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Sistema ventilatorio

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Sistemas corporais – 22/09 
INTRODUÇÃO 
- fisiologia respiratória 
- a fisiologia respiratória envolve todo o ciclo de 
respiração e ventilação 
- sistema respiratório ≠ sistema ventilatório 
- respiração x ventilação: 
 Respiração: processo metabólico realizado pelas 
células e mitocôndria; obtenção de ATP 
 Ventilação: ato mecânico de inspirar e expirar; 
troca gasosa nos pulmões 
- freqüência ventilatória comum: de 16 a 20 incursões 
(inspiração e expiração)/minuto, numa situação de 
repouso onde não há atividade física 
- inspiração: ação mais curta e processo ativo (gasta 
energia) 
- expiração: ação mais longa (em repouso) e processo 
passivo teoricamente (porém em atividade física, por 
exemplo, a expiração será um processo forçado e 
portanto não será passivo) 
- divisão anatômica: 
 vias aéreas SUPERIORES→ cavidade nasal, 
traquéia e brônquios; não há troca de gases 
nessas vias 
 vias aéreas INFERIORES → bronquíolos e 
alvéolos; há troca gasosa nessas vias 
- também é dividido em zonas: 
 zona CONDUTORA → traquéia, brônquios e 
bronquíolos 
 zona RESPIRATÓRIA → bronquíolos 
respiratórios, ductos alveolares e sacos 
alveolares 
PULMÕES 
- rico em células epiteliais e cartilaginosas 
- o epitélio alveolar e bronquiolar é extremamente 
vascularizado e tem capacidade de suportar uma grande 
quantidade de gases 
- possuem capilares para a troca gasosa que envolvem 
os alvéolos 
- os alvéolos expandem e regridem a todo momento por 
causa da respiração 
- o que garante que os alvéolos façam esse movimento 
perfeitamente é uma substância chamada de 
SURFACTANTE 
- o surfactante é como se fosse um óleo que faz com 
que os brônquios e alvéolos não “colem” na mecânica 
respiratória 
- mantém a parede dos alvéolos e bronquíolos lubrificada 
- esse surfactante da a garantia de vida ao bebê 
quando ele nasce 
- se a quantidade de surfactante for pequena quando o 
neném nascer vai precisar por ele na incubadora 
- bebê prematuro não tem muito surfactante 
- com o passar do tempo o bebê irá produzir essa 
substância naturalmente e irá sair da incubadora 
- desenvolvimento pulmonar: 
 pseudoglandular 
 canalicular 
 saco terminal 
 alveolar 
 
 
 
 
 
- o desenvolvimento pulmonar é ate 8 anos de idade 
 
- pleura: uma membrana dupla que recobre todo o 
pulmão e a caixa torácica; é constituída de líquido que 
possui como função proteger contra atritos 
VIA AÉREA INFERIOR 
- bronquíolos e alvéolos 
- há troca gasosa nesta via 
- células importantes: pneumócito tipo 1 → célula 
estrutural, faz troca gasosa, forma a berreira hemato 
alveolar; pneumócito tipo 2 → produtora de surfactante; 
- correlação clínica: 
 prematuros: nascem com falta de ar, cianóticos, 
síndrome de angústia respiratória aguda por 
falta de pneumócito tipo 2 
 edema agudo de pulmão: presença de líquido 
entre capilar e pneumócito; sintoma – dispnéia, 
pois não há troca gasosa 
 espaço morto: volume das vias aéreas e dos 
pulmões que não participa da troca gasosa, ou 
seja, um volume de ar que não faz troca gasosa 
VIA AÉREA SUPERIOR 
- cavidade nasal, traquéia e brônquios 
- cavidade nasal possui muco para filtração do ar 
- traquéia possui cílios e muco para retirar as impurezas 
- brônquios faz o aquecimento do ar 
- no fumante há perda de cílios da traquéia pois a 
fumaça aumenta a temperatura da mucosa que perde a 
capacidade de filtrar os detritos, o que leva a produção 
de muco mais espesso e ao pigarro 
VOLUME DE AR 
- volume corrente normal (VCN): é o ar inspirado ou 
expirado em cada ciclo normal de um adulto jovem – 
500mL ou 0,5L 
- volume reserva inspiratório (VRI): o volume do ar inalado 
forçadamente além dos 500mL do VCN e é igual a 
3000mL ou 3,0L 
- volume reserva expiratório (VRE): volume de ar exalado 
por expiração forçada após término de expiração 
normal; além de botar os 3000 que eu inalei para fora 
eu posso ainda por mais 1100mL pra fora, é o volume de 
ar que expirar além 
- volume residual (VR): volume de ar que permanece, é o 
chamado de espaço morto, que é um volume mínimo que 
precisa ficar lá para que o pulmão não “cole” 
CAPACIDADE 
 - capacidade de inspiração e expiração 
- capacidade inspiratória: o máximo de ar que eu posso 
por para dentro na inspiração → VCN + VRI = 3500mL 
- capacidade residual funcional (CRF): ar que permanece 
nos pulmões após a expiração normal → VRE + VR = 
1100 + 1200 = 2300 (máximo que mantém no espaço 
morto) 
- capacidade vital (CV): quantidade máxima de ar 
expelido após enche-los ao máximo e em seguida 
expirado ao máximo → VCN + VRI + VRE = 500 + 
3000 + 1100 = 4600mL ou 4,6L 
- capacidade pulmonar total (CPT): volume máximo de 
extensão dos pulmões com maior esforço inspiratório 
possível; é o máximo de ar que cabe no pulmão → VCN 
+ VRI + VRE + VR = 5800 (500 + 3000 + 1100 + 
1200) 
MÚSCULOS UTILIZADOS NA VENTILAÇÃO 
- inspiração: diafragma, intercostais externos e internos 
- expiração: diafragma, intercostais externos e internos 
- acessórios: esternocleidomastóideo, escalenos, 
abdominais → vão ajudar na retração do gradil costal 
- a inspiração e expiração vão provocar uma diferença 
de pressão 
- na respiração forçada: 
 inspiração forçada: ação dos 
esternocleidomastóideos e escalenos 
favorecendo o aumento do diâmetro vertical e 
horizontal da caixa torácica, diminui pressão 
intrapulmonar (há o abaixamento do diafragma 
forçando entrada de ar) 
 expiração forçada: ação do reto abdominal e 
oblíquo externo e interno, pressão interna 
aumenta (diafragma é empurrado pra cima pra 
jogar o ar para fora) 
PRESSÃO 
- pressão pleural: pressão do líquido existente no 
estreito espaço entre a pleura pulmonar e a pleura 
da parede torácica; a pressão pleural normal é 
negativa 
- pressão alveolar: é a pressão do ar no interior dos 
alvéolos pulmonares; quando a glote esta aberta e 
não há entrada nem saída de ar dos pulmões, a 
pressão em toda a árvore até os alvéolos é igual a 
pressão atmosférica, ou seja, 0cm H20 
- pressão transpulmonar: é a diferença de pressão 
entre a pressão dos alvéolos e a pressão pleural 
- o ar segue a lei da termodinâmica, vai de onde tem 
mais pressão para onde tem menos 
PATOLOGIAS 
- pneumotórax: entrada de ar no espaço pleural 
- acontece uma perfuração 
- quando fechado o ar advém do espaço alveolar 
- quando aberto o ar advém de fora, de lesões na 
caixa torácica (faca ou costela quebrada) 
- hemitórax e hidrotórax: entrada de sangue e água 
- pneumonia: inflamação/infecção pulmonar onde há 
um aumento na produção de secreção 
- tuberculose: o bacilo de Koch se instala no 
parênquima do ápice e região intermédia, há 
dificuldade para realizar trocas gasosas por causa 
do muco 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
- trocas gasosas (O2 e CO2) 
- transporte de gases 
- conversão da enzima (ECA no endotélio dos capilares) 
- filtro imunológico/inflamatório 
- equilíbrio ácido/base 
- fonação (ato de falar) 
- o pulmão é o único local do corpo no qual os capilares 
sanguíneos entram em contato direto com a atmosfera 
EFEITO BOHR 
- é o aumento de afinidade da hemoglobina ao oxigênio 
causada pela adição de dióxido de carbono ao sangue a 
fim de regular a acidez de novo 
- se o sangue aumentar sua quantidade de CO2, o 
sistema fisiológico é capaz de se adaptar a essa acidez 
- tendência do oxigênio de deixar a corrente sanguínea 
quando a concentração de dióxido de carbono aumenta 
TRANSPORTE SANGUÍNEO DOS GASES 
- oxigênio: 
 gás pouco solúvel em água 
 nas condições do alvéolo pulmonar !L de água 
vai dissolver apenas 2mL de O2 
 se o corpo dependesse de O2 dissolvido, o 
volume de sangue bombeado deveria ser muito 
maior 
 a maioria das espécies desenvolveu meios de 
aumentar a quantidade de O2 transportada 
pelo sangue 
 quanto mais O2 puder ser captado, menos 
sangue precisa ser bombeado pelo coração o transporte e armazenamento de O2 pela 
hemoglobina é conhecido como oxigenação e 
não oxigenação 
 o O2 dissolvido é apenas 2% do total do 
sangue 
- variantes da hemoglobina: 
 metaglobina: não se liga ao O2 
 hemoglobina fetal: tem maior afinidade pelo O2, 
facilitando o movimento de O2 da mão para o 
feto 
 hemoglobina s: causa a doença falciforme, a 
afinidade é diminuída e pode gerar oclusão de 
pequenos vasos 
- o O2 é carregado para dentro do sangue dos 
capilares pulmonares e descarregado dos capilares 
sistêmicos para os tecidos 
- nos valores mais altos de PO2 (arterial sistêmico) a 
afinidade da hemoglobina pelo O2 é maior 
- nos valores menores de PO2 (sangue venoso) a 
afinidade é menor

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