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Doença Hepática Alcoólica (DHA)

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DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA
Introdução
Doença Hepática Alcoólica (DHA)
Hepatopatia induzida pelo etanol e seus metabólitos.
Evolui através de 3 estágios
Esteatose Hepática
Esteato-Hepatite 
Cirrose Hepática
1
Introdução
São notificados cerca de 10 mil casos por ano no Brasil (Ministério da Saúde, 2017).
É a segunda maior causa de mortalidade global.
Fonte: Google Imagens
2
Patogênese
Obs: A suscetibilidade do sexo feminino ao dano hepático induzido pelo álcool é explicada, em parte pela menor concentração da enzima álcool-desidrogenase na mucosa gástrica.
DHA
Quantidade de álcool ingerida
HOMENS
> 80g/dia por mais de 10 anos
MULHERES
> 30-40g/dia por mais de 10 anos
3
Por isso os niveis séricos de etanol são maiores em mulheres do que em homens após a ingestão de uma mesma dose de bebida alcoolica.
4
COOFATORES MODULADORES DE RISCO
Hepatites Virais B e C
Desnutrição
Obesidade
Fatores Genéticos
Outras Hepatopatias
Patogênese
4
Patogênese
Segundo a OMS a quantidade de álcool ingerido por dia por pessoas saudáveis deve ser de no máximo 30g.
Fonte: Google Imagens
5
Mecanismo da Lesão Hepática 
ÁLCOOL METABOLIZADO EM CETALDEÍDO 
RADICAIS LIVRES DE O2, STRESS OXIDATIVO E
PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA
RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS POLIMORFONUCLEARES
AUMENTO DE EXPRESSÃO DE MOLÉCULAS DE ADESÃO E QUIMIOCINAS 
ATIVAÇÃO CÉLULAS DE KUPFFER E LIBERAÇÃO TNF, IL-1, PROSTAGLANDINAS E LEUCOTRIENOS
RESPOSTA IMUNE LOCAL
ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE INTESTINAL COM PASSAGEM DE ENDOTOXINAS P/ CIRCULAÇÃO PORTAL
6
Hepatite Viral Crônica B
 O prognóstico das hepatites agudas pelo vírus B é pior em alcoólatras – é rotineiro proibir a ingestão de álcool, já que provoca lesões;
 Pode agravar a DHA
 pois os etilistas apresentam,
 em geral, deficiência imunoló-
 gica.
Há maior incidência de marcadores do vírus da hepatite B em alcoólatras do que em indivíduos sadios
Fonte: Google Imagens
7
Hepatite Viral Crônica C 
O consumo crônico de bebidas alcoólicas pode modificar a história natural da hepatite crônica, pois o vírus acelera o processo fibrótico, aumentando o risco de cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC);
Consumo de etanol favorece a aquisição e replicação da hepatite C
Fonte: Google Imagens
8
Hepatite Viral Crônica C 
Pode agravar e influir na evolução da DHA, cuja patogenia não é exatamente a mesma em todos os casos, estando relacionada com o tipo de lesão hepática.
Fonte: Google Imagens
9
Lesões Agudas 
ESTEATOSE HEPÁTICA
Caracteriza-se fundamentalmente pela deposição excessiva de gorduras na célula hepática.
50% a 55% dos alcoólatras
Lesão hepática mais frequente induzida pelo etanol
Única ou associada com outra(s) lesões
Fonte: Google Imagens
10
Lesões Agudas 
ESTEATOSE HEPÁTICA
Classificada quanto a:
Intensidade: varia de + a ++++;
Porcentagem de células hepáticas contendo gorduras.
Fonte: Google Imagens
11
ESTEATOSE HEPÁTICA
Esteatose Alcoólica:
Lesões Agudas 
Geralmente macrogoticular
Demonstrou-se que há, além do acúmulo de gorduras, acentuada deposição de proteínas no fígado
Pode haver a formação de cistos gordurosos e de lipogranulomas
Localiza-se na zona centrolobular e nas formas intensas, pode se situar em todo o lóbulo
12
Esteatose Alcoólica
Esteatose “simples”(não complicada): Presença de colágeno – detectada apenas por exame químico; 
Quando associada à sintomas inflamatórios, a denominação é esteato-hepatite.
Lesões Agudas 
Fonte: Google Imagens
13
Esteatose Alcoólica
É reversível em alguns dias ou semanas de abstinência; 
Instala-se: modificações no sistema dos hepatócitos, ocasionadas pela oxidação do etanol e acetaldeído.
Lesões Agudas 
Fonte: Google Imagens
14
 Complicação importante do alcoolismo;
 Prevalência: não é bem conhecida, principalmente, nas formas leves;
É a lesão pré-cirrótica mais importante;
 Sexo feminino é mais susceptível ao desenvolvimento de formas mais graves.
Hepatite Alcoólica (HA) 
Fonte: Google Imagens
15
Hepatite Alcoólica (HA) 
Manifestações clínicas: 
assintomático ou sintomático (icterícia, ascite, sinais de coagulopatia);
A esteato-hepatite alcoólica é potencialmente reversível com a abstenção do etilismo!
Fonte: Google Imagens
16
Achados na biópsia hepática:
Hepatite Alcoólica (HA) 
1. Degeneração (“balonização” dos hepatócitos)
2. Necrose Hepatocitária
3. Infiltrado Neutrofílico
4. Distribuição Perivenular (central) do Infiltrado
5. Corpúsculos de Mallory
17
Hepatite Alcoólica (HA) 
As alterações na HA não são patognomônicas, exigindo diferenciação com a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA).
Fonte: Google Imagens
18
Manifestações Clínicas
A esteatose hepática “pura” costuma ser assintomática com o paciente apresentando apenas hepatomegalia ao exame físico;
Já a esteato-hepatite alcoólica geralmente se manifesta com uma ampla gama de sinais e sintomas como anorexia,hepatomegalia dolorosa febre e icterícia.
Fonte: Google Imagens
19
Na cirrose alcoólica o paciente cursa com manifestações clínicas inerentes a qualquer quadro de cirrose, isto é, sinais e sintomas das síndromes de falência hepatocelular e hipertensão porta.
Manifestações Clínicas
Contratura palmar de Dupuytren
Fonte: Google Imagens
20
Ao exame físico os pacientes podem ou não apresentar sinais comumente relacionados ao alcoolismo e/ou doença hepática: febre, aranhas vasculares, icterícia, ginecomastia, eritema palmar, hepatoesplenomegalia, entre outros; 
O sinal mais comum é a hepatomegalia, presente em, aproximadamente, 80% dos casos de DHA;
Encefalopatia hepática há frequentemente tremores de extremidades (flapping/asterix), hipertonia e hiperreflexia, com sinal de Babinski.
Exame Físico 
21
É relativamente comum (mas não específico de encefalopatia na DHA) a presença de foeter hepaticus.
 
Exame Físico 
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
22
Exame Físico 
A ascite está presente em: 
30% das formas leves 
80% das formas moderadas a intensas
Fonte: Google Imagens
23
Na HA, o índice AST/ALT maior que 2 ocorre em, aproximadamente, 70% dos casos. A especificidade desse teste é relativamente alta;
Raramente a AST ultrapassa 300 U/l.
Exames Laboratoriais 
Fonte: Google Imagens
 Fosfatase Alcalina e Gama-GT também aumentam na hepatite alcoólica, mas nunca > 3x o LSN!
ATENÇÃO
24
Entre 60-90% dos casos: hiperbilirrubinemia direta níveis > 10 mg/dl indicam hepatite alcoólica “grave”;
Pode haver prolongamento do TAP (> 5 segundos acima do controle) e hipoalbuminemia severa (< 2,5 g/dl);
Denotam “gravidade”.
Exames Laboratoriais 
25
Fonte: Google Imagens
Até 75% dos pacientes apresentam hipergamaglobulinemia policlonal. 
Exames Laboratoriais 
HEMOGRAMA
Leucocitose com desvio à esquerda, que às vezes se manifesta como “reação leucemoide” (leucocitose neutrofílica extrema). 
Cerca de 10% dos portadores de hepatite alcoólica têm também plaquetopenia
Anemia macrocítica é comum
26
Embora os testes laboratoriais sejam úteis para o estudo diagnóstico da DHA, nem sempre há correlação entre os seus resultados e os dados histológicos;
 Devem ser feitos exames para descartar outras doenças hepáticas.
Exames Laboratoriais 
27
Fonte: Google Imagens
Índice de Função Discriminante de Maddrey
28
IFD = 4,6 x ( TAP do paciente – TAP do controle) + bilirrubina total
“ponto de corte"
IFD maior ou igual a 32
Exame de Imagem
29
Ultrassonografia
Sensibilidade para o diagnóstico de esteatose;
Especificidade relativamente baixa;
Sinal ultrassonográfico importante para diagnóstico de HA agudo;
“Pseudo-sinal dos canais paralelos”;
Diagnóstico diferencial de icterícia obstrutiva.
Técnicas não invasivas de diagnóstico são úteis para o estudo das hepatopatias em geral.
Exame de Imagem
30
Tomografia Computadorizada (TC)
Ressonância Magnética (RM)
Dados sugestivos de esteatose;
Aspecto sugestivo de fibrose hepática confluente na cirrose hepática avançada.
Detectar presença de esteatose;
Diagnósticode cirrose
Diagnóstico diferencial entre cirrose alcoólica e cirrose biliar primária;
Detectar a presença de necrose periportal e lobular, além de inflamação portal;
É o exame mais sensível para identificar nódulos regenerativos.
Medidas Gerais 
Abstinência ao álcool 
Abordagem multidisciplinar
Medicamentos
Suporte Nutricional
Suplementação composta por baixo teor de gordura insaturada, maior ingesta proteico-calórica e oferta de polienilfosfatidilcolina
A terapia nutricional melhora as alterações hepáticas
31
Medidas Gerais 
	Achados laboratoriais que denunciam consumo excessivo de álcool 
	Relação AST/ALT >2
GGT persistentemente elevada
Macrocitose (VCM > 2)
Pancitopenia
Aumento sérico da “Transferrina Deficiente em Carboidratos” (TDC)
32
Tratamento Específico 
CORTICOESTEROIDES
35-80 mg ao dia; Durante 4-6 semanas
Prednisona
Prednisolona 
5-metilprednisolona
Indicação:
Tratamento da forma intensa da HA, em pacientes que não estejam apresentando hemorragia gastrointestinal ou infecções.
33
Tratamento Específico 
CORTICOESTEROIDES
Efeitos benéficos:
Aumenta o apetite 
Atuam como anti-inflamatório
Protege as células de efeitos tóxicos do etanol
Aspectos negativos:
Favorece infecções
Pode desencadear pancreatite aguda
34
Fonte: Google Imagens
Tratamento Específico 
CORTICOESTEROIDES
Pacientes que apresentam encefalopatia e/ou índice de função descriminante de Mandrey maior ou igual 32 se beneficiam da terapia por 1 mês (com redução de mortalidade a curto prazo).
Fonte: Google Imagens
35
Tratamento Específico 
CORTICOESTEROIDES
Descontinuação da terapia:
Ausência da diminuição dos níveis séricos de bilirrubina até o dia 7;
Um Score de Lille superior a 0,45 (ausência de resposta ao CC);
Contraindicado: pacientes com necessidade de sangramento gastrointestinal.
36
Tratamento Específico 
400 mg VO 3X dia durante 1 mês
PENTOXIFILINA
Indicada caso haja alguma contraindicação ao corticoide
Reduz a mortalidade a curto prazo, principalmente por reduzir a ocorrência da síndrome hepatorrenal
A associação com glicocorticoide não oferece qualquer vantagem terapêutica quando comparado ao glicocorticoide isolado (NÃO RECOMENDADO)
37
Tratamento Específico 
38
PENTOXIFILINA
400 mg VO 3X dia durante 1 mês
Ação:
Inibidor da fosfodiesterase, causando a diminuição da transcrição do TNF-alfa;
Diminui a viscosidade do sangue;
Modula a liberação de citocinas.
Outras Abordagens Terapêuticas 
39
SAME
OXANDROLONA
PROPILTIURACIL
INFLIXMAB
ANTIOXIDANTES
DIÁLISE HEPÁTICA
Referências 
ESADI. Doenças do Aparelho Digestivo. Disponível em< http://www.esadi.com.br/aparelho-digestivo/doenca/doenca-hepatica-alcoolica/ > Acesso em: 23 de maio de 2021.
BUCHO, Maria Sofia Correia Ribeiro da Cruz. Fisiopatologia da Doença Hepática Alcoólica. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3764/3/PPG_MariaBucho.pdf
MINCIS, Moyses; MINCIS, Ricardo. Álcool e o Fígado. GED gastroenterol. endosc. dig, v. 30, n. 4, p. 152-162, 2011.
ZATERKA, S.; EISIG, J.N. Tratado de gastroenterologia: da graduação à pós- graduação. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2016.

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