Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bromatologia e Tecnologia de Alimentos Página 1 de Nova Seção 1 Bromatologia Estudo dos alimentos Composição da matéria-prima e produto acabado; • Controle e garantia da qualidade dos alimentos; • Desenvolver novos produtos;• Conhecer os efeitos do processamento e estocagem nos alimentos; • Segurança dos alimentos.• Analise bromatologica: Aplicação de métodos e técnica para o preparo, armazenamento, processamento, controle, embalagem, distribuição e utilização dos alimentos. • Tecnologia de alimentos: Garantir o abastecimento de alimentos nutritivos • Controlar os agentes de alteração dos alimentos• Satisfazer as necessidades dos consumidores -> Diversificação • Objetivos: Alimentos Produtos de composição complexa que em estado natural, processados ou cozidos, são consumidos pelo homem para satisfazer as necessidades nutritivas e sensoriais. Substâncias presentes nos alimentos que o organismo utiliza para as funções básicas. • Nutrientes: Carboidratos: Fonte de energia ao organismo; • Gorduras: Fonte de energia ao organismo; • Proteínas: Crescimento e reparação dos tecidos; • Minerais: Utilizados para crescimento e reparação dos tecidos, regulação de processos biológicos do organismo; • Vitaminas: Regulação de processos biológicos do organismo. • Analise dos alimentos: Métodos Convencionais: Não necessitam de equipamentos sofisticados Métodos Instrumentais: Equipamentos eletrônicos sofisticados Determina um componente específico do alimento, ou vários componentes. Amostragem de alimentos: Conjunto de operações que se obtém do material porção relativamente pequena de tamanho apropriado – representa o conjunto da amostra. Coleta da amostra bruta• Preparação da amostra para laboratório • Preparação da amostra para análise • Amostra: Importante: Homogeneidade • Amostra homogênea • Amostra heterogênea Amostras líquidas ou pastosas: Coletadas em incrementos com o mesmo volume, do alto, do meio e do fundo do recipiente, após homogeneização e agitação; • Amostras sólidas: moagem e trituração. • Preparo e redução da amostra: Redução da amostra: Alimentos sólidos • Quarteamento Alimentos semi-sólidos • Ralar • Quarteamento Alimentos úmidos •Picar, moer, misturar- quarteamento •“Refrigeração” Página 2 de Nova Seção 1 Agua Componente majoritário dos seres vivos; • Portadora de substâncias nutritivas;• Estabilizador da temperatura corporal; • Reagente e meio de reação.• Interage com os componentes dos alimentos. • Molécula formada por um átomo de oxigênio (O2) e dois átomos de hidrogênio (H); • Apresenta forma de tetraedro distorcido; • Alto momento dipolar.• Cada molécula pode ligar a 4 outras moléculas de água; • Pontes de hidrogênio – tridimensionais; • Moléculas fixas no reticulo cristalino em distancias superiores a 1,2 A • Todas as ligações de hidrogênio possível estão formadas • Conteúdo de energia baixo• Nenhum molécula livre• Estrutura no estado sólido: Moléculas afastadas• Raras ligações de hidrogênio• Conteúdo de energia alto• Quase todas as moléculas estão livres • Estrutura no estado vapor: Formação de agregados com moléculas livres entre os mesmos • Grande numero de ligação de hidrogênio • Conteúdo de energia mais baixo• Estrutura no estado liquido: Moléculas Apolares: Formam micelas;• Parte polar - contato com a água;• Parte interna da micela - interação de pontes de H, dipolo-dipolo. • INTERAÇÃO DA ÁGUA COM SUBSTÂNCIA APOLAR Solido iônico: cloreto de sódio• Compostos não-iônicos com caráter polar:• Dissolvem com facilidade• Exemplos: Açúcares, álcoois.• Interação agua com solutos: Agua Livre: Fracamente ligada ao substrato, que funciona como solvente, permite o crescimento de microrganismos e reações químicas, eliminada com facilidade Agua combinada: Fortemente ligada ao substrato, mais difícil de ser eliminada, não utilizável como solvente, por isso não permite o desenvolvimento de microrganismos e retarda as reações químicas Página 3 de Nova Seção 1 Atividade de Agua Indica a intensidade das forças que unem a água com outros componentes não aquosos; • Quantidade de água disponível no alimento • Água disponível para microrganismos, reações químicas e bioquímicas. • Relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio sobre o alimento, e a pressão de vapor de água pura (mesma temperatura). Efeitos da variação de atividade de agua: Microrganismos e deterioração química; Alteração da consistência do alimento; Aumento acima do limite - microrganismos - uso de conservantes químicos. Página 4 de Nova Seção 1 Conservação de alimentos pelo controle da atividade de agua Consiste em concentrar os alimentos líquidos por ebulição; • Reduz a atividade de água = conservação; • Evaporação: Evaporador de circulação natural: Processo - pressão atmosférica• Evaporador de tacho aberto Pressões reduzidas;• Aplicado para produtos sensíveis ao calor; • Geralmente utilizam em série – evaporadores de múltiplo efeito. • Evaporador de tacho à vácuo Mudanças na cor;• Aumento da concentração de sólidos; • Redução da atividade de água – reações químicas. • Efeito nos alimentos: Desidratação: Extração deliberada e em condições controladas da água que os alimentos contêm; Produto resultante: conteúdo aquoso na maioria dos casos, inferior a 3%. Sistema simples;• Desvantagem: falta de controle de temperatura, umidade relativa. • Usado para alguns alimentos artesanais: cacau, charque. • Secagem natural - sol: Desidratação com ar quente: Secadores adiabáticos Produto distribuído em camada fina em bandejas no interior da câmara; • Ventilação – aquecimento;• Usado para frutas.• Secadores de cabine ou de bandeja: O produto é distribuído em camadas uniformes sobre bandejas dispostas em vagonetes ou carros. • Secadores de túnel Aplica-se a sólidos de tamanho• uniforme.• Ex: cebola em flocos, coco,• ervilhas.• Secadores de leito fluidizado Desidratação de alimentos líquidos • Produto líquido subdivide-se em gotas muito pequenas. • Evaporação instantânea• Secador atomizador Desidratação por sublimação - transformação direta do gelo do alimento em vapor d’água sem passar ao estado líquido. • Liofilização Endurecimento superficial; • Escurecimento não enzimático; • Perda por evaporação de substâncias aromáticas; • Mudança de textura, cor e valor nutritivo; • Efeitos nos alimentos: Página 5 de Nova Seção 1 Conservação de alimentos pelo controle da atividade de agua Método antigo de conservação de alimentos;• Uso do sal = redução da atividade de água• Aplicações: Carne, Pescados, Queijos, Produtos vegetais • Sal: controle de impurezas e bactérias halofilicas • Conservação pelo sal: Velocidade• Temperatura• Granulometria• Concentração• Controla: Processo simples;• Camadas alternadas de sal com o produto • Salga seca Produto é imerso em solução de salmoura; • Tanque de imersão com sal - refrigeração; (Tumbler – opcional). • Salga úmida Combinação de salga seca e úmida; • Empilhada em tanques.• Salga mista Combinação de salga, secagem e defumação • Ação da fumaça da combustão de aparas ou serragem de madeira – pirólise dos componentes – liberando compostos (ácidos, álcoois, carbonilas e fenóis) • Adsorvem ou condensam na superfície dos produtos- aroma, sabor , conservação e cor. • Conservação pela defumação: Defumação tradicional a frio: 20 – 25 °C / 70 a 80% UR (umidade relativa); algumas horas ou dias; • Defumação a quente: 50 – 55 °C/ 75 a 80% UR injeção de vapor d’água. (Embutidos de pasta fina • –salsichas – cozimento e defumação) Página 6 de Nova Seção 1 Conservação de alimentos pelo frio Baseia-se na inibição total ou parcialdos principais agentes responsáveis pela alteração dos alimentos; Temperatura do alimento é reduzida entre -1 °C e 8 °C. • Geralmente usado em combinação com outros métodos como fermentação e pasteurização. • Refrigeração: Sistemas fechados que atuam como uma bomba: extrai o calor do alimento ou do recinto que se encontra (ou que pretende chegar) a baixa temperatura, transferindo-o a outra parte do sistema ao qual se dissipa. • Sistema de refrigeração: Operação na qual a temperatura de um alimento é reduzida abaixo do seu ponto de congelamento = formação de cristais de gelo. • Reduz a atividade de agua• Congelamento: Câmaras frigoríficas com ar estático convecção natural : adequado para • armazenamento.• Congeladores de ar forçado;• Congelar pequenos volumes.• Congelamento por ar Congelamento com ar Túnel de congelamento Alimentos – transportados em bandejas empilhadas que se movem no trilho ou esteiras rolantes. Congeladores de base fluidizada IQF: Individually quick frozen Fundo perfurado Fluxo de ar frio: -25 a -35 oC Congelador de placas – alimentos sólidos e produtos acondicionados Efeitos nos alimentos: Auto oxidação dos lipídeos; Cor, textura; Frutas e hortaliças = escurecimento enzimático Textura Efeito pela velocidade de congelamento. Página 7 de Nova Seção 1 Página 8 de Nova Seção 1 Proteínas Compostos poliméricos complexos, formados por moléculas orgânicas, presentes em toda matéria viva; • Funções de proteínas no organismo; • Constituídas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas. • Aminoácidos: Unidades estruturais básicas das proteínas. Reação de condensação de dois ou mais aminoácidos eliminação de molécula de água. • Ligação peptídica: Estrutura: Cada sequência de aminoácido forma uma proteína -> enovelada em uma conformação tridimensional, específica e única; Página 9 de Nova Seção 1 Propriedades das proteínas nos alimentos pH• Temperatura• Solventes orgânicos• Força iônica• Fatores que influenciam na solubilidade: Temperatura: Desdobramento da molécula expondo resíduos hidrofóbicos Precipitação por solventes orgânicos Exemplos: Etanol, acetona Precipitação protéica ↓ solubilidade Solvente orgânico: ↓ solvatação e ↓ constante dielétrica (D) Alterações de temperatura, pH, ou na presença de • agentes químicos desnaturantes • Podem perder a conformação nativa e desnaturar. • Desnaturação de proteínas: Hidratação• Viscosidade• Solubilidade• Emulsificante• Espumante• Propriedades funcionais: Formação de massa - glúten PROTEÍNAS DO LEITE 80% das proteínas do leite bovino• Interagem umas com as outras e com o fosfato de cálcio, formando micelas esféricas grandes, conhecido como micela de caseína. • O aquecimento contínuo e a diminuição do pH desestabilizam as micelas, levando à formação de gel. • Caseína: Lactoglobulina• Lactoalbumina• Soroalbumina bovina• Imunoglobulinas• Proteínas do soro do leite: As proteínas do soro são usadas em vários alimentos específicos como pães, bolos, iogurte, queijos e pastas de queijo, refrigerantes, sucos de frutas, bebidas à base de leite aromatizado, sorvetes e picolés, misturas aeradas para doces, merengues. Proteínas miofibrilares: Actina (30%) e Miosina (50%) • Importante no “rigor mortis” • Proteínas do tecido conjuntivo: colágeno e elastina. • Proteínas da carne: Capacidade de retenção de água • Mistura com carnes• Volume e peso• Proteínas da soja: Página 10 de Nova Seção 1 Lipídeos Participam da estrutura e permeabilidade de membranas; • Isolamento térmico;• Auxiliam na absorção de vitaminas lipossolúveis; • Sabor – palatabilidade dos alimentos; • Podem causar deterioração química em alimentos. • Solúveis em solventes orgânicos (éter, clorofórmio, hexano) e ter baixa solubilidade em água. • Importância nutritiva; Simples: oleos e gorduras, ceras• Compostos: fosfolipidios, glicolipidios, sulfolipidios, lipoporteinas, lipopolissacaridios • Derivados: acidos graxos, alcoois, esterois, hidrocarbonetos: carotenoides, vitaminas lipossoluveis • Classificação: ésteres formados a partir de ácidos graxos + mono-hidroxiálcoois cadeia linear longa. • Ceras: Compostos formados a partir da esterificação de ácidos graxos e alcoóis. Componentes dos lipídeos• Compostos alifáticos• Hidrocarboneto + grupo ácido carboxílico • Saturados ou insaturados• Ácidos graxos: Página 11 de Nova Seção 1 Lipídeos Triaglicerol: São ésteres de ácidos graxos de alto peso molecular e glicerol - acilgliceróis Álcool cuja molécula apresenta 3 átomos de carbono, aos quais estão unidos por grupos hidroxila • Glicerol: Formados por longas cadeias de átomos de carbono com um grupo carboxila (- COOH) em uma das extremidades. • Ácidos Graxos São compostos que contém outros grupos químicos na molécula, além de ácidos graxos e glicerol na formação de éster. • Lipídeos compostos: Fosfolipídios: ésteres formados a partir de glicerol, ácidos graxos, ácido fosfórico. Os esteróis são lipídeos estruturais nas membranas da maioria das células eucarióticas; • Principal esterol nos tecidos animais. • Colesterol: Adição de Hidrogênio às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados, livres ou combinados. • Conversão de óleos em gorduras• Processo que H é adicionado diretamente aos pontos de insaturação dos ácidos graxos • Hidrogenação: Desvantagem: gordura transRancificação Hidrolitica: Hidrólise enzimática;• Estresse térmico;• Ação química;• Liberam ácidos graxos livres que podem ser desejáveis ou • indesejáveis.• As ligações ésteres dos lipídeos estão sujeitas a: Eliminação da água do lipídio • Uso de temperatura baixa – fritura • Inativação térmica• Evitar uso prolongado do mesmo lipídio • Formas de evitar : complexas reações químicas entre o oxigênio atmosférico e os ácidos graxos insaturados dos lipídeos; • Etapas:• fase inicial – indução ou Iniciação• Segunda fase -Propagação• Terceira fase - Terminação• Rancificação oxidativa: Antioxidantes: Interferem no oxigênio singlet ; Inibem a reação fazendo o papel de aceptores de RL ou de doadores de hidrogênio; naturais ou sintéticos: • Tocoferóis; • Compostos fenólicos; • Efeito sinérgico; • Quelantes de metais pró-oxidantes. Página 12 de Nova Seção 1 Métodos de determinação de lipídeos em alimentos Soxhlet (extração a quente, usando éter de petróleo como solvente). • Bligh & Dyer (extração a frio, com clorofórmio, metanol e água). • Butirômetro de Gerber (hidrólise ácida, através do uso de ácido sulfúrico e álcool isoamílico). • Determinação da fração lipídica: Extração com solvente: Extração da gordura com solvente • Eliminação do solvente por evaporação • Gordura extraída - Quantificada por pesagem. • Baseado em: éter de petróleo/hexano ( mais usados) • éter etílico (mais amplo - esteróis, resinas, • pigmentos, vitaminas - , mais caro, perigoso e acumula água) • mistura de solventes• Tipos de solventes: Mistura 3 solventes: clorofórmio- metanol-água • Método de extração a frio;• Produtos com alto ou baixo teor de umidade podem ser usados; • Extratos podem ser utilizados para avaliação da deterioração dos lipídeos. • Método de Bligh-Dyer Preparo da amostra• Mistura da amostra com clorofórmio e metanol• Adicionar clorofórmio e água• Fase clorofórmio = isolada e solvente evaporado• Digestão com ácido sulfúrico álcool isoamílico • Separação por centrifugação• Leitura volumétrica final no butirômetro a 71oC • Processo de Gerber (leite e produtos lácteos) Página 13 de Nova Seção 1 Conservação e processamento de alimentos pelo calor Destruição e/ou redução de microrganismos deteriorantes e patogênicos • Inativação de enzimas• Termossensibilidade x estabilidade final Pré-tratamento realizado entre o preparo da matéria- prima e operações posteriores. • Geramente aplicado antes da desidratação e congelamento. • Branqueamento: Inativar enzimas em hortaliças e frutas;• Eliminar os gases presentes no interior da matéria-prima; • Reduzir a carga microbriana• Funções do branqueamento: Métodos de branqueamento: A vapor: consiste de uma esteira transportadora que leva o alimento através de uma atmosfera de vapor dentro de um túnel. Água quente: alimento em água quente (70 – 100 °C) por tempo específico, e remoção para resfriamento. Alimentos pouco ácidos (pH > 4,5) – Carne, leite, peixe e algumas hortaliças- Esterilização comercial • Alimentos ácidos (pH 4 a 4,5) – concentrados de tomate, pimentões - Tratamentos térmicos mais suaves. • Alimentos muito ácidos (pH < 4,0) – frutas • Desenvolvimento - Bolores e leveduras• Não necessita de tratamento térmico superiores a 100 oC. • Tratamento térmico: Tratamento térmico relativamente brando, no qual o alimento é aquecido à temperaturas menores que 100 oC. • Utilizada com tratamentos combinados como refrigeração, congelamento, embalagens herméticas. • Pasteurização: Pasteurização de produtos no envase - embalados Pode ser realizado em: sucos de frutas, doces em caldas e compotas. Embalagens: Latas ou vidros, plástico ou metal Água quente ou vapor seguido do resfriamento. Pasteurização lenta (LTLT- Low Temperature Long Time) • Pasteurização rápida (HTST – High Temperature, Short Time). • Operação unitária na qual o alimento é aquecido a uma temperatura alta o suficiente (>100 °C) para destruir microrganismos e enzimas. • Pretende-se atingir a esterilidade comercial.• Esterilização: Penetração de calor no alimento: Posição do “ponto frio”, segundo o modo predominante de transferência de calor. Esterilização de alimentos acondicionados: Esterilizadores descontinuos: milho e ervilha em lata Esterilizacao sem acondicionar: processo UHT (ultra high temperature) Página 14 de Nova Seção 1 Carboidratos Fotossíntese São os poli-hidroxialdeídos, poli-hidroxicetonas, e seus derivados simples, e polímeros destes compostos unidos por ligações hemiacetálicas. • Variam em grau de doçura, digestão e absorção;• Em função do peso molecular;• Classificação Açúcares mais simples - 3 a 6 átomos de C • Monossacarideos Polímeros - 2 a 10 unidades de monossacarídeos unidos por ligações hemiacetálicas – glicosídicas; • Dissacarídeos - mais importantes; • Oligossacarídeos: Reações de monossacarídeos: Hidrólise da ligação glicosídica da sacarose que ocorre em condições fracamente ácidas a baixas temperaturas e presença de pequenos filmes de água. • Inversão da sacarose Aquecimento: reação de degradação de carboidratos na ausência de compostos nitrogenados; • Reação é maior em meio alcalino;• Reação em temperatura maior que 120 oC;• Produto final: compostos escuros de composição química complexa. • Reação de caramelização Reação entre aminoácidos (NH2) e açúcares redutores (C=O) • Carboidrato é degradado com formação de novos compostos: (melanoidinas), polímeros insaturados, compostos voláteis (odor característico). • Reação de Maillard Página 15 de Nova Seção 1 Polissacarídeos polímeros formados por mais de 20 monossacarídeos dispostos de forma linear ou ramificada. • Amido, Glicogênio, Celulose, Pectina • Homopolissacarídeo• Polímero de glicose• Reserva energética - vegetal;• Fontes: raízes, tubérculos e sementes • Constituído por mistura de dois polissacarídeos: amilose e amilopectina Amido: Gelatinização: presença de água e aquecimento = viscosidade; • Aplicações nas indústrias de alimentos • Retrogradação: expulsão da água entre as moléculas. • Carboidrato de reserva (fígado e músculo esquelético); • Polímero – subunidades de glicose – ligações α(1-4), com ligações α (1-6) nas ramificações; • Glicogênio: Parede celular vegetal; • associada com celulose e lignina • Sequência linear de unidades de D- glicose por ligações glicosídicas β (1-4); • Celulose: Heteropolímero• Polissacarídeo complexo:• associados com celulose e lignina• D-xilose, L-arabinose, D-galactose, D-manose, e L-ramnose. • Pães, bolos -absorção de água• Hemicelulose: polímeros compostos de unidades α-D-ácidos • galacturônicos ligados por ligações glicosídicas α-1,4. • Encontrada na lamela média de células vegetais; • Propriedade de geleificação; • Pectinas: hidrocoloides;• Extraídas de algas, sementes, plantas e microrganismos; • Aplicações: espessantes, geleificantes e estabilizantes de alimentos. • Exemplos: goma guar, goma arábica, o ágar, goma xantana e a goma • dextrana, goma carragena, goma curdulana. • Gomas: Página 16 de Nova Seção 1 Determinação de carboidratos em alimentos Padronização - legislação• Rotulagem nutricional• Detecção de adulterantes• Processamento de alimentos• Avaliar a qualidade• Amostras sólidas devem ser moídas;• AMOSTRAGEM E TRATAMENTOS PRÉVIOS Pigmentos solúveis• Substâncias opticamente ativas• Constituintes fenólicos• Lipídeos• Proteínas• Eliminação de possíveis interferentes: Reações coloridas: Condensação de produtos de degradação dos açúcares em ácidos fortes com vários compostos orgânicos. • Propriedades redutoras do grupo carbonila: Reações coloridas baseadas nas propriedades redutoras de sais de cobre em soluções alcalinas. • Métodos qualitativos: Antrona Métodos quantitativos: Podem ser realizados por diferença• Determinação de carboidratos totais Método fenol-sulfúrico• Desidratação dos açúcares pelo ácido sulfúrico e subsequente complexação dos produtos formados com o fenol. • Métodos quantitativos: Método Lane-Eynon• Baseia-se na redução de volume conhecido do reagente de cobre alcalino (Fehling) a óxido cuproso; • Método titulométrico.• Determinação de açúcares redutoresMÉTODOS QUANTITATIVOS Métodos ópticos Mede o índice de refração da solução de açúcar; • Determina açúcar total como sólidos solúveis; • Utilizado no controle de qualidade de geleias, sucos de frutas. • Refratometria Página 17 de Nova Seção 1 Fibras materiais que não são digeríveis pelos organismos e são insolúveis em ácido e base diluídos em condições específicas. • Fibra bruta: Polissacarídeos estruturais: celulose, hemicelulose e algumas pectinas. • Compostos estruturais: lignina• Polissacarídeos não estruturais: gomas e mucilagens • Fibra alimentar – conceito novo Em contato com água formam retículo ocorrendo inclusão da água e geleificação da mistura. • São rapidamente degradas no cólon• Alto grau de fermentação• Retardam o esvaziamento gástrico• Fibras solúveis: Captam pouca água• Pouco fermentáveis• Formam misturas de baixa viscosidade• Constituídas de celulose, hemicelulose e lignina• Reduzem constipação• Acelera o trânsito intestinal• Fibras insolúveis: Produtos alimentícios fontes de fibras• Alimento industrializado – alegação como fonte de fibras• Resolução RDC 54 de 12 de novembro de 2012• Mínimo de 3 g de fibras/100 g ou 100 mL em pratos preparados;• Mínimo de 2,5 g de fibras por porção de alimento.• Rotulagem nutricional: Gravimétricos• Enzimáticos-gravimétricos• Enzimáticos-químicos• MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA Digestão ácida e alcalina em material previamente dessecado e desengordurado. • Amostra (2 g) -> Refluxo com ácido sulfúrico 1,25% - 30 min -> Filtrar e lavar com água -> Ferver com solução NaOH 1,25% - 30 min -> Filtrar, incinerar, esfriar e pesar • Fibra brutaDetermina celulose e lignina. • Amostra seca e moída -> Refluxo com ácido sulfúrico 0,5 M e 20 g de CTAB – 60 min -> Filtrar e lavar com água quente -> Secar e pesar • Fibra detergenteácido (ADF) Determina celulose, hemicelulose e lignina. • Amostra seca e moída -> Refluxo com tampão SLS-> Filtrar e lavar com água quente e acetona -> Secar e pesar-> Incinerar, esfriar e pesar • Fibra detergente neutro (NDF) Considera os aspectos fisiológicos, como polissacarídeos (exceto amido) e lignina que não são digeridos pelo intestino delgado humano. • Enzimas: α-amilase e protease• Permite separar conteúdo total da fração fibra e/ou as frações solúveis e insolúveis.• Método enzimático-gravimétrico (Fibra alimentar total) Página 18 de Nova Seção 1 Vitaminas Compreendem um grupo de compostos orgânicos, com diferentes estruturas e reatividades químicas; • Desempenham funções essenciais ao funcionamento do organismo. • Vitaminas lipossolúveis: Conhecida como axeroftol ou retinol – pertence ao grupo de compostos conhecido como retinóides; • Alimentos de origem animal e vegetal• Essencial para visibilidade, crescimento dos ossos e manutenção do tecido epitelial. • Vitamina A Vitamina D nos alimentos está associada a vários análagos de esteróis solúveis em lipídeos – -Colecalciferol (vitamina D3) – fonte animal -Ergocalciferol (vitamina D2) – sintético -Fontes: ovos, leite, óleo de fígado de bacalhau, queijo Existem várias VITAMINAS E, todas biologicamente ativas, denominadas – α, β, γ, e δ -TOCOFEROL; • O α -tocoferol é o que apresenta maior atividade biológica; • Vitamina E VITAMINA K1 (FILOQUINONAS): Encontrada principalmente em vegetais verdes; • VITAMINA K2 (MENAQUINONAS): Sintetizada por bactérias • VITAMINA K3 - MENADIONA Forma sintética utilizada em alimentos; • Vitamina K Vitaminas hidrossoluveis: Auxilia no funcionamento do sistema nervoso; • Perdas: lixiviação, luz UV, ação de sulfitos. • Deficiência: Beribéri• Vitamina B1 (Tiamina) Grupo de pigmentos fluorescentes – flavinas; • Essencial para olhos e pele;• Estável ao calor, oxidação, ácidos e instável em meio alcalino; • Vitamina B2 (Riboflavina) Função: metabolismo• Estável ao calor, luz, oxigênio, ácidos e álcalis. • Fontes: Carne, peixe, grãos enriquecidos, pães integrais e enriquecidos, legumes: amendoim, grão seco e ervilha. • Deficiência: Pelagra• Vitamina B3 (Niacina) Função: metabolismo• Instável: ácidos, álcalis, e aquecimento • Vitamina B5 (Ácido pantotênico) Função: metabolismo• São destruídas pela luz, principalmente em meio neutro e alcalino; • •Deficiência: Dermatite seborreica, tremores, náuseas, anorexia. • •Fonte: leite, ovos, vegetais.• Vitamina B6 (Piridoxina) Função: participa da síntese de DNA, hemoglobina; • Enriquecimento em alimentos - farinhas • Vitamina B9 (Ácido fólico) Função: funcionamento das células• Estável em temperatura ambiente, pH (4,0 a 6,0). • Deficiência: anemia• Fonte: alimentos de origem animal e plantas superiores. • Vitamina B12 (Cianocobalamina) Estruturalmente relacionada com a glicose e outras hexoses; • Antioxidante;• Instável ao oxigênio, luz• Deficiência: dificuldade de cicatrização, sangramento. • Vitamina C (Ácido ascórbico) Baseia-se na oxidação do ácido ascórbico pelo iodato de potássio - titulométrico • Homogeneizar amostra pesar-> Adicionar 50 mL de água-> Adicionar 10 mL de H2SO4 20%-> Adicionar 1 mL de iodeto de potássio 10% e 1 mL de solução de amido 1%-> Titular com iodato de potássio até cor azul • Determinação de vitamina C com iodato de potassio: Página 19 de Nova Seção 1 Determinação de cinzas Determinação de umidade Teor de proteínas Teor de lipídeos Determinação de carboidratos Página 20 de Nova Seção 1 Conservação de alimentos pela fermentação Método antigo de conservação;• Meados do século 19: Surgimento da microbiologia como ciência; • Processo no qual uma ou mais espécies de microrganismos desenvolvem-se, de forma controlada ou não, consumindo um substrato e sintetizando um produto desejado. Uso de condições brandas de pH e temperatura - mantem propriedades dos alimentos • Aromas e texturas específicos • Custo de investimento e operações baixos • Vantagens: Material a fermentar: açúcares, celulose, pectina, albumina• Produtos de fermentação: alcoólico, acético, propionico, butirico, vitaminas, antibióticos • Agente de fermentação: leveduras, bactérias, bolores• Classificação: Homofermentativas: microorganismos produzem um único produto• Heterofermentativas: microorganismos utilizados produzem varios produtos • Tipos de fermentação: FATORES QUE CONTROLAM O CRESCIMENTO DOS MICRORGANISMOS NA FERMENTAÇÃO •Disponibilidade de fonte de carbono, nitrogênio e nutriente específico; •pH do substrato; •Umidade; •Temperatura; •Potencial de redução-oxidação; •Presença de competidores. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA • Processo que resulta na transformação de açúcares solúveis em etanol (álcool etílico) e gás carbônico; • Levedura: Saccharomyces cerevisiae FERMENTAÇÃO LÁTICA • Ácido lático = produto principal; • Produtos lácteos: Lactobacillus bulgaricus e Streptococus thermophilus (iogurte), Lactobacillus, Streptococcus, Leuconostoc (queijos). • Produtos vegetais: Leuconostoc mesenteroides, Lactobacillus brevis, Lactobacillus plantarum (chucrute e azeitonas). FERMENTAÇÃO ACÉTICA • Transformação de álcool em ácido acético; • Ação de bactérias dos gêneros Acetobacter e Gluconobacter; • Exemplo: vinagre EFEITOS NOS ALIMENTOS • Características sensoriais dos alimentos; • Aumento da acidez; • Prolonga a vida útil dos alimentos em complemento com outros métodos. Página 21 de Nova Seção 1 Conservação de alimentos por aditivos químicos É qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Portaria no 540, de 27 de outubro de 1997 - ANVISA Houver evidências ou suspeita de que o mesmo não é seguro para consumo pelo homem; • Interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento;• Servir para encobrir falhas no processamento e/ou nas técnicas de manipulação; • Encobrir alteração ou adulteração da matéria-prima ou do produto já elaborado; • Induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;• É proibido o uso de aditivos quando: INS: International Numbering System• Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares. • Este sistema foi elaborado pelo Comitê do Codex sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes de Alimentos (CCFAC) - alternativa à declaração do nome específico do aditivo. • IDENTIFICAÇÃO DO ADITIVO NA ROTULAGEM DE ALIMENTOS Agentes de massa• Antiespumante• Antiumectante• Antioxidante• Corantes• Espessantes• Geleificantes• Estabilizante• Azomatizantes• Umectante• Regulador de acidez• Acidulante• Emulsionante/Emulsific ante • Melhorador de farinha• Realçador de sabor• Fermento Químico• Glaceante• Agente de firmeza• Sequestrante• Estabilizante de cor• Espumante• CATEGORIAS DE ADITIVOS Fosfatos e ligações de água em tecidos animais• Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA) da carne• Fosfatos : Produção de salsichas, Cura de presuntos• SAIS Dióxido de enxofre, ácido benzóico, ácido sórbico, ácido propiônico na forma livre, ou de sais de sódio ou potássio e nitritos e nitratos de sódio e potássio. • AGENTES ANTIMICROBIANOS Sais de sódio e potássio de nitritos e nitratos• Usados em misturas para cura de carnes• Desenvolvimento e fixação de cor, sabor, inibição microbiana • Nitrito e Sais de Nitrato Ótima atividade em pH de 2,5 a 4,0• Adequado para uso em: sucos de frutas, bebidas carbonatadas, picles e chucrute. • Sais de sódio e potássio – dispersão em alimentos aquosos• Usado em combinaçãocom ácido sórbico.• ÁCIDO BENZÓICO Ácido sórbico e sais de sódio e potássio – inibição de bolores e leveduras • Sorbato comercial• Aplicações: queijos, panificação, sucos de frutas, vinho e picles. • ÁCIDO SÓRBICO Página 22 de Nova Seção 1 Agentes químicos Sintéticos mais utilizados- substâncias fenólicas • butil hidroxianisol (BHA),• butil hidroxitolueno (BHT),• galato de propila (PG)• terc-butil hidroquinona (TBHQ)• AGENTES ANTIOXIDANTES Substância que torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento. • Salsicha, Creme de leite, Maionese,Margarina• álcoois polivalentes, como glicerol, propilenoglicol, sorbitol, lecitina, gomas, • AGENTES EMULSIFICANTES Substância que aumenta a viscosidade de um alimento. • Geralmente polissacarídeos extraídos de plantas terrestres e aquáticas • Gomas• Biopolímeros origem microbiana• Ex: goma xantana• AGENTES ESPESSANTES Substância que torna possível a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. • AGENTES ESTABILIZANTES Substância capaz de reduzir as características higroscópicas dos alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas individuais. • Carbonato de cálcio• Carbonato de magnésio• Fosfato tricálcico• Citrato de ferro amoniacal• Silicato de cálcio• Ferrocianeto de sódio• Alumínio silicato de sódio• Dióxido de silício (o mais utilizado)• AGENTES ANTIUMECTANTES Página 23 de Nova Seção 1 Processamento de alimentos de origem vegetal São perecíveis• Atividade metabólica elevada - deterioração • Conhecimento da estrutura, fisiologia e transformações metabólicas • Manutenção da qualidade – manuseio adequado e tecnologias na comercialização • ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL Colheita e transporte• Limpeza e seleção• Descascamento• Corte• Branqueamento• PRÉ-PROCESSAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS Colheita e transporte• Recepção• Lavagem e classificação• Descascamento – retirada de sementes• Despolpamento• Desaeração• Pasteurização• Envase• Congelamento• PROCESSAMENTO DE POLPAS DE FRUTAS Pré-processamento• Despolpamento• Clarificação• Estabilização da turbidez• Filtração• Desaeração• Tratamento térmico• Envase• PROCESSAMENTO DE SUCOS E NÉCTARES DE FRUTAS Recepção da matéria prima• Seleção e classificação• Pre lavagem e resfriamento rápido• Retirada de partes não comestíveis• Corte• Lavagem e sanitização• Centrifugação• Embalagem• Armazenamento e distribuição• VEGETAIS MINIMAMENTE PROCESSADOS Colheita• Recepção das raízes• Lavagem e descascamento• Desintegração• Extração da fécula• Purificação• Secagem• acondicionamento• PROCESSAMENTO DE FÉCULA DE MANDIOCA Página 24 de Nova Seção 1 Processamento de alimentos de origem animal Produto com ou sem adição de outras substâncias alimentícias obtidas por concentração e ação do calor - pressão normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com ou sem adição de sólidos de origem láctea e/ou creme, e adicionado de sacarose. • Portaria 354, de 4 de setembro de 1997 – MAPA. • DOCE DE LEITE Leite - pasteurizado - 14 a 18 oD• Neutralização da acidez: bicarbonato de sódio; • Adição de açúcar;• Aquecimento/concentração:• Adição dos demais ingredientes; teor de umidade máximo de 30%, ou mínimo de 70% de sólidos totais • Resfriamento• PROCESSAMENTO DE DOCE DE LEITE Produto obtido pela fermentação do leite com cultivos protosimbióticos de Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus. • IOGURTE Iogurte tradicional, clássico ou firme • Iogurte batido• Iogurte líquido• De acordo com as características físicas do gel Leite – Matéria-prima• Enriquecimento em sólidos lácteos • Adição de ingredientes• Homogeneização• Pasteurização• Resfriamento• Adição da cultura starter• Fermentação• Resfriamento e envase• PROCESSAMENTO DE IOGURTE produto cárneo industrializado, obtido de carnes de animais de açougue, adicionados ou não de tecidos adiposos, ingredientes, embutidos em envoltório natural ou artificial, e submetido ao processo tecnológico adequado (MAPA, 2000). • LINGUIÇA FRESCAL Matéria-prima• Moagem• Mistura• Acondicionamento• Resfriamento• PROCESSAMENTO DE LINGUIÇA Produto cárneo industrializado, obtido de uma emulsão das carnes de animais de açougue, acrescido ou não de toucinho, adicionado de ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial, em diferentes formas e submetido ao tratamento térmico adequado. • MORTADELA Matéria-prima• Moagem• Mistura• Acondicionamento• Estufa• Resfriamento• Gordura: cubos de toucinho;• PROCESSAMENTO DE MORTADELA Página 25 de Nova Seção 1 Resíduos e subprodutos agroindustriais resíduos de carga orgânica elevada, os quais são geralmente obtidos durante transformação de matérias-primas em produtos alimentares resultando em forma líquida ou sólida. • Resíduo: designação que permite transmitir que “os resíduos alimentares” constituem substratos para a recaptura de compostos funcionais com viabilidade no desenvolvimento de novos produtos com valor de mercado. • Subprodutos: SUBPRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL Casca-resíduo• Farelo• Beneficiamento do arroz: Farelo• Lecitina• Soja: Melaço• Cana-de -açúcar: bagaço de maçã• Maça: soro do leite• Leite: SUBPRODUTO DE ORIGEM ANIMAL Sebo• Gordura: Farinha de carne e ossos• Ossos e aparas: Linguiça, fígado, coração, rins• Vísceras comestíveis: Farinha de sangue• Sangue: Tripas• Intestino: gelatina• Pele: Página 26 de Nova Seção 1 Rotulagem de alimentos É toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem do alimento. Âmbito de aplicação: “Todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para a oferta ao consumidor” ANVISA- Resolução RDC no 259, de 20 de Setembro de 2002 Denominação do produto• Lista de Ingredientes• Conteúdo Líquido• Identificação da Origem• Nome ou razão social e endereço do importador, no caso de alimentos importados • Identificação do lote• Prazo de validade• Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário. • Regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados • É toda descrição destinada a informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento. • Compreende:• Declaração de valor energético e nutrientes; • Declaração de propriedades nutricionais (informação nutricional complementar). • RESOLUÇÃO - RDC No 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 ALIMENTOS DISPENSADOS DA ROTULAGEM NUTRICIONAL OBRIGATÓRIA • Aditivos alimentares • Águas minerais e outras águas de consumo humano • Bebidas alcoólicas • Vinagres, especiarias • Sal • Alimentos com ingredientes únicos • Frutas, vegetais e carnes in natura • Café, erva mate • Alimentos preparados e embalados prontos para o consumo • Produtos fracionados nos pontos de venda no varejo INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS DA ROTULAGEM NUTRICIONAL Declaração do valor energético • A quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes: • Carboidratos; • Proteínas; • Gorduras totais; • Gorduras saturadas; • Gorduras trans; • Fibra alimentar; • Sódio Nutrientes de declaração optativa: • Vitaminas e minerais (≥ 5% da IDR por porção) • Outros nutrientes CÁLCULO DO VALOR ENERGÉTICO A quantidade do valor energético a ser declarada deve ser calculada utilizando-se os seguintes fatores de conversão: · Carboidratos (exceto polióis): 4 kcal/g - 17 kJ/g · Proteínas: 4 kcal/g - 17 kJ/g · Gorduras: 9 kcal/g - 37 kJ/g · Álcool (Etanol): 7 kcal/g - 29 kJ/g · Ácidos orgânicos 3 kcal/g- 13 kJ/g · Polióis: 2,4 kcal/g -10 kJ/g · Polidextroses: 1 kcal/g - 4 kJ/g Página 27 de Nova Seção 1 Embalagem de alimentos Decreto de Lei 986/1969• Qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado, guardado, empacotado ou envasado. • Recipiente destinado a garantir a conservação e facilitar o transporte e manuseio dos alimentos – ANVISA. • EMBALAGEM Proteger o conteúdo• Favorecer ou assegurar os resultados dos meios de conservação • Evitar contatos inconvenientes• Melhorar a apresentação do produto • Facilitar o transporte• FUNÇÕES DAS EMBALAGENS Manter condições de segurança contra agentes microbianos, químicos e físicos; • Não ser tóxica;• Ser compatível ao produto;• Facilitar a venda;• Possuir qualidades funcionais; • Baixo custo;• Evitar problemas de poluição.• REQUISITOS DAS EMBALAGEM TIPOS DE MATERIAIS DE EMBALAGENS Embalagens de transporte ou secundárias • Têxteis e madeira Corpo, fundo e tampa• Revestimento de estanho – recoberto por verniz • Metal Boa aparência, ausência de sabor e odor. • Alumínio Frascos ou garrafas• Impermeáveis à umidade, gases e odores; • Inertes• Vidro Filmes flexíveis – polímeros plásticos• Filmes de celulose• Polipropileno• Polietileno tereftalato (PET).• Plástico Craft, sulfite, manteiga, vegetal• Papelão: placas corrugadas• Cartolina: sorvetes• Embalagem longa vida• Papel e papelão Funções adicionais• Alteram as condições do produto• Aumenta vida útil• Segurança• Qualidade• Absorvem oxigênio, etileno, umidade • Emitem dióxido de carbono, antimicrobianos, antioxidantes • EMBALAGENS ATIVAS Podem ser compostas por rótulos, etiquetas ou filmes - proporcionam possibilidades de monitoramento da qualidade. • Carreadoras: código de barras e etiquetas (identificação frequência de rádio); • Indicadoras: tempo, temperatura, gases, microrganismos. • EMBALAGENS INTELIGENTES Página 28 de Nova Seção 1 Desenvolvimento de novos produtos alimentícios •Indústrias de alimentos •Globalização •Vantagens competitivas •Qualidade •Flexibilidade CLASSIFICAÇÃO DE NOVO PRODUTO •Extensão de linha • Reposicionamento de produtos existentes • Nova forma de produtos existentes • Reformulação de produtos existentes • Nova embalagem para produto existente • Produto inovador • Produtos inteiramente novos Desenvolvimento de alimentos funcionais, valorização de subprodutos, nova tecnologias para maior preservação do alimento, nanotecnologia - embalagens, sensores, etc. • OPORTUNIDADES NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS TENDÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DE ALIMENTOS E BEBIDAS Página 29 de Nova Seção 1 Analise sensorial de alimentos Disciplina científica usada para evocar, medir, analisar e interpretar reações das características dos alimentos e materiais, como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, sabor, tato e audição. (ABNT 1993) • ANÁLISE SENSORIAL APLICAÇÕES DA ANÁLISE SENSORIAL Alimentos• Cosméticos• Higiene pessoal• Perfumaria• Têxtil• Instituições de pesquisa • Indústrias: RECEPTORES SENSORIAIS Olfato e nariz • Proveniente das substâncias voláteis dos alimentos, estando sujeito a variáveis como: fadiga e adaptação. • Mastigação: aroma liberado na boca nasofaringe - epitélio olfatório. Gosto e língua Visão • Aspecto do alimento; • Controle de qualidade Tato • Informação sobre a textura, forma, peso, temperatura e consistência de um produto alimentício em dois níveis: na boca e na mão Audição • As vibrações da mastigação alcançam o ouvido interno por meio da trompa de Eustáquio ou ossos do crânio. LABORATÓRIO DE ANÁLISE SENSORIAL Deve ser ambiente longe de odores, barulhos e confortável• Instalações devem atender aos requisitos da ISO 8589:2007• INSTALAÇÕES FÍSICAS Área de testes• Área de preparação das amostras• Um escritório• Um banheiro• Sala de estocagem de materiais• Sala de estocagem para amostras• Sala de espera para avaliadores• Áreas básicas: Página 30 de Nova Seção 1 Analise sensorial de alimentos MÉTODOS AFETIVOS • Medem o quanto uma população gosta de um produto: avaliar preferência ou aceitabilidade; • As escalas mais empregadas são: de intensidade, a hedônica, do ideal e de atitude ou de intenção. TESTE DE ESCALA HEDÔNICA • Utilizada para estudos de preferência ou aceitação. • Expressa o grau de gostar e desgostar de uma amostra Ficha sensorial Ficha para crianças TESTE DE ESCALA HEDÔNICA Análise de variância (ANOVA)• Verificar o valor F• Teste de comparação de médias -Teste de Tukey • ANÁLISE ESTATÍSTICA Teste de Tukey - Teste de comparação de médias - Avaliar a diferença entre as médias das amostras Página 31 de Nova Seção 1
Compartilhar