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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO ESTUDO DE CASO - SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM HBB Tamiris Winckelmann e Vitória Weber Lajeado, julho de 2021. ESTUDO DE CASO - SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM HBB Trabalho apresentado à disciplina de Prática de Enfermagem em semiologia e semiotécnica, do curso de Enfermagem, da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES, como exigência da disciplina . Professora: Fernanda dos Santos Lajeado, julho de 2021 INTRODUÇÃO De acordo com o solicitado para avaliação da nota 3, foi realizado um estudo de caso, durante as aulas práticas no H5 com pacientes do Hospital Bruno Born, onde se pode inteirar de sua condição de saúde, e seguindo o roteiro, entender como funciona o tratamento dos pacientes, com diferentes equipes e o prontuário. METODOLOGIA O método do estudo baseou-se no estudo do prontuário da paciente, e a busca pelo estabelecimento de relação com referencial teórico. O estudo teve início no mês de agosto de 2021, e foi realizado no Hospital Bruno Born de Lajeado, a escolha da participante em questão foi realizada em conjunto, e sob orientação do Enfermeiro Diego. Despertou-nos interesse o diagnóstico e o histórico da paciente, apresentado no presente trabalho. DESENVOLVIMENTO: falar da história da paciente Paciente M.S, sexo feminino, 66 anos, ensino superior incompleto, constituição familiar: marido, filha e genro. A filha da paciente relata que a mãe sempre teve diversos problemas de saúde, como hipertensão, diabetes e depressão. A paciente relata com dificuldade o ocorrido pelo qual trouxe a mesma para o HBB, a mesma teve a COVID-19 e logo após um acidente vascular encefálico isquêmico. A mesma chegou ao hospital, trazida pelo SAMU, e foi encaminhada para o setor do H5 com suspeita de baixa do sensório. Apresentava dificuldade na fala e no entendimento dos profissionais. Paciente com aspectos sujos, como cabelo. Nega uso de álcool e outras drogas. Paciente M.S, com acompanhante, a qual relatou que a mesma ficou muitos dias acamada. Atentar para risco de queda e de suicídio, pela mobilidade prejudicada.Na avaliação física constatou - lesão por pressão, umidade da pele e paciente sudorética. Risco de queda pela mobilidade prejudicada. Risco de confusão,depressão e alteração psíquica, com aspectos emocionais e nível de consciência alterado, evidenciado pelo AVC. Em função disso, a conduta adotada após a internação é de orientação para familiar e paciente seguirem fazendo uso de medicações prescritas, voltar ao atendimento, sempre que necessário. Incentivar a mesma a praticar o autocuidado e procurar um profissional como psicólogo, para poder enfrentar de todas as maneiras as situações enfrentadas. Etiologia Acidente vascular encefálico AVE Conforme, Gustavo (2019), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Sendo dividido em 2 subtipos: AVE isquêmico: ocorre pela obstrução/redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC. AVE hemorrágico: é causado pela ruptura espontânea de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Fonte figura: www.google.com.br Fatores de risco A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que “o AVC é uma doença multifatorial em que uma combinação de fatores de risco, influenciará as chances futuras de um indivíduo desenvolvê-lo”. Os fatores de risco são classificados nos seguintes grupos: Modificáveis: hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, dieta, alcoolismo, sobrepeso, diabetes mellitus, doenças cardíacas, doença arterial periférica, abuso de drogas, enxaqueca e outros. Não modificável: idade, sexo, história familiar, genética, etnia, baixo peso ao nascer. Sinais e sintomas Os pacientes podem apresentar como sintomas indicativos de AVE: tontura, lapsos de memória, cefaléia. Os sinais e sintomas mais frequentes incluem a diminuição/perda da força física, incoordenação ou sensação de peso em somente em um dos membros da face, perda de sensibilidade, formigamento, distúrbios da linguagem, disartria, afasia e visão turva. Diagnóstico A avaliação clínica dos pacientes com quadro suspeito de AVE não é suficiente para diferenciar lesão isquêmica e hemorrágica. Alguns sintomas, como cefaléia, vômitos, pressão sistólica superior a 220 mmHg ou rebaixamento do nível de consciência, podem sugerir a hemorragia intracraniana como causa, mas se faz necessário a realização de exames complementares para confirmação do diagnóstico. Os métodos de imagem aceitos para a avaliação inicial são a tomografia computadorizada de crânio e a ressonância magnética de crânio . Tratamento O tratamento deve começar na fase aguda da doença, com a monitorização dos sinais vitais e neurológicos do paciente. Ao chegar ao serviço de urgência o paciente deverá passar por exame físico, que inclui a anamnese, a verificação da pressão arterial, monitorização cardíaca os níveis glicêmicos, reflexo pupilar, além de avaliar se ocorre diminuição ou ausência dos movimentos corporais. Durante a internação devem ser adotadas medidas preventivas de infecção, de pneumonia aspirativa, promover mudança de decúbito, controle da dor, prevenção de crises convulsivas, monitorar sinais de elevação da pressão intracraniana, evitar trombose venosa e embolia pulmonar com o uso de trombolíticos. Assistência da enfermagem Assistência de enfermagem de acordo com a Resolução COFEN nº 358/2009, a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE, é uma atividade privativa do enfermeiro, que utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade . Prescrição da enfermagem Banho 1x conforme rotina: ● Atividades: Auxiliar no banho do paciente em cadeira de banho, conforme adequado ou desejado ● Lavar o cabelo, conforme necessário ou desejado ● Monitorar a condição da pele durante o banho ● Monitorar a capacidade funcional durante o banho Controle de hiperglicemia: ● Monitorar os níveis de glicose sanguínea, se indicado ● Monitorar a pressão sanguínea ortostática e o pulso, se indicado ● Administrar insulina, se prescrito Cuidado com o repouso, se prescrito: ● Manter a roupa de cama limpa, seca e sem rugas ● Manter grades laterais nas camas elevadas Cuidado com sonda gastrointestinal (intervalo:4x horários:18h-00h-06h-12h) ● Iniciar e monitorar a distribuição dos alimentos por sonda enteral, conforme o protocolo da instituição ● Providenciar cuidados na pele ao redor do local de inserção da sonda ● Lavar com 5 a 15 ml de água filtrada entre administração das medicações ● Lavar com 40 ml de água filtrada após administração das medicações/dieta Cuidado com sondas urinárias (intervalo:4x horário:18-00-6-12) ● Manter um sistema fechado de drenagem urinária ● Observar as características da drenagem urinária ● Monitorar a distensão da bexiga Cuidados com úlceras de pressão ● Monitorar a cor, temperatura, edema, umidade e aparência da pele circunjacente ● Monitorar o paciente quando o potencial para lesão ● Limpar a úlcera com solução não tóxica adequada, trabalhando com movimento circulares, a partir do centro ● Monitorar sinais e sintomas de infecção na ferida ● Orientar a família, cuidados sobre sinais de ruptura da pele, quando adequado.Curativo (intervalo:1x) ● Usar técnica asséptica rigorosa na troca dos curativos ● Realizar curativo com SF 0,9% 1x turno ou SN Monitoração de sinais vitais (intervalo 4x horários:12-18-24-06 hrs) ● Monitorar a pressão sanguínea, pulso, temperatura e o padrão respiratório quando adequado ● Monitorar a frequência e o ritmo respiratórios ● Monitorar a oximetria de pulso ● Identificar as possíveis causas de mudanças nos sinais vitais Prevenção de quedas: ● Manter grades laterais nas camas elevadas Prevenção de úlceras de pressão: ● Documentar todos os incidentes anteriores de formação de úlceras de pressão ● Monitorar atentamente qualquer área avermelhada ● Remover a umidade excessiva de pele resultante de transpiração, drenagem de feridas e incontinência urinária ou fecal ● Alterar a posição do paciente a cada 1 e 2 horas, quando adequado ● Mudar a posição do paciente com cuidado (p.ex. evitar atrito) para prevenir lesões a pele fragilizada ● Examinar diariamente a pele sobre saliência ósseas e outros pontos de pressão ao posicionar o paciente ● Monitorar as fontes de pressão a fricção Proteção contra infecção: ● Monitorar vulnerabilidade à infecção ● Providenciar cuidado adequado a pele em áreas edemaciadas DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Integridade da pele prejudicada: ● Relacionado a: acamado ● Evidenciado por: lesão por pressão, superficialmente limpo. Risco de infecção: ● Relacionado a: úlcera de pressão ● Evidenciado por: lesão por pressão, superficialmente limpo Comunicação verbal prejudicada: ● Relacionada a: comunicação e expressão ● Evidenciado por: AVC Risco de Glicemia instável: ● Relacionado a: nível de glicemia ● Evidenciado por: diabete Risco de queda: ● relacionado a: idade avançada, maior que 65 anos ● Evidenciado por: adulto maior que 65 anos, mobilidade prejudicada Déficit no autocuidado para banho/higiene ● Relacionado a: autocuidado, atividade da vida diária AVE ● Evidenciado por sonolento Conclusão A escolha deste tema se justifica pelo fato de a equipe de enfermagem exercer um grande papel na assistência e na prevenção desta doença, auxiliando na redução dos fatores de risco para a mesma. Devemos estar mais preparados para identificar esses agravos que contribuem para o aumento dos índices de AVE, assim como devemos buscar, através do embasamento científico, atualizações e conhecimentos contribuindo para uma melhor assistência clínica a esses pacientes e para os membros de sua família. A realização do estudo clínico nos proporcionou conhecimentos das etapas da sistematização da assistência de enfermagem, contribuindo para grande conhecimento acadêmico. Referências: Carvalho RS. Assistência de enfermagem ao paciente com acidente vascular cerebral e seu familiar em serviços de urgência e emergência. [tese] Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. 2014. Costa VN. Diagnósticos e prescrições de enfermagem às vítimas de avci: uma proposta de intervenção. [tese] Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina. 2014. Figueiredo MM, Bichuetti DB, Gois AFT. Evidências sobre diagnóstico e tratamento do acidente vascular encefálico no serviço de urgência. Diagn Tratamento. 2012; Silva FMS, Oliveira EMF. Comparação dos métodos de imagem (Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética) para o Diagnóstico de acidente vascular encefálico. Revista Enfermagem Contemporânea. 2017; 6(1):81-89. Santos SNR. Uso de trombolíticos em pacientes com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. [tese] SalvadorBA: Universidade Castelo Branco. 2011. Pinheiro BF, Galvão KT, Sousa MNA, et. al. Intervenções da equipe de saúde em casos de Acidente Vascular Encefálico. Revista FAMA de Ciências da Saúde. 2015;
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