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Perdi COMPREENDER A PERICARDITE AGUDA 01- ANATOMIA DO PERICÁRDIO O pericárdio é a camada serosa que recobre o coração É constituído por dois folhetos, o visceral e o parietal O pericárdio parietal possui células nociceptivas O nervo frênico supre o pericárdio de fibras vasomotoras e sensitivas Separados entre si por uma lâmina de líquido - 20-50 ml A presença do pericárdio não é essencial à vida Mas tem uma importância como fator “protetor” do coração: - Reduz o atrito do coração contra as estruturas adjacentes - Promove a interdependência entre as câmaras cardíacas - Funciona como uma barreira física contra infecções O pericárdio parietal é constituído de colágenos tipos 1 e 3 e elastina e tem a importante função de fixar o coração à cavidade torácica 02- CONCEITO Pericardite é o processo inflamatório do pericárdio E pode ser de causa primária ou secundária a diversas doenças sistêmicas As formas agudas e recorrentes são as mais comuns na prática clínica PERICARDITE AGUDA → Geralmente utilizado para o primeiro episódio da doença PERICARDITE RECORRENTE → Refere-se literalmente à recorrência após a remissão inicial, independentemente do intervalo de tempo de reaparecimento PERICARDITE CRÔNICA → É muito usado para aqueles casos de pericardite de curso prolongado, arbitrariamente definido como superior a três meses 03-EPIDEMIOLOGIA Não há dados no Brasil sobre a prevalência da pericardite Estudos disponíveis na literatura indicam que ocorre em - O, 1% dos pacientes hospitalizados - 5% das necropsias - 5% dos pacientes que procuram o hospital com dor torácica cuja etiologia coronariana tenha sido descartada A pericardite aguda é uma doença que costuma acometer adolescentes ou adultos jovens Podendo ocorrer, porém, numa ampla faixa etária, desde crianças a idoso 04- ETIOLOGIA A pericardite idiopática é a forma mais comum de apresentação da pericardite aguda, representando 90% dos casos Sabe-se que na maioria desses casos a etiologia é viral E, habitualmente, não se faz pesquisa viral de rotina na prática clínica em razão da relação custo-benefício A decisão de estender a pesquisa diagnóstica deve ser individualizada, considerando principalmente a gravidade do caso A) IDIOPÁTICAS OU VIRAIS São a principal causa de infecção do pericárdio A ação inflamatória é decorrente da ação direta do vírus ou da resposta imunológica As manifestações da doença ocorrem uma a três semanas após um quadro de infecção viral Acometem preferencialmente indivíduos jovens e têm manifestação clínica em geral autolimitada Entre os vírus, aqueles com mais frequência implicados são o - Coxsackie B - Echovirus tipo 8 Vírus que comumente são causas de gripe e resfriado comum Muitos outros vírus podem causar pericardite, como - Influenza - Epstein-Barr - Citomegalovírus - Vírus do sarampo - Vírus da caxumba - Vírus da varicela-zóster - Vírus da rubéola - Vírus da hepatite B O diagnóstico etiológico específico pode ser obtido por meio da análise do líquido pericárdico B) BACTERIANA OU PIOGÊNICA São raras em adultos e exibem taxa elevada de mortalidade, em torno de 40% O acometimento do pericárdio, mais comumente, ocorre por extensão direta de uma pneumonia ou empiema (coleção de pus) Além disso, a via hematogênica durante uma bacteremia e contaminação após cirurgia torácica ou trauma também são importantes. A pericardiocentese - ou, preferencialmente, a drenagem pericárdica - deve ser realizada com obtenção de líquido para cultura O paciente apresenta um quadro agudo de - Febre alta (39-40º C) - Calafrios - Sudorese noturna - Dor no corpo - Prostração - Dispneia - Muitas vezes sem valorizar a dor torácica e a síndrome pericárdica propriamente dita O atrito pericárdico está presente em menos de 50% dos casos Isso dificulta o diagnóstico e torna esta entidade uma doença grave e de alta mortalidade (70%) Pois mesmo com o tratamento antibiótico parenteral, a chance de tamponamento cardíaco é muito grande Os agentes etiológicos mais comuns são estafilococos, pneumococos e estreptococos C) RELACIONADA AO HIV A infecção pelo HIV, principalmente na fase de imunodepressão, incluindo a fase AIDS Está associada ao aumento da incidência de pericardite aguda, pericardite subaguda/crônica e de derrame pericárdico assintomático A pericardite aguda é causada mais comumente por infecção viral ou pelo próprio HIV Entretanto, pode ser causada por infecções oportunistas, como - Citomegalovírus - Tuberculose - Criptococose - Bactérias piogênicas A presença de pericardite em um paciente HIV positivo é sempre vista com maus olhos, pois o risco de morte em 6 meses aumenta em 9X Nos últimos anos, tem sido expressivo o número de casos de pericardite tuberculosa, principalmente nos pacientes imunocomprometidos A mortalidade em pacientes não tratados chega a 85%, e a evolução para constrição pericárdica a 30-40% O diagnóstico se faz pela identificação do Mycobacterium tuberculosis no líquido e/ ou no tecido pericárdico A dosagem da adenosina-deaminase (ADA) também é útil para o diagnóstico Uma enzima que catalisa a conversão da adenosina à inosina, participando do processo de diferenciação e proliferação de linfócitos D) PÓS CIRÚRGICA OU TRAUMÁTICA A presença de atrito pericárdico não é incomum no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca Eventualmente, o paciente apresenta dor pericárdica, febre baixa e alterações no ECG de pericardite aguda Esta é a pericardite aguda precoce pós-cirurgia cardíaca Ocorrendo na 1ª semana de pós-operatório Sua causa é o próprio trauma da pericardiotomia E) PERICARDITE URÊMICA O termo pericardite urêmica é utilizado para pericardite que ocorre antes do início da diálise e até oito semanas após A incidência é de 6% a 10% em pacientes com insuficiência renal avançada, aguda ou crônica Sua ocorrência está correlacionada com os níveis de uréia e creatinina O principal mecanismo proposto é a ação direta das toxinas nitrogenadas urêmicas sobre os folhetos pericárdicos Que se tornam friáveis e propensos a hemorragias; motivo pelo qual o derrame geralmente é sanguinolento A pericardite urêmica contraindica o uso de anticoagulantes, e a heparina deve ser usada com muito cuidado nas sessões de hemodiálise RISCO DE DERRAME PERICÁRDICO HEMORRÁGICO SE HEPARINA F) PERICARDITE DIALÍTICA É a pericardite que ocorre após oito semanas do início da diálise É observada em cerca de 13% dos pacientes nessa situação Essa forma de pericardite é decorrente de diálise inadequada e hipervolemia Ao contrário de outros tipos, na pericardite de doentes renais não é habitual o achado de alterações do ECG características Podendo o ECG mostrar apenas alterações associadas à doença de base Além disso, a ocorrência de dor torácica é menos frequente Nos casos assintomáticos, geralmente apenas a intensificação da diálise é suficiente G) ASSOCIADA ÀS COLAGENOSES As colagenoses que mais comumente podem cursar com pericardite aguda são - Febre reumática - Artrite reumatoide - Lúpus eritematoso sistêmico Mas outras doenças autoimunes também podem estar relacionada - Esclerose sistêmica progressiva - Polimiosite/ dermatomiosite - Doença mista do tecido conjuntivo - Espondiloartropatias soronegativas → PERICARDITE REUMÁTICA É uma causa comum de pericardite aguda em crianças Pode ocorrer associada ou não ao comprometimento das outras estruturas cardíacas Quando não há sinais de miocardite nem de valvulite reumáticas, não é necessário o uso dos corticosteróides Tem um curso autolimitado, com raras complicações O aspecto patológico clássico é o da chamada “pericardite em pão com manteiga” → FIBRINOSA = Deposição de uma película amarelada, com aspecto rugoso ou filamentoso sobre a superfície normalmente lisa e brilhante do pericárdio → PERICARDITE REUMATÓIDE Ocorre em 10-25% dos casos de artrite reumatóide Geralmente relacionada à - Presença de nódulos subcutâneos - Doença articular mais avançada - Positividade para o FR Pode complicar-se com tamponamentocardíaco e com pericardite efusivo-constritiva Nos casos duvidosos, em que é feita a pericardiocentese diagnóstica, o líquido caracteristicamente contém - > 20.000 leucócitos por campo - Glicose abaixo de 45 mg/dl, - Positividade para o FR Costuma melhorar com o período de inativação da doença → PERICARDITE LÚPICA Ocorre em 20-45% dos casos, sendo a manifestação cardiovascular mais frequente do LES Manifesta-se agudamente junto a outras manifestações de atividade da doença, como artrite, pleurite, rash cutâneo, febre e sintomas constitucionais O tamponamento cardíaco ocorre em menos de 10% dos casos, e é rara a evolução para pericardite constritiva Raramente, é necessária a pericardiocentese diagnóstica, que é inespecífica: menos de 10.000 leucócitos por campo e glicose baixa. ___________________________________________________ O diagnóstico de pericardite autoimune pode ser feito de acordo com os seguintes critérios: - aumento do número de linfócitos e mononucleares maior que 5.000/mm3 (autorreativa linfocítica) OU Presença de anticorpos contra o - Tecido miocárdico (antisarcolemal) E - Líquido pericárdico (autorreativo anticorpo mediado) ALGUMAS DROGAS PODEM SIMULAR A PERICARDITE AUTOIMUNE A SÍNDROME LUPUS-LIKE - Isoniazida (TB) - Hidralazina H) ASSOCIADO AO IAM Pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) transmural frequentemente são acometidos por diferentes formas de pericardite Em geral, ENTRE O TERCEIRO E O SÉTIMO DIA DE EVOLUÇÃO, quase metade dos pacientes apresenta inflamação do pericárdio subjacente à área infartada Podendo se traduzir por dor pleurítica ou surgimento de atrito pericárdico, mesmo em indivíduos assintomáticos ___________________________________________________ Entre DUAS A ONZE SEMANAS APÓS O INFARTO, pode ocorrer outra síndrome, caracterizada por febre, infiltrado pulmonar e dor pleurítica Acredita-se que esta última seja resultado da liberação de mediadores autoimunes relacionados à necrose miocárdica Trata-se da síndrome de Dressler, de curso habitual autolimitado I) RELACIONADA A NEOPLASIAS Vários tumores malignos sólidos e hematológicos podem cursar com metástases pericárdicas Geralmente, o diagnóstico oncológico já existe quando o paciente apresenta o quadro de derrame pericárdico maligno 05- SINAIS E SINTOMAS 1- DOR TORÁCICA Localização precordial ou retroesternal Tipo contínua Longa duração (horas, dias) Irradia para a região cervical e para o trapézio (SINAL QUASE PATOGNOMÔNICO DA DOENÇA) → RELAÇÃO COM NERVO FRÊNICO VENTILATÓRIO DEPENDENTE Tipo pleurítica - Piora nítida com a inspiração profunda, tosse e espirro - Piora com o decúbito dorsal - Alivia na posição sentada com o tronco inclinado para frente 2- DISPNÉIA Geralmente, devido à necessidade de respirar superficialmente para evitar a dor 3- PRESENÇA DE PRÓDROMOS Febre, dor no corpo, fadiga 4- TAQUICARDIA E TAQUIPNÉIA 5- ATRITO PERICÁRDICO O achado patognomônico de pericardite aguda (85% DOS CASOS) É um som áspero Mais audível, com o diafragma firmemente pressionado na borda esternal esquerda baixa e com o paciente sentado com o tronco inclinado para frente É decorrente da fricção dos pericárdios visceral e parietal Trata -se de um rangido de alta frequência, mais audível ao final da expiração É necessário separar os pacientes de alto risco, que precisam de internação imediata (eventualmente, em UTI), daqueles que podem ser acompanhados em ambulatório São características de pacientes com alto risco de má evolução: - Início subagudo - Febre e leucocitose - Evidência de tamponamento - Derrame pericárdico >2cm que não diminui após tratamento com AINH; - Imunodeprimidos - Uso de anticoagulantes orais - Trauma agudo - Falência de resposta após 7 dias de AINH 06- EXAMES COMPLEMENTARES Não existe um exame padrão-ouro para a confirmação diagnóstica de pericardite aguda Porém o diagnóstico pode ser feito pela relação entre um quadro clínico compatível e exames complementares com padrões característicos A) ELETROCARDIOGRAMA Não há atividade elétrica no pericárdio Mas, a pericardite pode se estender e levar a uma miocardite superficial E aí aparecem as alterações eletrocardiográficas podem ser identificados 4 estágios de alterações ao ECG 1- ESTÁGIO I (Primeiras horas a dias) Caracteriza-se por supradesnivelamento côncavo difuso do segmento ST E por infradesnivelamento do segmento PR 2- ESTÁGIO II (Primeira semana) Retorno dos segmentos ST e PR aos padrões normais 3- ESTÁGIO III (Após normalização do segmento ST) Ocorre inversão difusa da onda T 4- ESTÁGIO IV Retorno da onda T ao padrão normal ___________________________________________________ As quatro fases estão presentes em 50% dos casos __________________________________________________ IMPORTANTE DX → IAM O QUE DIFERENCIA?? NA PERICARDITE… - SUPRA DE ST CÔNCAVO (carinha feliz) - INFRA DE PR - INVERSÃO DE T QUANDO ST NORMALIZA - AUSÊNCIA DE ONDA Q PATOLÓGICA B) ECOCARDIOGRAMA Trata-se de um exame indicado como parte da avaliação diagnóstica de rotina O principal achado neste exame é o derrame pericárdico, que pode ser de extensão variável, de pequena a grande monta O derrame pode ser classificado como - Leve (espaço livre de eco na diástole menor que 10 mm) - Moderado (10 a 20 mm) - Grande (maior que 20 mm) As características do derrame podem denunciar possível etiologia como a presença de fibrina na tuberculose ou coágulos no hemopericárdio C) OUTROS EXAMES A radiografia de tórax geralmente é normal, a não ser se houver um derrame pericárdico de moderada a grande quantidade O aumento da silhueta cardíaca na radiografia de tórax pode indicar a presença de DP e colaborar com a suspeita de pericardite O exame de sangue pode revelar uma leucocitose discreta e um aumento do VHS. Na pericardite piogênica, há leucocitose acentuada, com desvio para a esquerda As enzimas cardíacas podem elevar-se, porém, de forma discreta D) PERICARDIOCENTESE E BIÓPSIA DO ENDOMIOCÁRDICA É um procedimento invasivo que não está indicado em casos de pericardite aguda não complicada ou em pequenos derrames Na presença de derrames pericárdicos grandes ela está indicada com propósito diagnóstico e também para alívio, impedindo a evolução súbita para tamponamento cardíaco Também está indicada na suspeita clínica de hemopericárdio pós-trauma, pericardite bacteriana ou neoplásica A avaliação do líquido pericárdico, alicerçada na suspeita etiológica, deve incluir análise citológica, cultura, pesquisa de células neoplásicas, pesquisa viral por PCR e dosagem de adenosina deaminase. 07- TRATAMENTO A hospitalização é desejável na maioria dos pacientes para determinação da etiologia - observar sinais ou sintomas de tamponamento e iniciar AINH A) AINES São os principais medicamentos para o tratamento das pericardites idiopáticas e viral O objetivo principal do tratamento é o alívio da dor e a resolução do processo inflamatório A droga de escolha é o ibuprofeno em virtude de efeitos colaterais raros e impacto favorável no fluxo sanguíneo coronariano AINE NÃO SELETIVO → INIBE VIA DOS LEUCOTRIENOS E TROMBOXANOS DIMINUI A AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA E NÃO FAZ HIPOPERFUSÃO CORONÁRIA A dose recomendada é de 400 a 800 mg a cada 6 ou 8 horas por 14 dias, seguido de esquema regressivo de 600 mg/ semana por 3 semanas O AAS pode ser utilizado na dose de 500 a 750 mg a cada 6 ou 8 horas por 7 a 1 O dias e então regredido a cada 2 ou 3 dias para um período de tratamento de 3 a 4 semanas No caso de infarto do miocárdio, a administração de AAS é a escolha por não interferir no processo de cicatrização do miocárdio Os AINH podem acarretar risco de toxicidade gastrointestinal, especialmente em indivíduos com úlcera péptica prévia NÃO SELETIVO → COX 1 → BAIXA DE PGE2 → DIMINUI MUCO GÁSTRICO A profilaxia inclui o uso de protetor gástrico do tipo inibidor de bomba de prótons tais como omeprazol ou pantoprazol B) COLCHICINA A colchicina tem mostrado benefício na redução da dor e na prevenção de recorrênciaTambém parece prevenir a síndrome pós-pericardiotomia que pode ocorrer após cirurgia cardíaca O estudo ICAP demonstrou que a adição de colchicina 0,5 mg 2 vezes ao dia, por 3 meses para pacientes com mais de 70 kg, e 1 vez ao dia para aqueles com até 70 kg reduziu a recorrência (risco relativo 0,56; 0,30-0,72 IC 95%) além de garantir melhor taxa de remissão e menos hospitalizações quando comparada ao tratamento-padrão C) CORTICÓIDES A utilização de corticoides para supressão da atividade inflamatória da pericardite usualmente ocasiona dramática melhora clínica e inflamatória A indicação da terapia com corticoide na pericardite aguda idiopática é para as situações de - Ausência de resposta terapêutica aos anti-inflamatórios não hormonais e à colchicina - Quando a pericardite é secundária a doença autoimune, doença do tecido conectivo ou pericardite urêmica A dose usual da prednisona é de 1 mg/kg/dia, por período de pelo menos 1 mês Com retirada gradual no decorrer de também 1 mês, período em que o paciente deve estar assintomático e com exame de PCR normal Recomenda-se a associação com colchicina na dose de 1 mg ao dia A utilização de corticosteróide intrapericárdico demonstrou importante melhora clínica e baixa recorrência de pericardite ao fim de um ano A vantagem dessa forma de terapêutica é evitar os efeitos do uso do corticoide sistêmico e o desenvolvimento de recorrência. O esquema terapêutico é a infusão de triancinolona 300 mg/12-12h/dose única, associada ao uso de colchicina por 6 meses D) ANTIVIRAIS A terapêutica antiviral tem como objetivo não somente a melhora dos sintomas e a remissão da doença como também evitar a sua recorrência Nas pericardites virais vários esquemas terapêuticos antivirais estão sendo testados: 1) pericardite por citomegalovírus: hiperimunoglobulina (4 ml/kg nos dia 0, 4, e 8; 2 ml/kg nos dias 12 e 16; 2); Coxsackie B: interferon alfa (2.5 milhões IU/m2, s.c. por 3 semanas) 3) adenovírus e PVB-19: imunoglobulina intravenosa (10 g nos dias 1 e 3) Embora o uso da imunoglobulina siga o mesmo racional de utilização da miocardite viral, faltam estudos clínicos randomizados para definir a eficácia desta terapêutica PERICARDITE CRÔNICA O quadro clínico das pericardites subagudas ou crônicas normalmente não chama a atenção para uma síndrome pericárdica, muitas vezes não havendo dor torácica, atrito pericárdico ou alterações eletrocardiográficas clássicas da pericardite aguda PRINCIPAIS ETIOLOGIAS TUBERCULOSA E COLAGENOSES HIV E NEOPLASIAS TAMBÉM
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