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→ Principal nutriente do milho = amido (carboidrato, polímero de glicose). ↓ Muito energético →A soja e o milho são os principais alimentos proteicos que se usa em nutrição animal (fora os pets). Herbívoros ruminantes → Alimentam de forragens (alimento rico em celulose). Se a celulose é um polímero de glicose como o amido, por que não comemos forragem? Resposta = tudo é glicose, mas estão em disposições diferentes uma da outra. Não temos enzimas, no trato digestivo, capazes de quebrar esse tipo de ligação. Dessa forma, não conseguimos tirar a glicose para nós (em termos metabólicos), o que se consegue é muito pouco, pois tem um compartimento do nosso trato digestivo que consegue usufruir dessa glicose, mas a capacidade é muito pequena. → o ruminante (equino), assim como nós, não tem celulase (enzima) no suco pancreático. - Os ruminantes apresenta microrganismo nas câmaras fermentativas (fermentação rumenal). - O equino tem fermentação pós-gástrica no intestino grosso (no cólon ascendente transverso). → Nos processos fermentativos tem produção de ácidos graxos voláteis (AGV´s). → O ruminante tem os pré-estômagos (rúmen = câmara fermentativa). @relatosdavet_ → A fermentação ocorre no rúmen e no intestino grosso, pois nestes locais tem ausência de O2 (aceptor final de elétrons). → Herbívoros ruminantes tem fermentação pré-gástrica (fermentação antes do abomaso/estômago verdadeiro). → Equino tem fermentação pós-gástrica (depois do estômago, no intestino grosso). Nos, humanos, fermentamos? Resposta = sim, mas com capacidade fermentativa muito baixa, assim como o cão e gato, tendo em vista que o intestino grosso é muito curto. ↓ Por isso não se pode colocar muita celulose na ração desses animais. → Fibras insolúveis = celulose, M- celulose, lignina. → Métodos de análises diferentes (em termos de balanceamento): - FDN: fibra detergente neutro (para ruminantes e equinos). - FB: fibra bruta (para suínos, aves, cães). → FDN: carrega celulose, M- celulose, lignina. A celulose e a M- celulose realmente fermentam (no rúmen e no intestino grosso). Como está fermentando em ambiente anaeróbio, a glicose que está dentro da fibra é “roubada” pela bactéria (adere à fibra), a qual rompe as ligações e absorve glicose para dentro dela. Assim, acontece a via glicolítica, em que a glicose fosforila em 10 reações até chegar em piruvato, tendo produção de ATP como saldo final. Porém, como o ambiente é anaeróbio, o piruvato é transformado em AGV´s dentro da bactéria, a qual os coloca no fluído rumenal e as papilas absorvem. Assim, os AGV´s fazem parte do metabolismo celular desse equino/bovino/frango, etc. Obs: se a via glicolítica acontece em nosso organismo ou no de algum animal, o piruvato descarboxila e entra para a mitocôndria, como bactéria não tem mitocôndria isso não acontece. → AGV´s: acido acético, butírico e propiônico. → Fermentar: é a bactéria colonizar, absorver a glicose, colocar na via glicolítica, transformar em piruvato e transformar o mesmo em AGV´s. @relatosdavet_ Ruminantes X monogástricos → Na dieta de equinos/bovinos pode ter mais fibra, pois eles são fermentadores (têm grandes câmaras de fermentação). → A capacidade fermentativa é avaliada pelo tamanho do intestino grosso em relação ao tamanho do trato digestivo total. → Os monogástricos são péssimos fermentadores de fibra/carboidratos, porque a câmara de fermentação é pequena. → Os carboidratos totais são divididos de duas formas: carboidratos insolúveis (celulose e m celulose) e solúveis. → Lignina é indigestível, pois 100% saem nas fezes. → Forragens: ricas em fibras (ruminantes e equinos são excelentes digestores de fibra, pois ambos possuem câmara de fermentação grande). → Métodos de analise de fibra: - fibra bruta (FB): nos rótulos das rações, por lei, está escrito “matéria fibrosa”. Tem dois reagentes químicos. - fibra detergente neutro (FDN): possui 8 reagentes químicos Ambos são análises de fibra insolúvel, mas o valor da fibra bruta é menor que o valor de FDN (fibra real que está no alimento). → Para monogástricos, o teor final de fibra insolúvel é menor que 10%, se for mais do que isso, começa a extrapolar a capacidade fermentativa desses animais, tirando energia da dieta. Método FDN. Se tiver uma dieta desses animais muito rica em fibra, tira-se o consumo de energia deles (energia que consegue usar no metabolismo). → Pelo método de FB tem erro de analise, o valor é subestimado. Se pegar a ração de um animal ela esta 3% de fibra, dos 10% que realmente tem. Obs: não se utiliza mais FB para ruminantes → Para monogástricos de teor de fibra insolúvel é 10%, pois nesse valor tem o mínimo de motilidade intestinal (uma quantidade de fibra que, ao fermentar no intestino grosso vai ter o butirato – tem extrema importância para saúde do colón). @relatosdavet_ → Há dois métodos de formular uma dieta: por meio de tentativa e erro ou usando uma função linear dentro de programas → Fibra insolúvel alta na dieta de monogástricos aumenta o volume fecal e a umidade (fezes pastosas), tendo em vista que o resíduo aumenta, já que o animal não digere e não fermenta com alta capacidade igual um ruminante. As fezes ficam pastosas porque o principal ponto de reabsorção de água no trato digestivo é o intestino grosso, e a fibra também retém água. Entretanto, quando monogástricos estão obesos ou com sobrepeso, usa-se uma dieta rica em fibra e proteína para a redução do peso. → Ração top: - FB normal = 4% - lipídeo = 15 ou 16% - ENN = em media 40 ou 50% ENN: extrativo não nitrogenado (carboidrato solúvel) → Quando a proteína está alta o fígado trabalha mais, pois aumenta o ciclo da ureia (devido ao excesso de proteína). Nesse ciclo gasta-se muito ATP, tendo uma balança negativa de energia, onde o que ele consome de energia é menos do que sua necessidade, pois isso busca energia no corpo. Obs: perder peso é atender a necessidade energética do metabolismo com gordura corporal. → Se der excesso de amido para bovino de corte o que acontece? O amido fermenta rápido e produz muito acido, com isso o pH do rúmen cai, levando a uma acidose rumenal. → Se der excesso de fibra para uma vaca de leite? A fibra fermenta lentamente e o animal não come a quantidade de energia necessária, o que piora o balanço da energia negativa. Obs: deve-se ter um equilibro entre FDN e CNF (carboidrato não fibroso) para atender a necessidade do animal. → O mínimo de fibra faz o colchão fibroso no rúmen, onde a fibra fica “boiando”. Isso estimula a ruminação da ingesta, o que estimula a produção de saliva. A saliva, quando cai no rúmen, tem ação tamponante (carrega bicabornato de sódio). O colchão fibrose não deixa ter acidose no rúmen, pois o alimento não fica parado (sofre ruminação). → Não se vê muitas fibras nas fezes de ruminantes, pois o omaso não deixa passar rápido (precisa ruminar). Já nos equinos, é possível observar as fibras nas fezes, pois não tem filtro. Assim, como o cavalo passa a ingesta rapidamente, se ele comer muito amido vai chegar muito do mesmo no intestino grosso, o qual irá fermentar muito ácido (AGV’s) e o pH do intestino grosso irá cair levando a uma acidose. Nessa acidose as bactérias morrem e liberam LPS no meio, que uma vez absorvido pode causa laminite (problema de claudicação). @relatosdavet_ → O excesso de amido em monogástricos gera obesidade, pois os animais absorvem bem o amido em forma de glicose. Mas, a glicose circulante vai estar mais alta, pegando a rota lipogênica (obesidade). → Monogástricos: baixo amidona ração e alta fibra faz perder peso ou não ter ganho de peso necessário, já que a fibra aumenta o transito intestinal, o que leva nutrientes para as fezes, aumentando o volume fecal e gerando perda de nutrientes. → Proteína bruta = proteína verdadeira (PV) + NNP (nitrogênio não proteico) → O que diferencia um alimento de outro é o perfil de aminoácidos que está na proteína verdadeira → As dietas de monogástricos tem que ter 95% ou mais de proteína verdadeira, pois os mesmo não tem fermentação pré-gástrica (não tem microrganismo para usar). → Ruminantes: únicos que conseguem trabalhar com o NNP mais alto, porque as bactérias vão usar esse nitrogênio não proteico. → No ruminante, a proteína bruta é dividida em duas siglas (quando se faz o balanceamento). PDR (proteína degradável no rúmen) + PNDR (proteína não degradável no rúmen). O PDR é a necessidade proteica da bactéria. O PNDR passa pelo rúmen sem as bactérias hidrolisarem, chega ao abomaso e intestino delgado para ser absorvido. → As dietas de ruminantes são ricas em PDR e mais baixas em PNDR Quando as bactérias fermentam os carboidratos ao mesmo tempo em que esta hidrolisando a proteína (para pegar aminoácidos e NNP para ela), ela sintetiza a proteína microbiana. A PDR atende a necessidade da bactéria do rúmen de aumentar a população microbiana. Com isso, partes das bactérias saem do rúmen e vão para o intestino delgado, onde é fonte de aminoácidos para o ruminante, uma vez que o intestino absorve as bactérias e as mesmas são ricas em proteínas. → A principal fonte de aminoácido no sangue dos ruminantes é a proteína microbiana. → Monogástricos: os aminoácidos absorvidos são somente da dieta (pois não tem fermentação pré-gástrica), por isso 95% da proteína tem que ser verdadeira. → A proteína quando passa no intestino é chamada de proteína metabolizável (soma da proteína microbiana com o PNDR). Em monogástricos, 100% dessa proteína metabolizável é dietética (veio de dieta). @relatosdavet_
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