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DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR PEDIATRIA

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Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR – PEDIATRIA 
OBJETIVOS 
- Conhecer os princípios básicos e principais 
marcos do desenvolvimento. 
- Conhecer os sinais de risco OMS e MS. 
- Conhecer os reflexos primitivos. 
- Fatores de risco para atraso do 
desenvolvimento. 
INTRODUÇÃO 
- O desenvolvimento compreende alguns 
domínios de função, todos interligados, sendo 
eles: 
✓ Sensorial; 
✓ Linguagem; 
✓ Cognitivo; 
✓ Motor; 
✓ Adaptativo; 
✓ Emocional; 
AVALIAÇÃO 
- Avaliada na consulta pediátrica. 
- Escalas desenvolvidas com objetivo de guiar a 
avaliação profissional: 
✓ Teste de Gesell; 
✓ Teste de triagem de Denver II; 
✓ Escada de desenvolvimento infantil de 
Bayley; 
- No BR → Caderneta de Saúde da Criança (do 
MS), disponibiliza uma sistematização para a 
avaliação do desenvolvimento da criança até os 3 
anos de idade. Contendo os principais marcos do 
desenvolvimento. 
- A caderneta facilita o acompanhamento dos 
ganhos no desenvolvimento neuropsicomotor 
conforme a criança vai crescendo. 
- Conduza a consulta de forma individualizada, 
levando em consideração diversos fatores 
sociais, familiares e ambientais que possam 
influenciar esse processo. 
Primeiras consultas → pergunta-se a 
mãe/cuidador sobre fatores relacionado são 
desenvolvimento do bebê. Observar detalhes do 
exame físico e finalizar com a observação da 
criança quanto a presença dos marcos de 
desenvolvimento. 
- Em todas as consultas deve-se realizar a 
avaliação do desenvolvimento. 
- Observe a forma como a mãe segura o bebe, se 
existe contato visual e verbal de forma afetuosa 
entre ela e a criança. Se a criança faz busca 
visual ou tem interesse pelo ambiente ao redor, 
se a criança está em bom estado de higiene e se 
a mãe/cuidador presta atenção às orientações. 
- Observe também que há participação paterna. 
- Observe também se a mãe conta com rede de 
apoio e observar sinais de depressão pós-parto. 
Depressão pós-parto: É de extrema importância 
encaminhar a mãe ao especialista. 
- É importante extrair informações a respeito de 
possíveis fatores de risco ou alterações físicas 
associados a distúrbio do desenvolvimento, 
sendo estes: 
 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES 
- No lactente nascido a termo, ao nascimento há 
mielinização no tronco cerebral dorsal, 
pedúnculos cerebelares e perna posterior da 
capsula interna. 
- A substancia branca cerebelar se mieliniza por 
volta do primeiro mês e se completa no 3º. 
- Substancia branca subcortical do córtex 
parietal, frontal posterior, temporal e calcarina 
está parcialmente mielinizada aos 3 meses. 
- Mielinização → significa a aquisição de 
movimentos mais coordenados e complexos nas 
estruturas e domínios influenciados pelas regiões 
encefálicas mielinizadas. 
Aquisições motoras: inicialmente, o movimento 
dos membros consiste em basicamente 
contrações descontroladas. 
- RN → começa um padrão motor muito imaturo, 
com reflexo tônico cervical assimétrico, 
conferindo-lhe uma postura assimétrica; e 
predomínio do tônus flexor e hipotonia intensa da 
musculatura paravertebral. 
- Movimento do RN → reflexo que tende a 
desaparecer com o passar dos meses. 
- É por isso que, ao vermos bebês, RN, eles 
tendem estar “encolhidinhos”. 
RN: 
✓ Reflexo tônico clônico assimétrico; 
✓ Predomínio do tônus flexor; 
✓ Hipotonia da musculatura paravertebral; 
✓ Movimentos reflexos; 
- O tônus flexor do RN é substituído pelo padrão 
extensor de forma gradual. 
- Esse amadurecimento acontece na direção 
craniocaudal, alcançando o quadril e os membros 
inferiores por último. 
- A partir do segundo semestre → criança é 
capaz de alternar entre flexão e extensão e, 
consequentemente, rolar. 
- Quando há dissociação de movimento entre as 
cinturas pélvicas e escapular, o bebê é capaz de 
sentar-se. 
- Além do craniocaudal, o amadurecimento 
ocorre na direção proximodistal. 
- Primeiro com aquisição simples e depois com 
aquisições mais complexas. 
- Primeira musculatura a ser controlada: ocular. 
- Depois, a musculatura do controle da cabeça e 
depois do tronco. 
- 3º trimestre: bebê adquire a posição ortostática. 
- Entre 18 – 24 meses: a criança tem melhorias 
no equilíbrio e agilidade → passando a ser 
capazes de correr e subir escadas. 
- Em relação ao desenvolvimento motor fino, este 
ocorre no sentido proximodistal, por ex: 
* Ao nascer, a criança mantem as mãos fechadas 
pela maior parte do tempo (mãos fletidas – tônus 
flexor). Com a redução desse tônus flexor 
(gradual), a criança passa a manter as mãos 
abertas a maior parte do tempo no 3º mês, 
conseguindo agarrar objetos (mesmo sendo 
incapazes de soltar). Já entre o 5º-6º mês, a 
criança inicia o movimento de pinça, que vai se 
aperfeiçoando até o momento onde há o 
movimento polpa com polpa. 
Função sensorial: em especial, visão e audição. 
VISÃO: 
- O RN é capaz apenas de focalizar um objeto e 
pouco centímetros e tem preferencia por rostos 
humanos. 
- É importante perguntar aos familiares se a 
criança focaliza os objetos e os segue com o 
olhar. 
- Pergunte também se prefere o rosto materno 
(resposta idealmente serão positivas). 
- Ao examinar olhos, atentar-se: 
✓ Tamanho das pupilas; 
✓ Pesquisar reflexo motor bilateralmente; 
✓ Reflexo vermelho; 
AUDIÇÃO: 
- O bebê já escuta desde o 5º mês de gestação. 
- Ao nascer, já existe familiaridade com as vozes 
materna e familiares (além de sons do organismo 
materno). 
- É interessante perguntas na consulta do bebê 
se ele se assusta ou acorda/chora com sons 
altos e repentinos, se procura a origem dos sons 
e se fica mais calmo com a voz da mãe. 
TESTE DA ORELHINHA: triagem de problemas 
auditivos e recém-nascidos, sendo obrigatório. 
- Também chamado de “exame de emissões 
otoacústicas evocadas”. 
- Consiste na produção de um estimulo sonoro e 
na captação do seu retorno por meio de uma 
delicada sonda introduzida na orelhinha do bebê. 
- Realizada ainda no hospital, a partir das 48h de 
vida, quando o RN está dormindo. 
- É importante ressaltar que a audição é um 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
sentido muito importante para o desenvolvimento 
da criança, inclusive da linguagem. 
Sociabilidade: o olhar e o sorriso são formas de 
comunicação desde o nascimento. 
- A partir da 4ª – 6ª semana: bebê apresenta 
sorriso social, desencadeado por estímulos – 
sendo a face humana o principal. 
- No 2º semestre, o bebê consegue distinguir 
pessoas familiares e desconhecidas, passando a 
sorrir apenas para aquelas (pode haver medo e 
recusa do estranho). 
Linguagem: é expressa pela mimica facial nos 
primeiros meses de vida, especialmente o choro. 
✓ 2º - 3º mês → emissão de barulhos; 
✓ 6º mês → sons silabais e balbucio; 
✓ 9º - 10º mês → balbucios semelhantes à 
linguagem do seu meio; 
✓ 2º semestre → linguagem gestual → é 
comum apontar e obedecer a comandos 
verbais simples (bater palma e acenar); 
✓ 12 meses → surgem as primeiras 
palavras; 
✓ 18 meses → iniciam frases simples; 
- A partir de 18 meses, a criança passa a ter 
linguagem em dois turnos, ou seja, ela emite a 
mensagem e espera a resposta do interlocutor 
para então tornar a emitir outra mensagem. 
- Na fase pré-escolar, há a separação emocional 
dos pais e maior inserção na sociedade. 
- O córtex cerebral nessa fase passa por um 
aumento da sua área, redução da sua espessura 
e alteração de volume. 
- Momento de crescimento e expansão cerebral 
que antecede a “poda neuronal” subsequente. 
- O desenvolvimento da linguagem ocorre de 
forma exponencial entre 2 – 5 anos. 
Obs: atrasos na linguagem podem significar 
indícios de deficiência intelectual, transtorno 
do espectro autista ou maus tratos. 
PRINCIPAIS MARCOS DO 
DESENVOLVIMENTO 
Entre 1 e 2 meses: predomina tônus flexor, háassimetria postural e preensão reflexa. 
REFLEXOS: 
✓ Apoio plantar; 
✓ Sucção; 
✓ Pressão palmar; 
 
- Preensão palmar → flexão dos dedos à 
pressão na palma da mão. 
- Preensão plantar → flexão dos dedos após 
pressão na base dos artelhos. Dura mais tempo, 
podendo ir até os 10 – 11 meses de vida. 
 
Reflexo de sucção: estimulação dos lábios, 
gerando sucção vigorosa. 
- Sua ausência = disfunção neurológica grave. 
- Reflexo de busca, estimulado por colocação dos 
dedos nas comissuras labiais desaparece 
precocemente aos 2 meses. 
Desaparecem até o 
6º mês. 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
 
Preensão dos artelhos: desaparece até o 11º 
mês. 
Reflexo cutâneo-plantar: extensão do hálux 
após o estimulo lateral do pé. 
- Ocorre até o 13º mês – a resposta a esse 
estimulo deve ser a flexão (extensão considerada 
patológica). 
Reflexo de moro: realiza-se uma queda súbita 
da cabeça da criança, amparada pela mão do 
examinador. 
- Isso desencadeia extensão e abdução dos 
membros superiores, seguidas de choro. 
- Deve ser sempre simétrico. 
- É incompleto até o 3º mês e não deve existir 
após os 6 meses. 
Reflexo tônico-cervical (do Esgrimista): 
rotação da cabeça para um lado, com extensão 
dos membros do lado contralateral e flexão dos 
membros do lado ipsilateral. 
 
- Exame realizado bilateralmente. 
- Desaparece até o 3 – 4 meses de vida. 
Reflexo da marcha: o bebê inclina o tronco após 
apoio plantar. As pernas se cruzam uma à frente 
da outra. 
- Presente até os 2 meses de vida. 
 
Reflexo de colocação (Placing): estimulo tátil 
do dorso do pé, segurando o bebê pelas axilas. 
- Pé irá se elevar como se estivesse subindo uma 
escada. 
- Dura até os 2 meses de vida. 
1º MÊS: entre 1 e 2 meses. 
✓ Melhor percepção de um rosto, medido 
com base na distancia entre bebe e seio 
materno; 
2 – 3 MESES: 
✓ 2 – 3 meses: sorriso social; 
✓ 3 meses: adquire noção de profundidade; 
✓ 2 – 4 meses: fica de bruços, levanta a 
cabeça e ombros na posição prona; 
✓ Em torno dos dois meses: ampliação do 
campo visual do bebê. O bebê visualiza e 
segue os objetos com o olhar, 
ultrapassando a linha média. 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
4 MESES: 
✓ Preensão voluntaria das mãos – agarra 
objetos em sua mão; 
✓ Observa sua própria mão; 
✓ Segue com o olhar até 180º; 
✓ Grita; 
✓ Senta com apoio; 
✓ Sustenta a cabeça; 
✓ 4 – 6 meses: volta a cabeça em direção a 
estímulo sonoro; 
6 – 8 MESES: 
✓ Começa a ter noção de “permanência do 
objeto”; 
✓ Procura objetos fora do alcance; 
✓ Tenta alcançar um brinquedo; 
✓ Volta-se para o som; 
✓ Rola no leito; 
✓ Inicia interações; 
✓ A partir do 7 mês: senta-se sem apoio; 
✓ 6 – 9: arrasta-se, engatinha; 
✓ 6 – 8: apresenta reações a pessoas 
estranhas; 
9 – 10 MESES: 
✓ Transmite objetos de uma mão para a 
outra; 
✓ Pinça polegar-dedo; 
✓ Balbucia; 
✓ Estranhamento; 
✓ Brinca de esconde-achou; 
✓ 10 meses: fica em pé sem apoio; 
✓ 9 – 12 meses: engatinha ou anda com 
apoio; 
12 MESES: 
✓ 12 – 18 meses: bebê anda sozinho; 
✓ Acuidade visual de adulto; 
✓ Bate palmas; 
✓ Acena; 
✓ Combina silabas; 
✓ Faz pinça completa; 
✓ Segura copo ou mamadeira; 
15 MESES: 
✓ Primeiras palavras; 
✓ Primeiros passos; 
✓ Ativo; 
✓ Curioso; 
18 MESES: 
✓ Anda; 
✓ Rabisca; 
✓ Obedece a ordens; 
✓ Nomeia objetos; 
✓ 18 – 24 meses: bebê corre e sobe 
degraus baixos; 
2 – 3 ANOS: 
✓ Diz o próprio nome; 
✓ Nomeia objetos como sua posse; 
✓ Aprox. 2 anos: reconhece-se no espelho, 
brinca de faz de conta, sobe escadas, 
corre, formula frases simples, retira peça 
de roupa, tenta impor sua vontade; 
✓ 2 – 3 anos: pais devem começar a 
gradualmente retirar as fraldas e ensinar a 
usar o penico; 
4 – 6 ANOS: 
✓ 3 – 4 anos: veste-se com auxílio; 
✓ 4 – 5 anos: conta ou inventa histórias; 
✓ Comportamento egocêntrico; 
- A partir dos 6 anos: 
✓ Passa a pensar com logica; 
✓ Memoria e hab. Linguística aumenta; 
✓ Ganhos cognitivos aumentam capacidade 
de tirar proveito da educação formal; 
✓ Autoimagem se desenvolve e passa a 
impactar na autoestima; 
✓ Amigos assumem importância 
fundamental; 
✓ Criança passa a entender constância de 
gênero; 
7 ANOS: 
✓ Desenvolve julgamento global de 
autovalor; 
✓ Ideias sobre o que ela é e como deve ser; 
✓ Influencia dos pares assume maior 
importância e a dos pais diminui; 
10 ANOS: 
✓ Mudanças relacionadas à puberdade; 
✓ Há um estirão no crescimento; 
 
 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
COMO AVALIAR O DESENVOLVIMENTO 
- Quanto aos marcos: o MS disponibiliza uma 
planilha que deve ser utilizada como guia para 
avaliação do desenvolvimento de crianças até os 
3 anos. 
*PLANILHA AO FINAL DO RESUMO* 
ATRASO DE DESENVOLVIMENTO 
- Se todos os marcos estão presentes, mas há 1 
ou mais fatores de risco, trata-se de um 
desenvolvimento adequado com fator de risco. 
- Devemos informar a mãe/cuidador sobre os 
sinais de alerta. 
- Na presença de algum sinal → criança deverá 
ser reavaliada em 30 dias. 
- Se há ausência de um ou mais marcos para 
faixa etária → alerta para desenvolvimento, deve-
se orientar a mãe/cuidador sobre estimulação da 
criança e marcar retorno em 30 dias. 
Provável atraso de desenvolvimento: 
✓ PC → < -2 escores Z; 
✓ PC → > +2 escores Z; 
✓ Presença de 3 ou mais alterações 
fenotípicas; 
✓ Ausência de 2 ou mais marcos; 
Obs: PC = perímetro cefálico. 
 
 
Vitória S. Fraulob T4C SBC 
 
 
Vitória S. Fraulob T4C SBC

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