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• Fatores que alteram o metabolismo dos fármacos - Variação genética - Podemos observar na reação de acetilação: há grupos com ação de acetilado- res lentos e outros rápidos - Um acetilador lento vai metabolizar o fármaco, que necessita dessa reação enzimática, de forma mais lenta. Consequentemente, haverá permanência desse fármaco na corrente sanguínea por mais tempo e maiores as chan- ces de efeitos adversos. Enquanto isso, um acetilador rápido vai metaboli- zar o fármaco de forma mais acelerada e consequentemente sua elimina- ção também será mais acelerada, reduzindo as concentrações plasmáticas mais rapidamente e as vezes não dando tempo de exercer seu efeito far- macológico de modo adequado. - Existem muitos fatores endógenos e exógenos que interferem na constituição genética do indivíduo, o que afeta seu processo de metabolização. - Indução e inibição enzimáticas - São fenômenos que ocorrem no fígado a partir da administração de dois ou mais fármacos ou substâncias concomitantemente. - Inibição: existem vários fármacos capazes de inibir algumas enzimas do sistema do citocromo P450, como os fármacos cimetidina, eritromicina, cetoconazol, quinidina. - Quando o primeiro fármaco chega ao fígado, atua inibindo algumas enzi- mas. Quando o segundo fármaco, que necessite passar pelo mesmo sis- tema enzimático para ser metabolizado, for administrado, não conseguirá ser metabolizado. Com isso, haverá acúmulo do segundo fármaco na cor- rente sanguínea e maior chance de efeitos adversos. - Indução: existem vários fármacos capazes de acelerar a atividade das enzimas hepáticas do sistema do citocromo P450, como o etanol, omeprazole, fenobar- bital, rifampicina, tabagismo. - Quando o primeiro fármaco chega ao fígado, atua acelerando a atividade de algumas enzimas hepáticas. Quando o segundo fármaco é administrado e chega ao fígado, será metabolizado e eliminado de forma mais rápida, o que diminui consideravelmente a sua quantidade na circulação, bem como seu efeito farmacológico. - Por isso etanol pode cortar o efeito do antibiótico. - Esses processos ocorrem quando há administração repetida/contínua das subs- tâncias. - Figura 1: fármacos inibidores do sistema do citocromo P450 x fármacos com o metabolismo inibido em uma administração concomitante - Figura 2: fármacos indutores do sistema do citocromo P450 x fármacos com o metabolismo aumentado em uma administração concomitante - Débito sanguíneo hepático - Pacientes com insuficiência cardíaca severa ou em choque apresentam baixo débito cardíaco, de modo que estimulará o organismo a preservar órgãos nobres em detrimento de demais. Assim, haverá queda no débito sanguíneo hepático - Fatores ambientais - Doenças - São capazes de interferir consideravelmente na metabolização - Exemplos de doenças que interferem: - Hepatopatia - Hepatite, doenças alcóolica do fígado - Fígado gorduroso - Cirrose - Hepatocarcinomas - Idade - Sem grandes diferenças de metabolização entre as faixas etárias, exceto em neonatos e idosos - Neonatos ainda carecem algumas enzimas hepáticas necessárias - Idosos: sistema de metabolização em falência. Expostos a mais tempo aos fármacos. - Sexo - Sem grandes diferenças de metabolização entre homens e mulheres - Exceções: gravidez - gestantes apresentam indução enzimática no 3 a 9 meses da gestação; Contraceptivos orais - podem provocar inibição irre- versível potente de algumas CYPs
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