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Sistema Digestório e Nutrição Funcional- Principais Patologias

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Conteúdo:
NUTRIÇÃO
FUNCIONAL E 
FITOTERAPIA
Daniela Aguirre
Luciana de 
Souza
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
S719n Souza, Luciana de.
 Nutrição funcional e fitoterapia / Luciana de Souza, 
 Daniela Graciela Aguirre Martínez. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 243 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-128-0
 1. Nutrição funcional. 2. Fitoterapia. I. Martínez, 
 Daniela Graciela Aguirre. II. Título.
CDU 613.2+615.322
Revisão técnica:
Sandra Muttoni
Nutricionista e Professora. Especialista em Nutrição Clínica e Dietética
pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (IMEC)
Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE)
Mestre em Medicina - Ciências Pneumológicas pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Iniciais_Nutrição funcional e fitoterapia.indd 2 07/07/2017 16:57:24
Sistema digestório e 
nutrição funcional: 
principais patologias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever o sistema digestório e suas principais funções.
  Relacionar os alimentos funcionais e seus efeitos em algumas doenças 
gastrintestinais.
  Aplicar o conhecimento sobre os compostos dos alimentos funcionais 
nas diferentes patologias do sistema digestório.
Introdução
As doenças gastrintestinais são um problema que acomete o ser humano, 
e algumas delas são muito frequentes. Essas patologias são acompanhadas 
de uma série de alterações e distúrbios como diarreia, vômito e depleção 
do estado nutricional, o que pode levar o indivíduo à desnutrição. Você 
sabia que a desnutrição pode causar sérias consequências na saúde 
do homem e diversas complicações na recuperação das patologias? 
A anorexia, por exemplo, é uma consequência da característica dessas 
patologias, pois afeta o canal alimentar, impedindo a nutrição adequada 
do indivíduo. 
Outros exemplos podem ser identificados na disfagia, em tumores, 
estenoses, candidíase, doenças gástricas e intestinais e nos sintomas que 
acompanham as patologias. Nessas situações, são necessárias restrições 
dietéticas que mudam as características físicas, químicas e de tempera-
tura dos alimentos. Em algumas situações, é preciso administração de 
U N I D A D E 2 
U2_C06_Nutrição funcional e fitoterapia.indd 79 07/07/2017 17:08:23
terapia nutricional enteral ou parenteral, não atingindo as necessidades 
nutricionais adequadas.
Os alimentos funcionais são de grande utilidade como auxílio na 
recuperação e diminuição do risco de doenças gastrintestinais. Essas 
doenças afetam uma parcela significativa da população, e a nutrição tem 
importante papel no tratamento de tais enfermidades. 
Para compreender qualquer processo, você deve, primeiro, compre-
ender o sistema digestório, que inicia na boca e termina no ânus. Neste 
capítulo, você vai analisar o funcionamento básico do trato digestivo, 
relacionando os alimentos funcionais às doenças gastrintestinais.
Sistema digestório
Para que o organismo funcione adequadamente, as células precisam receber 
elementos essenciais. Para isso, os nutrientes devem ser captados pelas células 
através da transformação de moléculas complexas em outras mais simples, 
que possam ser absorvidas e utilizadas pelo organismo. 
O sistema digestório é o sistema pelo qual é feita a passagem do alimento 
e a transformação em partículas menores para a distribuição no organismo. 
Esse sistema pode ser dividido em tubo digestório e glândulas anexas, que 
seriam órgãos e glândulas secretoras de substâncias digestivas.
O processo envolve, basicamente, as etapas de ingestão, digestão, absorção, 
transporte e excreção, nas quais ocorrem diversos processos bioquímicos. 
Todo esse sistema, além de tornar os nutrientes absorvíveis e distribui-los pelo 
corpo, fornece proteção através da formação da barreira intestinal composta 
por microrganismos, promovendo a permeabilidade adequada e o desenvol-
vimento de uma parte importante do sistema imunológico.
As partes que compõem o sistema digestório são boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino (duodeno, jejuno, íleo) e intestino grosso (ceco, colo, reto 
e ânus).
Ingestão
Boca
Na boca, após a refeição, já se inicia o processo de degradação das moléculas 
encontradas nos alimentos para posterior digestão e absorção, que ocorrem 
 Nutrição funcional e fitoterapia 80
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através da mastigação e da mistura do alimento com a saliva. Enzimas como 
a amilase salivar ou a ptialina contribuem para a degradação dos amidos.
Esôfago
O esôfago é o tubo que transporta alimentos para o estômago.
Digestão e absorção
Estômago
No estômago são secretados muco e ácido clorídrico, sendo produzidos o fator 
intrínseco e outras enzimas que degradam algumas proteínas e lipídios em 
partículas menores. O ácido clorídrico é muito importante, pois torna o pH 
do estômago adequado para as ações enzimáticas que promovem a degradação 
parcial de moléculas de gordura e proteínas. 
O estômago deixa o quimo propício, alcançando uma consistência adequada 
para possibilitar a passagem para o intestino. O estômago, com toda a sua 
ação enzimática e secretória, atua como barreira de bactérias. Apesar disso, 
muitas ainda passam para o intestino.
Quimo é o nome dado ao alimento quando este passa do estômago para o intestino.
Intestino
O alimento transformado em quimo chega ao intestino, local onde sofrera 
inúmeras modifi cações. O intestino tem vários compartimentos, sendo que 
em cada um deles, diversas substâncias serão digeridas e absorvidas, como 
minerais, vitaminas e outras.
O fígado e o pâncreas secretam substâncias através dos ductos que che-
gam ao duodeno, produzindo enzimas digestivas e sais emulsificadores das 
gorduras. Na região do intestino grosso, no colo, são absorvidos os eletrólitos 
81Sistema digestório e nutrição funcional: principais patologias
U2_C06_Nutrição funcional e fitoterapia.indd 81 07/07/2017 17:08:24
e alguns poucos nutrientes. Alguns carboidratos e fibras que chegam até o 
colo sofrem fermentação e produzem ácidos graxos de cadeia curta, o que 
serve de alimento para a microflora intestinal benéfica. 
As células intestinais são chamadas de enterócitos. Através das paredes 
das células da mucosa intestinal, ocorre a passagem dos nutrientes já digeridos 
para a corrente sanguínea e linfática. 
Transporte e excreção
Após seu transporte, os nutrientes serão captados pelas células correspondentes 
e metabolizados. Os produtos tóxicos residuais do metabolismo e algumas 
substâncias não absorvidas devem ser excretadas através de diferentes sistemas. 
O sistema que mais predomina é o intestino grosso, em que esses nutrientes 
não absorvidos são transformados em bolo fecal. Outros sistemas são fígado, 
rins, sistema urinário e pulmão. 
Doenças gastrintestinais – possível associação 
de alimentos funcionais como parte da 
dietoterapia de algumas patologias
Refluxo gastresofágico, gastrite e úlceras 
gastrintestinais
A gastrite é a infl amação do epitélio que recobre o estômago, a mucosa 
gástrica. É provocada, entre outros fatores, por estresse, cigarro, álcool ou 
medicamentos (CUPPARI, 2014).
A úlcera gástrica é a erosão do epitélio, formando uma ferida na parede 
gástrica. Pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori ou por medica-
mentos (anti-inflamatórios não hormonais), causando irritação no estômago. 
Os alimentos e o estresse podem piorar o estado de uma úlcera (FEDERAÇÃO 
BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA, 2017).
O refluxo gastresofágico ocorre devido ao refluxo dos ácidos gástricos, 
o que produz inflamação no esôfago. Somente as paredes do estômago têm 
capacidade de suportar o efeito dos ácidos produzidos nele; por esse motivo, 
ocorrendo refluxo, sente-se queimação e ardência no esôfago. Pode ser provo-
cado por hérnia de hiato, controle da pressão do esfíncter inadequada, pressãointra-abdominal ou alimentos como café, mate, chá preto, bebidas alcoólicas, 
tomate, frituras ou frutas ácidas. Isso varia entre os indivíduos, apesar de alguns 
 Nutrição funcional e fitoterapia 82
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desses alimentos diminuírem a pressão do esfíncter e produzirem irritação da 
mucosa. Algumas recomendações colaboram na diminuição do refluxo, como 
não ingerir líquidos durante as refeições, não deitar após a refeição, comer 
devagar e evitar os alimentos aqui citados (CUPPARI, 2014).
Confira algumas recomendações dietéticas para evitar o agravo das doen-
ças citadas:
  Evitar longos períodos em jejum. 
  Consumir alimentos “ricos em fibras alimentares (vegetais em geral): 
a fibra apresenta efeitos benéficos – age como tampão, reduz a con-
centração de ácidos biliares no estômago e diminui o tempo de trânsito 
intestinal, o que leva a menor distensão” (CUPPARI, 2014, p. 305).
  Evitar bebidas alcoólicas, pois são irritantes gastrintestinais, assim como 
o café, que aumenta o ácido gástrico, produzindo irritação (CUPPARI, 
2014).
  Evitar chocolate, refrigerantes à base de cola e pimenta vermelha.
  Mastigar a comida muito bem e devagar, de preferência em ambientes 
tranquilos (CUPPARI, 2014).
Doenças inflamatórias intestinais e demais patologias 
intestinais
As doenças infl amatórias intestinais são caracterizadas por um processo 
infl amatório crônico no trato gastrintestinal. A doença de Crohn e a retoco-
lite ulcerativa são exemplos desse tipo de doença. Nessas situações, ocorre 
desequilíbrio da microbiota e resposta imunoinfl amatória, provocando má 
absorção de nutrientes, alergias alimentares, produção de secreção em excesso, 
alterações do trânsito gastrintestinal e obstruções. A doença de Crohn e a 
retocolite ulcerativa causam distúrbios como diarreias, dores abdominais, 
sangramento, náuseas, vômitos, anorexia e febre. 
As formas mais comuns de doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn 
e retocolite ulcerativa. 
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A etiologia das doenças inflamatórias intestinais é desconhecida, mas 
fatores genéticos, desequilíbrio da microbiota, permeabilidade intestinal e 
imunidade inata, assim como fatores ambientais (bactérias, vírus), podem ser 
considerados causadores das doenças inflamatórias intestinais.
A doença de Crohn é uma condição inflamatória que pode atingir qualquer 
parte do tubo digestivo. Sua causa é desconhecida, mas é atribuída ao fator 
genético, a hábitos de vida e influências emocionais e ambientais (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; ASSOCIA-
ÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA, 2011). É considerada uma doença 
que não tem cura específica, podendo manifestar-se e não apresentar sintomas. 
Essa patologia causa diarreia, dor abdominal, anorexia, inflamações na boca 
e febre (SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLOPROCTOLOGÍA, 2009).
De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral e a 
Associação Brasileira de Nutrologia (2011), “a mortalidade da DC [doença de Crohn] está 
associada à desnutrição proteico-calórica ao lado do desequilíbrio hidroeletrolítico”.
A retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória crônica que afeta desde 
o colo até o reto, podendo atingir somente uma das partes mencionadas ou 
ambas. Os sintomas são manifestados por diarreias e fezes sanguinolentas, 
o que provoca anemia e febre. Em casos de insucesso do controle da doença, 
a intervenção cirurgia é realizada para evitar maiores complicações, como 
o câncer (SOCIEDADE BRASILEIRA DE COLOPROCTOLOGÍA, 2009).
 Nutrição funcional e fitoterapia 84
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A síndrome do intestino irritável é um distúrbio intestinal funcional comum, caracteri-
zado por desconforto abdominal recorrente e função intestinal anormal. O desconforto 
costuma iniciar após a alimentação e desaparece após a evacuação. Os sintomas 
podem incluir cólicas, náuseas, distensão abdominal, gases, constipação, diarreia e 
uma sensação de evaporação incompleta. A síndrome pode estar associada a graus 
variados de depressão ou ansiedade. 
Estudos demonstram que cerca de 20% das pessoas apresentam a síndrome em 
algum momento da vida, com predominância entre as mulheres, sobretudo jovens. 
Já foi conhecida como indigestão, diarreia nervosa, colite espástica, colite nervosa e 
neurose intestinal. Não existem anormalidades estruturais como, infecção ou úlceras, 
por isso é chamada de “funcional”, e não evolui para qualquer tipo de doença orgânica 
ao longo da vida.
A diarreia é caracterizada pela persistência de evacuações semipastosas 
ou líquidas mais de três vezes ao dia. Durante esse desequilíbrio da flora 
intestinal, uma quantidade aumentada de líquidos não é absorvida e ocorre 
perda de água e eletrólitos. Pode ser causada por má absorção de nutrientes, 
presença de bactérias ou vírus e doenças intestinais. É necessária a hidratação 
adequada para repor os líquidos perdidos e também de eletrólitos. Para isso, o 
sujeito deve fazer uso de soro, soro caseiro ou água de coco. Evitar laticínios 
para não ocorrer intolerâncias que provoquem mais complicações, já que o 
desequilíbrio entérico diminui o nível de lactase. A diarreia causa fortes dores 
abdominais e desidratação e, se não controlada, pode ocasionar complicações 
sistêmicas, levando o paciente a óbito (CUPPARI, 2014).
Todas essas considerações mostram o quanto são necessários o cuidado 
e a proteção do intestino. Isso se faz com uma dieta de qualidade, e alguns 
alimentos funcionais podem ser utilizados para evitar o quadro de diarreia 
ou melhorá-lo, caso esteja presente.
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Alimentos funcionais nas doenças 
gastrintestinais
Vamos relembrar o que são os alimentos funcionais? 
Podemos descrevê-los como alimentos que têm substâncias e nutrientes com 
atividade biológica, com efeitos fi siológicos ou psicológicos e capacidade 
de promover benefícios à saúde do indivíduo (MAIA; SANTOS, 2006). Al-
guns alimentos são considerados funcionais e auxiliares no tratamento e na 
diminuição de risco de doenças que se manifestam no trato gastrintestinal.
Probióticos
Os probióticos são microrganismos vivos que infl uenciam de forma benéfi ca 
a saúde intestinal, melhorando a digestibilidade da lactose, reduzindo níveis de 
colesterol, fortalecendo a imunidade intestinal e contribuindo com a atividade 
anticarcinogênica. 
Abacaxi
O abacaxi tem bromelina na sua composição. Essa substância é uma enzima 
digestiva, recomendada para melhorar o processo de digestão. O abacaxi pode 
ser consumido antes ou após as refeições. Conforme explicam Oliveira, Silva 
e Dall’Alba (2016), a bromelina pode impedir a adesão de Escherichia coli na 
mucosa do intestino. O maior teor de bromelina se encontra no talo da fruta.
Ácidos graxos poli-insaturados ômega 3
Os ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 têm ação anti-infl amatória, po-
dendo auxiliar nos processos infl amatórios intestinais de doenças como Crohn 
e retocolite ulcerativa. Alguns estudos ainda são controversos, mas outros 
mostram efeitos positivos (OLIVEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 2016).
Aveia
Fonte de betaglucana, a aveia melhora o funcionamento intestinal e pode 
promover o crescimento de bactérias benéfi cas do intestino. Serve como uma 
excelente fonte alimentar para a manutenção da saúde intestinal. sendo maior 
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a concentração no farelo do que em fl ocos (OLIVEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 
2016).
Cúrcuma (curcumina)
Pesquisas têm evidenciado o efeito anti-infl amatório da cúrcuma e alguns 
processos anticancerígenos em doenças gastrintestinais.Foi realizado um 
estudo com pacientes que realizaram a administração de dosagens específi cas 
de curcumina. Nessa pesquisa, foi possível observar resposta positiva referente 
à infl amação e diminuição de diarreia e cólicas intestinais (OLIVEIRA; 
SILVA; DALL’ALBA, 2016).
Gengibre
Segundo Oliveira, Silva e Dall’Alba (2016), o gengibre é um alimento fonte 
de tiamina, magnésio, potássio e ferro. Geralmente, é utilizado para o alívio 
de vômitos e náuseas. Estudos mostram que seu consumo é bastante efetivo e 
seguro para a melhora desses distúrbios (OLIVEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 
2016).
Polifenóis
Os polifenóis têm sido associados a efeitos benéfi cos em doenças gastrintes-
tinais, como as doenças infl amatórias intestinais, através da proteção do dano 
oxidativo produzido pelas células intestinais. Os polifenóis apresentam efeitos 
antioxidantes e anti-infl amatórios que podem ser utilizados nas patologias 
intestinais. Apesar de alguns estudos já terem sido realizados, precisam ser 
elaboradas mais pesquisas para verifi car a dose necessária como estimu-
lante de melhora nas doenças infl amatórias intestinais (OLIVEIRA; SILVA; 
DALL’ALBA, 2016).
Semente de abóbora
A semente de abóbora apresenta elevado teor de fi bras, carotenoides, ácidos 
graxos poli-insaturados e antioxidantes (como zeaxantina e luteína), capazes de 
produzir efeitos positivos na redução de risco de doenças que possam atingir 
o trato intestinal. A semente de abóbora pode ser consumida em forma de 
óleos e farinhas (OLIVEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 2016).
87Sistema digestório e nutrição funcional: principais patologias
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Semente de linhaça 
A linhaça tem benefícios anticancerígenos de mama e colo e diminui o trânsito 
intestinal devido a seu teor de lignanas, fi bras solúveis e compostos fenólicos, 
assim como ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 (OLIVEIRA; SILVA; 
DALL’ALBA, 2016).
Chia
A chia tem uma composição nutricional parecida com a da linhaça. É muito 
consumida em alguns países e é rica em fi bras e ácido alfalinolênico (OLI-
VEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 2016).
Semente de mamão papaia
A semente de mamão papaia, conforme sugerido por Oliveira, Silva e Dall’Alba 
(2016), pode ser utilizada na saúde pública por ser um alimento de baixo custo 
com propriedades anti-helmínticas e antiparasitárias.
Vegetais crucíferos
Alguns vegetais crucíferos importantes são o brócolis, a couve-de-bruxelas, 
a couve-fl or, a couve-manteiga e o repolho. São ricos em folato, vitamina C, 
tocoferóis e carotenoides, de acordo com Oliveira, Silva e Dall’Alba (2016). 
Sobre as funções atribuídas a esses alimentos, encontram-se estudos com 
resultados que apontam redução de risco de câncer colorretal, destoxifi cação 
hepática, eliminação de substâncias carcinogênicas e prevenção no desenvol-
vimento de câncer gástrico.
A pesar de algumas evidências encontradas, sugerem-se ainda maiores 
investigações e estudos clínicos para confirmar o efeito terapêutico desses 
alimentos nas doenças gastrintestinais (OLIVEIRA; SILVA; DALL’ALBA, 
2016).
 Nutrição funcional e fitoterapia 88
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Taninos
Algumas pesquisas mostram o efeito cicatrizante, anti-helmíntico e antiulce-
rogênico dos taninos. Sugere-se que o tanino encontrado em plantas e frutos, 
como o caju, tem a capacidade de interferir benefi camente em processos 
infl amatórios, em queimaduras e feridas. Apresentam também atividade 
antioxidante (HOLNIK et al., 2015).
Os taninos têm despertado interesse para utilização no tratamento de 
ulceras gástricas e duodenais, no tratamento da candidíase e nas gastrites 
(GASTEJON, 2011). São substâncias com capacidade antioxidante, ajudando 
no processo de cura de lesões ulcerativas, já que os radicais livres têm grande 
capacidade de formação de lesões.
A atividade antimicrobiana dos taninos tem sido muito evidenciada, mas 
mais investigações devem ser realizadas referentes aos demais efeitos atribuídos 
(GASTEJON, 2011).
1. Sobre as doenças inflamatórias 
intestinais, assinale a 
alternativa correta.
a) São causadas por diarreia 
recorrente e alimentação 
desequilibrada.
b) Correspondem à inflamação da 
mucosa que recobre o estômago, 
podendo causar ferimentos.
c) São doenças crônicas que 
atingem o trato gastrintestinal 
e envolvem fatores genéticos, 
ambientais, imunes e da 
microbiota intestinal.
d) As respostas A e B estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas 
está correta.
2. A doença de Crohn, assim 
como outras doenças crônicas 
intestinais, tem locais de 
maior manifestação. Assinale a 
alternativa que é característica 
da doença de Crohn. 
a) Analise a imagem.
89Sistema digestório e nutrição funcional: principais patologias
U2_C06_Nutrição funcional e fitoterapia.indd 89 07/07/2017 17:08:27
b) Analise a imagem.
c) Analise a imagem.
d) Todas as alternativas 
estão corretas.
e) Nenhuma alternativa está correta.
3. São alimentos funcionais que 
podem ser utilizados em patologias 
e distúrbios intestinais:
a) Aveia, banana verde, banana, 
mamão, fontes de ômega 
3, AGCC, glutamina.
b) Aveia, banana verde, banana, 
mamão, fontes de ômega 3, 
ovo cozido, frutos do mar.
c) Probióticos, ácidos graxos 
poli-insaturados ômega 3, 
aveia, cúrcuma, chia, fibras.
d) A opção C está correta.
e) As opções A e C estão corretas.
4. Assinale qual alimento funcional 
pode ser utilizado para amenizar 
sintomas como vômitos, 
náuseas ou indigestão.
a) Leite, maçã e gengibre.
b) Café, gengibre e abacaxi.
c) Gengibre e abacaxi.
d) Nenhuma alternativa está correta.
e) Todas as alternativas 
estão corretas.
5. Em qual órgão acontecem 
os processos de digestão, 
absorção e transporte?
a) No pâncreas e no fígado.
b) Na boca, no estômago 
e no intestino.
c) No colo.
d) No estômago, no intestino 
e nas glândulas anexas.
e) Na boca, no intestino e 
nas glândulas anexas.
 Nutrição funcional e fitoterapia 90
U2_C06_Nutrição funcional e fitoterapia.indd 90 07/07/2017 17:08:28
CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. (Guias de me-
dicina ambulatorial e hospitalar da EPM – UNIFESP).
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGÍA. Úlceras pépticas. 2017. Disponível 
em: <http://www.fbg.org.br/Conteudo/194/0>. Acesso em: 20 maio 2017.
GASTEJON, F. Taninos e saponinas. Goiânia, 2011. Seminário apresentado da disciplina 
de Seminários Aplicados, no Mestrado em Ciência Animal. Disponível em: <https://por-
tais.ufg.br/up/67/o/semi2011_Fernanda_Castejon_1c.pdf>. Acesso em: 20 maio 2017.
HOLNIK, P. R, et al. Comparação do teor de taninos entre duas espécies de espinheira-
-santa (Maytenus aquifolium Mart. e Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) cultivadas 
no Horto Medicinal do Refúgio Biológico Bela Vista – RBBV da Itaipu Binacional – Foz 
do Iguaçu, PR – Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Campinas, v. 17, n. 3, p. 
385-391, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v17n3/1516-0572-
rbpm-17-3-0385.pdf>. Acesso em: 20 maio 2017.
MAIA, L.; SANTOS, Â. Alimentos e suas ações em sistemas fisiológicos. Veredas FAVIP, 
Caruaru, v. 2/3, n. 2/1-2, p. 24-34, jul./dez. 2005/jan./dez. 2006. Disponível em: <https://
goo.gl/132A8Z>. Acesso em: 20 maio 2017.
OLIVEIRA, A. M de; SILVA, F. M.; DALL’ALBA, V. Dietoterapia nas doenças gastrintestinais 
do adulto. Rio de Janeiro: Rubio, 2016.
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pdf>. Acesso em: 20 maio 2017.
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Leituras recomendadas
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
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