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Revisão Anatômica do Umbigo

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Revisão anatômica - Umbigo
Umbigo é a região que faz a ligação do feto com a placenta da mãe. É o local onde o feto vai receber os nutrientes 
da mãe durante e eliminar a urina durante a gestação. Consiste em três estruturas que sofrem modificações 
funcionais e anatômicas ao nascimento > uma veia, duas artérias e o úraco.
Artérias > as duas artérias umbilicais vão conectar as artérias ilíacas internas do feto à placenta. Depois 
do nascimento, com a ruptura do cordão umbilical, elas darão origem ao ligamento redondo da bexiga
-
Veia umbilical > essa veia conecta a placenta ao fígado do feto. Vai dar origem ao ligamento redondo do 
fígado, que permanecerá durante a vida adulta do animal.
Pode ocorrer infecção ascendente por essa veia, aumentar o volume da região umbilical, e formar 
abscesso no fígado
○
-
Úraco > liga a bexiga fetal ao alantoide.
A placenta tem o líquido alantoide, onde fica toda a urina produzida pelo feto durante a gestação e o 
líquido amniótico, onde fica a saliva e parte de secreção bucal do feto >> por isso, no momento do 
parto, o rompimento da bolsa libera uma grande quantidade de líquido
○
-
Infecção do Umbigo
Bastante relacionada com as falhas de transferência de imunidade passiva. São bem comuns em animais 
pecuários, principalmente em bezerros.
**Não é correto usar sempre o termo onfaloflebite, pois toda vez que usamos o termo flebite, estamos nos 
referindo a veias, e como vimos acima, o umbigo não é formado apenas por veias. Só podemos utilizar esse 
termo se tivermos certeza que somente a veia está inflamada.
Onfalite >> inflamação das estruturas externas umbilicais > artérias, veia, úraco e tecido adjacente-
Onfaloflebite >> inflamação da veia umbilical-
Onfaloarterite >> inflamação das artérias umbilicais-
Uraquite >> inflamação do úraco-
Panvasculite >> todas as estruturas umbilicais > veia, artéria e úraco-
**Para diferenciar qual tipo de infecção está acometendo o animal é necessário realizar uma ultrassonografia 
detalhada das estruturas umbilicais. Caso não seja possível, podemos usar o termo geral onfalite.
Fonte de infecção:
Geralmente > ambiente externo associado a falha na transferência de imunidade passiva-
Quando o feto nasce, todas as três estruturas umbilicais citadas anteriormente estarão totalmente expostas 
ao ambiente, sem proteção nenhuma contra a entrada de bactérias. O que irá proteger o neonato é a 
ingestão adequada de colostro. Os anticorpos recebidos, na maioria das vezes, são capazes de combater 
essas infecções.
-
Caroline Vieira
Onfalopatias
segunda-feira, 26 de julho de 2021 16:07
 Página 1 de Clínica de Grandes 
essas infecções.
As bactérias comumente envolvidas são:
Em bezerros >A. pyogenes, E. coli, Proteus e Enterococcus○
Em potros > E. coli, Proteus e Streptococcus○
-
Geralmente a infecção progride para além do umbigo-
Nem sempre fazemos antibiograma nesses animais, por isso é importante escolher um antibiótico de amplo 
espectro, mas que tenha uma boa ação contra essas bactérias citadas acima.
Miíases por Cochliomya hominovorax > a mosca doméstica procura, geralmente, tecidos vivos para 
depositar seus ovos e o umbigo é um prato cheio > as larvas vão começar a se alimentar desse tecido que 
começa a necrosar e pode evoluir para lesões enormes.
Importante incluir um repelente na prevenção○
-
Problemas decorrentes da infecção no umbigo
O grande problema da infecção umbilical é que essa infecção não fica restrita ao umbigo.
Dependendo da estrutura fonte da infecção, teremos os seguintes problemas:
Veia:
Abscesso hepático○
Septicemia○
Diarreia○
-
Artérias:
Septicemia○
Poliartrite > aumento de volume nas articulações > muitas vezes o bezerro não consegue se manter 
em pé. Se na propriedade tem muitos casos de poliartrite, é importante verificar se o manejo de 
limpeza e cura do umbigo está sendo feito de forma correta.
Pode ocorrer migração dessas bactérias das articulações para o SNC, como canal medular. 
Então podemos encontrar animais com paresia ou paralisia de membros pélvicos > animal 
começou a andar travado e de repente não consegue mais andar. Não acomete apenas bezerros 
recém nascidos, pode acometer bezerros mais velhos.
▪
○
Pneumonia○
Meningite ○
-
Úraco:
Cistite ○
Nefrite○
-
Sinais Clínicos
Temos duas situações: uma onde não veremos nenhum sinal externo, porém o animal teve uma infecção 
ascendente e vai apresentar sinais depois, e outra onde o animal apresenta, principalmente, aumento do umbigo.
Aumento de volume do umbigo > importante diferenciar hérnia umbilical e tomar cuidado ao tentar drenar 
 Página 2 de Clínica de Grandes 
Aumento de volume do umbigo > importante diferenciar hérnia umbilical e tomar cuidado ao tentar drenar 
conteúdo sem ter certeza do diagnóstico > avaliar com ultrassom
-
Dor a palpação-
Drenagem de material purulento-
As vezes o umbigo está normal e o animal pode estar gravemente acometido-
Artrite séptica, pneumonia, diarreia e meningite-
Potros também podem ter infecção umbilical, mas é menos frequente pois os potros nascem em ambientes 
maiores, propriedades com menor número de potros. Podem ter as mesmas manifestações dos bezerros.
Tratamento
Drenar o conteúdo purulento do umbigo > é a primeira coisa a se fazer-
Remoção cirúrgica do conteúdo > em casos de abscesso fibrosado-
Antibioticoterapia > o fármaco vai depender do local acometido pela infecção-
Antissépticos > para limpeza do local a fim de diminuir a infecção e acelerar o processo de cicatrização-
Prevenção
O mais importante dentro de uma propriedade rural é a prevenção. E é função do Médico Veterinário orientar 
o produtor a realizar um manejo preventivo de forma adequada.
Após o nascimento > o umbigo deve ser mergulhado no iodo (5 a 7%) durante 1min
Umbicura > ácido pícrico também é uma opção para desidratar esse umbigo○
-
Repetir o procedimento durante três dias > em criações extensivas é complicado realizar esse tipo de 
manejo, mas nesse tipo de propriedade a contaminação é menor
-
O umbigo deve estar seco e cair entre 7 e 10 dias-
O parto deve ocorrer em local limpo e seco > quanto mais limpo for o local, menor chance de infecção-
Ivermectina 1mL/50Kg > evitar miíases > pode usar doramectina também -
**Importante não administrar antibiótico sem necessidade. Muitos produtos comerciais trazem ivermectina e 
penicilina em um único produto.
Persistência do Úraco
Quando o bezerro nasce, esperamos que ao levantar da vaca, o cordão umbilical estique e se rompa no local 
certo. Esse movimento de esticar auxilia na involução das estruturas umbilicais.
Definição: 
É a persistência após o nascimento da conexão tubular entre a bexiga e o umbigo; Durante a prenhez, o úraco 
esvazia a bexiga dentro da bolsa alantóidea. Após o nascimento, o úraco deve estar fechado e a urina ser 
expelida pela uretra. Se o animal estiver eliminando urina pelo umbigo, significa que não ocorreu uma involução 
correta do úraco.
 Página 3 de Clínica de Grandes 
correta do úraco.
Etiologia
Congênita > torção do cordão umbilical com dilatação do úraco
Potros possuem um cordão umbilical muito grande que pode torce, fazendo uma resistência e 
pressão em local anterior à torção > isso pode causar uma dilatação e dificultar a involução
○
-
Rompimento precoce ou ligadura do cordão umbilical > geralmente é feita uma ligadura no umbigo pós 
cesáreas > o que pode causar persistência de úraco
-
Infecção > acontece logo após o nascimento-
Manipulação excessiva do neonato-
Sinais Clínicos
Pelos úmidos ao redor do umbigo-
Observação de urina proveniente do umbigo > pode sair parte da urina pela uretra e parte pelo umbigo, ou 
o total sair pelo umbigo
-
**Podemos fechar o diagnóstico clinicamente, vendo o úraco persistente ou através do ultrassom, onde podemos 
ver um trajeto do úraco que está ligado com a bexiga.
Diagnóstico diferencial:
Onfalites > dificilmente vamos confundir com onfalites, pois quando temos úracopersistente vamos ver que 
o conteúdo eliminado é urina e não exsudato purulento, como nas onfalites.
-
Tratamento e Prevenção
Tratamento:
Tratamento conservador > monitoramento
Cauterização com iodo ou bastões de nitrato de prata > aplicados dentro do úraco○
-
Cirúrgico-
Após 2 a 3 dias do tratamento conservador, se não resolver, a indicação é cirúrgica. A maioria dos animais 
respondem a terapia conservadora. 
Prevenção:
 Página 4 de Clínica de Grandes 
Prevenção:
Permitir o rompimento do cordão umbilical sem ligadura-
Mínimo manejo com neonatos, e se for necessário fazê-lo com contenção cuidadosa-
______________________________________________________
 Página 5 de Clínica de Grandes