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Semiologia Pneumologia

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JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
HAC PNEUMO 
ANAMNESE 
IDENTIFICAÇÃO 
• Nome; 
• Idade: malformações congênitas e nas crianças: sarampo, coqueluche, tuberculose primária, bronquiolite, 
fibrose cística; 
• Sexo/gênero: doenças pulmonares parenquimatosas difusas são mais comuns em mulheres e doenças 
relacionadas com tabaco e tuberculose em homens; 
• Cor/etnia; 
• Estado civil; 
• Profissão, ocupação, local de trabalho; 
• Naturalidade, procedência, residência; 
• Nome da mãe; 
• Religião; 
• Plano de saúde. 
QUEIXA PRINCIPAL 
O que trouxe o sr. /sra. aqui hoje. 
HISTÓRICO DA DOENÇA ATUAL 
Identificar o sintoma guia: início (súbito ou fator desencadeante), duração, localização exata, irradiação, 
frequência, intensidade, fatores de melhora ou piora, tipo, sintomas relacionados, como está agora e 
relação da dor com a respiração. Mas TODOS DEVEM SER EXPLORADOS. 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
Deve ser direcionado para o sistema respiratório, apresentado abaixo. 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES 
Infecções pulmonares graves e extensas na infância podem reduzir reservas respiratórias, antecedentes 
traumáticos podem causar pneumotórax, hemotórax ou hérnias diafragmáticas, passado alérgico, doenças 
autoimunes podem ter manifestação pulmonar, diabéticos são mais vulneráveis às infecções (tuberculose), 
uso de corticoides, imunossupressores ou antibióticos deve-se pensar em agentes oportunistas, AIDS, 
asma, cirurgia, transfusões sanguíneas e medicamentos/vacinação. Câncer e episódios prévios familiar. 
HÁBITOS E ESTILO DE VIDA/ CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS 
Tabagismo, etilismo e nebulização como um hábito e não método terapêutico (risco de exacerbar a atividade 
de certas bactérias), atividade física, alimentação, atividade sexual e drogas. Água tratada e moradia. 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
DOR TORÁCICA 
• PLEURITES OU PLEURISIAS: 
Em geral a dor vem acompanhada de tosse seca de timbre alto (dor aumenta com a tosse – faz o paciente 
reprimi-la), febre, dispneia. A dor é aguda, intensa e em pontada, o paciente localiza com precisão e 
facilidade (área pequena e bem delimitada – identifica com a polpa dos dedos, não se irradia). 
Nas pleurites diafragmáticas o paciente adota uma posição antálgica, comprimindo o hemitórax oposto 
com uma das mãos. Já nas pleurisias diafragmáticas periféricas a dor pode ser confundida com abdominal, 
por ser difusa e não localizada (pode cursar com um quadro falso de abdome agudo). 
• PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO BENIGNO: 
Em geral acomete jovens com plena saúde, é uma dor súbita, aguda e intensa que é comparada a uma 
punhalada e acompanhada de dispneia e sem queixa de febre. 
• PNEUMONIAS ALVEOLARES: 
São iniciadas nas periferias dos lobos, em estreito contato com a pleura parietal, sendo assim, tem as mesmas 
características semiológicas das pleurites. 
Porém quando o foco pneumônico é apical, mediastinal ou diafragmático, o paciente relata uma sensação 
dolorosa profunda não localizada, bem diferente da anterior. 
• INFARTO PULMONAR: 
Provoca dor muito parecida com a das pleurites e pneumonias. 
• VIROSES RESPIRATÓRIAS: 
A queixa é uma dor difusa, como um desconforto, quase sempre de localização retroesternal que se 
exacerba na tosse seca. 
• LARINGOTRAQUEÍTES OU TRAQUEOBRONQUITES AGUDAS: 
Paciente localiza dor na laringe e na traqueia colocando a mão espalmada sobre o esterno. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• DOR MEDIASTÍNICA: 
Surge principalmente nas neoplasias malignas, com uma sensação dolorosa profunda, sem localização 
precisa, surda e mal definida. 
OBSERVAÇÃO! – ANGINA x PERICARDITE x ESOFAGITE a primeira surge após esforço, alimentação 
abundante ou após grandes emoções. A segunda, em geral, está acompanhada de quadro infeccioso como 
de pleurite. Já a terceira aparece quando o paciente se deita e está associada a alimentação. 
• DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA/ANEURISMA DISSECANTE DE AORTA: 
Provoca dor que a característica principal é sua intensidade lancinante (sensação de ruptura retroesternal) 
que repercute para as escapulas. 
TOSSE 
É o sintoma mais significativo e frequente do sistema respiratório. Consiste em uma inspiração rápida e 
profunda → fechamento da glote → contração dos músculos expiratórios (principalmente o diafragma) → 
abertura e subida da glote → expiração forçada. 
Consiste em um mecanismo de defesa e expulsivo de grande importância para as vias respiratórias, que 
resulta de estimulação dos receptores das mucosas (pode ser desencadeado por inflamações, estímulos 
mecânicos, químicos ou térmicos). Vago → bulbo → laríngeo inferior recorrente. 
Porém, apesar de sua importância, ela pode se tornar nociva ao sistema respiratório, em virtude do aumento 
de pressão na arvore brônquica que culmina com distensão dos septos alveolares e pode inclusive causar 
hemorragias, fraturas de arcos costais, hérnias inguinais e grande desconforto. 
Sua INVESTIGAÇÃO inclui a frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, 
relações com decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade. 
• TOSSE PRODUTIVA OU ÚMIDA: está acompanhada de secreção, não devendo ser combatida. Pode 
estar presente em pacientes com BRONQUITE, com PNEUMONIA ou TUBERCULOSE; 
• TOSSE SECA: quando é inútil, causando apenas irritação nas vias respiratórias. Pode ter origem fora 
da arvore brônquica, como no CANAL AUDITIVO EXTERNO, FARINGE, SEIOS PARANASAIS, 
PALATO MOLE, PLEURA, MEDIASTINO, USO DE INIBIDORES DE ECA, CORPOS ESTRANHOS 
NAS VIAS (rebelde ao tratamento, que em fase mais tardia pode se tornar produtiva desde que ocorra 
inflamação), ENFISEMA, TROMBOEMBOLISMO; 
• TOSSE QUINTOSA: caracteriza-se por surgir em acessos, em geral de madrugada, com curtos 
intervalos de acalmia, e acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. COMUM NA 
COQUELUCHE; 
• TOSSE-SÍNCOPE: aquela que após crise intensa resulta na perda de consciência; 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• TOSSE BITONAL: deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais que pode significar 
comprometimento do nervo laríngeo inferior; 
• TOSSE ROUCA: é própria da laringite crônica. COMUM NOS TABAGISTAS; 
• TOSSE REPRIMIDA: aquela que o paciente evita em razão de dor torácica ou abdominal; 
• TOSSE PSICOGÊNICA: presente em situações que implicam tensão emocional. 
EXPECTORAÇÃO 
Costuma surgir como consequência da tosse e a INVESTIGAÇÃO cursa com pesquisa de volume, cor, odor 
(fetidez pode indicar um abcesso pulmonar), transparência e consistência. 
• ESCARRO SEROSO: contém muita água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células. Presente no 
EDEMA PULMONAR AGUDO; 
• ESCARRO MUCOIDE: contém muita água, mucoproteína, eletrólitos e é pobre em células. Comum 
no ASMÁTICO e na BRONQUITE (quando o escarro musa de mucoide para mucopurulento é sinal de 
infecção); 
• ESCARRO PURULENTO: rico em piócitos e tem alta celularidade; 
• ESCARRO HEMOPTOICO: observam-se rajas de sangue. 
HEMOPTISE 
Consiste na eliminação de sangue pela boca, passando pela glote. Pode ser derivado de hemorragias 
brônquicas quando o mecanismo é a ruptura de vasos previamente sãos (carcinoma, vasos dilatados e 
neoformados como na tuberculose) e hemorragias de origem alveolar que a causa é a ruptura de capilares. 
Deve-se destacar que quando o sangue é proveniente das artérias brônquicas, em geral a hemoptise é 
maciça e o sangue pode ser recente ou não, saturado ou não e com ou sem catarro. Já quando o sangue é 
proveniente de ramos da artéria pulmonar o volume costuma ser menor. 
As mais graves são aquelas apresentadas por pacientes adultos do sexo masculino, fumantes por muitos anos, 
o que sustenta a hipótese de lesão maligna. Porém, quando em jovens com aparente bom estado de saúde pode 
facilitar o diagnóstico precoce de tuberculose. Na infância pode ser causada por pneumonias bacterianas e 
corpos estranhos. 
VÔMICA 
Eliminação mais ou menos brusca atravésda glote de uma quantidade abundante de pus ou líquido de 
outra natureza, de forma única ou fracionada, proveniente de tórax ou abdome. 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
DISPNEIA 
É quando o paciente apresenta de forma consciente ou inconsciente a dificuldade para respirar, sendo 
subjetiva quando só percebida pelo paciente e objetiva quando confirmada pelo exame físico. 
Pode ser classificada em dispneia de pequenos, médios e grandes esforços ou em repouso. Além de pode 
ser acompanhada de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada). Quando é 
uma ortopneia impede o paciente de permanecer deitado e trepopneia aquela que aparece em decúbito 
lateral (geralmente em pacientes com derrame pleural que se deitam do lado afetado). 
Suas causas podem ser atmosféricas, obstrutivas, parenquimatosas, toracopulmonares, diafragmáticas, 
pleurais, cardíacas, de origem tecidual, ligadas ao SN. 
SIBILÂNCIA OU CHIEIRA 
Paciente refere um ruído, predominante na expiração, quase sempre acompanhado de dispneia e mais 
comum a noite (parecido com o miado de um gato). 
Isso resulta de uma redução do calibre da arvore brônquica, que pode ser por asma, resfriado, 
bronquite, infiltrados, tuberculose, neoplasias, embolias e fármacos. 
ROUQUIDÃO OU DISFONIA 
Quando ocorre mudança no timbre da voz por alteração na dinâmica das cordas vocais. Se for aguda de 
curta duração não tem importante significado (pode ser por laringite viral comum), porém quando de longa 
duração podem ser por causas laríngea (tuberculose, pólipos, neoplasias) e extra laríngea (tumores de 
mediastino e aneurismas de arco aórtico, difteria e neurite). 
CORNAGEM 
Consiste na dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias aéreas superiores na altura da 
laringe que se manifesta por um ruído. Para facilitar a entrada de ar o paciente pode deslocar a cabeça para 
trás ficando em hiper extensão. 
FEBRE 
Frequência, continua e horários do dia 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
EXAME FÍSICO 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
• Forma do tórax: 
o Tórax chato ou plano: parede anterior perde sua convexidade normal traduzindo uma redução 
do diâmetro antero posterior e aumentando a inclinação de costelas e o ângulo de Louis; 
o Tórax em tonel ou globoso: aumento do diâmetro antero posterior com horizontalização dos 
arcos costais e abaulamento de coluna dorsal → ENFISEMATOSOS e PROCESSO DE 
ENVELHECIMENTO; 
o Tórax infundibuliforme: consiste em uma depressão na parte inferior do esterno e região 
epigástrica → CONGÊNITA; 
o Tórax cariniforme: o esterno é proeminente e as costelas horizontais (tórax que se assemelha ao 
de aves) → CONGÊNITA ou ADQUIRIDA (RAQUITISMO NA INFÂNCIA); 
o Tórax cônico ou em sino: é aquele que possui sua porção inferior muito alargada (lembrando 
um tronco de cone) → HEPATOESPLENOMEGALIAS e ASCITES VOLUMOSAS; 
o Tórax cifótico: ocorre uma curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade → 
CONGÊNITA ou POSTURA DEFEITUOSA, TUBERCULOSE ÓSSEA, NEOPLASIAS; 
o Tórax cifoescoliótico: além da cifose apresenta um desvio da coluna para o lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Biotipo do paciente: brevelíneo, normolíneo ou longilíneo; 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Anomalias: sendo elas congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas e simétricas ou não; 
• Pele: coloração (cianose e palidez nas unhas, lábios e mucosa oral), hidratação, lesões, pápulas e 
ulcerações, tubérculos, nódulos, urticaria, vesículas, bolhas, pústulas e abcessos; 
• Mamas; 
• Sistema muscular: de maneira comparativa, a fim de que se possa observar alterações tróficas de grupos 
musculares; 
OBSERVAÇÃO! – SINAL DE RAMOND é a contratura da musculatura torácica unilateral – 
comprometimento pleural inflamatório homolateral // SINAL DE LEMOS TORRES abaulamento de 
espaços intercostais na expiração – derrame pleural. 
• Sistema ósseo: retrações e abaulamentos difusos ou localizados; 
• Estado de consciência. 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
• Taquipneia, bradipneia ou trepopneia (dispneia)? Batimentos das asas do nariz; 
• Sincronismo entre movimentos respiratórios abdominais e torácicos: ausência pode indicar FADIGA 
MUSCULAR; 
• Movimentos respiratórios paradoxais: retração do gradil costal na inspiração (traumas torácicos); 
• Tipo respiratório: pessoas sadias em pé ou sentadas predominam a respiração torácica ou costal (com 
movimentação de caixa torácica) e em decúbito dorsal predomina a diafragmática (com movimentação da 
metade inferior do tórax e parte superior do abdome); 
OBSERVAÇÃO! – PARALISIA DIAFRAGMÁTICA a parede abdominal tende a se retrair na 
inspiração, ao contrário do que ocorre na diafragmática normal. 
• Tiragem: em condições de normalidade, na inspiração os espaços intercostais se deprimem ligeiramente, 
se ocorrer obstrução brônquica essa retração aumenta pelo aumento da pressão negativa; 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• Ritmo respiratório: normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, 
sucedendo-se os dois movimentos com mesma amplitude, intercalados por leve pausa. 
o Cheyne-Stokes: gerada por variações na tensão de O2 e CO2 no sangue: apneia → incursões cada 
vez mais profundas até atingir um máximo (por excesso de CO2 na apneia) → decresce até 
nova pausa – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, HIPERTENSÃO INTRACRANIANA, AVCs, 
TRAUMATISMOS CRANIANOS; 
o Biot: apneia → movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto a ritmo e amplitude 
– MESMAS CAUSAS DE CHEYNE; 
o Kussmaul: inspirações ruidosas, gradativamente mais rápidas, alternadas com inspirações 
rápidas e de pequena amplitude → apneia em inspiração → expirações ruidosas 
gradativamente mais profundas alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude 
→ apneia em expiração – ACIDOSE (principalmente diabética); 
o Suspirosa: paciente executa uma série de movimentos respiratórios de amplitude crescente 
com expiração breve e rápida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
PALPAÇÃO 
• TEMPERATURA DE PELE; 
• EXPANSIBILIDADE: 
1. Preparação: se apresentar, pedir consentimento, lavar e esquentar as mãos e pedir para o paciente despir 
o tórax; 
2. Paciente sentado com examinador atrás; 
3. Ambas as mãos espalmadas no ápice: bordas internas na base do pescoço, polegares na coluna e dedos 
nas fossas supra claviculares (expansibilidade dos ápices); 
4. Pedir ao paciente que respire de forma profunda e pausada; 
5. Ambas as mãos espalmadas na base: polegares nas linhas paravertebrais e dedos recobrem os últimos 
arcos costais; 
6. Pedir ao paciente que respire de forma profunda e pausada. 
 
 
• FRÊMITO TORACOVOCAL: 
Corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas na parede torácica, são mais perceptíveis em 
indivíduos com voz grave e de parede torácica delgada. 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
1. Preparação: se apresentar, pedir consentimento, lavar e 
esquentar as mãos e pedir para o paciente despir o tórax; 
2. Paciente sentado e médico atrás à esquerda; 
3. Mão direita do médico deve se apoiar sobre a superfície 
do tórax; 
4. Pedir ao paciente para que pronuncie “trinta e três”; 
5. Comparar na região homologa; 
6. Deslocar a mão de cima para baixo; 
7. Repetir na porção frontal do paciente, com o médico a 
sua direita. 
Nos derrames pleurais e condições de obstruções brônquicas 
(atelectasias) esse frêmito estará diminuído, já nas 
condensações pulmonares com brônquios permeáveis ele se 
torna mais nítido. 
PERCUSSÃO 
1. Preparação: se apresentar, pedir consentimento, lavar e esquentar as mãos e pedir ao paciente para despir 
o tórax; 
2. Paciente sentado e médico atrás à esquerda; 
3. Com a mão esquerda apoiada sobre a parede e o dedo médio fazendo leve pressão sobre o tórax; 
4. Percutir com a extremidade distal do dedo médio (usando a articulação do punho) cada hemitórax de 
cima para baixo; 
5. Percutirsimetricamente e comparativamente cada região da mesma forma; 
6. Repetir na região anterior. 
São encontrados os sons claro pulmonar ou sonoridade pulmonar nas áreas de projeção dos pulmões, 
som timpânico no espaço de Traube, som submaciço abaixo do esterno e som maciço na região 
inframamária direita e precordial. 
AUSCULTA 
1. Preparação: se apresentar, pedir consentimento, lavar as mãos, higienizar e esquentar o estetoscópio, 
pedir ao paciente para despir o tórax; 
2. Paciente sentado e médico atrás; 
3. Pedir ao paciente para que realiza respirações pausadas e profundas com a boca entreaberta sem 
fazer ruídos; 
4. Começar pela face posterior (sempre de forma comparativa: fazendo um formato de “S”), seguindo 
para faces laterais e anterior. 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS: 
o Som traqueal: audível na região de projeção de traqueia no pescoço e na região esternal. Seu 
componente inspiratório: ruído soproso mais ou menos rude → intervalo silencioso → 
componente expiratório mais forte e prolongado; 
o Som brônquico: audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior 
do tórax nas proximidades com o externo. Diferencia-se por ter componente expiratório 
menos intenso; 
OBSERVAÇÃO! – REGIÕES DE CONDENSAÇÃO PULMONAR E ATELECTASIA a respiração 
brônquica substitui o murmúrio vesicular. 
o Murmúrio vesicular: são ouvidos na maior parte do tórax (exceto na região esternal superior,) 
produzidos pela turbulência do ar chocando-se nas bifurcações. Seu componente inspiratório é 
mais intenso e duradouro → componente expiratório mais fraco, curto e de tonalidade mais 
baixa (não ocorre o intervalo silencioso; 
OBSERVAÇÃO! – DIMINUIÇÃO pode resultar de presença de ar, líquido e tecido solido e AUMENTO 
pode ser consequência de esforço físico. 
o Som broncovesicular: é audível na região esternal superior. Somam-se as características do som 
brônquico com o murmúrio vesicular, desse modo a inspiração e expiração tem igual magnitude. 
 
• SONS OU RUÍDOS ANORMAIS DESCONTÍNUOS: 
o Estertores: ocorrem na inspiração ou expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais 
e podem ser finos ou grossos: 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
▪ Finos ou crepitantes: ocorrem no final da inspiração, são agudos e de curta duração, 
não se modificam com a tosse (podem ser comparados ao atrito de um punhado de cabelos 
junto ao ouvido) – PNEUMONIA, CONGESTÃO PULMONAR DE INSUFICIÊNCIA 
VENTRICULAR ESQUERDA E DOENÇAS INTERSTICIAIS PULMONARES; 
▪ Grossos ou bolhosos: tem menor frequência e maior duração que os finos, ocorrem no 
início da inspiração e durante toda a expiração, se modificam com a tosse e podem ser 
ouvidos em qualquer local do tórax – ABERTURA E FECHAMENTO DE VIAS COM 
SECREÇÃO VISCOSA, COMUNS NA BRONQUITE CRÔNICA E 
BRONQUIECTASIAS. 
 
• SONS OU RUÍDOS ANORMAIS CONTÍNUOS: 
o Roncos: são os sons graves de baixa frequência, presentes na expiração e inspiração, quando 
ocorre estreitamento de vias – ASMA, BRONQUITE, OBSTRUÇÕES LOCALIZADAS; 
o Sibilos: são sons agudos de alta frequência, presentes na expiração e inspiração múltiplos e 
disseminados por todo o tórax; 
o Estridor: som produzido pela semiosbstrução da laringe ou traqueia – DIFTERIA, 
LARINGITES AGUDAS, CÂNCER E ESTENOSE; 
o Sopros: quando auscultamos certas regiões podemos perceber sobre brando mais longo na 
expiração que na inspiração, porém podem ocorrer situações em que o pulmão perde sua textura 
normal – PNEUMONIAS BACTERIANAS (sopros tubários), GRANDES CAVERNAS (sopros 
cavitários) e NO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO (sopros anfóricos); 
o Atrito pleural: é um ruído irregular, descontinuo, mais intenso na inspiração e nas regiões 
axilares inferiores, comparado ou ranger de couro atritado – PLEURITE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
RADIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
INCIDÊNCIAS 
1. POSTERO ANTERIOR: 
É a incidência mais utilizada, ocorre por meio de raios 
divergentes a uma distância mínima de 1,5m. A face 
anterior do tórax deve estar em contato com o filme, as 
escapulas fora do campo e os raios entrar 
posteriormente. 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO! - o ÍNDICE CARDIOTORÁCICO deve ser feito por meio de maior distância entre 
margens do coração / maior distância na face interna do tórax = <0,5. 
2. ANTERO POSTERIOR: 
Incidência usada naqueles pacientes que não conseguem ficar em ortostase, sendo preferível o póstero anterior 
pela maior visibilidade de lobos médios e língula. A face posterior do tórax deve estar em contato com o 
filme e os raios entram anteriormente. 
 
OBSERVAÇÃO! – MAGNIFICAÇÃO CARDÍACA // DERRAMES PLEURAIS se deslocam para a região 
posterior, podendo não ocorrer obliteração de seios costofrênicos ou se somar aos campos pulmonares 
(falso aumento da atenuação pulmonar – 
simula doenças parenquimatosas). 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
3. PERFIL: 
Em geral deve estar associada a postero anterior e o esquerdo não 
magnifica. Útil para localizar, confirmar e detectar a lesão. 
 
 
 
 
 
 
4. ÁPICO LORDÓTICA: 
Visualiza bem os ápices, lobos médios e língula. Sendo que o dorso (escapulas) deve estar cem contato com 
o filme e o paciente em hiperlordose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. DECÚBITO LATERAL (LAURELL): 
É um importante diferencial entre DERRAME PLEURAL x 
ESPESSAMENTO PLEURAL, sendo que o paciente deve deitar-se 
sobre o lado da lesão. 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
6. OBLÍQUA: 
Avaliar órgãos sobrepostos. 
PARÂMETROS TÉCNICOS 
1. RADIAÇÃO ADEQUADA (PENETRAÇÃO): 
IDEAL é a visualização dos corpos vertebrais até a junção com a porção torácica dos grandes vasos. 
Quando muito penetrado é possível ver a coluna como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ALINHAMENTO: 
A radiografia deve estar bem centrada, com as bordas das clavículas equidistantes e as escapulas fora 
do campo. 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
3. BEM INSPIRADO: 
O ideal é a apneia inspiratória máxima, dessa forma é possível enxergar de 9 a 11 costelas posteriores 
(caso seja visualizado menos que 9 o exame deve ser repetido). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE 
1. Partes moles: mamas, região cervical, parede torácica, esôfago; 
2. Ossos: coluna, clavículas, costelas; 
3. Coração: morfologia; 
4. Artéria aorta e artéria pulmonar: aneurismas; 
5. Mediastino: presença de massas ou alargamento; 
6. Hilo: altura hilar (hilo esquerdo mais elevado), análise comparativa de dimensões; 
7. Parênquima: presença de nódulos, áreas de hipertransparência/hipodensidade (pneumotórax), 
colabamento pulmonar (diminuição de volume pulmonar), consolidações (perda de transparência sem 
perda volumétrica – presença de exsudato), padrão de vascularização, (maior na base que no ápice), 
atelectasias (redução de transparência e perda volumétrica – derrames pleurais); 
8. Pleura: espessamento; 
9. Diafragma: simetria; 
10. Seios costofrênicos e cardiofrênicos: velamentos/apagamento que pode ser sugestivo de derrame pleural; 
11. Traqueia. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
ALGUMAS SITUAÇÕES 
• PNEUMOTÓRAX: 
Pode ser visto como uma região onde não existem marcas vasculares, pois não há trama vascular. 
• DERRAME PLEURAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
PEAKY FLOW E INALADORES 
A VANTAGEM dos dispositivos consistem em serem pequenos, portáteis, de rápida absorção, custo 
moderado e com menos efeito colateral sistêmico (já que são de uso tópico). Sua DESVANTAGEM é a 
presença do risco de monilíase oral. 
NEBULÍMETRO 
Consiste em um dispositivo aerossol, usado para medicamentos à base de gás propelente, indicado para 
tratamento de manutenção ou alívio de doenças pulmonares. Dependendo do produto vem com 60 a 200 
doses. 
Esse dispositivo já vem montado e é indicado que se evite retirar o frascode metal do suporte de plástico 
onde está o bucal. 
1. Paciente de preferência sentado ou de pé; 
2. Agitar vigorosamente 5 a 10x o nebulímetro, garantindo a mistura do medicamento com os gases 
propelentes; 
3. Retirar a tampa; 
4. Segurar o inalador na vertical com o indicador no ápice e o polegar na base; 
5. Realizar uma expiração profunda (movimentando volume corrente e de reserva); 
6. Colocar o bucal a dois dedos de distância da boca, dessa forma o medicamento vai menos para a mucosa 
bucal; 
7. Apertar o topo do inalador para liberar a dose; 
8. Puxe o medicamento com a boca realizando uma inspiração profunda; 
9. Segure o ar por 10s, garantindo a boa penetração do medicamento e em seguida solte todo o ar; 
10. Caso seja necessária outra inalação, deve-se esperar alguns minutos e repetir o processo; 
11. Limpar com pano úmido com água morna e colocar novamente a tampa protetora; 
12. Escove os dentes, língua e bochecha após o uso caso o medicamento tiver corticoide, visto que existe 
o risco de monilíase oral. 
OBSERVAÇÃO! – TESTAR NA PRIMEIRA VEZ E DESPREZAR A DOSE 
SE FICOU PARADO MAIS DE UMA SEMANA. // O NEBULÍMETRO É 
DESCARTÁVEL, deve ser jogado fora ao final das doses. 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
NEBULÍMETRO + ESPAÇADOR 
O espaçador (dispositivos plásticos com volume de 300 a 600ml) e máscara podem ser conectados ao 
nebulímetro, facilitando a técnica de inalação (permite a inalação com respirações múltiplas em ritmo 
respiratório normal) e levando mais medicamento aos pulmões. Pode ser usado em crianças e idosos. 
1. Remova a tampa do bucal; 
2. Encaixe o espaçador no nebulímetro de forma que fique firme sem orifícios de vazamento; 
3. Agitar vigorosamente o conjunto com o bucal voltado para baixo garantindo a mistura do 
medicamento com os gases propelentes; 
4. Segurar o inalador na vertical com o indicador no ápice e o polegar na base; 
5. Realizar uma expiração profunda (movimentando volume corrente e de reserva); 
OBSERVAÇÃO! – APENAS EM PESSOAS CAPAZES em crianças e alguns idosos deve-se segurar o 
indivíduo, abraçando-o e colocando a máscara na boca e nariz. 
6. Colocar o bucal do espaçador entre os lábios ou ajustar a máscara no rosto sem deixar espaço entre 
ela e a pele; 
7. Pressione o inalador para liberar a dose; 
8. Realizar 10 incursões respiratórias pela boca de forma lenta e profunda em caso de bucal ou pela 
boca e nariz em ritmo normal no caso da máscara; 
9. Caso seja necessária outra inalação, deve-se esperar alguns minutos e repetir o processo; 
10. Escovar os dentes, língua e bochechas após o uso, caso o medicamento contenha corticoide, visto o 
risco de monilíase oral; 
11. Limpar o nebulímetro com pano úmido e o espaçador pode ser lavado (deixando secar naturalmente). 
OBSERVAÇÃO! – TESTAR NA PRIMEIRA VEZ E DESPREZAR A DOSE SE FICOU PARADO MAIS 
DE UMA SEMANA. // O NEBULÍMETRO É DESCARTÁVEL, deve ser jogado fora ao final das doses e 
o ESPAÇADOR pode ser usado por até três meses. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
AEROLIZER/AEROCAPS 
É um dispositivo inalatório, com medicamento à base de pó, liberando uma dose por vez por meio de 
capsulas gelatinosas (caso seja deslocado fragmentos para boca são comestíveis e seus resíduos devem ser 
retirados do dispositivo com um pincel macio). É indicado para tratamento de manutenção ou alívio de 
doenças pulmonares. 
1. Retirar a tampa segurando na base do inalador; 
2. Abrir o bucal; 
3. Retirar a capsula da embalagem, não pode ser deixada fora por muito tempo; 
4. Colocar a capsula no compartimento interno na posição horizontal; 
5. Fechar o bucal; 
6. Apertar completamente os botões na lateral ou na parte frontal dependendo do modelo, para perfurar 
a capsula; 
7. Solte o botão; 
8. Solte completamente o ar dos pulmões com uma expiração profunda, movimentando o volume 
corrente e de reserva expiratória, longe do inalador; 
9. Segure o dispositivo sem apertar os botões; 
10. Coloque o bocal na boca fechando os lábios firmemente com a cabeça inclinada para baixo; 
11. Inspire rápida e profundamente pela boca (irá ouvir um som de vibração, pois a capsula gira); 
OBSERVAÇÃO! – CASO NÃO OUÇA O RUIDO é porque possivelmente está grudada, abra novamente 
o compartimento, desprenda a capsula e repita o procedimento. 
12. Segure a respiração por 10s; 
13. Retire da boca e respire normalmente; 
14. Abra e verifique se existe resíduo de pó na capsula, caso exista, repita a operação; 
15. Caso seja necessária nova dose, repita o procedimento com nova capsula; 
16. Retire a capsula e seus fragmentos com pincel macio e limpe o dispositivo com pano úmido em água 
morna 
17. Escove os dentes, língua e bochecha caso o medicamento contenha corticoide, visto o risco de 
monilíase oral. 
OBSERVAÇÃO! – PODE SER USADO POR TRÊS MESES se cuidado adequadamente. 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
HANDIHALER 
É um dispositivo inalatório com medicamento à base de pó que libera uma dose por vez em capsulas 
gelatinosas. Indicado para indicado para tratamento de manutenção regular ou de longa duração de 
doenças pulmonares. 
SEU USO É SEMELHANTE AO DO AEROLIZER/AEROCAPS, porém a CÁPSULA É COLOCADA 
NA HORIZONTAL. 
OBSERVAÇÃO! – LAVE UMA VEZ POR MÊS com 
água morna deixe secando ao ar livre. 
 
 
 
 
TURBUHALER 
É um dispositivo inalatório à base de pó com múltiplas doses. Indicado para tratamento de manutenção 
ou alívio de doenças pulmonares. 
1. Retirar a tampa e verificar o número de doses restantes do produto (mostra o número decrescente de 
doses de vinte em vinte – quando chegar ao vermelho significa que restam apenas 10 doses); 
2. Segure o inalador na vertical no espaço entre o bocal e a base; 
3. Girar a base uma vez para a direita e para a esquerda até ouvir um click (no primeiro uso deve-se 
girar até ouvir três clicks); 
OBSERVAÇÃO! – CASO A DOSE SEJA CARREGADA, MAS NÃO SEJA UTILIZADA ela pode ser 
usada na próxima vez, porém o contador marcará como se tivesse sido utilizada. 
4. Solte completamente o ar dos pulmões com uma expiração profunda, movimentando o volume 
corrente e de reserva expiratória (nunca expire dentro do inalador); 
5. Feche bem os lábios ao redor do bocal; 
6. Inspire o mais rápido e profundamente pela boca; 
7. Segure o ar por 10s; 
8. Retire da boca e respire normal; 
9. Caso seja necessário deve-se repetir os passos; 
10. Escovar os dentes, língua e bochecha caso o medicamento contenha corticoide, visto o risco de 
monilíase oral; 
11. Limpe o inalador com pano seco (mantenha-o sempre seco). 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
OBSERVAÇÃO! – DISPOSITIVO DESCARTÁVEL jogue fora ao final das doses. 
RESPIMAT 
É um dispositivo com indicação de doses (podendo ser usado em diversas inalações), medicamento liberado 
sob a forma de uma fina nevoa (não usando gás propelente). Indicado para tratamento de manutenção 
ou alívio de doenças pulmonares. 
1. Montar o dispositivo removendo a base transparente e colocando o cartucho no interior do dispositivo 
(essa operação é feita uma única vez – o cartucho não deve mais ser removido); 
2. Recoloque a tampa transparente; 
3. Segure com o bocal voltado para cima e gire a base transparente até ouvir um click (significa que a 
dose foi liberada e o botão subiu); 
4. Abrir a tampa que cobre o bucal; 
5. Solte completamente o ar dos pulmões com uma expiração profunda, movimentando o volume 
corrente e de reserva expiratória; 
6. Abocanhe o bucal fechando bem os lábios e direcionando o inalador para o fundo da garganta; 
7. Libere a dose; 
8. Inspire lenta e profundamente pela boca enquanto aperta o botão que aciona o dispositivo e continue 
inspirando até o máximo possível; 
9. Segure a respiração por 10s; 
10. Retire o dispositivo e respire lentamente; 
11. Caso for mais de uma dose espere alguns minutos; 
12. Escove os dentes, língua e bochecha caso tenha corticoide, visto o risco de monilíase oral; 
13. Limpe o bocal dodispositivo com pano seco. 
OBSERVAÇÃO! – ESSE DISPOSITIVO DEVE SER PROTEGIDO DAS BAIXAS TEMPERATURAS. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELLIPTA 
1. Retire da embalagem de alumínio; 
OBSERVAÇÃO! – APÓS ABERTO deve ser usado em até seis semanas. 
2. Segure com a tampa azul para cima e para abrir deslize a tampa até embaixo até ouvir um click 
(significa que a dose foi liberada e o contador irá reduzir em um); 
3. Solte completamente o ar dos pulmões com uma expiração profunda, movimentando o volume 
corrente e de reserva expiratória (nunca expire dentro do inalador); 
4. Coloque o bocal na boca fechando os lábios firmemente com a cabeça inclinada para cima e segure 
se certificando que os dedos não estão cobrindo as entradas de ar; 
5. Inspire o mais rápido e profundamente pela boca; 
6. Segure o ar por 10s; 
7. Retire da boca e respire normal; 
8. Limpe com pano seco; 
9. Feche o dispositivo; 
10. Escove os dentes, língua e bochecha caso tenha corticoide, visto o risco de monilíase oral. 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
FOSTAIR 
Exatamente o mesmo procedimento do Ellipta. A DOSE É LIBERADA QUANDO O DISPOSOTIVO É 
ABERTO (o contador de doses reduz quando a tampa é fechada) E O CLICK É FEITO QUANDO O 
DISPOSITIVO É INALADO. 
 
 
 
 
 
 
DISCUS 
Exatamente o mesmo procedimento do Ellipta. ABRIR COM O POLEGAR, COLOCAR NA 
HORIZONTAL E DESLIZAR A ALAVANCA PARA LIBERAR A DOSE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEAK FLOW 
Esse dispositivo pode ser usado para acompanhaamento do paciente (por exemplo como quando o paciente 
está em crise e deseka saber se é necessário ir ao pronto socorro) por meio da medição do fluxo expiratório 
no primeiro segundo – quão rapido e forte o paciente consegue remover ar de seus pulmões (equivale o VEF1 
na espirometria). 
Para acompanhamento, deve ser feito duas a tres vezes por dia, três vezes cada (anotando a maior), sendo 
que o paciente deve estar de pé e ter mais de 5 anos. 
OBSERVAÇÃO! – NÃO É DE USO INDIVIDUAL pode ser trocado apenas o bocal. 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
1. Repusar por 5 a 10min antes do teste (infecções respiratorias nas ultimas tres semanas podem alterar o 
resultado) e suspender broncodilatadores (ação curta por 4h e prolongada por 12h), não tomar café e 
cha (6h) e não fumar (2h), não consumir alcoool (4h) e refeições volumosas (1h); 
2. Mover a marcação para 0; 
3. Fique de pé com a cabeça levemente voltada para trás; 
4. Deve-se esvaziar completamente os pulmões e inspirar profundamnete enchendo-os por completo; 
5. Abocanhe o dispositivo fechando firmemente com os lábios; 
6. Expire o mais rapido e forte que conseguir; 
7. O maracador irá subir na escala, cheque onde ele parou; 
8. Repita por três vezes (não devem diferir mais do que 20L/min) e anote o maior (dois maiores não devem 
diferir mais que 40L/min); 
9. O guia irá te orientar de acordo com o número alcançado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
TORACOCENTESE 
INDICAÇÕES 
• Usado de forma diagnostica para estabelecer a causa de uma efusão pleural; 
• De maneira terapêutica para drenar grandes quantidades de fluido que levam a comprometimento 
respiratório. 
CONTRAINDICAÇÕES 
Existem poucas informações sobre a segurança do procedimento em pacientes com anomalias na 
coagulação. O procedimento é provavelmente seguro em pacientes com elevações leves ou moderadas 
(aumento <1,5 do limite normal) do tempo de sedimentação de protrombina e tromboplastina. 
OBSERVAÇÃO! – USO DE PLASMA FRESCO OU PLAQUETAS se concentra em pacientes que possuem 
uma coagulopatias clinicamente significativa ou trombocitopenia (a decisão deve ser tomada de acordo 
com o caso do paciente). 
Procedimento deve ser feito com cautela em pacientes que estão recebendo ventilação mecânica (visto que 
a pressão positiva pode trazer o pulmão mais para perto da agulha de toracocentese, aumentado o risco de 
pneumotórax). Deve ser adiado em pacientes com comprometimento hemodinâmico ou respiratório grave 
(até que a condição seja estabilizada). 
Naqueles pacientes com derrames pequenos ou loculados o procedimento deve ser feito por profissionais 
experientes e de preferência com a ajuda de imagem ultrassonográfica. A agulha de toracocentese não 
deve passar por infecções cutâneas. 
MATERIAL 
1. Antisséptico para a pele; 
2. Gaze estéril; 
3. Luvas estéreis; 
4. Campo; 
5. Lidocaína 1 a 2%; 
6. Seringa de 10ml; 
7. Agulha de calibre 22 a 25; 
8. Cateter sobre a agulha de calibre 18 a 20; 
9. Seringa de 60ml; 
10. Torneira três vias; 
11. Tubo de drenagem; 
12. Tubos de drenagem esterilizados para coleta de material; 
13. Recipiente de drenagem a vácuo; 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
14. Curativo estéril. 
PROCEDIMENTO 
1. Verificar se é mesmo o paciente que precisa do procedimento; 
2. Se apresentar, explicar o procedimento e obter um termo de consentimento livre e esclarecido; 
3. Posicionar o paciente sentado na borda da cama com os pés pendurados e os braços apoiados em 
uma mesa; 
4. Marcar o local do procedimento (definido por meio de percussão e ausculta da região posterior do tórax 
ou ultrassonografia à beira do leito); 
OBSERVAÇÃO! – LOCAL DO PROCEDIMENTO deve ser 5 a 10cm lateral à coluna e pelo menos um 
ou dois espaços intercostais abaixo do topo da efusão (a agulha não deve ser inserida abaixo da nona 
costela). 
5. Aplicar a solução antisséptica; 
6. Colocar o campo estéril; 
7. Usando uma agulha calibre 25 coloque lidocaína 1 a 2% localmente na margem superior da costela 
(parte inferior deve ser evitado devido) abaixo do espaço intercostal selecionado; 
8. Mudar para uma agulha calibre 22 e anestesie os tecidos mais profundos, alternando entre a injeção 
da anestésico e puxando o êmbolo, quando iniciar a drenagem de fluido pleural injete grande quantidade 
de anestésico (pleura parietal é altamente sensível); 
9. Note a profundidade que a agulha foi inserida e retire; 
10. Conecte um cateter sobre a agulha calibre 18 a uma seringa e avance aspirando de forma 
intermitente; 
11. Quando fluido for aspirado pare de avançar e guie o cateter plástico e remova a agulha quando o 
cateter for completamente inserido (quando o paciente expirar ou fizer barulhos o cateter deve ser tapado 
com o dedo evitando a entrada de ar no espaço pleural); 
12. Coloque a torneira de três vias; 
13. Acople uma seringa e aspire o fluido; 
14. Quando a seringa encher ajuste a torneira para fechar na direção do paciente (deve estar aberta na 
direção do paciente apenas quando estiver ocorrendo uma drenagem ativa); 
15. Coloque o fluido em pequenos tubos de espécimes; 
16. Caso mais fluido precise ser drenado conecte um recipiente de drenagem à vácuo e abra a torneira 
para o paciente e para o tubo (permitindo o recipiente encher); 
ATENÇÃO! – NÃO DEVEM SER REMOVIDOS MAIS QUE 1.500ML DE LÍQUIDO PLEURAL pois 
isso pode resultar em edema pulmonar pós-expansão. 
17. Remover rapidamente o cateter enquanto o paciente prende a respiração; 
18. Coloque o curativo e limpe ao redor da pele do paciente. 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
ANÁLISE DO LÍQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ANÁLISE MACROSCÓPICA: 
1. Odor: odor fétido (presença de infecção) e odor amônico (presença de urina); 
2. Cor: seroso, sero-fibrinoso (conteúdo celular ou lipídico), sero-hemático (sangue – quando hematócrito 
do líquido pleural for > 50% do hematócrito do sangue = hemotórax), purulento (empiema), leitoso 
(quilotórax). 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• ANÁLISE BIOQUÍMICA: 
1. Critérios de Light: proteína e desidrogenase lática (DHL); 
2. Glicose: quando <60mg/dL exsudato e >60mg/dL transudato; 
3. NT-proBNP >1500: marcador sensível de IC; 
4. Amilase >200: pancreatites, neoplasia e ruptura de esôfago; 
5. Triglicerídeos, colesterol e quilomícrons. 
 
• ANÁLISE MICROBIOLÓGICA: 
Avaliação da presença debactérias gram positivas ou negativas. 
• ANÁLISE CITOLÓGICA: 
Presença elevada de neutrófilos e linfócitos, indica um processo inflamatório. Quando a celularidade está 
<100mm3 = transudatos e >100mm3 = exsudatos. 
• PH: 
Elevado em transudatos e baixo em exsudatos. 
COMPLICAÇÕES 
• Pneumotórax é incomum e quando ocorre é reabsorvido (não é recomendada radiografia após uma 
toracocentese não complicada); 
• Dor; 
• Tosse; 
• Infecção localizada; 
• Hemotórax; 
• Injuria de órgão intra abdominal; 
• Embolia aérea; 
• Edema pós expansão pulmonar. 
OBSERVAÇÃO! – RADIOGRAFIA deve ser solicitada quando ar é aspirado no procedimento, paciente 
desenvolve dor torácica, dispneia ou hipoxemia e em pacientes muito doentes ou com ventilação 
mecânica.