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Métodos de análise de alimentos: Weende e Van Soest

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC
Curso de Medicina Veterinária
Métodos de análise de alimentos 
 
 Métodos de análise de alimentos: Weende e Van Soest
 
 LUIZ FERNANDO CRUZ BARBOSA
luizferh17@gmail.com
 
 
 
 
 
 
Gama-DF
2021
Luiz Fernando Cruz Barbosa
Métodos de análise de alimentos: Weende e Van Soest 
Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina Nutrição animal do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.
Gama-DF
2021
Luiz Fernando Cruz Barbosa
	Em 1864, na Estação Experimental de Weende, na Alemanha, Henneberg e Stohmann cientistas alemães, desenvolveram um método inovador, denominado "método de Weende”, que possibilitou fazer o fracionamento, a análise e avaliação da qualidade de qualquer alimento e fazendo a divisão deles em seis frações, matéria seca, cinzas, extrato etéreo, fibra bruta, proteína bruta e extratos não nitrogenados. Esse método foi utilizado por muito tempo, porém ela não explicava a constituição química, principalmente das frações de fibra bruta (carboidratos), fazendo com que em 1967, na Universidade Carroll, em Wisconsin (EUA), o professor Peter J. Van Soest, criasse um novo método, chamado “método de Van Soest”, para a análise de frações fibrosas dos alimentos, esse método utiliza principalmente a fibra em detergente neutro e a fibra em detergente ácido.
O método de Weende, é feito do seguinte modo: primeiramente se retira a umidade do alimento, podendo ser utilizado o método de secagem em estufa, que por consequência se torna matéria seca, em seguida é levada para combustão total, retirado a matéria inorgânica, fazendo com que sobre apenas as cinzas, e se obtém o material orgânico. A partir do material orgânico são retirados os compostos nitrogenados, a proteína bruta, restando os compostos não nitrogenados e dele se removia o extrato etéreo, restando por fim, os carboidratos podendo ser divididos em carboidratos de difícil digestão, que é denominada de fibra bruta, e os carboidratos de fácil digestão, que são os extrativos não nitrogenados. Nesse método essas frações não são quimicamente definidas, mas sim em grupos de compostos químicos. 
O valor da proteína bruta é determinada através do conteúdo do nitrogênio total utilizando o método de Kjeldahl, o método é feito em três etapas: digestão, destilação ou neutralização e a titulação, na titulação onde é possível adquirir teor de nitrogênio total. Obtido o teor de nitrogênio é utilizado um cálculo para determinação do teor de proteína bruta, feito por meio da multiplicação do teor de nitrogênio pelo fator de conversão (é utilizado 6,25 como fator de conversão), tendo assim a fórmula: %PB= %N x 6,25 (fator de conversão).
O método de Van Soest é mais utilizada para estabelecer a qualidade das forrageiras, pois a célula vegetal apresenta duas partes, a parede celular, são encontrados componentes de difícil digestão como as proteínas insolúveis, celulose, lignina e hemicelulose e no conteúdo celular são encontrados os componentes que são solúveis em água, como: açúcares solúveis, pectina, amido, entre outros. Desse modo, para alcançar o fracionamento dessas fibras, são utilizados detergentes neutros, que vão ser capazes de solubilizar diversos componentes, mas os que não forem solubilizados vão aparecer em forma de resíduo que iram ser chamados de fibra de detergente neutro (principalmente a celulose, hemicelulose e lignina), após isso é utilizado um detergente ácido para agir sobre a fibra de detergente neutro, fazendo com que a hemicelulose seja capaz de ser solubilizada, gerando um resíduo chamado de fibra de detergente ácido, em seguida é adicionado o ácido sulfúrico que vai ser capaz de tornar a celulose solúvel em água formando um resíduo designado de lignina em detergente ácido. 
Deste modo, no ramo da bromatologia, esses métodos são utilizados até nos dias de hoje em muitos laboratórios, principalmente na área de agronomia e nutrição animal. Porém as informações concebidas pelo método de Weende são insuficientes para nutrir de maneira adequada um animal e insatisfatórias para obtenção de carboidratos, como por exemplo na alimentação de ruminantes, que nas forragens (que são volumosos), apresentam alto teor de fibra, tornando o método de Weende não indicado. Já o método Van Soest é mais utilizado em laboratórios de nutrição animal por demonstrar a solubilidade dos componentes das células vegetais agindo em diferentes faixas de pH. Esse método é mais utilizado na nutrição de ruminantes pela necessidade da ingestão de alimentos volumosos, que tem alto teor de fibras (celulose, hemicelulose e lignina).
Diante do exposto, na época atual, é visto a necessidade das metodologias de Weende e Van Soest para que a análise de alimento forneça todos os dados suficientes, pois tanto o método de Weende como o de Van Soest trazem informações satisfatórias sobre a composição química dos alimentos na nutrição animal. 
CONCLUSÃO
	A importância da bromatologia é de extrema importância para a nutrição animal, porque é notório que a dieta do animal afeta diretamente a sua saúde. Os métodos de Weende e Van Soest são utilizados em laboratórios de bromatologia, principalmente na área de agronomia e nutrição animal. Os dois métodos juntos fornecem informações de componentes químicos presentes nos alimentos, fazendo com que a alimentação dos animais seja equilibrada e de ótima qualidade.
REFERÊNCIAS 
FUKUSHIMA, Romualdo Shigueo; SAVIOLI, Nancy Maria de Fátima. Correlação entre digestibilidade In vitro da parede celular e três métodos analíticos para a avaliação quantitativa da lignina. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 30, n. 2, pág. 302-309, 2001.
BERCHIELLI, Telma Teresinha et al. Avaliação da determinação da fibra em detergente neutro e da fibra em detergente ácido pelo sistema ANKOM. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 30, n. 5, pág. 1572-1578, 2001.
DE SOUZA, Gilberto Batista; NOGUEIRA, Ana Rita de Araujo; SUMI, Lourdes Mitsuko; BATISTA, Luiz Alberto Rocha. 4. ed. Método alternativo para a determinação de fibra em detergente neutro e detergente ácido. São Paulo: Embrapa Pecuária Sudeste, 1999.
RODRIGUES, Ruben Cassel. Métodos de análises bromatológicas de alimentos: métodos físicos, químicos e bromatológicos. Embrapa Clima Temperado-Documentos (INFOTECA-E), 2010.
DAMASCENO, Talita Leonardi; CAPINUS, Alessandra; DE OLIVEIRA, Ana Claudia Toleto; ROCHA, Augusto; MAGGI, Gabriel; CASTAGNARA, Deise Dalazen. Alimentos analisados com mais frequência e oscilações presentes em suas composições. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 11, n. 3, 2020.
SALMAN, Ana Karina Dias; FERREIRA, Angela Cristina Dias; SOARES, João Paulo Guimarães; DE SOUZA, Josilane Pinto. 1. ed. Metodologias para avaliação de alimentos para ruminantes domésticos. Porto Velho: Embrapa Rondônia-Documentos (INFOTECA-E), 2010.

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