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Sistemas Lineares Sistema com duas equacões e duas incógnitas: CASOS PARTICULARES O sistema não possui solução: Note que o gráfico das equações são retas no plano xy. Cada solução (x, y) desse sistema corresponde a um ponto de interseção das retas. Dessa forma, há três possibilidades: As retas podem ser paralelas e distintas, caso em que não há interseção e, portanto, não existe solução: As retas podem se intersectar em um único ponto, caso em que o sistema tem exatamente uma solução. As retas coincidem e tem uma infinidade de pontos de interseção, caso em que o sistema tem infinitas soluções. Sistema com três equacões e três incógnitas: Note que o gráfico das equações são planos. As soluções do sistema, se existirem, serão representadas pelos pontos em comum dos três planos. Novamente, há três possibilidades: O sistema possui uma única solução: O sistema possui infinitas soluções: De modo geral, para um sistema com m equações e n incógnitas sempre temos 3 situações possíveis: Sistema Possível e Determinado (SPD), Sistema Possível e Indeterminado (SPI) e Sistema Impossível (SI). RESOLUÇÃO Quando pensamos na resolução de sistemas lineares, o que fazemos para encontrar a solução do sistema é operar com as equações de modo que com estas operações seja possível encontrar um sistema equivalente (que possui as mesmas soluções do sistema inicial) que seja mais simples de ser resolvido. Estas operações elementares que realizamos com as equações do sistema linear são: Trocar duas equações entre si; Para matrizes, definimos as transformações elementares nas linhas como se segue: Multiplicar uma equação por um número diferente de zero; Somar um número vezes uma equação a uma outra equação. Trocar duas linhas entre si (Li ←→ Lj ) Multiplicar uma linha inteira por um número diferente de zero (Li → kLi) Substituir a i-ésima linha pela i- ésima linha mais k vezes a j- ésima linha. (Li → Li + kLj ) Dizemos então que duas matrizes são equivalentes quando uma pode ser obtida da outra pela aplicação sucessiva de um número finito de transformações elementares sobre as linhas. MATRIZ ESCALONADA Uma matriz A = [aij]m×n está na forma escalonada reduzida por linhas (ou na forma escada reduzida por linhas) se: O primeiro elemento não nulo de uma linha não nula é 1 (esse elemento é chamado pivô). Cada coluna que contém o primeiro elemento não nulo de alguma linha tem todos os seus outros elementos iguais a zero. Toda linha nula ocorre abaixo de todas as linhas não nulas. Se L1, ... , Lp são linhas não nulas, e se o primeiro elemento não nulo da linha Li ocorre na coluna ki , então k1 < k2 < ··· < kp (essa condição impõe a forma escada à matriz). Toda matriz A = [aij]m×n é linha equivalente a uma única matriz na forma escalonada reduzida por linhas. Agora, temos uma ferramenta para determinar as soluções de um sistema de equações lineares que consiste em: Associar o sistema linear a sua matriz ampliada; Determinar uma matriz equivalente na forma escalonada por linhas; Associar a matriz obtida a um sistema linear (que será equivalente ao sistema dado e mais simples); Determinar as soluções. Este processo é conhecido como eliminação de Gauss-Jordan. TEOREMA DO POSTO Dada uma matriz A = [aij] m×n, seja B = [bij] m×n a matriz na forma escalonada reduzida por linhas equivalente a A. O posto de A, denotado por p, é o número de linhas não nulas de B. A nulidade de A é o número n − p (n é o número de colunas de A). Sejam pA o posto da matriz dos coeficientes e pAB o posto da matriz ampliada do sistema. Então: O sistema é possível (SP) se, e somente se, pAB = pA. O sistema é possível e determinado (SPD) se pAB = pA = n. O sistema é possível e indeterminado se pAB = pA < n. O sistema é impossível (SI) se pA < pAB. OBS: O número de variáveis livres sempre será igual à nulidade da matriz dos coeficientes e é chamado de grau de liberdade. Ou seja, se p = pA = pAB e n é o número de incógnitas do sistema, então o grau de liberdade é n − p. REGRA DE CRAMER Este método só se aplica a sistemas lineares em que o número de equações é igual ao número de incógnitas. Observe que no denominador temos o determinante da matriz dos coeficientes (det A 0), e no numerador aparece o determinante da matriz obtida de A, substituindo a i-ésima coluna pela coluna dos termos independentes. Este método de resolução de um sistema linear de n equações e n incógnitas, que só pode ser aplicado quando o determinante da matriz dos coeficientes for não nulo, é chamado de Regra de Cramer.