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Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito Incapacidade do sistema respiratório em captar (PO2) e/ou remover o gás carbônica (PCO2) do sangue e dos tecidos do organismo. Não atende às necessidades metabólicas do organismo. Instalação rápida. Gasometria: principal instrumento de avaliação dessa síndrome. PaO2 < 55-60 mmHg e/ou PaCO2 > 50 mmHg. Classificação IRpA hipoxêmica ou tipo I: PaO2<60 mmHg com paciente respirando em ar ambiente (FiO2 = 21) IRpA hipercapnica ou tipo II: PaCo2 >50 mmHg e PaO2 < 55-60mmHg. Lesão a nível bulbar inibe centro respiratório e não manda sinais para caixa torácica expandir. Se a caixa torácica não expande, pressão intratorácica não diminui e o ar não entra. Portanto, a ventilação a nível neuromuscular e musculatura e caixa torácica deve ser adequada. Além disso, é necessária a troca gasosa adequada a nível de vias aéreas superiores, inferiores, alveolar e capilar. A nível hematócrito também tem importância, pois é necessário Hb para carreamento de oxigênio. Ainda mais, necessita-se do bombeamento adequado do coração. Causas: Região onde há o endotélio capilar, epitélio alveolar e tecido conjuntivo: membrana alvéolo-capilar. Espessamento dessa membrana pode causar diminuição de permeabilidade de O2, diminuindo a DIFUSÃO. Patologias intersticiais, como Pneumonia Usual Idiopática leva a fibrose do tecido conjuntivo, causando essa redução de difusão. Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito HIPOVENTILAÇÃO: O2 não chega/chega concentração baixa: VENTILAÇÃO DIMINUIDA (numerador), MAS PERFUSÃO ADEQUADA (denominador). RELAÇÃO V/Q diminui. (Asma; trauma raquimedular) ESPAÇO MORTO: membrana alvéolo capilar íntegra, mas NÃO HÁ PERFUSÃO, mas com ALVÉOLO BEM VENTILADO (embolia pulmonar – áreas bem ventiladas, mas mal perfundidas). É um tipo de alteração ventilação perfusão. SHUNT: perfusão normal, mas BAIXA VENTILAÇÃO. (Congestão pulmonar; pneumonia). Tipo de alteração ventilação perfusão. REDUÇÃO NA DIFUSÃO – redução da capacidade do oxigênio ultrapassar a membrana alvéolo-capilar (espessamento da membrana alvéolo-capilar). Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito Diferença alvéolo-arterial de O2 auxilia na caracterização de origem da insuficiência respiratória: Se semelhante: O2 que chega no O2 está chega no capilar. Se houver diferença grande: dificuldade de difusão do O2 através da membrana. Normal: depende da idade = 2,5 x (a,21 x idade): 5-15mmHg FiO2= 21 (ar ambiente). Valores acima de 20mmHg (FiO2 = 21%) é patológico. Cérebro: Drogas: opioides, benzodiazeopínicos, venenos, barbitúricos. Metabólicos: hiponatremia, hipocalemia, hiperglicemia, mixedema, neoplasias. Infeccções: meningite, encefalite, poliomielite. Nervos e músculos: Trauma: medula espinhal, diafragma. Drogas/toxinas: curarizantes (bloqueio neuromuscular). Infecções: tétano, poliomielite. Doenças: miastenia gravis, esclerose múltipla, distrofia muscular, Guillain-Barrè. Caixa torácica /pleura / restrição: Trauma: fratura de costela, contusão torácica. Cifoescoliose. Queimadura extensa. Pneumotórax, derrame pleural, ascite, obesidade. →Cursam com hipoventilação (desequilíbrio entre ventilação e perfusão). Vias aéreas superiores: Crescimento tissular: neoplasias malignas, pólipos, bócio. Infecções: epiglotite, laringotraqueite: Outras paralisia bilateral de cordas bocais, edema de laringe... →Hipoventilação. Causas pulmonares: alterações ventilação-perfusão principalmente pelo efeito shunt, espaço morto e difusão de fases. Nem sempre é possível determinar qual dos mecanismos predomina em um cenário clínico específico. Diferentes graus de distúrbios em relação a ventilação/perfusão podem coexistir num mesmo paciente. Exemplos: EFEITO SHUNT = ATELECTASIA, PNEUMONIA, HEMORRAGIA ALVEOLAR, SDRA, EDEMA PULMONAR. EFEITO ESPAÇO MORTO = EMBOLIA PULMONAR, ENFISEMA. DIFUSÃO = PNEUMOPATIAS FIBROSANTES, EDEMA PULMONAR, ENFISEMA. Demais causas sem relação distúrbios ventilação/perfusão: Hemoglobina: anemia, metameglobinemia, intoxicação por CO, IC, choque circulatório. Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito Manifestações clínicas: Estado mental alterado: agitação, sonolência. Trabalho respiratório aumentando: batimento de asa de nariz, uso de musculatura acessoria, taquipneia, hiperpneia. Bradipneia. Cianose de membranas e mucosas. Diaforese, taquicardia, hipertensoa arterial. Sibilos: broncoespasmo (DPOC, corpo estranho, asma, congestão pulmonar). Estertores crepitantes: pneumonia ou congestão alveolar. Diminuição do MV: derrames pleurais, pneumotórax. Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito CONDUTA: MOV + propedêutica objetiva: M: monitorização – cardíaca, PA e oximetria de pulso. O: oxigênio suplementar. V: acesso venoso de grosso calibre. Queixa e duração de forma objetiva. Exame físico direcionado (mínimo): Objetivo do tratamento: alivio do desconforto respiratório com resolução dos sinais e sintomas relacionados à hipoxemia e/ou hipercapnia. Reversão da acidose respiratória e da hipoxemia. Adequar oferta de O2. O tto é suporte para ganhar tempo para correção do fator precipitante e terapia de base. Cânula nasal de baixo fluxo 0,5-5/6L/min. Alto fluxo (CNAF) – FiO2 de até 100% - aquecido e umidificado. Máscara facial de entrada de ar (de Venturi): FiO2 0,24-0,5; alto fluxo e O2 controlado. Máscara facial com reservatório: alto fluxo e alta concentração Pneumologia – FMBM Pamela Barbieri – T23 Profª Dra. Juliana Brito →Hipercapnia (hipoventila): aumento da ventilação alveolar → ventilação mecânica não invasiva (BiPAP) ou invasiva (intubação). Objetivos da VM: manter trocas gasosas adequadas, corrigir hipoxemia arterial e acidose respiratória descompensada; diminuir trabalho da musculatura respiratória e evitar fadiga da musculatura respiratória/reversão da fadiga muscular respiratória; diminuição do consumo de O2, reduzindo desconforto respiratório; proporcionar possibilidade de início de terapêutica específica. Ventilação não invasiva com pressão positiva: assistência ventilatória sem uma via aérea definitiva. Máscara nasal ou facial conectado ao VM. Paciente acordado e colaborativo!!! Indicações VM não invasiva: DPOC, edema agudo de pulmão, IRpA em imunodeprimidos, crises asmáticas, IRpA em cuidados paliativos. Contraindicações: parada respiratória franca ou iminente; instabilidade hemodinâmica; rebaixamento do nível de consciência; não colaboração; obstrução fixa de VA; trauma, queimadura, cirurgia facial; inabilidade de proteção a via aérea; excesso de secreção nas vias aéreas, vômitos. Indicação de ventilação mecânica invasiva: paciente que não é capaz de realizar trocas gasosas apesar da suplementação de oxigênio ou do uso de VNI.
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