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COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS BIOFILMES DENTÁRIOS

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Agente etiológico etiológico primário da cárie dentária e doenças
periodontais (biofilme acumulado) 
Comunidade de micro-organismos organismos aderida a uma
superfície 
Espacialmente organizados em uma estrutura tridimensional inclusa 
em uma matriz de material extracelular derivado dos próprios 
 micro-organismos e do ambiente.
COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E FORMAÇÃO DOS BIOFILMES DENTÁRIOS 
BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA 
TURMA 115 ODONTO
BIOFILME DENTÁRIO: filme
biológico (emaranhado de micor-
organismos) que se organiza sobre
os dentes 
 
OBS: substituição (nomemclatura)
de "placa bacteriana" por
biofilme
lente de contato
catéter
rochas
minas
Outros Ambientes:
superfície dura que não
descame, úmido e sem
higeinização
Composição do Biofilme Dentário:
Biofilmes Sintéticos: não naturais
restaurações e coroas protéticas, próteses removíveis totais ou
parciais, aparelho ortodôntico e superfícies de implantes bucais e
restaurações inadequadas
OBS: Os biofilmes dentários se desenvolvem naturalmente e são
geralmente considerados benéficos ao hospedeiro, devido a sua
capacidade de prevenir a colonização por microrganismos exógenos
Diversidade e alto número de
“animálculos”(micro-organismos) presentes
em raspagens coletadas de dentes
humanos
“Apesar de tudo, meus dentes não ficam assim
tão limpos, mas o que adere em alguns dos
meus anteriores e caninos ou entre eles
cresce é um pouco de material brancacento,
da consistência de manteiga. Examinando este
material concluí (embora não verificasse nada
em movimento no mesmo) que lá ainda
existiam animálculos vivos.” 
Biofilme Dentário X Matéria Alba 
-Bactérias não aderidas ao dente, células de descamação, leucócitos e restos
alimentares. 
-Deslocada por jatos água/ar.
-Estrutura interna não é regular.
SUPRAGENGIVAL: sobre as coroas dentárias (superfície lisa e fissuras) 
SUBGENGIVAL: Sulco gengival e bolsa periodontal 
Biofilme Dentário X Cálculo Dentário
- Resulta da mineralização do biofilme e a estrutura favorece a sua deposição.
língual dos incisivos anteriores
vestibular dos molares superiores
língual dos molares inferiores
maior [ ] de íons = maior probabilidade de cálculo
Estudos sobre os Biofilmes: 
Anton van Leeuwenhoek, 1683
W. D. Mille (pai da microbiologia oral)
Cárie ocorre com maior frequência em
regiões do dente que favorecem retenções
“mecânicas” .
Williams (1897)
acúmulos bacterianos com adesividade
semelhante à gelatina recobre lesões
incioientes de cárie dentária
Black (1898)
placa microbiana gelatinosa
ducto de glândulas salivar: acúmulo de íons
cárie
doenças periodontais
Formação e Estrutura do Biofilme Dentário:
 Proteção contra a defesa do hospedeiro e predadores 
Proteção contra o ressecamento 
Alta resistência ou tolerância a agentes antimicrobianos 
Expressão de novos genes e fenótipos 
Patogenicidade aumentada
Persistência e retenção de micro-organismos em sistemas de
fluxo: ARQUITETURA ABERTA 
Heterogeneidade espacial e ambiental 
Alta concentração de nutrientes na interface líquido-
superfície 
Sensores de quorum (quorum sensing): induzida por
micromoléculas: autoindutores
Propriedades Gerais do Biofilme Dentário:
Formação da Película Adquirida do Esmalte (PAE) 
Aderência de células bacterianas simples (0-4 h) (TRANSPORTE 
 MICRO-ORGANISMOS E ADESÃO INICIAL REVERSÍVEL E
COLONIZADORES PIONEIROS E ADESÃO FORTE) 
Multiplicação das bactérias aderidas formando microcolônias (4-24 h) 
Coagregação e Sucessão microbiana (1-14 dias)
(COAGREGAÇÃO/COADESÃO E SUCESSÃO MICROBIANA) 
Comunidade Clímax/Biofilme maduro (2 semanas ou mais)
(MATURAÇÃO BIOFILME E FORMAÇÃO MATRIZ) 
Deslocamento das superfícies
PELÍCULA ADQUIRIDA DO ESMALTE (PAE)
Camada fina e acelular que se forma sobre
o esmalte dentário através da adsorção de
proteínas salivares. 
Se forma sobre a superfície do dente em
minutos a horas. 
 Glicoproteínas salivares, fosfoproteínas,
lipídeos e componentes do fluido gengival. 
Espessura 0,01 a 10 µm
Proteção da superfície do esmalte 
Permeabilidade seletiva ao esmalte 
Aderência de Microrganismos à superfície dentária 
Substrato para microrganismos adsorvidos 
FUNÇÕES:
COLONIZAÇÃO MICROBIANA INICIAL
Streptococcus sanguinis 
S. oralis 
S. mitis
Actinomyces spp. 
Neisseria spp.
Colinizadores Iniciais:
} 56% da microbiota total e 95% dos estreptococos
Colonização Microbiana Inicial
Mecanismos de Aderência Bacteriana
Aderência direta da bactéria à superfície 
Aderência da bactéria a outra que já esteja
previamente aderida à superfície 
Interações Interações Eletrostáticas
Eletrostáticas:
Interações Interações Específicas
Específicas: 
PEC
Fixação ativa de uma bactéria a uma
determinada superfície
- Força de Van der Waals 
- Pontes de Cálcio 
- Pontes de Hidrogênio Hidrogênio 
- Lectinas 
 Micror-oganismos são carregados
negativamente negativamente
enquanto que proteínas ácidas
presentes na PAE irão também
produzir um rendilo de carga negativa. 
Repulsão eletroestática e Atração 
 pela Força de Van der Waals.
Interações Eletrostáticas: 
Força de Van der
Primeira aproximação microbiana à
estrutura dentária. 
Adsorção reversível: 50 a 100 nm de
distância 
Teoria DLVO : Energia de interação
entre dois corpos é a soma da energia
eletrostática de repulsão com energia
de atração 
 Bactérias e PAE têm superfícies com
carga elétrica negativa 
Interposição de íons cálcio presentes 
 na saliva 
“Pontes de União
Pontes de Cálcio
pontes de Ca e de H podem ser responsáveis pelo contato
inicial das bactérias orais com a superfície dentária, mas
existem outras interações adesivas específicas
 Os íons H+ podem promover uma
ligação entre bactérias e GS. 
Polissacarídeos das bactérias podem
se ligar a qualquer radical de
hidrogênio da PAE. 
Ligações múltiplas de hidrogênio:
interação mais forte entre duas 
 superfícies.
Pontes de Hidrogênio
Sacarose = glicose e frutos 
Glicose = glucanos solúvel e insolúvel (MUTANO)
Proteínas que se ligam ao Glucano (Gbp)
Polissacarídeos Extracelulares (PECs):
 Adesinas presentes nas fibrilas e
fímbrias da superfície de bactérias que
interagem com carboidratos da
glicoproteína salivar da PAE. 
Adesinas bacterianas + Carboidratos 
 da película = pontes de união 
Alto grau de especificidade
Interações Específicas: 
Lectinas
une as células bacterianas entre si, 
favorecendo sua colonização na superfície
CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS ADERIDAS
Células se multiplicam sobre a
superfície dentária 
Divisão das bactérias aderidas 
Formação de Microcolônias
COAGREGAÇÃO E SUCESSÃO MICROBIANA
Adesão de novas células bacterianas
da mesma espécie (coagregação
homotípica) e de espécies diferentes
(coagregação heterotípica). 
Troca de população 
Permite a colonização das bactérias
incapazes de se aderir diretamente à
PAE.
COAGREGAÇÃO
Aderência Mediada por PEC 
Mecanismos Homotípicas:
- Importante entre bactérias da mesma
espécie. 
- Agregação de células de S. mutans entre
si pelo Glucano 
- Estreptococos do grupo mutans e 
A. naeslundii. 
heteropolissacarídeo complexo 
composto por glicose, galactose e
n-acetilglicosamina 
Aderência Mediada por constituintes da
saliva e do fluido gengival 
Aderência mediada por constituintes de
superfícies de bactérias de diferentes
espécies 
- Aderência favorecida pela presença de
substâncias na saliva (glicoproteínas e
anticorpos IgA-S) e no exsudato gengival 
(IgG e IgM). 
Mecanismos Heterotípicos:
- Bactérias que não tem capacidade de se
aderir diretamente à superfície do dente 
- Ligações Ligações com espécieis espécieis
previamente aderidas 
- Adesinas de uma espécie + receptores 
 ESPECÍFICOS de outra espécie. 
Bactérias pioneiras criam um ambiente
atrativo para os invasores secundários e
desfavorável para si. 
Comunidade microbiana residente é
substituída por espécies mais adequadas
ao habitat modificado. 
Depósitos bacterianos mais espessos:
redução na concentração de oxigênio troca
de bactérias aeróbias pelas anaeróbias. 
 cocos 
 bacilos e filamentos filamentos
SUCESSÃO MICROBIANA
COMUNIDADECLIMAX
 Após semanas de crescimento não 
 pertubado: inúmeras espécieis
bacterianas. 
Um biofilme dentário maduro formado por
uma comunidade complexa em equilíbrio 
 dinâmico 
Homeostase microbiana: expulsar espécies
invasoras que não estavam previamente
aderidas
Apresenta microrganismos colonizadores
primários e secundários e, também, os
colonizadores tardios. 
Evidenciação de Biofilme Dentário:
Torna-se clinicamente detectável somente
somente após atingir a determinada 
 espessura. 
Evidenciadores, corantes ou reveladores,
que tingem o grupo bacteriano, conferindo 
a este a cor inerente do produto usado,
podendo ser verde, azul, vermelho,
marrom, ouro velho, amarelo ou cor de
vinho. 
O emprego de evidenciadores químicos
para a identificação visual do biofilme é um
recurso educador e motivador do paciente.

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