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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CAMPUS AGRESTE RELATÓRIO DE PRÁTICA - BARRAGENS CARUARU, 2021 RELATÓRIO DE PRÁTICA - BARRAGENS TRABALHO APRESENTADO PARA OBTENÇÃO DE NOTA PARCIAL NA DISCIPLINA DE RECURSOS HÍDRICOS NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL. DOCENTE: PROF. DR. ALMIR CIRILO DISCENTE: MARIO ARAUJO CARUARU, 2021. PROBLEMÁTICA Diante do cenário hídrico na região de Pernambuco, a procura por soluções que visem a melhoria das condições de armazenamentos e distribuição de água para região estão cada vez mais constantes. Uma das alternativas mais comuns para o armazenamento de água são as barragens. Este trabalho visa avaliar a viabilidade de implantação de uma barragem no estado de Pernambuco através de métodos computacionais. Para nossa análise, foi levado em consideração o balanço hídrico durante 15 anos. Para o Nordeste brasileiro as intensas variações climáticas resultam em grandes eventos de enchentes e secas, que podem se prolongar por meses Dois fenômenos se destacam na formação deste quadro O El Niño e a Oscilação do Sul (ARAGÃO, 1986; MARENGO et al., 2011). Destaca-se ainda a característica cíclica do El Niño, com reincidência em períodos entre 5 e 7 anos (ARAGÃO, 1986). O Estado de Pernambuco analisando os problemas com as variações climáticas instituiu em 2010 a Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas estabelecendo a criação de diversas unidades de pesquisa para o enfrentamento destes problemas (PERNAMBUCO, 2010). É de total relevância planejar soluções para eventos intensos visto que os de estiagem e as inundações representam risco significativo de mortes (UFC, 2013). A análise foi feita nos municípios de Gameleira e Ribeirão, situados a cerca de um pouco mais de 90 km de Recife, capital pernambucana, Recife. A temperatura média dos municípios acima falado, gira em torno de 26°C. Um dos fatores importantes para nossa análise foi as irregularidades da chuva, pois a precipitação média acumulada está entre 150 e 200 mm por ano, e cerca de 30% das chuvas são de grandes intensidades. Durante a execução da nossa análise, foram utilizadas as seguintes ferramentas computacionais: MICROSOFT OFFICE – EXCEL 2016 – utilizado para a análise dos dados, otimização das vazões regularizadas e encontro da altura ótima da barragem. QGIS 3.18.3 – utilizado para avaliação topográfica da área escolhida, avaliação fotográfica do local através das quadriculas e mdts, traçado de curvas de nível totais e do polígono, cálculo de área, delimitação da área de influencia da barragem, delimitação da sub-bacia, determinação do polígono de Voronoi, determinação da rede de rios na área de influência delimitada, avaliação e escolha da estação pluviométrica. CAAWM – utilizado para o cálculo das vazões através de dados de chuva média e evaporação do posto pluviométrico mais próximo. DESENVOLVIMENTO Através do soft QGIS, incialmente foi implementado o território de Pernambuco para a análise. Com o auxílio do MDT, o Pernambuco tridimensional (PE3D), que tem uma precisão de mais ou menos1 metro e o da NASA. O motivo para usar os dois tipos de MDTs, é porque o PE3D, é um arquivo muito denso e preciso, exige um poder de processamento que levaria muito tempo para fazer a análise. A bacia escolhida foi a de Sirinhaém, e através do auxílio do MDT da NASA (fornecido em sala de aula), foi possível recortar a bacia. Foi utilizado o MDT PE3D, com objetivo da análise ser mais precisa. Um fato interessante é que a bacia está com uma visualização em escalas coloridas, em função da cota. Podemos analisar que o tom mais alaranjado é referente a regiões com maiores altitudes e em azul, as regiões com menores altitudes. RIOS DE SIRINAHEM Com a rede de rios definida, podemos partir para a análise das curvas de nível da bacia. Ao analisar as curvas de nível, foi escolhida uma curva no valor de 100 m. CURVA DE NIVEL DA BACIA ESCOLHIDA Realizando uma limpeza nos pontos e fechando a curva no eixo borrável temos a representação da área inundada Após isso podemos calcular a área da bacia até a barragem. odemos calcular a área da bacia até a barragem. RESULTADOS Através desse gráfico, percebemos que a vazão otimizada é baixa para a dimensão da construção. Com a vazão acima, podemos suprir a necessidade de cerca de 20000 habitantes, com consumo diário 150 l/hab/dia. Após escolher o local, foi definido que a barragem deverá ter uma altura de 14 m, largura do barramento de 250 metros. Além disso tempos também que a cota máxima da barragem está situada em 102,99 m e o ponto mais profundo na cota 94,67 m. CONCLUSÃO A viabilidade do projeto deve ser avaliada do ponto de vista dos custos, outro local na região pode oferecer maior vazão regularizada e consequentemente atender maior número de habitantes, entretanto os custos para a construção e fornecimento podem ser maiores. Dessa maneira, ficou claro a importância do geoprocessamento e a análise de dados no dimensionamento de uma barragem, obra de engenharia indispensável na manutenção e segurança de um povo. Ficou evidente que não basta apenas saber fazer, mas sim onde e como fazer. Dessa maneira, é possível otimizar tempo, recurso, diminuir danos ambientais, garantindo a mesma eficiência.
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