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Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII Definição: Placenta que se insere parcial(inserção baixa/viciosa de placenta) ou totalmente no segmento inferior do útero(entre o istmo e o colo) após 28ª semana de gestação. *Hemorragias da segunda metade da gestação: placenta prévia, dpp, rotura de vasa prévia, rotura de seio marginal, rotura uterina, ginecopatia, pequeno sangramento durante o trabalho de parto. Epidemiologia: Incidência de 0,35-0,46% das gestações. Classificação: Baixa: localizada próximo ao colo do útero, não o afetando. *Só pode ser considerada inserção baixa de placenta quando for tempo > que 28 semanas de gestação. Antes desse período pode haver este tipo de descrição no USG e com o passar da gestação a placenta “vai subindo). Placenta centrototal: oclusão total do orifício interno do colo uterino →indicação absoluta de cesárea; é a que mais sangra. Placentra centroparcial: recobre parcialmente o orifício do colo uterino→indicação de cesárea. Placenta marginal: atinge borda do orifício interno do colo uterino Placenta lateral: atinge orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo por completo, no segmento inferior, distal até cerca de 2-5 cm do orifício interno. *A região do segmento inferior tem menos vascularização → pequena atrofia→ conforme o desenvolvimento da gestação→ela migra para cima→busca alimento e vascularização. *O local ideal para nidação da placenta é no fundo do útero, na parede posterior. A: centrototal; B: centroparcial; C: marginal; D: lateral. Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII Etiologia: Primitiva: ocorre por imaturidade do ovo ou condições inapropriados para crescimento do feto. Ainda na imaturidade, o ovo atinge a cavidade uterina sem se implantar completamente. Condições inflamatórias, infecciosa ou atróficas podem alterar a decídua →leito placentário improprio para nidação. Secundária: ocorre implantação da placenta no segmento inferior do útero, por crescimento placentário inusitado, nesse caso, ocorre inversão de vilosidades coriais com involução e regressão das vilosidades contíguas da decídua basal e crescimento das vilosidades do lado da decídua reflexa. Fatores predisponentes: o Cicatriz de cesárea ou de miomectomia o Placenta prévia anterior o Idade materna avançada >35 anos o Curetagens uterinas de repetição: retira muita decídua e na próxima gestação vai ter menos substrato de “alimentação” para o feto. o Multiparidade: > 5 partos. o Tabagismo: aumenta quantidade de CO →diminui nutrição fetal. o Outras cicatrizes uterinas o Endometrite o Gemelaridade o Antecedente de inserção baixa de placenta Quadro clínico: Hemorragia genital sem causa aparente, indolor, de coloração vermelho-vivo como início e parada súbitos em episódios que se repetem e se agravam. Não é comum alterações da vitalidade fetal. Além dessa sintomatologia, a gestante pode apresentar anemia materna, choque hipovolêmico, trabalho de parto prematuro, alterações da vitalidade fetal se sangramento for muito intenso. *IIIP: hemorragia indolor(sangramento vermelho vivo), intermitente, imotivado(sem motivo para sangramento) e progressivo. *Toda mulher que sangra na gravidez →fazer tipagem sanguínea →se for RH negativa não sensibilizada →dar anti-imunoglobulina. *É mais comum a apresentação anômala do feto, como a córmica. Diagnóstico: Quadro clínico sugestivo após 28ª semana de gestação, sem repercussão fetal. Ao exame físico a ausculta fetal revela feto em boas condições. Exame especular obrigatório, cujo pode revelar origem do sangramento, pois a paciente pode estar sangrando por ginecopatia. A USG obstétrica é o melhor exame para ver implantação segmentar da placenta e sua reação com orifício interno do colo. Se for USG com doppler vai poder perceber acretismo *Não fazer toque. Posso ter placenta centrototal ou centroparcial e ao fazer o toque →induzo descolamento da placenta. *Acretismo placentário total: O acretismo placentário é uma condição clínica na qual a placenta não se descola espontaneamente da parede uterina ao nascimento e não pode ser removida sem que ocorra uma hemorragia materna. Acreta: não penetra ainda no miométrio Increta: indicação de histerectomia Percreta: indicação de histerectomia Diagnósticos diferenciais: o DPP o Rotura uterina o Rotura de vasa prévia o Rotura de seio marginal o Lesões cervicais/tumores/inflamações/pólipos o Lesões na vagina ou vulva. Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII Conduta: -Verificar hemorragia: se for intensa →resolução por cesárea. -Verificar idade gestacional: o Gestação <37 semanas: • Internar gestante sintomática →controle do sangramento • Controle de sinais vitais • Corticoterapia →amadurecimento pulmonar, se gestação entre 26-34 semanas • Dar ferro elementar ou concentrado de hemácias. • Gestação interrompida quando atingir o termo ou impossibilidade de controle hemorrágico. o Gestação >37 semanas/ termo: • Resolve-se por Cesária • Parto deve ser obrigatoriamente cesárea se PP for completar ou se feto estiver morto. -Verificar tipo de placenta: o Marginal e lateral →pode esperar trabalho de parto, fazer amniotomia. o Centroparcial e centrototal → fazer cesárea. Histerectomia: TTO padrão em caso de incretismo ou percretismo placentário, sendo que se gestante quiser ter mais filhos, somente partes do útero poderão sofrer exérese. Se houver percretismo →invasão de órgãos vizinhos como bexiga e reto. • Se focal-→retirar útero e ligar o ponto de invasão A demora da histerectomia pode acarretar complicações significativas Se óbito fetal: Cesárea indicada se placenta centrototal/centroparcial. Se gestante com PP sem complicações →nascimento ocorre entre 36-37 semanas. Gestante RH negativa são sensibilizada que apresenta sangramento vaginal →dar imunoglobulina anti-D. Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII Complicações da placenta prévia: Questões: Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII 1. Sobre Placenta prévia, assinale a alternativa correta. A. A placenta prévia é a separação intempestiva da placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto. B. A Placenta prévia-total é quando alguma porção da placenta está implantada no segmento inferior e se estende ao orifício interno cervical, mas não o ultrapassa. C. A Placenta prévia-marginal ocorre quando o orifício interno cervical está completamente cerrado pela placenta. D. A placenta prévia é a implantação de qualquer parte da placenta no inferior do útero, e pode ser classificada como placenta prévia-total, placenta prévia-parcial e placenta prévia marginal. E. Placenta prévia-parcial é quando o orifício interno cervical está completamente coberto pela placenta 2. Uma mulher com 38 anos, G5P4A1, apresenta-se para os cuidados pré-natais na 32semana de gestação. Uma revisão de sua história obstétrica revela que ela teve umainterrupção eletiva da gravidez e que suas outras gestações foram por parto cesáreo. Elaé uma tabagista de 2 maços por dia.Assinale a característica da história dessa paciente que sugere o maior risco de placentaprévia. A) Idade da paciente. B) Paridade elevada. C) O número de partos cesáreos prévios. D) História de tabagismo. 3. A rotura prematura das membranas ovulares é responsável por 1/3 dos partos pré-termo e contribui para aumento damortalidade perinatal.No manejo da rotura prematura das membranas ovulares, deve-se (A) avaliar a possibilidade de placenta prévia e/ou descolamento prematuro da placenta, quando a perda de líquido amniótico é acompanhada por sangramento. (B) adotar conduta expectante, instituir tocolíticos e corticoterapia para maturação pulmonar, quando a rotura ocorrer até a 24a semana de gestação.(C) realizar toque vaginal ao menos 1 vez a cada 2 dias, para avaliar as condições do colo do útero, quando a rotura ocorrer entre as 24a e 33a semanas de gravidez. (D) realizar cesariana, quando a rotura ocorrer entre a 34a e a 36a semanas de gravidez. (E) internar a gestante, fazendo-a permanecer em repouso absoluto (sem permissão para ir ao banheiro), e sua curva térmica deverá ser assinalada em intervalos de 2 horas (inclusive durante o sono), quando a rotura ocorre entre 24 e 33 semanas. Laís de Campos Bento – Medicina Unicid – Turma XXVII 4. A hemorragia pode representar complicação gestacional, sendo mais frequentemente relacionada a descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia, que correspondem a até 50% dos diagnósticos. É importante conhecer os fatores relacionados para traçar o plano de acompanhamento de enfermagem à gestante. Para placenta prévia, o principal fator de risco é: a)Cesariana prévia. b)Uso de drogas. c)Idade materna avançada. d)Trauma abdominal. e)Rotura prematura de membranas ovulares. 5. A placenta prévia se caracteriza clinicamente por hemorragia indolor transvaginal. Quanto ao planejamento do parto concomitante a tal anormalidade, pode-se afirmar que o parto vaginal pode ser permitido na seguinte condição: (A)quando a placenta recobrir parcialmente o orifício externo (B)se a borda inferior da placenta estiver a mais de 2 cm do orifício interno do colo (C)se a borda inferior da placenta estiver a menos de 2 cm do orifício interno do colo (D)quando a borda inferior da placenta recobrir parcialmente o orifício interno do colo, distando mais de 3 cm deste 1C; 2C; 3C; 4D; 5C; 6A 1D; 2C; 3A; 4A; 5B
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