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Mayra Gonçalves - Os nutrientes não conseguem se difundir rapidamente o suficiente do sangue das câmaras do coração para suprir todas as camadas de células que formam a parede do coração. Por isso, o miocárdio tem a sua própria rede de vasos sanguíneos, a circulação coronariana ou circulação cardíaca. As artérias coronárias ramificam-se da parte ascendente da aorta e cercam o coração como uma coroa circundando a cabeça. Enquanto o coração está se contraindo, pouco sangue flui nas artérias coronárias, porque elas estão bem comprimidas. Quando o coração relaxa, no entanto, a pressão do sangue elevada na aorta impulsiona o sangue ao longo das artérias coronárias até os vasos capilares e, em seguida, às veias coronárias. ARTÉRIAS CORONÁRIAS Duas artérias coronárias, as artérias coronárias esquerda e direita, ramificam-se da parte ascendente da aorta e fornecem sangue oxigenado para o miocárdio. A artéria coronária esquerda passa inferiormente à aurícula esquerda e se divide nos ramos interventricular anterior e circunflexo. O ramo interventricular anterior encontra-se anteriormente ao sulco interventricular anterior e fornece sangue oxigenado às paredes de ambos os ventrículos. O ramo circunflexo encontra-se no sulco coronário e distribui sangue oxigenado às paredes do ventrículo esquerdo e átrio esquerdo. A artéria coronária direita emite pequenos ramos (ramos atriais) para o átrio direito. Ela continua inferiormente à aurícula direita e, por fim, se divide em ramos interventricular posterior e marginal direito. O ramo interventricular posterior segue o sulco interventricular posterior e irriga as paredes dos dois ventrículos com sangue oxigenado. O ramo marginal posterior além do sulco coronário corre ao longo da margem direita do coração e transporta sangue oxigenado à parede do ventrículo direito. VEIAS CORONÁRIAS Depois de o sangue passar pelas artérias da circulação coronariana, ele flui para os capilares, onde fornece oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco e coleta dióxido de carbono e escórias metabólicas e, em seguida, desloca-se para as veias coronárias. A maior parte do sangue venoso do miocárdio drena para um grande seio vascular no sulco coronário na face posterior do coração, chamado seio coronário. (Um seio vascular é uma veia de paredes finas que não tem músculo liso para alterar seu diâmetro.) O sangue venoso do seio coronário drena para o átrio direito. As principais tributárias que transportam sangue para o seio coronário são: Mayra Gonçalves • Veia cardíaca magna no sulco interventricular anterior, que drena as áreas do coração irrigadas pela artéria coronária esquerda (ventrículos esquerdo e direito e átrio esquerdo). • Veia interventricular posterior no sulco interventricular posterior, que drena as áreas irrigadas pelo ramo interventricular posterior da artéria coronária direita (ventrículos esquerdo e direito). • Veia cardíaca parva no sulco coronário, que drena o átrio direito e o ventrículo direito • Veias anteriores do ventrículo direito, que drenam o ventrículo direito e drenam diretamente para o átrio direito. *Quando o bloqueio de uma artéria coronária priva o músculo cardíaco de oxigênio, a reperfusão, o restabelecimento do fluxo sanguíneo, pode danificar ainda mais o tecido. Este efeito surpreendente é decorrente da formação de radicais livres de oxigênio a partir do oxigênio reintroduzido. Os radicais livres são moléculas que apresentam um elétron não pareado. Estas moléculas instáveis, muito reativas, causam reações em cadeia que levam a danos e morte celulares. Para combater os efeitos dos radicais livres de oxigênio, as células do corpo produzem enzimas que convertem os radicais livres em substâncias menos reativas. Duas dessas enzimas são o superóxido dismutase e a catalase. Além disso, os nutrientes – como a vitamina E, a vitamina C, o betacaroteno, o zinco e o selênio – atuam como antioxidantes, que eliminam os radicais livres de oxigênio da circulação. Atualmente estão sendo desenvolvidos fármacos que diminuem a lesão de reperfusão após um infarto agudo do miocárdio (IAM) ou acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico (AVE). SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS PELO ENDOTÉLIO - Óxido Nítrico: É um gás lipofílico, liberado por células endoteliais em resposta a uma variedade de estímulos químicos e físicos. As enzimas óxido nítrico-sintetases derivadas do endotélio (eNOS) sintetizam NO a partir de arginina e oxigênio, assim como pela redução de nitratos inorgânicos. Depois da difusão para fora da célula endotelial, o NO tem uma meia-vida no sangue de cerca de 6 segundos e age principalmente nos tecidos locais onde é liberado. O NO ativa guanilato-ciclases solúveis nas células vasculares do músculo liso, resultando na conversão de guanosina trifosfato cíclica solúvel (cGTP) em guanosina monofosfato cíclica (cGMP) e ativação da proteinocinase dependente de GMP (PKG), com ações intensas que causam relaxamento dos vasos sanguíneos. *O fluxo de sangue pelas artérias e arteríolas provoca estresse por cisalhamento das células endoteliais, devido ao tracionamento viscoso do sangue contra as paredes vasculares. Esse cisalhamento distorce as células Mayra Gonçalves endoteliais na direção do fluxo, provocando aumento significativo da liberação de NO que então relaxa os vasos sanguíneos. Esse efeito é benéfico, pois os mecanismos metabólicos locais para controle de fluxo sanguíneo tecidual dilatam principalmente artérias muito pequenas e arteríolas em cada tecido. No entanto, quando o fluxo de sangue por parte microvascular da circulação aumenta, essa ação secundariamente estimula a liberação de NO de vasos mais largos, devido ao fluxo aumentado e tensão de cisalhamento em vasos. Quando as células endoteliais são danificadas por hipertensão crônica ou aterosclerose, a síntese comprometida de NO pode contribuir para a vasoconstrição excessiva e piora da hipertensão e do dano endotelial que, se não tratados, podem, eventualmente, causar lesão e dano vascular em tecidos vulneráveis, tais como coração, rins e cérebro. - Endotelina: Essa substância vasoconstritora está presente nas células endoteliais de todas ou da maioria dos vasos sanguíneos, mas aumenta muito quando os vasos são lesados. O estímulo usual para sua liberação é o dano ao endotélio, tais como o causado pelo esmagamento do tecido ou injeção de agente químico traumatizante no vaso sanguíneo. Após dano grave ao vaso sanguíneo, a liberação de endotelina local e a vasoconstrição subsequente auxiliam a prevenção de hemorragia extensa das artérias com até 5 milímetros de diâmetro que podem ter sido rompidas por lesão por esmagamento. Também se acredita que o aumento da liberação de endotelina contribui para a vasoconstrição quando o endotélio é lesado pela hipertensão. A elevação aguda da pressão arterial provoca aumento imediato no fluxo sanguíneo, mas, após menos de um minuto, o fluxo tende a voltar a níveis próximos à normalidade. - Teoria metabólica: A regulação local também ocorre pela mudança da resistência arteriolar em um tecido. Isso é realizado por moléculas parácrinas (incluindo os gases O2, CO2 e NO) secretadas pelo endotélio vascular ou por células para as quais as arteríolas estão suprindo sangue. O aumento da demanda energética de um tecido pode levar a produção e acúmulo de alguns metabólitos que tem ação vasodilatadora como a adenosina e o dióxido de carbono. Com a vasodilatação produzida por essas substâncias consegue-se aumentar o suprimento de nutrientese oxigênio para atender a demanda tecidual. Assim como a falta de oxigênio, necessária para a contração dos esfíncteres arteriolares, pode levar a vasodilatação, pois a concentração de oxigênio no tecido é proporcional a força de contração do músculo liso dos esfíncteres. HIPEREMIA Aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pela dilatação arterial, pelo número de vasos sanguíneos funcionais, ou por congestão. - HIPEREMIA ATIVA O fluxo sanguíneo para um órgão é proporcional a sua atividade metabólica. Se a atividade metabólica do músculo esquelético aumentar, como resultado de exercício estimulante, então o fluxo de sangue para o músculo aumentara proporcionalmente para suprir a demanda metabólica aumentada; é provocada por dilatação arteriolar com aumento do fluxo sanguíneo local. A vasodilatação é de origem simpática ou humoral e leva à abertura de capilares "inativos", o que resulta na coloração vermelha Mayra Gonçalves do local atingido e no aumento da temperatura. A hiperemia ativa pode ser: FISIOLÓGICA: quando há necessidade de maior irrigação, como ocorre nos músculos esqueléticos durante o exercício, na mucosa gastrintestinal durante a digestão, na pele em ambientes quentes; PATOLÓGICA: quando acompanha inúmeros processos patológicos, principalmente as inflamações agudas, agressões térmicas e traumatismo. - HIPEREMIA REATIVA Aumento do fluxo de sangue reagindo a um período prévio de fluxo diminuído. Por exemplo, o aumento do fluxo de sangue para um órgão que ocorreu em seguida a um período de oclusão arterial. Durante a oclusão, acumulou-se um débito de 02. O aumento do fluxo continua até o débito ser pago. Pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca). Possui uma coloração azul-avermelhada intensificada nas áreas afetadas, de acordo com o acúmulo de sangue venoso (hemoglobina não-oxigenada no sangue). - Teoria miogênica: O estiramento súbito da parede do vaso sanguíneo, pelo aumento da pressão, canais mecanicamente ativados se abrem na membrana do músculo. A entrada de cátions despolariza a membrana, a despolarização abre canais de Ca+2 dependente de voltagem que estão na membrana, permitindo o influxo de Cálcio. O cálcio, entrando na célula, combina-se com a calmodulina e ativa a cinase da cadeia leve da miosina (MLCK). A MLCK, por sua vez, aumenta a atividade da ATPase miosínica e a atividade das ligações cruzadas, resultando em contração, diminuição do fluxo sanguíneo local. Mayra Gonçalves - Presença de fibrose (formação de colágeno ou musculatura lisa) além dos depósitos de lipideos na túnica intima → ATEROMA. - Pode ser secundaria a uma excessiva resposta proliferativa e inflamatória normal a agressão da parede do vaso. - O acúmulo de lipídico, as células inflamatórias e os elementos fibrosos depositados na parede das artérias são os responsáveis pela formação de placas ou estrias gordurosas, que geralmente ocasionam a obstrução. - Uma placa ateromatosa consiste em uma lesão elevada com centro mole, amarelo e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres do colesterol), coberta por uma cápsula fibrosa branca. - Além de obstruir mecanicamente o fluxo sanguíneo, podem romper-se, levando a uma trombose catastrófica de vasos; as placas também enfraquecem a Túnica Média subjacente e, assim, levam à formação de aneurisma. - Embora qualquer artéria possa ser afetada, os principais alvos da doença são a aorta e as artérias coronárias e cerebrais. - Causas: HAS (lesão endotelial), tabagismo, dislipidemia. MECANISMO 1. As células endoteliais lesadas tornam-se trombogênicas e aterogênicas, causando o aumento da permeabilidade vascular à lipoptroteinas. 2. Há o acúmulo de lipoproteínas (principalmente LDL e suas formas oxidadas) na parede do vaso. 3. Há a ativação e adesão de monócitos e leucócitos ao endotélio através da Molécula de Adesão a Células Vasculares-1 (VCAM-1), seguida por migração para a túnica íntima e transformação em macrófagos e células espumosas. 4. As células espumosas secretam enzimas proteoliticas que degradam o colágeno e o tecido. 5. Há secreção de citocinas (TH1-> INF- gama, IL-2 e TNF-alfa) desencadeando um processo inflamatorio e adesão plaquetária. 6. Liberação de fatores das plaquetas, macrófagos e células da parede vascular ativados, induzindo proliferação e migração de células musculares lisas da média. 7. Há a produção de matriz extracelular, formando a capa fibrosa (estável). No entanto, as células inflamatórias ativadas dos ateromas podem causar apoptose das células musculares lisas e também podem aumentar o catabolismo da MEC, resultando em placas instáveis. - Cápsula fibrosa + centro necrótico. Mayra Gonçalves - As células endoteliais lesadas tornam-se trombogênicas e aterogênicas. - Os monócitos e os linfócitos T são atraídos para a área lesada: monócitos viram macrófagos e, assim, macrófagos e linfócitos T no espaço subintimal e as células agredidas secretam moléculas recrutadoras de macrófagos e células musculares lisas adicionais -> progressão -> lesão aterosclerótica (principalmente por partículas de LDL oxidadas). *A inflamação está presente em todas as etapas de formação da placa de ateroma e são intimamente relacionadas com a progressão e a ruptura da placa. Nisso aumenta-se o nível de PCR (Proteína C Reativa) que é um membro da família das pentaxinas sintetizado pelo fígado em resposta a atividade de citocinas inflamatórias. Porém a PCR pode ser secretada por células dentro das Placas Ateromatosas, podendo ativar células endoteliais e aumentado sua adesividade e induzindo o estado pro-trombótico. Nisso os níveis de PCR predizem forte e independentemente o risco de Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral, Doença Arterial Oclusiva Periférica, Morte Cardíaca Súbita, mesmo entre indivíduos aparentemente saudáveis. PLACA ESTÁVEL X PLACA INSTÁVEL - Estável: apresenta cápsula espessa ou seja, apresentam menos probabilidade de ruptura; produzem sintomas relacionados a isquemia crônica por estreitamento dos vasos; acúmulo mínimo de liídeos e pouca inflamação. - Instável: cápsula fina; complicações isquêmicas drásticas e potencialmente fatais relacionadas com ruptura aguda da placa, trombose ou embolização; centro rico em lipídeos e infiltrado inflamatório relativamente denso. FATORES DE RISCO - Tabagismo: as toxinas do tabaco diminuem a quantidade de HDL e aumentam de LDL do organismo; a nicotina e o CO2, presentes no cigarro, danificam o endotélio, podendo iniciar a formação da placa de ateroma; aumenta coagulabilidade pelo aumento da atividade plaquetária (níveis de fibrinogênio e fator VII); causa contração das artérias que já estão estreitadas pela presença da placa de ateroma e aumenta a tendência do sangue coagular. *A vasoconstrição aumenta a PA e aumenta o estresse em áreas enfraquecidas das paredes vasculares + inativação do óxido nítrico, prejudicando sua ação vasodilatadora. Tem afinidade com as hemácias, reduzindo o número destas ligadas ao O2, então mais serão produzidas para manter o transporte de oxigênio, causando aumento da viscosidade no sangue. - Dislipidemia: ocorre aumento de captação e oxidação subendoteliais de LDL e, por sua vez, os lipídios oxidadosestimulam a produção de moléculas de adesão e citocinas inflamatórias, além da possibilidade de serem antigênicos, incitando a resposta imunomediada por células T e a inflamação na parede arterial. Embora se acreditasse anteriormente que a HDL protegesse contra a aterosclerose por meio do transporte reverso de colesterol e pelo transporte de enzimas antioxidantes, que podem degradar e neutralizar os lipídios oxidados, evidências recentes provenientes de ensaios randomizados e da genética sugerem um papel muito menos importante para a HDL na aterogênese. O papel da hipertrigliceridemia na aterogênese é complexo, apesar de poder ter um pequeno efeito independente. - HAS: pode causar hipertrofia ventricular e disfunção endotelial; as células endoteliais Mayra Gonçalves aumentam e tornam espessas para o interior do lúmen; também ocorre redução do NO e aumento de PGH2; a HAS elevada aumenta o estresse nas placas ateroscleróticas, elevando o potencial de ruptura; pode acarretar inflamação vascular via mecanismos mediados por angiotensina II. A angiotensina II estimula células endoteliais, células musculares lisas vasculares e macrófagos a produzir mediadores pró-aterogênicos, incluindo citocinas pró-inflamatórias, ânions superóxidos, fatores pró-trombóticos, fatores de crescimento e receptores de LDL oxidados semelhantes à lecitina. - Obesidade: obesos apresentam maior frequência de HAS, síndrome metabólica, dislipidemias e outros fatores de risco cardiovasculares que contribuem para alterações na parede endotelial; a inflamação, a obesidade e a resistência insulina geralmente se manifestam em conjunto e contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares; embora a relação entre massa gorda e função vascular ainda seja pouco entendida, a obesidade, de forma independente, demonstra diminuição na resposta de vasodilatação, mesmo quando há necessidade de aumento do fluxo arterial. - Estresse: elevação dos níveis de renina e angiotensina II; a exposição crônica ao estresse levaria a uma exacerbação de todas as alterações vasculares e do metabolismo intermediário induzidas pelo mesmo. Tais alterações, principalmente plaquetárias e lipídicas, apresentam forte caráter aterogênico. - Diabetes: tanto a tipo I como a II causam o processo aterosclerótica; há anormalidade lipídica significativa, caracterizada pela elevação dos triglicerídeos e LDL e redução do HDL; pode predispor um aumento da reatividade plaquetária e dos fatores de coagulação. Concentrações elevadas de glicose reduzem a produção de NO e aumentam a de TXA2 pela célula endotelial. COMPLICAÇÕES DA ATEROSCLEROSE A aterosclerose, por causar a obstrução das artérias, pode levar ao desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares: - Acidente vascular encefálico (AVE): é consequência do acúmulo de gorduras nas artérias que irrigam o encéfalo, causando uma oclusão do fluxo sanguíneo comprometendo o suprimento do cérebro. Existem dois tipos de AVEs classificados na literatura, o AVE isquêmico, trata-se de um coágulo sanguíneo que impede a distribuição de sangue para o encéfalo, e o AVE hemorrágico, que se dá pela ruptura dos vasos sanguíneos. - Infarto Agudo do miocárdio (IAM): está intimamente relacionada a aterosclerose. As artérias coronárias são as responsáveis por nutrir o músculo cardíaco, quando temos obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo, o coração não bombeia sangue em quantidade suficiente para a circulação sistêmica, devido ao depósito de lipídios no lúmen da artéria coronária). - Trombo: ocorre por causa de uma placa aterosclerótica. A placa pode ser pequena e passar despercebida pelos métodos de diagnóstico, ou vulnerável. Quando a placa é considerada vulnerável significa que ela possui maior risco de se romper. Não existe um método para determinar qual placa é vulnerável e qual não é, mas, após autopsia, verifica-se que as placas com propensão a se romper costumam ter mais conteúdo de lipídeos e menos fibrose. Quando a placa se rompe, há exibição de colágeno e fragmentos de tecido conjuntivo, que desencadeiam a cascata de coagulação, as plaquetas se aderem e se agregam ao local da ruptura, resultando na formação do trombo. - Embolia: é o bloqueio de qualquer artéria ou veia provocado por uma matéria (sólida, semissólida ou gasosa) que é encaminhada na corrente sanguínea devido ao deslocamento Mayra Gonçalves de um trombo até ao local/órgão onde se forma uma obstrução. - Aneurisma de aorta: é uma expansão de qualquer artéria do corpo, com dilatação do seu diâmetro de até 50%, ela surge em locais como aorta; cérebro; femoral; ilíaca; vísceras e poplítea. A anatomia da aorta é dividida em raiz da aorta, aorta ascendente, arco da aorta, aorta descendente e aorta abdominal. Segundo Ribeiro, P.V.; Nogueira, P.C. e Poveda, V.B. Os fatores que ocasionam esta patologia são: doença aterosclerótica, tabagismo, histórico familiar com AA e idade. É uma doença silenciosa (assintomática), cujo rompimento acontece de forma imprevisível. COLESTEROL & TRIGLICERÍDEOS - É essencial para a formação das membranas das nossas células, para a síntese de hormônios, como a testosterona, estrogênio, cortisol e outros, para a produção da bile, para digestão de alimentos gordurosos, para formação da mielina, para metabolização de algumas vitaminas (A, D, E e K), etc. - Não se dissolve no sangue; para viajar através da corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, o colesterol se loga às lipoproteínas para se tornar mais solúvel. As principais são: *VLDL (Verylow-densitylipoprotein): transporta triglicerídeos e um pouco de colesterol. *LDL (Low-densitylipoprotein): transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos. Forma a membrana celular, sintetiza hormônios e vitamina D. * HDL (High-densitylipoprotein): é um transportador que faz o caminho inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos. Pode remover ateroma. - Enquanto o LDL e o VLDL levam colesterol para as células e facilitam a deposição de gordura nos vasos, o HDL faz o inverso, promove a retirada do excesso de colesterol, inclusive das placas arteriais. Por isso, denominamos o HDL como colesterol bom e o VLDL e o LDL como colesterol ruim. - TRIGLICERÍDEOS: fornecer energia aos diferentes processos metabólicos, tendo função similar aos carboidratos; quando a quantidade de triglicerídeos está elevada, eles são armazenados nos Tecidos Adiposos e nas Células Hepáticas, sob a forma de Reserva Energética; os Triglicerídeos viajam pela corrente sanguínea acoplados a uma proteína chamada VLDL. Níveis sanguíneos aumentados de triglicerídeos está associado à deposição de gorduras nos vasos e aterosclerose, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. JOVENS & INFARTOS LETAIS Isso acontece porque as placas de gordura mais novas oferecem mais risco. A placa “mole” racha com facilidade e faz com que a artéria fique obstruída pelos coágulos de sangue. O entupimento provoca o infarto. Os mais jovens não tem uma proteção chamada "circulação colateral (pequenos vasos sanguíneos que surgem no coração para compensar a falta de irrigação causada por uma artéria entupida). Os mais jovens não têm esse tipo de proteção, portanto, o infarto tende a ser mais letal nessa faixa etária. VINHO & DOENÇAS CARDIOVASCULARES Os flavonóides do vinho tinto e suco de uva exerceram ação antioxidante, reduzindo a oxidação do colesterol LDL; possuemimportante papel na prevenção e tratamento Mayra Gonçalves da aterosclerose, pois atuam como agentes antiaterogênicos. - ECOCARDIOGRAMA: estudo anatômico da estrutura do coração, o que inclui as suas dimensões, suas válvulas e seu padrão de contração. Por meio desse ultrassom, é possível acompanhar os batimentos cardíacos em tempo real através de imagens. Ele pode ser realizado em todas as fases da vida, do estágio fetal ao adulto. - ERGOMÉTRICO: Em função da grande quantidade de energia gasta em sua realização, o teste ergométrico é também conhecido como teste de esforço; possibilita uma avaliação completa do funcionamento cardiovascular quando submetido a esforço físico. O paciente é colocado em uma esteira rolante, em que os níveis de dificuldade vão aumentando gradualmente. São observados, nesse processo, o comportamento da frequência cardíaca, a pressão arterial e o aparecimento de possíveis sintomas antes, durante e após a realização do exame. O teste permite diagnosticar diversas doenças cardíacas, como a doença arterial coronária, além de detectar o surgimento de arritmias, possíveis anormalidades de isquemia miocárdica e de pressão arterial, avalia a capacidade funcional cardiorrespiratória, dentre outros. É também indicado no acompanhamento de doenças cardíacas já diagnosticadas e para a prescrição de exercícios físicos. - HOLTER: é um tipo de eletrocardiograma, que mede a atividade elétrica do coração através da superfície do corpo em períodos de 24, 48 ou 72 horas, dependendo da necessidade de cada caso avaliado pelo médico. O exame é solicitado em pacientes que apresentam sintomas que podem indicar alterações cardíacas, como tonturas, falta de ar e palpitações. Similar ao Mapa, o paciente também precisa ficar com o aparelho ligado ao corpo durante o período de tempo previsto, que monitora as atividades do coração e grava as informações para posterior avaliação médica. A diferença do Holter é que são ligados quatro eletrodos no tórax do paciente. - CINTILOGRAFIA DO MIOCÁRDIO: Avaliar o fluxo de sangue nas artérias do coração é uma das principais funções. Ele também serve para diagnosticar, avaliar e tratar doenças cardíacas, como infarto, doenças nas válvulas e risco de infarto. Ele é feito de forma não invasiva através das modernas Gamas Câmaras, que realiza imagens dos órgãos sem necessidade de grandes quantidades de radiação.
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