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Patologias do estomago Patologias inflamatórias - Gastrites Patologia gástrica não tumoral que indica lesão e processo de regeneração epitelial gástrica sem componente inflamatório evidente AGUDA – LESÕES DEGENERATIVAS • Início súbito • Podem ser assintomática e passar clinicamente despercebidas • Dor epigástrica, náuseas, vômitos e em alguns casos hemorragia • Ocorrem quando as agressões superam a capacidade de defesa da mucosa • AINEs, álcool, refluxo biliar, agressão adicional pelo ácido na mucosa gástrica, isquemia e estresse físico REATIVA – FENÔMENOS REGENERATIVOS PREDOMINANTES • Lesões causadas por agressão persistente • Agressões repetitivas ou constantes - sucessão de lesões degenerativas e regenerativas que culmina no predomínio de fenômenos reparativos Gastrite aguda • Indica a lesão epitelial gástrica associada à regeneração da mucosa, obrigatoriamente na presença de infiltrado inflamatório polimorfonuclear • Implica no exame histológico da mucosa obtida por biópsia por meio de exame endoscópico • Surge subitamente, apresenta curta duração e habitualmente são afecções transitórias • Pode acometer exclusivamente o corpo gástrico, somente a região antral ou ambos Sintomatologia • Epigastralgia, náuseas e vômitos, empachamento, pirose, eructação (emissão ruidosa, pela boca, de gás proveniente do estômago) • Pode ser decorrente do uso de medicamentos AINEs (inibidores não seletivos de COX) • Formas graves: hemorragia, hematêmese maciça, melena e choque hemorrágico Mecanismos protetores e agressores Características macroscópicas e microscópicas Gastrite crônica autoimune • Resultado de uma interação entre fatores relacionados ao hospedeiro (susceptibilidade genética) e fatores ambientais • As desregulações imunológicas resultantes envolvem linfócitos T sensibilizados e autoanticorpos contra a bomba de prótons da célula parietal e fator intrínseco • A progressão acontece ao longo de décadas, tendo diagnostico aos 60 anos e prevalência em mulheres • Sintomatologia: pode gerar diarreia por má absorção, neuropatia periférica, neurológicas e anemia ou ser assintomatica • doenças autoimunes associadas como Addison, Tireoide de Hashimoto, diabetes tipo I, doença de Graves, Vitiligo Mecanismo à Queda de HCL --> estímulo constante da produção de gastrina (para tentar estimular a formação de HCL) --> hiperplasia das células G --> metaplasia intestinal --> risco de tumor neuroendócrino e adenocarcinomas Características macroscópicas e microscópicos Gastrite crônica • reação inflamatória na mucosa com infiltrado de leucócitos mono e polimorfonucleares • causa mais comum de gastrite no mundo, relacionado a H. pylori (gera hipersensibilidade e acidificação) - virulência do H. pylori: Patogenia Características macroscópicas Diagnostico gastrite crônica autoimune x associada a H. pylori Associado a H. pylori Autoimune Localização Antro Corpo Infiltrado inflamatório Neutrófilos Cél. plasmáticas subepiteliais Linfócitos Macrófagos Produção de acido Aumentada//pouco reduzida Reduzida Gastrina Normal a reduzida Aumentada Lesões Pólipos hiperplásicos/inflamatórios Hiperplasia neuroendócrina Sorologia Anticorpos para H. pylori Anticorpos para células parietais Sequelas Úlceras pépticas, adenocarcinoma, maltoma Atrofia, anemia perniciosa, tumor carcinoide, adenocarcinoma Associações Baixo nível socioeconômico, pobreza e casas rurais Doenças autoimunes Úlcera péptica • Ulceração crônica da mucosa • Antro e duodeno (H. pylori) = aumento de ácido e diminuição de bicarbonato pelo duodeno • Fundo e corpo (auto imune) = menos acido e atrofia da mucosa Morfologia Pólipos do estomago ADENOMA GÁSTRICO Neoplasias gástricas epiteliais processo inflamatório --> metaplasia intestinal ou epitélio glandular --> neoplasia intestinal --> adenocacinoma gástrico Adenocarcinoma gástrico Fatores de risco • Hábitos: tabagismo e etilismo • Nutricionais: baixo consumo de frutas e vegetais, alto consumo de sal, alimentos contendo nitratos • Fundo genético: mutação germinativa em CDH1/BRCA2 (câncer de mama por ex), PAF (pólipose adenomatoso familiar --> lesões pré-malignas) Gastrite antral --> maior chance de desenvolver úlcera Pangastrite --> maior chance de desenvolver cancer Aspectos moleculares • Mutação TP53 e BRCA2 --> tipo intestinal e tipo difuso • Perda de CDH1 (mutação germinativa) --> diminui de expressão de E-caderinas --> gastrite tipo difuso • Aumento de sinalização Wnt --> perda de função APC e ganho de função beta-caterina (fator de transcrição) --> vemos as estruturas típicas de epitélio glandular --> gastrite tipo intestinal - Tipo intestinal --> via de sinalização aumentada para expressão da beta-catenina + supressão da APC Classificação • Lesões exofíticas (neoplasia se projeta para fora da mucosa, para a luz do órgão) e infiltrativas (epitélio se estende) • Células neoplásicas acumulam mucina no seu interior ou ainda no interior da formação glandular àclinica: melena (fezes escuras e sanguinolentas), hematêmese (sengue no vomito), anemia ferro-priva por perda crônica de sangue à clínica: dilatação estomacal, projeção externa, seta é a massa neoplasica à clinica: presença de ulcera Sinais e sintomas associados • sensação de repleção gástrica com baixo consumo de alimentos, • dor epigástrica intensidade variada, • perda de peso súbita, • anorexia, • pirose Metástases Neoplasias gástricas não epiteliais Linfoma MALT (Maltoma) • linfomas que se originam no tecido linfoide associado a mucosa • maioria indolente, 7ª década de vida Etiopatogênese (produção de células B descontrolada + mutação) alto número de linfócitos (azul) que se dissemina ao longo de toda a lâmina própria (envolve o epitélio glanular) --> inflamação --> glândulas (verde) estão sendo destruídas devido ao aglomerado do tecido linfoide que está em alta proliferação --> deprise celular, presença de resto de células parietais mortas (branco) --> epitélio retraído (amarelo) devido ao infiltrado de tecido linfoide --> tumor maligno de tecido linfoide da mucosa --> MALT Tecido linfoide disseminando e invadindo (amarelo) --> retração da mucosa (verde) porção foveolar --> degrise restos de glândulas mucosas (branco) --> lesão linfo-epitelial (tecido linfoide destruindo o epitélio) Quadro clínico • não existe quadro específico • a sintomatologia não é do linfoma e sim da gastrite crônica decorrente de H. pylori apresentada pelo paciente • dor epigástrica, vômitos, perda de peso, anorexia, úlcera, saciedade precoce, febre, hemorragia, anemia Tumor carcinoide • semelhante a carcinoma, porém mais indolente • pico de incidência 6ª idade • origem neuroendócrina • marcador endócrino: sinaptofisina e cromogranina A(CgA) Tumor carcinoide tipo I • surgem na gastrite autoimune (mais frequente) • na gastrite temos destruição das células parietais devido ao desenvolvimento do anticorpo APCA --> diminui secreção de H+ --> alteração do pH do estomago (elevado) --> feedback positivo --> células G começam a produzir gastrina --> gastrina cai na corrente sanguínea e estimula a proliferação das ECL (produtoras de estamina para voltar a homeostase torna a célula suscetível a mutação) --> essas ECLs sofrem displasia --> neoplasia (trabéculas em amarelo geradas pelo tumor) Tumor do estroma gastrointestinal GIST • tumores originados das células intersticiais de Cajal (peristaltismo do TGI) • localizados geralmente no corpo ou fundo gástrico de grau demalignidade variado (índice de micoses e possível necrose), incidência em 60 anos, suscetível a mutações em dois fatores de crescimento (c-Kit e PDGRRA) Patogênese • agente etiológico desconhecido • esses dois fatores de crescimento estimulam a proliferação celular --> mutação no gene que expressão essas proteínas --> proteínas ativadas constantemente --> proliferação constante --> alta capacidade de disseminação Características morfológicas • forma epitelioide
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