão: agem comprimindo, causado hipóxia por oclusão vascular e 
diminuição da síntese de colágenos e número de mastócitos. 
Corticoide intralesional: tratamento de primeira linha para queloide. Tem efeito direto 
na síntese de colágeno, e reduz agentes inibidores da colagenase. 
 
EXCISAO E SUTURA: inclui esteroides intralesionais, lâminas de silicone e terapia de 
pressão, é uma alternativa de tratamento razoável. 
ZETAPLASTIA: transferência de pele excedente e localizada lateralmente a cicatriz no 
sentido de alongar o percurso da linha da cicatriz. Os retalhos devem ser posicionados 
com menor descolamento possível, sendo o alongamento obtido dependente do ângulo 
utilizado na confecção dos triângulos.

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