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FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DE FRATURA GRUPO DE ESTUDOS SOBRE FRATURA DE MATERIAIS DEMET/EM/UFOP APLICAÇÃO PARA FADIGA, FLUÊNCIA E CORROSÃO SOB TENSÃO “FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DE FRATURA” Capítulo 8 – Aplicações para fadiga, fluência e corrosão sob tensão Fadiga: caracterização do fenômeno – a força motriz para propagação de trinca – equações empíricas – fechamento de trinca – o limiar de propagação de trinca – trincas curtas – amplitude variável – ensaios mecânicos. Fluência: caracterização do fenômeno – utilização do fator K – utilização de considerações não lineares – a integral C*. Corrosão sob tensão: caracterização do fenômeno – determinação do tempo de falha – propagação de trinca. ASTM E-1823: Fatigue is the process of progressive localized permanent structural change occurring in a material subjected to conditions that produce fluctuating stresses and strains at some point or points and that may culminate in cracks or complete fracture after a sufficient number of fluctuations. 1 – Caracterização do fenômeno MECÂNICA DE FRATURA APLICADA PARA FADIGA R R A R m a a m 1 1 2 2 max min minmax minmax Carregamento cíclico. Parâmetros mecânicos. Anel de histerese em fadiga, para carregamento elástico e plástico. Estágios do dano por fadiga: a) Mudanças subestruturais e microestruturais que causam a nucleação de danos permanentes; b) Criação de trincas microscópicas; c) Propagação e coalescimento de trincas, formando uma trinca dominante; d) Propagação estável da trinca dominante; e) Instabilidade estrutural ou fratura completa. Evolução do dano por fadiga. Representação esquemática do processo de fadiga. Ntotal = Ni + Np Diferentes aproximações para o estudo de fadiga: a) Projeto de “vida-total”; b) Projeto por “tolerância de danos”. Crescimento de trinca de fadiga em amplitude constante sob condições de escoamento em pequena escala. 2 – Força motriz para o crescimento de trinca da/dN = f1 ( K,R) N da f K R a a f 1 0 ( , ) da/dN = f2 ( K, R, H) da/dN = f3 ( J,R) A curva sigmoidal de crescimento de trinca, com suas regiões típicas. Curvas de crescimento de trinca de fadiga para materiais estruturais. 1 10 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 da /d N ( m m /c ic lo ) K (MPa.m 1/2 ) Aço USISAC-50 Al-7475 T7351 Aço PH 13-8-Mo Inconel 600 Aço dual-phase Cr Aço inox 444 Al-2024 T351 3 - Equações empíricas para o crescimento de trinca da dN C K m 1 1 Equação de Paris e Erdogan – 1963. da dN C K R K K m crit 2 2 1( ) modelo de Forman, Kearney e Engle (1967) - regiões II e III da dN C K K K m crit max 3 2 2 3 modelo de Weertman (1969) - regiões II e III da dN C K R n m 4 1 4modelo de Walker (1970) - regiões II e III da dN C K Kth m 5 5 modelo de Donahue (1972) - regiões I e II da dN C K K m th m 6 6 6 modelo de Klesnil e Lukas (1972) - regiões I e II da dN C K K K K th crit max m 7 7 modelo de Priddle (1976) - regiões I, II e III da dN C K K K K Kth crit max 8 2 1 modelo de McEvily e Groeger (1977) - regiões I, II e III modelo de Collipriest (1974) - regiões I , II e III th c cth K K Log RKK K Log CC dN da Log 2 2 1 21 1 tanh Aplicação de alguns modelos empíricos de previsão da propagação de trinca de fadiga numa liga de alumínio. Fonte: GESFRAM/UFOP. 1 10 100 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1 1 da /d N ( m m /c ic lo s) K (MPa.m 1/2 ) Al-7475 T7351 R=0,1 Paris Forman Elber Priddle Collipriest Walker Hall NASGRO Aplicação de alguns modelos empíricos de previsão da propagação de trinca de fadiga num aço inox. Fonte: GESFRAM/UFOP. 1 10 100 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1 1 da /d N ( m m /c ic lo ) K (MPa.m 1/2 ) Aço inox PH 13 8Mo R=0,1 Paris Forman Elber Priddle Walker Hall NASGRO Collipriest da dN C K C Y a m m . . . . N C da Y a f m ma a i f1 . . m f ma a N cons te C da Y a I i f tan . 1 Curvas de qualidade Análise dos resultados Representação esquemática da influência do expoente m e do parâmetro I na curva S x N de propagação. Análise esquemática da tolerância de danos. 4 - Ensaios de fadiga Determinação da carga máxima de ciclagem, a partir do tamanho de trinca inicial e final do ensaio de fadiga. Corpo de prova C(T) para ensaio de propagação de trinca de fadiga. Corpo de prova C(T) com clip on gage. Gráfico carga aplicada versus COD. Note a mudança de inclinação da reta, à medida que aumenta o número de ciclos. Determinação do tamanho da trinca pelo método da compliance: 5432 6,21439,121482,236460,186695,40010,1 xxxxx uuuuuW a a/W : comprimento de trinca normalizado pela largura do corpo de prova 1 1 2 1 P VEB u x B : espessura do corpo de prova E : módulo de Young do material V : deslocamento de abertura de trinca COD P : carga aplicada V/P : inclinação da curva COD/Carga tomada durante o teste 0,2 < a/W < 0,975 Determinação do fator cíclico de intensidade de tensões: a/W : comprimento de trinca normalizado pela largura do corpo de prova W af W a W a WB P K 2 3 1 2 432 6,572,1432,1364,4886,0 W a W a W a W a W af Determinação da taxa da/dN de crescimento de trinca: método da secante; método polinomial. 5 - Fechamento de trinca Resultado de Elber(1970): relação entre a tensão aplicada e o deslocamento medido por strain-gage. OE = CD : rigidez de CDP não-trincado. AB : rigidez de CDP trincado (serra de joalheiro). CD : região de fechamento de trinca. Desenvolvimento de um envelope de zonas plásticas ao redor da trinca que avança. Determinação experimental do fechamento de trinca. Ajustes linear/quadrático na curva P x COD. Determinação de Pcl . Determinação da carga de fechamento de trinca: Kef = Kmax - Kop U K K K K K K ef max op max min da dN C Kef m )30.7.( 1 1 )29.7.( Eq K K R U EqKUC dN da op m Esquema de mecanismos que promovem diminuição na taxa de crescimento de trinca em fadiga com amplitude constante (Suresh e Ritchie, 1984). 1 10 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 2024 T-351 7475 T-7351 da /d N (m m /c ic lo ) K (MPa.m 1/2 ) 2 3 4 0,3 0,4 0,5 0,6 Al-7475 Al-2024 K cl /K m ax K (MPa.m 1/2 ) Curvas de crescimento de trinca de fadiga para duas ligas de alumínio de emprego aeronáutico, e correspondente variação do fechamento de trinca com a força motriz. 1 10 100 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1 Fechamento de trinca induzido por plasticidade Fechamento de trinca induzido por tortuosidade e deflexão da trinca DP Cr-TL R=0,1 da /d N (m m /c ic lo ) K (MPa*m 1/2 ) 10 20 30 40 50 60 70 80 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 Perda do fechamento de trinca Fechamento de trinca induzido por plasticidade Fechamento de trinca induzido por tortuosidade e deflexão da trinca DP Cr-TL R=0,1 K cl / K m ax K (MPa*m 1/2 ) Curva de crescimento de trinca de fadiga de um aço bifásico Evolução do fechamento de trinca com a força motriz. Variação do fechamento de trinca com K para a liga de alumínio Al- 2024 de emprego aeronáutico. R = 0,3. Corpos-de-prova C(T). OL = sobrecarga aplicada. Variação do fechamento de trinca com K para a liga de alumínio Al-7475 de emprego aeronáutico. R = 0,3. Corpos-de-prova C(T). 3% = estiramento. SP = shot peening. Variação do fechamento de trinca com K para aços bifásicos de emprego automobilístico. R = 0,1. Corpos-de-prova C(T). AR = estado de entrega; TM = após tratamento termomecânico. 6 - O limiar Kth Determinação do limiar Kth : 00 exp aaCKK nn C é o gradiente normalizado de K, neste caso negativo e igual a – 0,08 mm-1 n é um número de ciclos específico. Valores típicos para Kth em função da razão R (Liaw, Leax e Logsdon – 1983). 10 100 1E-8 1E-7 1E-6 1E-5 1E-4 1E-3 0,01 DP-Cr TL R=0,3 DP-CR TL R=0,6 DP-Cr TLR=0,1 da /d N (m m /c ic lo ) K (MPa.m 1/2 ) 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 4 6 8 10 12 DP-Cr TL K th (M P a. m 1/ 2 ) REfeito da razão R no limiar de propagação de trinca para um aço bifásico. Efeito do limite de escoamento no limiar de propagação de trinca para aços bifásicos. 7 - Trincas Curtas Representação esquemática do comportamento típico de crescimento de trinca longa e trinca curta. Significado do problema de trinca curta para uma liga Astroloy. Hudak et al. - 1988 1) Crescimento de trincas curtas em um aço baixo carbono. 2) Fechamento de trinca correspondente. 3) Crescimento de trincas curtas corrigido para o fechamento de trinca. 1 2 3 Tanaka e Nakai - 1983 Efeito do tamanho de trinca na tensão limiar e no fator cíclico limiar de intensidade de tensões para várias ligas (Tanaka, Nakai e Yamashita – 1981). 2 1 fat th o K a Kitagawa e Takahashi - 1976 8 - Efeito de interação de cargas Típica história de carregamento de um componente inferior da asa de um avião. 1 2 3 1) Definição de termos associados com uma sobrecarga de tração. 2) Retardamento do crescimento de trinca devido a uma sobrecarga. 3) Retardamento atrasado. 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 Re ta rd am en to (c ic lo s) 1 2 3 Material Al-2024 T-351 Al-7475 T-7351 Al-7050 T-7451 Retardamento da propagação de trinca após uma sobrecarga de 100%, aplicada para uma relação a/W = 0,4, ligas de alumínio. 19,0 19,5 20,0 20,5 21,0 10 -7 10 -6 10 -5 10 -4 10 -3 Sobrecarga 7475 T-7351 7050 T-7451 2024 T-351 da /d N ( m m /c ic lo ) a (mm) Taxa de propagação de trinca em função do tamanho de trinca; três ligas de alumínio que sofreram sobrecarga de 100%. 1 – Caracterização do fenômeno Comportamento esquemático de um material submetido a ensaio de fluência, com tensão constante. MECÂNICA DE FRATURA APLICADA PARA FLUÊNCIA Equipamento para ensaio de fluência. Crescimento de trinca em fluência : zonas de fluência à frente da trinca. 2 – Utilização do fator K Aço Cr-Mo. Siverns e Price, 1973. da/dt = h (K) s 3 – Utilização de considerações não lineares Superliga Inconel 718. Sadananda e Shahinian, 1977. 4 - A Integral C* Landes e Begley + Ohji et al. + Nikbin et al. (1976): ad U C 0 dPU ds x u ndywC jij Para um material que apresenta fluência secundária, de acordo com uma equação de potência do tipo: n ijA tem-se: , 1 1 nf rIA C ij n n ij Exemplo: superliga a base de Ni-Cr-Mo Landes e Begley, 1976: C Bb Pd* 0 C n n Bb P* 1 Crescimento de trinca em fluência, aço Cr-Mo, três temperaturas. m Ca 1n n m 1 – Caracterização do fenômeno Tensão (tração) Material susceptível Meio corrosivo CST Figura 4.92 - Três condições simultâneas requeridas para ocorrer CST, além do tempo Três condições simultâneas requeridas para ocorrer CST, além do tempo. MECÂNICA DE FRATURA APLICADA PARA CORROSÃO SOB TENSÃO A B Forças impulsoras Tempo Fratura do CP tensionado Eletroquímica Mecânica CP sem tensão Transição Início da CST Propagação CST C X Estágio I Estágio II Estágio III K ou J T m n h o d e t r i n c a P r o f u n d i d a d e d e p i t e a a Figura 4.93 - Influência de fatores mecânicos e eletroquímicos na corrosão sob tensãoInfluência de fatores mecânicos e eletroquímicos na corrosão sob tensão. Ensaio de Corrosão sob Tensão : (a) (b) (c) (d) (e) (f) Figura 4.95 - Corpos-de-prova trincados por corrosão sob tensão; (a,b,c) – sistema: aço inoxidável austenítico AISI 304/soluções contendo cloretos (pH 0,0), temperatura ambiente; (d,e,f) – sistema: aço inoxidável duplex 2205/soluções com 42% (peso) MgCl2 (143 o C); CPs: (a,b) tração liso; (c) tração com entalhe; (d) em U; (e) tração-compacto - C(T) -; (f) duplo entalhe (TN-DCB) 2 - Determinação do tempo de falha Variação do fator de intensidade de tensão KI em função do tempo de falha no ensaio de corrosão sob tensão para o metal titânio. Brown e Beachem, 1965. K M BB W a f a W n 6 1 2 32 ( / ) Variação do fator de intensidade de tensão KI com o tempo de realização do ensaio de corrosão sob tensão. Corpo de prova C(T) modificado para ensaio de corrosão com deslocamento constante. 3 - Propagação de trinca Esquema de uma curva de taxa de propagação de trinca versus fator de intensidade de tensão na ponta da trinca, ensaio de corrosão sob tensão. Crescimento de trinca por corrosão sob tensão transgranular. Aço inoxidável duplex, meio rico em cloretos. Macrofratografias de fratura por corrosão sob tensão (a) e (b). Microfratografias através de análise no MEV: (c) região de TCST (fratura completamente frágil), 2000X. (d) região final de fratura (fratura dúctil – presença de dimples), 1000X. Entalhe Pré-trinca por fadiga TCST Ruptura mecânica por tração Pré-trinca TCST Ruptura mecânica (tração) Efeito do valor do fator K aplicado no material no tempo de fratura. Aço inoxidável duplex, meio rico em cloretos. da dt g K
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