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Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO O processo penal se inicia com o oferecimento da peça acusatória, ou seja, o oferecimento da denúncia ou queixa. A denuncia tem seus requisitos no art. 41 do CPP. - Requisitos formais e intrínsecos, se faltar os elementos essenciais a denúncia ou queixa não poderá subsistir Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas - Facultativo, o rol das testemunhas. Pode ocorrer de fazer a indicação errada do tipo penal do crime que você em tese tenha cometido. Exemplo = tem as peças informativas, as provas para propositura da ação penal. Estava lá a descrição de um fato que em tese seria uma extorsão mediante sequestro, você faz a descrição como sendo uma extorsão mediante sequestro, quando você vai fazer a tipificação do artigo, coloca o artigo de extorsão normal ou cárcere privado. A errônea tipificação não vai inviabilizar a denúncia ou queixa. OBS.: o réu se defende do fato que lhe é imputado, não do crime. Em tese, tem como requisitos essenciais: - descrição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias: atenuantes, agravantes, qualificadoras, privilegiados. - a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo. Uma vez que há um oferecimento da denuncia ou queixa, inicia-se o processo penal. - oferecimento da denuncia ou queixa é o protocoloco; o legitimado seja o membro do MP ou querelante, faz a descrição do fato criminoso e leva ao conhecimento da justiça esse fato. Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Uma vez que a denuncia ou queixa seja oferecida, e chega ao gabinete do magistrado, onde tem acesso a denuncia ou queixa bem como as provas que se subsidiem, ele fará o 1º juízo de admissibilidade da ação penal. - ele vai ver se a ação penal cumpre os requisitos mínimos estabelecidos em lei, e também se esta ação penal não está presente em qualquer um dos elementos que autorizam a rejeição da peça acusatória ou vestibular acusatória. Requisitos para que uma denuncia ou queixa pode ser rejeitada – art. 395 Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I – for manifestamente inepta; - é aquela denuncia ou queixa que não possui o mínimo de coerência, principalmente, na descrição do fato e na indicação do possível acusado. - o juiz faz o juízo de admissibilidade acerca da petição inicial para saber se está todos os requisitos, estando presentes o juiz deverá aceitar essa inicial e triangulizar a relação processual, mandando citar o réu. - a denuncia ou queixa oferecida precisa ter os requisitos mínimos de viabilidade. II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa causa para o exercício da ação penal. - JUSTA CAUSA = diz respeito ao lastro probatório mínimo. Denuncia genérica ocorre em 2 tipos de crimes: - multitudinários = crimes que são cometidos por várias pessoas em multidões geralmente. Ex.: arrastões. - societários = várias pessoas que se associam para a pratica de crimes, como organizações crimonosas. Nesse caso, a jurisprudência do STJ e STF admitia a denuncia genérica. - denuncia genérica = imputar genericamente a mais de uma pessoa a pratica de uma infração penal. Jurisprudência dominante (final de 2017 decidiu) – não se admite denuncia genérica de forma a impossibilitar ou dificultar o direito de defesa. Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto - toda denuncia ou queixa, tem que conter uma narração de fatos minimamente viáveis a possibilitar o direito de defesa. - a narração dos fatos na denuncia em casos de crimes multitudinários ou societários, devem conter uma descrição mínima do fato de forma a possibilitar o exercício do direito de defesa. É admissível denuncia genérica? - sim, segundo a jurisprudência do STF, a denuncia pode ser admitida caso haja a descrição mínima dos fatos (ou do fato criminoso) apta a viabilizar o direito de defesa. - continua sendo admitida, DESDE QUE ela possibilite o acusado se defender. A decisão da denuncia ou queixa é uma sentença terminativa. - Quer dizer que ela não adentra no mérito. - Pode novamente o titular, sanando essa falha dentro das hipóteses em que não ocorre as hipóteses de extinção de punibilidade, manejar novamente a ação penal. Da decisão, de natureza interlocutória, que recebe a denuncia ou queixa não cabe recurso. - pq nesse momento, tanto para o recebimento quanto para regular o processamento da ação penal, vige o principio do pro societário = na duvida deve o magistrado aceitar a denuncia e proceder o regular processamento da denuncia ou queixa, para que a posteriori, caso não haja provas, aplicar o in dubio pro reo. - era pra o juiz rejeitar a denuncia ou queixa, o juiz não rejeita, da decisão não cabe recurso, só tem uma coisa a se fazer: habeas corpos trancativo. Uma vez que o tribunal reconheça a existência uma dessas hipóteses da rejeição da denuncia o HC é meio idôneo, podendo trancar a ação penal. - se ao invés de aceitar a denuncia, o juiz rejeitar a denuncia, cabe recurso em sentido estrito dessa decisão. Caso seja no procedimento ordinário ou sumário. Caso no procedimento sumaríssimo = a decisão que rejeita denuncia ou queixa cabe apelação. Pq os únicos recursos que são aceitos é apelação e embargos de declaração. Uma vez que o juiz recebe a denuncia ou queixa, inicia-se o processo penal. Nesse caso o juiz mandará citar o réu. Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto - a citação do reu/do acusado, deve sr feita via de regra na forma pessoal = vai ao oficial de justiça, entrega o mandado de citação, a contrafé da denuncia ou queixa. Duas modalidade de citação ficta: Também tem a citação por hora certa= cabível sempre que o oficial de justiça tentar citar 2x o acusado e haver suspeita de que ele está se escondendo para não ser citado, dai ele vai informar aos familiares ou vizinhos que em determinada data e horário, estará ali para entregar ao acusado a citação. Citação por edital = cabível sempre que o reu se encontre em local incerto e não sabido, seja território nacional ou estrangeiro. OBS.: se o réu for de território estrangeiro e vc souber onde ele se encontra, não é cabível por edital, mas carta rogatória. - 1º Particularidade - é por excelência citação ficta. Caso o reu seja citado por edital e ele nem comparece, nem constitui defensor, no art. 366 o juiz poderá nesse caso determinar a suspensão do processo e do prazo prescricional evitando que o processo prossiga sem o reu, e que depois venha alegar nulidades a posteriori, e suspendendo o prazo prescricional ele evita que essa prescrição ocorra em virtude do reu esta se escondendo para aplicação da lei penal. - se tiver os requisitos da prisão preventiva, ele pode decretar a prisão. - 2º - o STF decidiu por sumula 351 que é nula a citação por edital de pessoa presa na mesma unidade de federação que corre o seu processo. EXEMPLO: um preso em salgueiro-pe com processo em são jose-pe. Essa sumula quer evitar a nulidade do processo pq é uma obrigação do poder judiciário de saber quais são os presos que estão sob a tutela do poder publico. Se ele responder a um processo em juazeiro-ce, a citação do edital nesse caso não é nula. Pq o tribunal de justiça do ce não é obg a saber acerca da pessoa que está presa no estado de pe na cidade de salgueiro. Dentro da citação por oficial de justiça pode ser feita em qualquer lugar. Exceção: 1º - a citação do preso deve ser feita de formapessoal, também comunica que haverá a citação ao diretor do estabelecimento prisional onde ele se encontra recolhido. 2º - citação do servidor publico civil, no caso das intimações principalmente para audiências é necessário não só intimar o servidor publico, como também intimar o chefe para que ele possa reorganizar o cronograma pessoal, e assim em uma audiência ou em qualquer outra hipótese em que o reu deva-se se ausentar, a sua ausência não prejudique a continuidade do serviço publico. 3º - citação dos militares, será feita na pessoa superior hierárquico, o oficial de mais alta patente da qual se encontra subordinado. Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Uma vez que o juiz determina a citação do acusado, seja em qualquer uma das 3 formas, ocorre a resposta escrita a acusação = é a contestação no ambito do processo penal. - ação penal publica = resposta escrita a denuncia - ação penal privada = resposta escrita a queixa Antes da reforma de 2008 - Lei 11689 Defesa prévia = é uma peça simples pelo qual o acusado discordava da imputação que lhe era feita e trazia rol de provas e de testemunhas que ia apresentar. Não se admitia o instituto da absolvição sumária. Assim, a resposta escrita a denuncia servia somente para determinar o rol de testemunhas e outras provas. Depois da reforma Trouxe o instituto da absolvição sumária. Trouxe uma nova peça chamada resposta escrita a acusação – art. 396-A O reu não pode deixar de se defender no processo penal. Não pode haver ausência de defesa no processo penal. Se o reu for citado e não oferecer resposta a acusação atraves de seu advogado, o juiz deve ou nomear um advogado adoque ou fazer o contato perante a defensoria publica para que esta mesma possa fazer a defesa do acusado. A absolvição sumaria será cabível nas hipóteses do art. 397. Em que momento ocorre o recebimento da denuncia ou queixa? - Art. 396 - Art. 399 - Renato brasileiro e a maioria da doutrina = o momento adequado para o juízo de admissibilidade da denuncia ou queixa no procedimento comum ordinário é imediatamente após o oferecimento da peça acusatória e antes da resposta a acusação. Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Da decisão que não absolver sumariamente o acusado cabe recurso? Não! - porém cabe HC trancativo. Da decisão que absolver sumariamente o acusado cabe qual recurso? Apelação, via de regra. Pq no caso no inciso IV, declarada extinta a punibilidade do agente, caberá recurso em sentido estrito, RESE. Art. 581, inciso IX. Se o juiz se omitir (deu uma de doido) na questão de absolvição sumaria, o advogado nesse caso, caberá embargos de declaração. Não sendo hipótese nem de rejeição da peça acusatória e nem de absolvição sumária, o juiz deve designar a audiência de instrução e julgamento no prazo de 60 dias. - Na audiência primeiro é feito o pregão, após o pregão o próprio juiz ou o oficial de justiça ou outro servidor, realizará a cientificação da acusação perante todo lendo-se a denuncia ou queixa. - lida na presença de todos: acusado, testemunha,ofendido, peritos, adv... abre-se a audiência nos termos no art 400 - primeiro a oitiva do ofendido, oitiva das testemunhas acusação e defesa na forma do art. 222, esclarecimento dos peritos, acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, depois interrogatório do(s) acusado(s). OBS.: havendo acusados e um deles serem delator ou colaborador, o reu delatado tem o direito de falar por ultimo pq tem a natureza de testemunha impropria. Caso o juiz inverta essa ordem em alguma coisa - o réu sempre deve ser ouvido por ultimo - se inverter a ordem de qualquer uma das provas, é nulidade de natureza relativa Art. 399 §2º principio da identidade física do juiz - o juiz que prescindiu a instrução é o juiz que vai decidir a causa, salvo nas hipóteses de promoção do juiz, ou substituição de comarca, ou morte do juiz, demição... No rito ordinário o numero máximo de testemunhas é 8 por acusado - 4 acusados = é possível trazer até 8 testemunhas Anotações da aula | Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto - não se contabiliza = declarantes, pessoas que nada sabem da causa Uma vez que a audiência finaliza, o juiz deverá abrir oportunidade para as partes de requererem diligências - 2 hipoteses = 1ª - caso seja requeridas e deferidas pelo juiz, após a diligencias ser dereferida juntada aos autos, o juiz intimará as partes para trazerem suas alegações finais (últimos arrazoados dos suspeitos processuais acerca dos fatos que foram apurados na instrução penal) , prazo de 5 dias pra acusação e 5 pra defesa. OBS.: se o juiz julgar sem as alegações finais = sentença nula Art. 403 2º - as alegações podem ser de forma oral. 20 minutos prorrogáveis por mais 10 pra acusação Caso haja um assistente de acusação, prorrogasse mais 10 minutos. Se só tem MP, a defesa fala até por 30 min. Se houver assistente, a defesa fala até por 40 min.
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