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FÁRMACOS QUE ATUAM NA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HEMOSTASIA A hemostasia compreende uma série de mecanismos regulados que mantém a fluidez do sangue, livre de coágulos, em veias e artérias normais. Então são mecanismos que fazem com que a nossa circulação esteja livre da formação de coágulos, livre da ativação plaquetária. Essa hemostasia é perturbada quando temos 2 eventos: lesão vascular ou fluxo sanguíneo anormal. • Lesão vascular: formação rápida de coágulo Impedir a perda de sangue e permitir a cicatrização. O indivíduo pode ter a formação de uma placa de ateroma e gerando processo inflamatório na região; ou o indivíduo pode ter um corte que expôs ali o tecido sub-epitelial nos vasos e da inicio à cascata de coagulação e captação de plaquetas. • Fluxo sanguíneo anormal: coagulação Por algum motivo, seja tabagismo, dislipidemias, glicemia elevada, lesão tecidual que prejudicou o fluxo sanguíneo, IAM, dentre outros, que estimulam a formação de coágulos e afetam a hemostasia sanguínea Na hemostasia temos de um lado fatores coagulantes e de outros fatores anticoagulantes. Então eles vivem em harmonia, em EQUILIBRIO. A FIBRINÓLISE é uma importante etapa que vai controlar/regular a coagulação pós inicio da cascata. TROMBOSE – TRÍADE DE VIRCHOW Essa tríade Virchow é um conceito em que 3 eventos são fundamentais para formação de um TROMBO: • LESÃO VASCULAR/TECIDUAL (é o principal) • ESTASE OU TURBULÊNCIA NO FLUXO SANGUÍNEO • HIPERCOAGULABILIDADE É importante destacar que esses 3 eventos estão interligados entre si, onde 1 pode levar ao outro. (como por exemplo o fluxo sanguíneo anormal pode levar a uma lesão endotelial ou uma lesão endotelial pode levar a um fluxo sanguíneo anormal e levando a uma hipercoagulabilidade) PRINCIPAIS COMPONENTES ENVOLVIDOS NA HEMOSTASIA • PAREDE VASCULAR (ENDOTÉLIO) • PLAQUETAS e substâncias que elas liberam (Adp, TXA2, 5-HT) • CASCATA DE COAGULAÇÃO Quando eu preciso usar um fármaco anticoagulante? Quando algum desses parâmetros precisam ser REGULADOS. Se eu tenho 3 componentes principais que participam da hemostasia, eu tenho 3 alvos/3 estrategias para reduzir esse processo de coagulação. ENDOTÉLIO Quando ÍNTEGRO, este endotélio ele libera substancias antiagregantes plaquetárias. São substancias que vão manter o sangue com fluxo normal e não vão ativar plaquetas, porque não é necessária criar nenhum tampão naquele momento e naquele local. • Produção de fatores que inibem a adesão de plaquetas: prostaciclina e NO2 (oxido nítrico) • Quando esse endotélio modifica de informação? Quando ele para de produzir prostaciclina quando estar integro e passa a informar que aquele local precisa ser reparado e tamponando pelas plaquetas? Pode ser ativado por: lesão, inflamação, infecção, forças hemodinâmicas Obs: Lembrar que a prostaciclina exerce o papel antagônico ao tromboxano. Prostaciclina são liberadas quando eu tenho o endotélio ÍNTEGRO, quando eu NÃO desejo ativar plaquetas. • Enquanto o endotélio está INTEGRO, ele NÃO deseja a formação de trombos. Visto que está tudo bem, eu não preciso estancar nenhum extravasamento sanguíneo do vaso para os tecidos, então não preciso chamar agregados plaquetários. Porém, quando essa membrana endotelial é LESIONADA, o que acontece? Essas células endoteliais DEIXAM de produzir oxido nítrico e prostaciclina e passam a produzir FATORES PRÓ-COAGULANTES, como: Fator de von Willebrand (vEF) e o Fator tecidual. • O Fator de von Willebrand ele é produzido e liberado pelas células endoteliais ATIVADAS, são as células endoteliais vizinhas à lesão endotelial. Este fator é o fator que vai fazer a ANCORAGEM das primeiras plaquetas na região sub-endotelial. Então são proteínas que vão sair das células endoteliais e vão se ligar à camada sub- endotelial, interagindo com o receptor GP-1A das plaquetas. A partir dessa interação, dá-se inicio à cascata de AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA. • Além disso, as células endoteliais vizinhas ativadas elas também liberam o FATOR TECIDUAL. Este fator tecidual é importante na CASCATA DE COAGULAÇÃO, para ativar o FATOR VII, que vai ser ativado e vai se ligar e permanecer ligado ao fator tecidual, dando origem à formação de trombina e à cascata de coagulação como um todo. PLAQUETAS São fragmentos celulares ANUCLEADOS provenientes de megacariócitos da medula óssea. Fragmentos que possuem alguns grânulos, substancias, proteínas, mas NÃO possuem núcleos, não conseguem sintetizar. A FUNÇÃO DAS PLAQUETAS NESSE PROCESSO: formar o COÁGULO fisicamente e ainda recrutas, ativar e concentrar novos fatores de coagulação. Dando, assim, inicio/origem a essa cascata de coagulação. ATIVAÇÃO DA COAGULAÇÃO Essas etapas são FUNDAMENTAIS para compreender os mecanismos dos fármacos. FASE 1: PLAQUETAS EM REPOUSO Nessa primeira etapa aqui nós temos a NÃO ativação da coagulação. Então, em um sistema de hemeostase sem ativação plaquetária, como que estão funcionando os atores? Primeiro, as plaquetas estão em REPOUSO. Segundo: as minhas células endoteliais estão INTACTAS e SADIAS. O meu sub-endotelio NÃO está exposto à luz vascular, nem as fibras colágenas. E o fluxo sanguíneo está BOM. Nesta situação aqui eu tenho os seguintes eventos, que mantém tudo como está: • O endotélio quando ele está sadio/integro ele libera prostaciclina e oxido nítrico no plasma. E a prostacilicina (principalmente) é uma molécula fundamental para manter as plaquetas em repouso. As prostaciclina se ligam à receptores de prostaciclina na membrana plaquetária e ativam a formação de AMPciclico. Com a ativação da ADENIL-CICLASE e a conversão da ATP em AMPciclico dentro da célula, eu desestimulo esta célula a liberar cálcio intracelular. Quanto mais AMPciclico eu tenho dentro da célula, menos cálcio dentro da plaqueta eu vou ter. E com menos cálcio dentro da plaqueta, uma das consequências é a inativação de receptores GPIIB-IIIA. Esses receptores são aqueles fundamentais para a interação entre uma plaqueta e outra. Enquanto estes receptores estiverem INATIVADOS, eu NÃO vou ter como fazer a agregação plaquetária • Nesse cenário nós temos: alta concentração de AMPciclico dentro da célula, baixa quantidade de cálcio e receptores GPIIB -IIIA INATIVOS. FASE 2: ADESÃO PLAQUETÁRIA Acontece algum evento vascular, que lesiona este endotélio. Este endotélio que antes era integro agora esta lesionado. O que aconteceu? Exposição do subendotelio e de fatores pro-coagulatório. Este endotélio vizinho à lesão se torna um endotélio ATIVADO. Esse endotélio ativado vai liberar uma substancia chamada FATOR DE VON WILLEBRAND. Esse fator vai fornecer como ancoras às plaquetas iniciais. Então, as primeiras plaquetas que vão ficar ancoradas ao subendotelio serão ancoradas lá por interação do fator de von Willebrand que foi liberado pelas células epiteliais vizinhas à lesão. FASE 3: ATIVAÇÃO E AGLUTINAÇÃO PLAQUETÁRIA A partir dai, começa uma cascata de sinalização. Então essas plaquetas que se ligaram ao fator de von Willebrand, vão se tornar ATIVAS e vão liberar MAIS fatores, como: tromboxano A2, ADP, fator de agregação plaquetária, serotonina... que são substancias que vão RECRUTAR e ATIVAR as plaquetas que estão PASSANDO pelo local. FASE 4: DO CALCIO INTRACELULAR AUMENTADO Essas substancia pro coagulatórias, como tromboxano, ADP, trombina, serotonina, PAF, cada uma se liga a um TIPO de receptor na membrana plaquetária. E vão desencadear respostas intracelulares que vão provocar o AUMENTO do cálcio intracelular. E esse aumento do cálcio vai, entre outras coisas, ATIVAR o receptor GPIIB-IIIA. Agora esta plaqueta está APTA a interagir com a plaqueta vizinha, a se ligar às plaquetas vizinhas pelo FIBRINOGÊNIO, que funciona como uma ponte entre as plaquetas, entre os receptores GPIIB-IIIA ativos. Outra coisa, é que o aumento do cálcio intracelular,provocado por esses ativadores plaquetários leva a ativação da FOSFOLIPASE A2. A fosfolipase A2 é uma enzima que converte fosfolipio de membrana em ácido aracdônico e consequentemente em tromboxano. E o tromboxano é importante para recrutar e ativar novas plaquetas. Além disso, o aumento do cálcio intracelular leva à mobilização dos grânulos plaquetários e liberação de trombina, ADP, PAF... FASE 5: FORMAÇÃO DO TAMPÃO DE FIBRINA A partir desses eventos nós temos o inicio da formação do TAMPÃO PLAQUETÁRIO. Essas plaquetas que começaram a se unir entre si formaram esses agregados, porém essa ligação GPIIB-IIIA do fibrinogênio com a GPIIB-IIIA de outra plaqueta NÃO é forte o suficiente para MANTER o tampão plaquetário no seu lugar. Então eu preciso (e o nosso corpo tem ferramentas para isso) fortalecer essa interação entre as plaquetas. De que forma? Formando REDES com fibrina. Então a fibrina formam verdadeiras MALHAS entre as plaquetas para UNI-LAS, para que esse tampão permaneça agregada por um maior tempo possível até o re-estabelecimento do endotélio lesionado. E esta formação de fibrina ela é possível por conta de alguns atores: • FIBRINOGÊNIO – que é a molécula precursora da fibrina. O fibrinogênio é um peptídeo solúvel e a fibrina é insolúvel, por isso que ela consegue se manter como fibrina/como rede nessa região. • TROMBINA – converte o fibrinogênio em fibrina. Então a pró-trombina é convertida em trombina e a trombina é o agente que converte o fibrinogênio em fibrina • AGENTE ENDOGÉNO – que limite a agregação e a polimerização destes filamentos de fibrina. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA: eu tenho um vaso (circulo em vermelho) que foi lesionado nessa região em roxo. Isso significa que todos os eventos já mencionados vão acontecer na região em verde. As plaquetas vão começar a serem ativadas, se aderirem e agregarem nessa região. Se eu NÃO tiver um evento limitante, essas plaquetas vão aderir/agregar/aderir/agregar....... e poderia ser capaz de chegar um momento de ter uma OCLUSÃO DO VASO por conta de NÃO ter uma limitação des te processo mencionado. E o nosso organismo precisa que o nosso tampão plaquetário se mantenha apenas na região em roxo e não que ele oclua o vaso todo. E para que essa oclusão não ocorra de forma exagerado e oclua o vaso inteiro, nós temos o processo de FIBRINÓLISE. FASE 6: FIRBRINÓLISE A fase de fibrinólise é um sistema de QUEBRA DA FIBRINA. Este processo de fibrinólise acontece pela conversão do PLASMINOGÊNIO em PLASMINA. Plasminogênio é uma proteína/um peptídeo que fica circulando pelo organismo. Em um local de formação de coagulo, eu tenho a ativação desse plasminogênio em plasmina e a plasmina é a substancia que vai quebrar/clivar os peptídeos de fibrina e esta quebra vai acontecer de forma de uma “lixa”. É como se a plasmina, quando passasse nessa região fosse ALISANDO este tampão, impedindo que ele fizesse o movimento de crescimento já mencionado anteriormente. Então a plasmina vai passando e clivando/impedindo que os peptídeos de fibrina se ACUMULEM FORA do espaço pre- determinado. Ele vai mantendo o NIVEL do tampão. Não permite que esse tampão se expanda e chegue a ocluir os vasos. Com base em tudo que foi dito até agora, a gente consegue prever que as classes dos fármacos que atuam na coagulação sanguínea, são classes que podem agir em inúmeras etapas. Todas as etapas que são fundamentais para a formação do coágulo são possíveis alvos farmacológicos. ADERÊNCIA E AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA • Fator de Von Willebrand medeia a aderência das plaquetas ao subendotélio através de sua ligação à glicoproteína GPIB da membrana plaquetária e no colágeno subendotelial exposto. • Durante a agregação plaquetária, o fibrinogênio estabelece ligações cruzadas entre as plaquetas, através de sua ligação a receptores de GPIIB-IIIA do fibrinogênio com GPIIB-III nas membranas plaquetárias. Aqui nessa imagem eu tenho o endotélio lesionado, a exposição da camada subendotelial e as minhas células endoteliais vizinhas secretaram o fator de von Willebrand. O fator de von Willebrand vai ancorar as plaquetas no subendotelio através da ligação com a glicoproteína GPIB. Então a GPIB reconhece o fator de von Willebrand e faz com que essa plaqueta se ligue ao fator de von Willebrand, dando inicio à ativação plaquetária. E aí essa plaqueta agora ela está ativada e se ela está ativada, o GPIIB-IIIA dela também está. Então agora esse receptor vai estar apto a interagir com o fibrinogênio e consequentemente se ligar a outras plaquetas. Então, aderência e agregação plaquetária. ATIVAÇÃO DAS PLAQUETAS • As plaquetas ativadas tem sua forma modificada e liberam conteúdo de seus grânulos; formam-se agregados plaquetários à medida que as plaquetas adicionais são recrutadas e ativadas. • O recrutamento das plaquetas é mediado pela liberação de fatores plaquetários solúveis, incluindo ADP e tromboxano A2. (TxA2) O fator tecidual, expresso no endotélio ativado, é um componente iniciador crítico da cascata da coagulação. As membranas das plaquetas ativadas fornecem uma superfície para a ocorrência de várias reações críticas da cascata da coagulação, incluindo a conversão da protrombina em trombina. DUVIDA DE ALUNO: Tanto a GPIB, quando a GPIIB-IIIA já se encontram nas plaquetas. Porém a GPIB ela meio que permanece ativa o TEMPO TODO, ela fica funcionando ali como um procurador de fator de von Willebrand. ➢ Conforme essas plaquetas vão se aderindo ao fator de von Willebrand, à camada subendotelial e vão ativando e agregando novas plaquetas, elas vão liberando mais e mais substancias ativadoras plaquetárias. (trombina, tromboxano, ADP) ➢ ADP e TROMBOXANO são produzidos e liberados pelas plaquetas ativadas. A trombina ela não é necessariamente produzida e liberada pelas plaquetas, ela é convertida em trombina na membrana de uma plaqueta ativado. Uma plaqueta ativada possui uma enzima que vai ser capaz de converter protrombina (que vai estar circulando pelo organismo) em trombina. ➢ Além disso, nós temos também o FATOR TECIDUAL. O fator tecidual é uma proteína expressa em epitélios VIZINHOS à lesão. Então, na membrana celular vizinha à lesão eu tenho a expressão desses fatores teciduais (como pode ser visto na imagem abaixo) E esses fatores são importantes para ativar e participar da cascata de coagulação. VAMOS VER COMO SE DÁ OS PROCESSOS DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA POR DIFERENTES VIAS A primeira via de ativação é a via de ativação do TROMBOXANO. O tromboxano A2 gerado pelas plaquetas ativadas vão se ligar a receptores de tromboxa A2 (presente nas paredes das plaquetas). Esses receptores são receptores aclopados à proteina G do tipo q. A proteína G do tipo Q ativa FOSFOLIPASE C. Quando a subunidade ALFA da proteina Q se desloca e se liga a fosfolipase C ativando a fosfolipase C ela vai começar a trabalhar mais, ela vai começar a aumentar as produções intra-celulares de 2 moleculos: DAG e IP3. Essas moléculas elas exercem funções importantes dentro das plaquetas. O IP3 aumenta a concentração citosólica de calcio e estimula o reticulo sarcoplasmático a liberar calcio no citoplasma. E o calcio estimula a ATIVAÇÃO das plaquetas. Além disso, o DAG estimula a atiuvação da fosfoquinase C. A fosfoquinase C participa da ativação da fosfolipase A2. A fosfolipase A2 tem 2 funções dentro da plaqueta: converter fosfolipidio de membrana em acido- aracdônico e consequentemente fornecer mais tromboxano para que mais plaquetas sejam ativas; e fosfolipace A2 também tem função de ativar o receptor GPIIB-IIIA. Agora, está plaqueta aqui está APTA a interagir com o fibrinogênio e consequentemente interagir com outros receptores ativados GPIIB-IIIA. Por que isso é importante? Porque se eu tiver uma classe de farmaco que inibe a formação de tromboxano, eu vou ter uma classe de farmaco que ativa MENOS plaquetas. Se eutiver uma classe de farmaco que é um ANTAGONISYA GPIIB-IIIA eu vou ter uma classe de farmaco que impede a agregação plaquetária, que impede a interação fibrinogênio – GPIIB-IIIA. Então são possiveis alvos farmacológicos de farmacos que atuam na coagulação sanguínea. A segunda via é a via do ADP e da TROMBINA, que são moléculas que ativam as plaqueyas. O ADP ele se liga ao receptor de ADP (receptor P2Y). Esse receptor de ADP ele é acoplado à proteina G do tipo I. A proteina Gi quando ativada ela libera sua subunidade alfa e por ser Gi ela tem um papel especifico: INATIVAR a adenilciclase. Qual o papel da adenilciclase? Converter ATP em AMPciclico. Só que a adenilciclase ela não está funcionando muito bem, porque a fração alfa da proteina G está inibindo a atividade dela. Essa conversão em ATP em AMP está preudicada, eu tenho BAIXOS niveis de AMPciclico dentro da celula por conta desta inibição. Se eu tenho baixos niveis de AMPciclico, eu também vou ter baixa atividade da FOSFOQUINASE A. E baixa atividade da fosfoquinase A leva à ativação plaquetária. Ou seja, a fosfoquinase A (a presença dela) é responsavel pela inibição plaquetária. Só que o ADP ele tem OUTRO tipo de recetor, o P2Y1. Esse receptor P2Y1 também está acoplado à proteina G, mas aqui é a proteina G do tipo Q. A proteina Gq ativa a FOSFOLIPACE C (PLC), com aumento da produção de DAG e IP3, aumento da produção de tromboxano A2 e ativação do receptor GPIIB-IIIA. Apesar do receptor ser diferente, (receptor de tromboxano no primeiro caso e receptor de ADP aqui) o sinalizador é o MESMO. (proteina Gq) Resumindo, o ADP age como ativador plaquetário inibindo a ADENILCICLASE e como ativador plaquetário ativando a FOSFOLIPASE C. A TROMBINA age se ligando a receptores de trombina, acoplados a proteina G, que também é proteina G do tipo Q. (também é uma via comum) Vai ativar a FOSFOLIPASE C, aumentando a produção de IP3 e DAG, aumentando a liberação de calcio, aumentando a formação de tromboxano por conta da ativação da FOSFOLIPASE A2 e ativação do receptor GPIIB-IIIA. No geral, aqui nesse caso temos 3 mecanismos. 2 moléculas para 3 mecanismos. RESUMINHO: VIA DO TROMBOXANO A2 → PROTEINA Gq → ATIVA FOSFOLIPASE C VIA DA TROMBINA → PROTEINA Gq → ATIVA FOSFOLIPASE C VIA ADP → PROTEINA Gq → ATIVA FOSFOLIPASE C VIA ADP → PROTEINA Gi → INIBINDO A ADENILCICLASE CASCATA DA COAGULAÇÃO FATORES IMPORTANTES: 1. A cascata de coagulação é uma sequência de eventos enzimáticos, onde as enzimas circulam em sua forma inativa. Então eu tenho os fatores da cascata circulando pelo nosso corpo, produzido pelo fígado, na sua forma inativa. 2. As principais reações de ativação da cascata ocorrem em locais onde houve formação/ativação de um complexo proteína- proteína. Essas reações todas são precipitadas quando uma reação anterior já aconteceu. 3. Praticamente todos os fatores são ativados mediante a presença de cálcio Chamamos atenção nessa imagem para o fator tecidual, que é praticamente o inicio dessa cascata de coagulação. E também para o FATOR X ATIVADO, que é o fator que inicia a via comum da cascata de coagulação. Esse fator tecidual ele é produzido pelas células endoteliais vizinhas à lesão. Então a lesão tecidual aconteceu, eu tenho exposição de fatores teciduais que vão funcionar como gatilho para ativar e dar inicio à cascata de coagulação. Então esse fator tecidual forma um complexo com o FATOR VII ATIVADO + CALCIO, e aí ativa FATOR 9, FATOR 10.... é importante destacar também o FATOR 10, porque a inativação deste fator permite ao sistema uma redução drástica da capacidade coagulatória, sendo um importante alvo farmacológico o inibidor de FATOR 10. Outra coisa importante é a TROMBINA. A trombina está presente em praticamente todos os eventos da cascata de coagulação. Ela participa da ativação de inúmeros fatores, participa da ativação de células endoteliais, ativação de células em repouso, conversão do fibrinogênio em fibrina e da polimerização e formação de reações cruzadas dos polímeros de fibrina. Isso significa que a trombina é um excelente alvo farmacológico. Até agora vimos as vias pro-coagulatorias, que se eu inibir essas vias eu vou tender a ter um efeito ANTI- coagulatório. FATORES ANTICOAGULANTES • PROSTACICLINA (PGI2) • ANTRITROMBINA III • PROTEÍNA C e S • INIBIDOR DA VIA DO FATOR TECIDUAL (TFPI) • ATIVADOR DE PLASMINOGÊNIO TECIDUAL Se eu utilizar fármacos que favoreçam os fatores anticoagulantes, eu favoreço a anticoagulação. 1) PROSTACICLINA A prostacilicina, produzida pelo endotélio saudável, se liga à proteína G (aqui é proteína G do tipo S). A proteína Gs é uma proteína que ATIVA a ADENILCICLASE. E com isso, terá o efeito oposto ao da inibição da adenilciclase. Eu tendo uma adenilciclase funcionando bastante, eu vou ter bastante AMPciclico dentro da célula. Se eu tenho bastante AMPciclico, eu vou ter bastante PKA. (fosfoquinase A) Vale lembrar que a PKA é um INIBIDOR da coagulação. Muito PKA ativado intracelular, leva POUCA liberação de cálcio dentro da plaqueta. Pouco cálcio significa pouca ativação de receptores GPIIB-IIIA e significa pouca ativação de FOSFOLIPASE A2. Então, manter níveis altos de PKA dentro de uma plaqueta, significa manter essa plaqueta INATIVADA. E a prostaciclina FAZ ISSO!! 2) ANTI-TROMBINA 3 A anti-trombina 3 pra ela funcionar como anti-coagulante ela precisa de um auxiliar/ de um ativador. E este ativador é a HEPARINA! A heparina é uma molécula que é produzida e sintetizada endogenamente. Nós usamos heparina como fármaco, mas nosso corpo também tem a capacidade de produzir a heparina. Qual o papel da anti- trombina + heparina? A heparina é secretada por células endoteliais do endotélio íntegro. Percebe-se que o endotélio íntegro, tudo o que ele menos quer é a formação de trombos. (ele produz e libera prostaciclina e heparina, todos fatores anti-coagulantes) A partir do momento que eu tenho uma lesão endotelial, o fenótipo muda. (eu começo a produzir e liberar fator pro-coagulantes, como fator de von Willebrand, fatores de lesão tecidual) Então, a antitrombina 3 circulando pelo organismo, encontra com a molécula de heparina e forma o complexo HEPARINA-ANTITROMBINA 3. Percebe-se que a heparina quando se ligou a antitrombina 3 ela PROVOCOU mudança de conformação estrutural na antitrombina 3. (alterou o sitio de ativação) Quando a gente fala que uma molécula ativou a outra, estimulou a outra a trabalhar mais ou menos, eu estou falando que a molécula em questão provocou uma alteração estrutural no alvo e este alvo agora está se comportando de forma diferente. (para mais ou para menos) Este complexo agora é capaz de interagir com FATORES DE COAGULAÇÃO ATIVOS.Antes não era capaz de se ligar por causa do formato. Quando a heparina se ligou, mudou o formato e agora é capaz de interagir. Nesse novo formato eu tenho afinidade o suficiente para ter interação com os fatores de coagulação. Isso acontece e isso é o mecanismo de INATIVAÇÃO dos fatores de coagulação. Então, o complexo HEPARINA-ANTITROMBINA3 funciona para retirar da circulação os fatores de coagulação ativados. E com menos fatores ativados circulantes, menos a coagulação vai acontecer. Podemos também perceber que, uma vez que a heparina auxiliou na afinidade ANTITROMBINA3-FATORES DE COAGULAÇÃO , ela se SOLTA. E depois de se soltar, ela vai procurar outra antitrombina 3 para se ligar e tudo recomeçar. 3) PROTEINA C E PROTEINA S A proteina C tem uma importancia um pouco menor, porque ela participa da inativação de apenas 2 fatores. (o fator 5 e o fator 8) Então a trombina liberada no local pro-coagulatório, na presença de proteina C (já que eu quero reduzir a coagulação no local – ou por tratar-se de um final de processo ou um local em que o epitelio já está integro), a trombina então encontra-se com a TROMBOMODULINA. E forma o COMPLEXOTROMBINA-TROMBOMODULINA- PROTEINA C. Este complexo aqui vai ser capaz de capturar fatores ATIVOS de coagulação, fatores esses que são o 5 e o 8. OBS: A proteina C é a proteina INICIADORA do processo de inativação e a proteina S é a proteina MANTENEDORA dessa inativação. 4) INIBIDOR DA VIA DO FATOR TECIDUAL (TFPI) O inibidor da via do fator tecidual funciona de 2 formas: • Ele se liga ao FATOR X ATIVADO e inibe o inicio da cascata na via comum. Porque sem o fator X ativado eu diminuo o processo coagulatório. • Ele inativa também o complexo VIIa. Inativa/reduz a atividade do complexo FATOR TECIDUAL- FATOR 7ATIVADO. Com isso essa via não acontece. Por isso que o TFPI é considerado uma molécula endógena anticoagulante. 5) ATIVADOR DO PLASMINOGÊNIO TECIDUAL Esse ativador do plasminogênio tecidual também é chamado de tipo uroquinase. O que essa enzima faz? Essa enzima que converte plasminogênio em plasmina. Além dessa molécula que funciona como um anticoagulante, eu tenho INIBIDORES do ativador. (moléculas que reduzem a atividade do ativador do plasminogênio tecidual) Eu também tenho a ALFA2-ANTIPLASMINA. A alfa2 anti- plasmina é uma molécula endógena que NÃO afeta a transformação do plasminogênio em plasmina, mas ela INATIVA a plasmina já formada. Ela se ligou à plasmina, e a plasmina que antes estava ativa (estava azul na imagem abaixo), agora está inativa (cinza na imagem abaixo). Esses mecanismos de auto-controle da via de ativação plasminogênio-tecidual. HIPERCOAGULAÇÃO • ADQUIRIDA É quando o indivíduo tem uma lesão endotelial/tecidual; ou quando o indivíduo tem alguma estase. Ou seja, quando o fluxo sanguíneo encontra-se prejudicado, seja por um trauma ou falência cardiaca • ANTICONCEPCIONAIS ORAIS E GRAVIDEZ São estados hiperestrogênicos, pois nesse estado de hiperestrogenismo a mulher aumenta a síntese hepática de fatores de coagulação e redução de trombolíticos. Ela vai ter circulando no organismo muito mais fatores de coagulação, do que fatores que reduziriam a coagulação. Por isso, as mulheres que usam ACO são mulheres com risco maior de desenvolver tromboembolismo. • MEDICAMENTOS COXIBES – são inibidores seletivos da COX2. Quando o paciente faz o uso do COXIBE, ele vai bloquear a produção de prostaciclina pelo endotélio, mas não vai bloquear de tromboxano. Ou seja, o fator ANTI-AGREGANTE vai estar bloqueado, mas o fator PRO-AGREGANTE NÃO estará. E por isso o risco maior de eventos cardiovasculares. • OBESIDADE E TABAGISMO Tabagismo ainda por mecanismo desconhecido • IDADE Com o avançar da idade, o paciente reduz a PGI2 (produção de prostaciclina) e aumenta a agregação plaquetária. LESÃO VASCULAR E ENDOTELIAL É um importante processo de coagulação no coração ou em artérias. Os pacientes podem ter eventos coagulatórios: • Após IAM • Associado a eventos ateroscleróticos • Trauma e inflamação (vasculite) TERAPIA ANTITROMBÓTICA Um evento trombótico, ele decorre por uma associação de eventos celulares e de sinalização. Então essa trombogênese tem inicio em uma LESÃO ENDOTELIAL, esta lesão endotelial leva a uma ADESÃO e ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA, posteriormente a formação de TROMBINA e FIBRINA para finalmente, quando o processo for solucionado (seja endogenamente ou com uso de fármacos), a gente tem a formação de PLASMINA e a FIBRINÓLISE. (a destruição do trombo e do tampão plaquetário) E pra cada fase dessa nós temos tipos de classes de fármacos diferentes. • Combater lesão tecidual: a opção é REDUZIR FATORES DE RISCO (reduzir obesidade, fazer atividade física, reduzir glicemia, ou seja, terapia não farmacológica) MEV • Reduzir/afeitar a adesão e ativação plaquetária: eu uso fármacos ANTIPLAQUETÁRIOS • Atuar sobre a formação de trombina e fibrina: eu uso fármacos ANTICOAGULANTES • Atuar na formação de plasmina e na fibrinólise: eu uso fármacos FIBRINOLÍTICOS OBS: As 2 primeiras classes de fármacos (antiplaquetários e anticoagulantes) eu uso quando eu quero EVITAR a formação de um trombo. A última classe (fibrinolíticos) eu uso quando eu quero DESTRUIR um trombo JÁ FORMADO. FÁRMACOS ANTIPLAQUETÁRIOS Esses fármacos eles vão agir sobre a ativação e a adesão das plaquetas. ➢ Inibidores da COX ➢ Inibidores da PDE ➢ Inibidores dos receptores de ADP ➢ Antagonistas dos receptores GPIIB/IIIA Aqui temos uma plaqueta com diversos alvos farmacológicos, dentre eles temos o receptor GPIIB-IIIA, COX, receptor de ADP, receptor GPIB, fosfodiesterase. 1) INIBIDORES DA COX A COX participa da plaqueta, na formação do tromboxano. Se eu inibo a produção do tromboxano, eu inibo a ativação e agregação plaquetária. CARACTERÍSTICAS E EFEITOS • Uso: dor leve a moderada, cefaleia, mialgia, artralgia. A dose ANALGÉSICA da aspirina é em torno de 500mg. • Acetilação da COX-1 e 2 irreversível. Qual a vantagem do AAS se ligar de forma irreversível à COX? Como as plaquetas elas NÃO possuem núcleo, então elas NÃO vão sintetizar uma NOVA COX, livre de aspirina. Então, eu vou manter a via de ativação do tromboxano bloqueada por toda vida útil da plaqueta. E isso é bom porque faz com que cerca de 50-100mg de aspirina/dia já faz com que seja suficiente para profilaxia do IAM e AVC. Por se ligar de forma irreversível, doses mais baixas já é suficiente para sua ação. E isso é bom porque em doses mais baixas, eu reduzo o risco de ter os principais efeitos adversos dos AINES. • Agente antitrombogênico • Uso secundário: profilaxia do infarto do miocárdio e AVE RISCOS • Gastropatia e nefropatia • Asmas sensível a aspirina (também comum a indometacina, naproxeno, ibuprofeno, etc) EX: AASPIRA (AAS) O AAS é usado no tratamento profilático da isquemia cerebral transitória, para reduzir a incidência de IAM recorrente e para diminuir a mortalidade nas situações de prevenção do IAM primário e secundário. Ocorre inativação das plaquetas com 75 mg diários de AAS. A dose de AAS recomendada vai de 50 a 325 mg/dia. Com a COX inativada, eu vou ter menos tromboxano liberado pelas plaquetas, ou seja, esta via na imagem vai acontecer com MENOS força. Então eu vou ter: menos tromboxano sendo ligado ao receptor, menos proteína Q sendo ativado e ativando fosfolipase C, menos DAG e IP3, menos cálcio intracelular, menos PKC ativa, menos fosfolipases A, menos formação de tromboxano pela fosfolipases A e menos ativação de receptores GPIIB-IIIA. Eu consigo diminuir o efeito dessa via na ORIGEM, na formação do ligante (que é o tromboxano). 2) INIBIDOR DO RECEPTOR DE ADP Os representantes dessa classe: clopidogrel, ticlopidina, dipridamol, prasugrel. Se eu inibo a ligação do ADP ao receptor, eu DIFICULTO a ativação plaquetária, mantenho ela inativa por mais tempo/em maior quantidade inativas. O ADP é um pro- coagulante. O ADP, que é uma molécula endógena, se liga ao receptor de ADP, ativa a proteína G do tipo I (Gi), e a Gi inativa a Adenilciclase. Com a inativação da adenilciclase, eu vou ter menos AMPciclico e menos PKA. Menos PKA vai levar à ativação das plaquetas. Esses medicamentos dessa classe, eles BLOQUEIAM a ligação do ADP. Se eu bloqueio a ligação do ADP ao seu receptor, eu diminuo à ativação da proteína G do tipo i. E aí a Gi ela NÃO vai diminuir a ação da adenilciclase, se ela não diminui a ação da adenilciclase, eu vou ter bons níveis de AMPciclico dentro da célula. E aí se eu tenho aumento do AMP cíclico, eu tenho aumento da PKA. E quanto mais PKA dentro da célula, mais atividade da plaqueta. O aumento de PKA leva a inativação das plaquetas. Estamos falando de um fármaco que é antagonista de uma sinalização inibitória. Isso significa que quando eu INIBO a INIBIÇÃO, eu ATIVO. • CLOPIDOGREL Pró fármaco: ativado pela CYP2C19 Aplicações clinicas: - AVE - Infarto (em associação com o AAS) - Doença arterial periférica OBS: Existem inibidores da ADP IRREVERSSIVEIS– como o clopidogrel e o prasugrel. E REVERSÍVEIS – como o ticaglerol, elinogrelor, cangelor. A inibição máxima da aglutinação das plaquetas é obtida em 1 a 3 horas com ticagrelor, 2 e 4 horas com prasugrel, 3 e 4 dias com ticlipidina e 3 e 5 dias com clopidogrel. Quando o tratamento é suspenso, o sistema plaquetário necessita de tempo para recuperação. • PLAVIX BISSULFATO DE CLIPIDOGREL: deve ser administrado em dose única diária de 75 mg • TICLOPIDINA: 2 comprimidos de 250 mg, 1x ao dia • CLORIDRATO DE PRASUGREL: 60 mg na dose de ataque e 10mg por dia na dose de manutenção, com tratamento adicional de AAS • TICAGRELOR: inicia com dose única de 180 mg e então continua com a dose de 90 mg 2x ao dia. 3) INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE – PDE DIPIRIDAMOL • Impede que o cAMP seja degradado • Administrado associado - Com varfarina: inibir a formação de trombos em próteses valvares cardíacas - Com aspirina: reduz a possibilidade de trombose • Uso oral - No mínimo 1 hora antes das refeições (ou 2 horas depois), com um copo de água - Adultos: 75 a 100 mg, 4 vezes por dia. - A dose máxima diária é de 400 mg. • Uso injetável - Preparação - Dipiridamol (solução): 10mg/ml – infusão intravenosa - Diluição - Diluente: cloreto de sódio 0,9%; glicose: 5%; volume- 20-50ml - Tempo de infusão: superior a 5 minutos - Doses, no adulto: 10 a 20mg, 1 ou mais vezes por dia 4) ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES GPIIB/IIIA ESTRATÉGIAS DE MODULAÇÃO FARMACOLÓGICA ➢ Anticorpos monoclonais dirigidos por receptor ➢ Peptídeos com sequência RGD (arginina, glicina, aspartato) que ocorram naturalmente (veneno de cobras) ou de origem sintética, que competem com o fibrinogênio para os receptores ➢ Pequenas moléculas de origem sintética EX 1: ABCIXIMAB • É um anticorpo monoclonal quimérico camundongo/humano • Inibe a ligação do fibrinogênio a integrina • Leva à menor formação de trombina (=efeito antitrombótico) • Paciente de alto risco que serão submetidos a angioplastia – associados com heparina e AAS • Efeitos adversos principais: hemorragia, trombocitopenia, imunogenicidade • Tempo de meia-vida de 3 dias (longo) EX2: EPTIFIBATIDE • Isolado do veneno de cobra • Inibe o sítio de ligação do fibrinogênio • Sequência KGD (Lysine – Glycine – Aspartic Acid) em substituição da sequência RGD • Indicação: síndrome coronariana aguda e angioplastia coronariana • A função plaquetária regressa ao normal 2-4 horas após terminada a infusão do fármaco EX3: TIROFIBAN (MK-383, AGGRASTAT) • Derivado não peptídico da tirosina que inibe seletivamente o receptor • Possui uma meia-vida de 3 horas (curta) • Permite administração por via oral • Diminui eventos na síndrome coronariana aguda • Indicação: angina estável FÁRMACOS ANTICOAGULANTES • VARFARINA • HEPARINAS NÃO FRACIONADAS E DE BAIXO PESO MOLECULAR • INIBIDORES SELETIVOS DO FATOR Xa • INIBIDORES DIRETOS DA TROMBINA VARFARINA CONTEXTO HISTÓRICO: A varfarina foi desenvolvida em 1948 e a síntese da varfarina se deu a partir de uma descoberta, onde observou-se que uma população de gado estava morrendo com uma doença hemorrágica e observou-se que os gados que morriam eram gados que ingeriam uma determinada planta, que estava se deteriorando. O que não se sabia que esse trevo deteriorado gerava uma substância chamada dicumarol. Então, estudos foram realizados, isolaram substancias como o dicumarol e descobriu que o dicumarol tinha uma capacidade de provocar hemorragia e que os gados estavam morrendo por conta disso. Em 1948, uma Fundação em Wisconsin desenvolveu a varfarina. Inicialmente a varfarina era usada como raticida, era colocada no alimento de ratos como petiscidas e os ratos morriam por sangramento. A varfarina é um antagonista da vitamina K. Como que um antagonista da vitamina K pode interferir na coagulação sanguínea? É importante lembrar que a vitamina K, ela participa de processos de síntese de fatores de coagulação (fatores e co-fatores), então diminuir a sinalização da vitamina K leva a uma diminuição da formação de fatores de coagulação. Temos inúmeros representantes da mesma família: *DERIVADOS DA 4-HIDROXICUMARINA: dicumarol, acenocumarol, varfarina, femprocumom e biscumacetato de etilo *DERIVADOS DO INDANO-1,3-DIONA: fenindiona, difenadiona e anisindiona. Todos esses são antagonistas da vitamina K! MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTAGONISTAS DA VITAMINA K Como eles conseguem a partir do bloqueio da vitamina K ou da ação da vitamina K reduzir a síntese de coagulação? - Um mecanismo está relacionado ao bloqueio da carboxilação de derivados de resíduos de glutamato na protrombina e em fatores VII, IX e X. Com base nisso, eu formo moléculas incompletas, que são biologicamente inativos e NÃO tem função no processo de coagulação. Eu tenho aqui nessa imagem precursores polipeptidicos dos fatores de coagulação em questão. (2,7,9 e 10) A vitamina K ela permite que sejam formados residuos carboxilícos. (eu tinha 1 residuo carboxilico no precursor polipetideo e a vitamina K participa do processo de adição de mais 1 residuo carboxilico aos precursos peptidicos e com isso meus fatores ficam ATIVOS) Depois que a vitamina K participa desse processo, ela sofre um processo de oxidação. Então a vitamina K estava reduzida, participou da reação química, se oxidou, transformou em um EPÓXIDO. E essa vitamina K ela pode ser reciclada. O epóxido formado ele pode ser reduzido novamente por uma enzima chamada vitamina K- epóxido-redutase. A Varfarina ela INIBE esta enzima (a vitamina K-epóxido- redutase). Ou seja, eu vou reduzir o re-estabelecimento da atividade oxidativa da vitamina K. Porque o mecanismo de reciclagem da vitamina K vai estar bloqueado. E qual a consequencia disso? Conforme eu vou usando a vitamina K, eu não tenho mais capacidade de re-estabelecer e restaurar esses níveis de vitamina K reduzida. E com base nisso, com menos vitamina K reduzida e com mais vitamina K na forma de epóxido, eu diminuo a ativação/a formação dos resíduos de carbóxi-glutamila. Então eu reduzo a ativação de fator 2,7,9 e 10. CARACTERÍSTICAS DA VARFARINA • Administrada por via oral na forma sódica e possui 100% biodisponibilidade • Elevada ligação às proteínas plasmática (albumina) = reduz o volume de distribuição • Meia-vida plasmática longa, de 36 horas • Dose é baseada no tempo de protrombina. Então, os pacientes que fazem o uso de varfarina eles tem que obrigatoriamente fazer quantificações periódicas do tempo de protrombina e a dose ela é ajustada com base no tempo de protrombina. • Efeito adverso: hemorragia • Antídoto: Vitamina K – então se um paciente faz o uso de varfarina, apresenta um quadro hemorrágico, chega em uma emergência, eu forneço o antidoto que é a vitamina K, para que o processo se reestabeleça. Quanto mais vitamina K eu forneço, mais é a capacidade da vitamina K de transformar os precursores em fatores ativos. O tratamento com Varfarina ou com inibidores com fármacos inibidores da vitamina K, tem uma observação importante que diz respeito a DIETA. Os pacientes que usam varfarina eles são orientados a NÃO consumirem alimentos ricos em vitamina K, como vegetais verdes escuros (pepino, brócolis, alface). E por que isso? Se o individuo consome muita vitamina k ele vai prejudicar o processo anti-coagulatório da varfarina. Ele vai estar fornecendo um substrato pra ativação de fatores de coagulação. Então, a alimentação com alimentos ricos em vitamina K, diminui o efeito anti-coagulante da varfarina. CINÉTICA E TOXICIDADE DA VARFARINA • 99% ligada a albumina • Baixo volume de distribuição • Início de ação: 8 a 12 horas • Meia vida elevada: 36 horas • Índice terapêutico baixo • Atravessa a placenta facilmente – hemorragia fetal • Nunca deve ser administrada em gestantes, porque atravesse a placentade forma muito fácil e leva a hemorragia e morte fetal • Eventos hemorrágicos na mãe • AAS e doença hepática: aumentam o efeito – tem um efeito sinérgico. O AAS por ser um fármaco que atua por outra via e doenças hepáticas por reduzirem a albumina. Então paciente com doença hepática em estágio mais avançado tem deficiência de albumina e com menos albumina, eu vou ter menos varfarina ligado a esta proteína. • Interação com a cefalosporina 3ª geração: eliminação da flora intestinal – reduz síntese de vitamina K. O efeito aqui com a cefalosporina de 3ª geração é sinérgico porque a cefaslosporina elimina muito a flora intestinal e são microorganismos que participam da síntese de vitamina K, ou seja, eu já tenho pouca vitamina K por conta da cefalosporina e ainda uso a varfarina. Então eu estimulo ao processo hemorrágico. • Indução de enzimas hepáticas que metabolizam a varfarina por barbitúricas, rifampicina, cimetidina. Então, eu vou eliminar mais rapidamente a varfarina do organismo, reduzindo, assim, a sua atividade. A varfarina possui uma JANELA TERAPEUTICA ESTREITA. Isso significa que o intervalo entre a dose ativa e a dose tóxica é muito PEQUENO. A probabilidade desses pacientes ultrapassarem a janela terapeutica é muito grande. INTERAÇÕES DA VARFARINA - Temos aqui inúmeras outras interações da varfarina nas tabelas. HEPARINA E HBPM (HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR) Dando continuidade nos anti-coagulantes temos a HEPARINA. - A heparina é uma molécula endógena. Nós produzimos a heparina e ela auxilia na dificuldade de coagulação em situações homeostáticas, em situações convencionais. A heparina consiste numa mistura heterogênea de mucopolissacarídios sulfatados (resíduos alternados de D-glucosamina e ácido urônico), que se liga à superfície das células endoteliais – prejudicando a coagulação sanguínea. TIPOS DE HEPARINA • HEPARINA NÃO FRANCIONADA - Preparadas a partir do pulmão bovino e da mucosa intestinal suína e administrada em nós seres humanos - Peso molecular: 5-30KDa, é uma molécula GRANDE. Semelhante com a que nós produzimos • HEPARINAS DE BAIXO PESO MOLECULAR (LMWH) - Preparadas a partir da heparina não fracionada obtida por despolimeração, porém ela é clivada/fragmentada em algumas frações - Fragmentada: Enoxaparina, Dalteparina - Pesos moleculares: 1-5KDa QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS? O efeito endógeno da heparina se baseia na inativação de fatores de coagulação, como o fator Xa e a trombina. A heparina ela funciona como uma molécula que vai apresentar a antitrombina para a trombina e para o fator Xa. Então a heparina vai interagir com a antitrombina e depois vai interagir com a trombina, criando o complexo Fator Xa+ antitrombina e antitrombina+trombina. A formação desse complexo inativa estes fatores e por isso que a heparina é um ANTI-COAGULANTE. Porque ela INATIVA fator Xa ativado e INATIVA a trombina. De que forma? Unindo a antitrombina a esses fatores. Perceba na imagem que a antitrombina antes de se ligar a heparina, ela NÃO tinha condições de interagir com o fator Xa ou com a trombina. Aconteceu alguma mudança conformacional na antitrombina quando ela interagiu com heparina? SIM! A antitrombina ela foi ativada. Isso significa que agora ela interagiu com a heparina, ela adotou uma conformação que agora TEM UM ENCAIXE, agora a trombina e o fator Xa conseguem se ligar a antitrombina. Antes não conseguia. Então a heparina endógena e a heparina não fracionada funcionam dessa forma. A heparina de baixo peso molecular ela é MENOR em tamanho do que a não fracionada. E por ela ser menor, ela mantém o sítio de ligação à antitrombina, mas ela perde a capacidade de atrair a trombina, mas mantém a capacidade de atração do fator X. Então a heparina não fracionada ela consegue inativar tanto o fator X ativado quanto a trombina. Já a heparina de baixo peso molecular consegue inativar apenas o fator Xativado. Isso tem algumas consequencias. Aqui temos uma tabela de comparação entre a heparina de peso convencional e a heparina de baixo peso molecular (ou de baixa massa molecular). INIBIDOR SELETIVO DO FATOR XA E INIBIDORES DIRETO DA TROMBINA Esses inibidores eles atuam de forma parecida com a heparina, porém são fármacos seletivos a esses fatores. O inibidor seletivo do fator Xa, atua de forma muito parecida com a heparina de baixo peso molecular. O representante é o FONDAPARINUX. O fondaparinux se liga à antitrombina através de pentassacarídeo e inativa o fator Xa. E aqui tem 2 fármacos que são seletivos para a trombina: o LEPIRUDINA e a ARGATROBAN. Eles NÃO atuam no fator Xa. São fármacos que não tem NADA A VER com a antitrombina, eles inibem seletivamente a trombina, impedindo que ela exerça as suas inúmeras funções no processo de coagulação. ARIXTRA – FONDAPARINUX - Aqui algumas informações sobre a administração do FONDAPARINUX. USOS TERAPÊUTICOS DOS ANTICOAGULANTES USOS: • HEPARINAS: para trombose aguda em ambiente hospitalar • VARFARINA e INIBIDOR DE TROMBINA: em trombose crônica USADOS NA PREVENÇÃO DE: • Trombose venosa profunda (TVP) • Embolia pulmonar • Trombose e embolização em pacientes com fibrilação atrial • Trombose em válvulas cardíaca FÁRMACOS FIBRINOLÍTICOS Os fibrinolíticos são aqueles fármacos em que o trombo já foi formado e eu quero degradar/destruir ele. Eles atuam sobre a formação da plasmina ou destruindo os polímeros de fibrina. Os principais representantes são: • ESTREPTOCINASE • UROCINASE • ANISTREPLASE • ALTEPLASE Nós temos circulando já no nosso organismo uma substância chamada de PLASMINOGÊNIO. Então, nosso fígado produz e libera plasminogênio, que fica circulando no nosso organismo. Nós temos também uma substancia chamada ATIVADOR DO PLASMINOGÊNIO TECIDUAL , que também circula pelo nosso organismo, e é responsável por ativar o plasminogênio em plasmina. E a plasmina é a molécula ativa que vai degradar a fibrina. Então toda aquele rede de fibrina que vai sustentar o coágulo, vai começar a se desfazer por conta da ação da flasmina. Os fibrinolíticos no geral atuam nessa via da imagem abaixo. Atuam ativando o PLASMINOGÊNIO. Então, tanto a estreptoquinase quanto a alteplase, que são 2 representates dessa classe, atuam estimulando a transformação de plasminogênio em plasmina. • UTILIZADOS NO TRATAMENTO INICIAL DE: - Oclusão vascular periférica aguda Trombose venosa profunda - Embolia pulmonar PRINCIPAL EFEITO ADVERSO MAIOR: hemorragia • CONTRA-INDICAÇÕES - Pericardite aguda, hemorragia interna ativa, AVC recente, feridas profundas em processo de cicatrização, cancro com metastização EXEMPLO 1: ESTREPTOCINASE (SK) • Muito antigênica → significa que tem uma característica de imunogenicidade, ou seja, gênese de resposta imune, do inicio do estimulo da resposta imune • Proteína derivada do estreptococcus B- hemolíticos do grupo A. Os estreptococcus B- hemoliticos são microorganismos que tem capacidade de destruir a hemácia, ou seja, eles produzem substancias que tem alguma interação com o sangue. E uma dessas substancias é a estreptocinase. • Não possui atividade enzimática intrínseca • Após infusão intravenosa, combina-se com o plasminogênio na proporção de 1:1, ativando a passagem deste à plamina → então cada 1 molécula da estreptocinase administrada, nós teremos a ativação de 1 molécula de plasminogênio A estreptoquinase forma o complexo com o plasminogênio circulante, este complexo plasminogênio- estreptoquinase é mais facilmente ativado pela nossa enzima, pelo ativador tecidual de plasminogênio. Então eu tenha uma conversão maior do plasminogênio quando ele está complexado com a estreptoquinase. E aí quanto mais plasmina, maior a degradação de fibrina. Utilização: embolia pulminar, infarto agudo do miocárdio, trombose arterial, trombose venosa profunda,embolismo. - Deve-se utilizar 1.500.000 UI por infusão intravenosa Utilização: para desobstrução da cânula arteriovenosa - Deve-se utilizar 250.000 UI em 2ml de solução, lentamente administrado no ramo ocluído da cânula (clâmpear a cânula por 2 horas depois de aspira-la e lavá- la com solução salina e a seguir reconecta-la) EXEMPLO 2: UROCINASE (UK) • A uroquinase é uma substancia/ uma macromolécula purificada a partir de cultura de células fetais humanas, de células renais (rim) • Converte diretamente o plasminogênio em plasmina por quebra da ligação ariginina-valina no plasminogênio. Ela atua como se fosse a enzima, então ela não estimula a enzima a trabalhar mais, ela não facilita a ligação do plasminogênio-enzima. A uroquinase cliva o plasminogênio em plasmina. É um conversor DIRETO do plasminogênio em plasmina. • A urocinase, além de clivar o plasminogênio em plasmina e consequentemente estimular a degradação da fibrina, DIRETAMENTE ela degrada fibrina e degrada fibrinogênio • Por se tratar de uma proteína humana, não induz resposta antigênica. Então, não é uma substância com imunogenicidade. POSOLOGIA EM ADULTOS: - Para embolismo pulmonar aguda: intravenoso 4.400UI/Kg durante 10 minutos, seguidas por 4.400UI/kg por hora. - Para trombose da artéria coronária: via intra-arterial, 6.000 Ui por minuto - A dose média total de uroquinase exigida para dissolver coágulos na artéria coronária é de 500.000UI. EXEMPLO 3: ANISTREPLASE (APSAC) • A anisrreplase é uma macromolécula derivada da estreptocinase, ou seja, é uma estreptocinase modificada. Forma também um complexo com o plasminogênio, antes do plasminogênio ser degradado em plasmina, ele está ligado à molécula de anistreplase (está pré-ligada a uma molécula de plasminogênio. Então, assim como a estreptocinase, aumenta a afinidade do plasminogênio ao fator ativador do plasminogênio. • É um pró-farmaco, então ele está enzimaticamente inativo até sofrer uma reação de desacetilação (após administração) • Possui uma meia vida 4x maior que a estreptocinase e pode ser administrada por bólus intravenoso (a estreptocinase não pode). • Possui características antigênicas EXEMPLO 4: ALTEPLASE (rt-PA) • O alteplase é um ativador de plasminogênio tissular produzido pelo DNA recombinante (rt- PA) • A sua atividade enzimática depende da presença de fibrina • A alteplase ativa o plasminogênio ligado à fibrina rapidamente, em detrimento do plasminogênio livre na circulação • Ele é um pouco menos potente do que a estreptocinase. Acredita-se causar menor ativação do sistema fibrinolítico, diminuindo os riscos de hemorragia se comparado com pacientes que usam a estreptocinase Um resuminho na imagem: o plasminogênio ele é ativado em plasmina pelo ativador do plasminogênio tecidual ou do tipo uroquinase e essa plasmina vai degradar a fibrina e desfazer o coágulo. Aqui tem algumas comparações entre a ESTREPTOQUINASE e a ALTEPLASE, acerca da antigenicidade. Antigenicidade e imunogenicidade são sinônimos. Percebe-se que a estreptoquinase é muito mais antigênica do que a alteplase. Acerca da especificidade da fibrina a estreptoquinase tem uma especificidade menor. E a meia-vida da estreptoquinase é uma uma meia-vida maior do que a da alteplase. COVID 19 – TRATAMENTO COM HMPM? Aqui é pra curiosidade. Durante um tempo estava discutindo o tratamento contra a infecção por SARS-COV com a heparina de baixo peso molecular. Descobiu-se que a heparina de baixo peso molecular (representada pelas cordinhas vermelhas na imagem abaixo), eles são antagonizavam a ligação do virus ao receptor). Descobriu- se que o SARS-COV ele entra nos pulmões, a partir da enzima conversora de angiotensina ou do receptor desta enzima. Então, a heparina de baixo peso molecular ela funcionava como antagonista e impedia que o SARS-COV interagisse com esse receptor e que ele fosse capturado pelas células endoteliais e dai em diante começasse o seu processo de inflamação pulmonar e tudo mais. Saiu um estudo, mostrando que de fato a heparina de baixo peso molecular REDUZIA a cascata de citona em pacientes com covid severos. O que se começou a discutir depois é que hoje já sabemos que o SARS-COV ele também causa alguns eventos trombóticos, então é comum pessoas terem complicações tromboticas pouco tempo depois da infecção por SARS-COV (trombose, tromboembolia, AVE), decorrente dessa desregulação da cascata de coagulação. Por outro lado, o uso de heparina de baixo peso molecular poderia contribuir para uma diminuição desses eventos trombóticos provocados pelo SARS-COV.
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