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Processos Não- Fermentativos/ Digestão e Absorção

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KAMILLA DUTRA CORNEL – RESENHA PROCESSOS NÃO FERMENTATIVOS – FISIOLOGIA ANIMAL I I – 3º SEMESTRE 
https://youtu.be/n_hcjnmbAEU 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO- PROCESSO NÃO FERMENTATIVOS 
Digestão e absorção são funções que precisam ser diferencias, pois até mesmo ocorrem em locais diferentes, entretanto 
também simultaneamente. Ou seja, são processos distintos, mas relacionados. 
A digestão é o processo de quebra dos nutrientes pra que sejam transformados em moléculas pequenas (micromoléculas). Já a 
absorção é o transporte das moléculas através do epitélio intestinal. Os dois processos estão ligados, pois se o nutriente não for 
digerido ele não pode ser absorvido, e vice versa. 
ESTRUTURA 
O intestino delgado é onde ocorre a maior parte da digestão. É constituído de vilosidades que são projeções da mucosa em 
direção ao lúmen e aumentam a superfície de contato com o alimento. Na base das vilosidades há as criptas, assim como as 
vilosidades são recobertas por uma camada de epitélio simples. 
As células que compõem esse epitélio são os enterócitos que possuem microvilosidades chamada de borda em escova, e 
recobrindo essa borda há uma camada gelatinosa que é o glicocálice. 
As microvilosidades dos enterócitos possuem algumas enzimas aderidas a membrana apical. A membrana do enterócito (a não 
voltada para o lúmen) é a basolateral, que não é justaposta e permite um espaço entre um enterócito e outro (o espaço lateral 
onde os nutrientes passam). Diversos nutrientes são absorvidos na membrana apical e basolateral antes de atingir a corrente 
sanguínea. Os enterócitos são ligados uns aos outros por junções firmes que permitem a passagem de água e eletrólitos. 
LÚMEN 
Dentre os enterócitos temos as células caliciformes que secretam muco, que se mistura com o glicocálice e forma uma camada 
viscosa (muco + glicocálice). Os líquidos secretados pelas glândulas digestórias criam um ambiente aquoso. A água que passa 
lentamente perto da superfície epitelial onde está essa camada viscosa, formando a camada de água estacionária. (quando flui 
pelo lúmen passa em velocidade maior). A formação desse microambiente é importante pois parte da digestão acontece nele. 
DIGESTÃO 
Ocorre pela quebra física e química do alimento. A quebra física ocorre na boca e no estômago distal e permite que o alimento 
fique à mercê das enzimas. A digestão química possui ação de enzimas hidro líticas. A hidrólise é o rompimento das ligações 
químicas pela inserção da molécula de água. Na digestão química existem duas classes de enzimas, as que alguém no lúmen e 
as que agem na superfície da membrana do epitélio. 
Essas classes são origem a duas fases: -Luminal (feita pelas enzimas secretadas pelas glândulas do trato digestório, como fígado, 
pâncreas e glândulas salivares). Essas enzimas são misturadas com o conteúdo alimentar e resultam a hidrólise das moléculas 
resultando em polímeros de cadeias curtas. -Membrana (feita por enzimas que estão nas membranas dos enterócitos. Essas 
enzimas completam a hidrólise quebrando os polímeros de cadeia curta da fase luminal. Após a quebra ocorre a absorção. Essa 
fase de membrana ocorre no microambiente citado. (camada viscosa e de água estacionária). 
PROCESSOS QUE OCORREM COM MACRONUTRIENTES (CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E GORDURAS) 
Carboidratos- possuem 3 grupos principais, sendo eles as fibras, os açúcares e o amido. Possuem átomos de H, O e C em cadeia 
de açúcares simples. Dentre os carboidratos o amido é o único digerido na fase luminal, o resto é digerido na fase de membrana. 
A enzima que digere o amido é a amilase secretada pelo pâncreas e também presente na saliva de algumas espécies. Pela ação 
dessa enzima o amido é quebrado em açúcares menores que vai para a digestão de membrana junto com os açúcares que não 
passaram pela digestão luminal. Na membrana do enterócito existe uma enzima específica que digere cada tipo de carboidrato, 
então são quebrados em monômeros e absorvidos, passando pela membrana bucal, basolateral e vão para o espaço lateral para 
depois entrar na corrente sanguínea. 
KAMILLA DUTRA CORNEL – RESENHA PROCESSOS NÃO FERMENTATIVOS – FISIOLOGIA ANIMAL I I – 3º SEMESTRE 
https://youtu.be/n_hcjnmbAEU 
 
Proteínas- moléculas constituídas por cadeias de aminoácidos. Diferente dos carboidratos elas são digeridas por diversas 
enzimas na fase luminal, então são quebradas em moléculas menores para serem absorvidas. As enzimas que digerem proteínas 
são as endopeptidases que são enzimas que quebram a proteína em pontos internos, gerando cadeias curtas de aminoácidos. 
Existem também as expopeptidases que quebram as proteínas pelas extremidades gerando aminoácidos livres. Na fase de 
membrana os Dipeptídios e os tripeptídios podem ser digeridos pelas enzimas da membrana do enterócito ou podem ser 
absorvidos e terminam sua digestão dentro da célula por enzimas intracelulares. O resultado final são aminoácidos livres que 
passam pela membrana basolateral, espaço lateral e entram na corrente sanguínea. Obs.: enzimas de fase luminal endo ou 
exopeptidases, são ativadas na luz do trato gastrointestinal pois poderiam digerir até a própria célula que a secretou. A pepsina 
por exemplo é ativada com o PH ácido do estômago, já as enzimas do pâncreas grande parte delas são ativadas pela tripsina lá 
no duodeno. 
Gordura- a digestão ocorre de uma maneira diferente das demais. Os lipídios não se dissolvem em água, ou seja, são moléculas 
hidrofóbicas e não são facilmente hidrolisados. Então é necessária uma ação detergente para dissolver a gordura então, a 
assimilação pelo organismo irá correr em 4 fases: emulsificação, hidrólise, formação de micelas e absorção. A emulsificação é 
o processo de redução das gotículas de gordura a um tamanho suficiente para que ela possa ter uma suspensão estável na água. 
Essa fase começa no estômago com o aquecimento da partícula a temperatura do corpo e também a molécula é submetida à 
agitação, mistura e separação no estômago distal. As partículas passam para o intestino e a emulsificação é completada pela 
ação detergente da bile que reduz a tensão superficial da molécula permitindo que ela seja ainda mais dividida e reduzida. Após 
a emulsificação ocorre a hidrólise. O principal lipídio da dieta dos animais são os triglicerídeos e esses são digeridos pela lipase e 
co-lipase, que são enzimas provenientes do pâncreas. O processo de hidrólise leva a liberação dos ácidos graxos. Após a 
liberação os ácidos graxos se combinam com sais biliares e fosfolipídios para formas as micelas. As micelas são aglomeradas 
hidrossolúveis de ácidos biliares e lipídios, dessa forma as micelas podem se difundir pela camada de água estacionária e os 
lipídios tem contato com a membrana apical do enterócito, onde são absorvidos. Os ácidos biliares permanecem no lúmen 
intestinal e são reabsorvidos no íleo em um sistema de reciclagem pela circulação enteroepática. Os lipídios absorvidos se 
juntam com outras moléculas dentro do enterócito e formam os quilomícrons. Após a formação dos quilomícrons eles passam 
pela membrana basolateral e espaço lateral e diferente dos outros nutrientes, são destinados aos vasos linfáticos ao invés da 
corrente sanguínea. 
DIGESTÃO X ABSORÇÃO 
Intestino delgado- ocorre a maior parte da digestão. Estrutura: Criptas, vilosidades, enterócitos (borda em escova, 
glicocálice). Membrana basolateral, junções firmes, espaços laterais. Lúmen- microambiente: muco se mistura com 
glicocálice e forma camada viscosa. (camada de água estacionária). Fases: Digestão luminal (secreções das glândulas, 
hidrólise incompleta. Digestão membranosa (completa a hidrólise, seguida pela absorção). Carboidratos (H, O, C) - 
amido é digerido na fase luminal (amilase), outros carboidratos são digeridos em outros locais. Enzimas do pâncreas 
ativadas pela pepsina. Gorduras- lipídios não se dissolvem na água, então é necessária uma ação detergente. 4 fases- 
emulsificação,hidrólise, formação de micelas, absorção.

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