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· Globo ocular = aproximadamente esférico → diâmetro AP de 24 mm · Pálpebras e cílios = protegem os olhos · Pálpebras → função: · Assegurar a proteção mecânica do olho · Assegurar a hidratação córneoconjuntival por distribuição do filme lacrimal e sua drenagem para as vias lacrimais · Regular a penetração de luz no olho · Glândulas de Meibomius = sebáceas (pálpebras) → meibum = lubrificante oleoso que retarda a evaporação das lágrimas · Aberturas dessas glândulas = margens da pálpebra · Mm. orbicular dos olhos = circunda as pálpebras → fechamento · Inervado pelo VII · Mm. elevador das pálpebras = III · Músculo de Muller = pequena parte do elevador das pálpebras → Inerv. simpática · Mm. extraoculares → Reto lateral (VI), Oblíquo superior (IV), o resto = III · Trabalham em paralelo para manter uma visão única binocular · Cabeça virada para a esquerda → reto lateral esquerdo e reto medial direito · Reto lateral e oblíquos = giram o olho lateralmente Conjuntiva · Membrana mucosa transparente, fina e vascular · Reveste sup. post. das pálpebras e porção anterior da esclera · Conj. palpebral = cobre a superfície interna das pálpebras até a junção mucocutânea · Firmemente aderida ao tarso · Nas margens superiores e inferiores do tarso, a conjuntiva é refletida posteriormente (fórnice superior e inferior) · Cobre o tecido episcleral para se tornar a conj. bulbar · Conj. bulbar = cobre a esclera até o limbo (junção corneoescleral) · Aderida frouxamente ao septo orbital nos fórnices e é dobrada várias vezes → permite a movimentação do olho e aumenta a superfície secretória conjuntival · Limbo → conjuntiva e cápsula de Tenon fundidas por 3mm · Prega semilunar (plica semilunaris) = dobra espessa da conjuntiva bulbar móvel · Localizada no canto interior e é a membrana de alguns animais inferiores · Rudimento de uma terceira pálpebra, ele se compõe de duas lâminas mucosas separadas por uma lâmina de tecido conjuntival e algumas fibras musculares lisas. · Carúncula = estrutura epidermoide aderida superficialmente à porção interna da prega semilunar · Zona de transição contendo elementos mucosos e cut. · Possui pouca inervação → nervo oftálmico (ramo do V) · Artérias → ciliar e palpebral anterior → anastomosam-se livremente · Linfáticos → camadas superficiais e profundas → juntam-se aos linfáticos das pálpebras → formam um plexo linfático Aparelho lacrimal · Glândula lacrimal, glândulas lacrimais acessórias, canalículos, saco lacrimal e ducto nasolacrimal · Lágrimas são drenadas através dos pontos nas pálpebras · lágrimas são produzidas pela glândula lacrimal e os tecidos lacrimais acessórios –– as glândulas de Krause e Wolfring. · O filme lacrimal é espesso em cerca de 40 μm · Camada lipídica anterior = espessura de cerca de 0,1 μm, e é secretada principalmente pelas glândulas de Meibomius · Camada aquosa = espessura de cerca de 7 μm (20% de espessura total) · A camada aquosa é secretada pela glândula lacrimal e as glândulas acessórias de Krause e de Wolfring · A camada mucinosa (em contato com a córnea) tem espessura de cerca de 30 μm. · Células caliciformes conjuntivais produzem a mucina, que facilita a adesão das lágrimas às microvilosidades epiteliais corneanas · A evaporação é reduzida pelo fechamento das pálpebras e pelos lipídios superficiais · A rapidez da secreção lacrimal de base é igual à rapidez da drenagem das lágrimas, evaporação e absorção · Um aumento da produção de lágrimas, ou uma diminuição da drenagem produz um lacrimejamento · A secreção lacrimal de base é de cerca de 1,2 μl/min/j Esclera · Revestimento externo branco fibroso do globo, visível abaixo da conjuntiva · Consiste quase que exclusivamente de colágeno · Histologia semelhante ao estroma corneano · Opacidade = irregularidade das lâminas de colágeno, alto conteúdo de água e menos proteoglicanos · Denso e branco → contínuo com a córnea anteriormente e com o revestimento dural do nervo óptico posteriormente · No forame escleral posterior há faixas de colágeno e tecido elástico → lâmina cribosa → Axônios do II passam entre ela · Superfície externa da esclera anterior é coberta de uma camada fina de tecido elástico = episclera · Contém diversos vasos sanguíneos que nutrem a esclera · Camada de pigmentos marrons na superf. interna da esclera = lâmina fusca · Forma a camada externa do espaço supracoroidal · Na inserção dos retos → esclera tem 0,3 mm de espessura · No restante é 0,6 mm · . ciliar posterior longa e Nervos ciliares longos = 3h · . ciliar posterior curta = 9h · Quatro veias do vórtex = drenam a coroide → uma em cada quadrante · 4mm posterior ao limbo, anterior à inserção do reto, as 4 artérias e veias ciliares penetram a esclera Córnea · tecido avascular transparente, liso, que cobre a íris e se une à esclera e à reflexão conjuntival no limbo → depressão circunferencial = sulco escleral · Córnea do adulto → média de 550µm de espessura no centro → varia de acordo com a etnia · 11,7 mm em diâmetro horizontalmente e 10,6 mm verticalmente · transmite as radiações de comprimento de onda compreendido entre 310 nm (ultravioleta) e 2.500 nm (infravermelho) · Pela sua circunferência, a córnea está em relação com a conjuntiva, a espisclera, a esclera e as vias de drenagem do humor aquoso · radiações ultravioletas são fortemente absorvidas pela córnea · Córnea é uma grade de interferência destrutiva · De anterior para posterior = 6 camadas: · Epitélio (contínuo com o epitélio da conjuntiva bulbar) · 5 a 6 estratos celulares · epitélio da córnea normalmente se renova a cada 10 dias · 10 a 12% da espessura total da córnea (60 a mm) · Constituído de diversas camadas celulares: 5 a 6 no centro da córnea, 8 a 10 na periferia · Classificado histologicamente como estratificado não queratinizado com microvilosidade · Camada de Bowman = camada acelular → porção modificada do estroma · Bem individualizada no homem · 8 a 14 μm na parte central da córnea · Aparece no quarto mês de vida embrionária, provavelmente sintetizada pelas células basais do epitélio · Células basais não são mais capazes de regenerá-la · Todas as rupturas da lâmina limitante anterior levam a uma lesão cicatricial e assim às opacidades corneanas definitivas · Composta de fibras colágenas colocadas ao acaso no seio da substância fundamental · Fibras colágenas apresentam estriações transversais e medem 20 a 30 μm de diâmetro e de 0,024 µm de comprimento. · Estroma → 90% da espessura corneana · Tecido conjuntivo altamente especializado · Fibrilas de colágeno entrelaçadas (10-250µm comprimento e 1-2µm em altura) · Paralelo à superfície da córnea · Regularidade torna opticamente transparente · Lamelas ficam em um substrato de proteoglicanos hidratados em associação com queratinócitos que produzem o colágeno e o substrato · Camada de Dua: pesquisar!!!!! · Membrana de Descemet = lâmina basal do endotélio corneano · Lâmina limitante posterior · Constituída de fibronectina e colágeno (tipos IV e VIII). · Homogêneo no microscópio óptico e heterogêneno no eletrônico · 3µm no nascimento → 10-12 na vida adulta · homogênea, altamente refrátil, flexível e elástica · duas camadas diferentes: uma superficial no nível do terço anterior, próxima da substância própria que corresponde à lâmina limitante posterior embrionária · A espessura desta lâmina aumenta com a idade e possui uma capacidade parcial de regeneração · Endotélio = responsável por manter a detumescência do estroma · 400.000 células · células apresentam na sua superfície inúmeras expansões · Perda de células com a idade · Falha endotelial → edema corneano · endotélio mantém a transparência corneana por intermédio de duas funções: · como uma barreira à entrada de humor aquoso · facilitando o bombeamento metabólico. · Its transparency is due to its uniform structure, avascularity, and deturgescence · Deturgescence, or the state of relative dehydration of the corneal tissue, is maintained by the bicarbonate “pump” provided by the endotheliumand the barrier function of the epithelium and endothelium · The endothelium is more important than the epithelium in the mechanism of dehydration · Damage to the endothelium is far more serious than damage to the epithelium · Destruction of the endothelial cells causes edema of the cornea and loss of transparency, which is more likely to persist because of the limited potential for recovery of endothelial function · Damage to the epithelium usually causes only transient, localized edema of the corneal stroma that clears with the rapid regeneration of epithelial cells · O poder refrativo é em média 42 dioptrias e representa 2/3 do poder óptico do olho humano · A córnea não apresenta vascularização e os elementos metabólicos e energéticos a atingem pela lágrima, pelo humor aquoso e no nível do limbo através dos vasos conjuntivais · O epitélio contém uma densa série de terminais livres de fibras nervosas provenientes dos nervos ciliares longos → maioria encontra-se no epitélio · aproximadamente 325.000 terminações nervosas no epitélio da córnea, · Ricamente inervada pelo V → extremamente sensível ao toque e à dor · Células basais, originárias das células-tronco estão situadas no epitélio da conjuntiva límbica como células não diferenciadas Câmara anterior · Espaço entre a córnea e a íris → humor aquoso · Produzido pelo corpo ciliar na câmara posterior (íris→ cristalino) · Removido pelo canal de Schlemm → sistema venoso · Pressão dentro do olho é regulada por essa filtração · Ângulo = junção da córnea com a íris no limbo · Trato uveal = íris, corpo ciliar e coróide → camada vascular média do olho · Íris = porção colorida circular do olho · Controla a quantidade de luz que entra no olho · Tamanho da pupila = equilíbrio entre a constrição parassimpático mediada (transmitida pelo III) e a dilatação por atividade simpática · Músculos esfincterianos e dilatadores desenvolvem-se do epitélio anterior → extensão anterior do epitélio pigmentar retiniano · Epitélio fortemente pigmentado posterior representa uma extensão anterior da neurorretina · Suprimento arterial = círculo maior da íris · Capilares da íris tem endotélio não fenestrado · Suprimento nervoso = fibras dos nervos ciliares Corpo Ciliar · Estende-se anteriormente do final da coróide à raiz da íris · Zona anterior enrugada (pars plicata = 2mm) e uma parte posterior plana (pars plana = 4mm) · Processos ciliares nascem da pars plicata → compostos principalmente de capilares e veias que drenam pelas veias do vórtex · Grandes e fenestrados · Responsáveis pela formação do humor aquoso · Mm. ciliar = combinação de fibras longitudinais, radiais e circulares · Contrair e relaxar as fibras zonulares -> originadas nos espaços entre os processos ciliares · Altera a tensão na cápsula do cristalino → muda o foco · Fibras longitudinais inserem-se na malha trabecular para influenciar o tamanho do poro · . = grande círculo da íris · Nn. = nervos ciliares curtos Coroide · Camada vascular média do globo entre a esclera e a retina · Fonte de nutrição e dissipador de calor (remove o calor prod. pela luz do sol) · Composta por 3 camadas de vasos sanguíneos coroidais = grande, média e pequena → quanto mais profundo, maior o lúmen do vaso · Porção interna é conhecida como coriocapilares · O sangue desses vasos drena pelas quatro veias do vórtex · Aderida firmemente às margens no II posteriormente · Vasos nutrem a porção externa da retina · Membrana de Bruch = separa a coroide da retina · A coroide recebe o maior fluxo sanguíneo, quase 65 – 85% de todo o sangue ocular, e nutre a parte externa da retina. · O grande percentual de fluxo sanguíneo atua como um receptor de calor e também mantém a imagem nítida Cristalino · Diretamente atrás da íris = estrutura biconvexa, avascular e incolor · 4mm de espessura e 9 mm de diâmetro · 65% água, 35% proteína, traço de minerais (K+, glutationa, ácido ascórbico) · Poder do cristalino = 21 dioptrias · Suspendida atrás da íris pela zônula → conexão com o corpo ciliar · Anteriormente = humor aquoso · Posteriormente = humor vítreo · Cápsula do cristalino = semipermeável → admite água e eletrólitos · Epitélio subcapsular · Idade → fibras lamelares subepiteliais são continuamente produzidas e a lente fica gradualmente maior e menos elástica ao longo da vida · Núcleo e córtex = lamelas longas e concêntricas → núcleo é mais rígido · Células epiteliais da porção anterior conservam sua forma cúbica e com o tempo se tornam menores · Porção posterior: crescem e se transformam em fibras do cristalino, que enchem progressivamente toda a cavidade da vesícula, transformando-a em um corpo maciço · Muda sua forma para focalizar a imagem sobre a retina · As proteínas solúveis compreendem as cristalinas -a, -b e -g; a fração insolúvel é denominada albuminoide · Forma é mudada pela contração dos músculos do corpo ciliar → ligados às zônulas do cristalino · Sem fibras de dor, vasos sanguíneos ou nervos Humor vítreo · Gel transparente avascular atrás do cristalino e na frente da retina · 2/3 do volume e peso do olho · Matriz = colágeno, ácido hialurônico e água (99%) · Superfície externa = membrana hialoide = contato com a parte posterior da cápsula do cristalino, fibras zonulares, epitélio da pars plana, retina e cabeça do nervo óptico · Base do humor vítreo = aderida ao epitélio da pars plana e à retina imediatamente posterior à ora serrata Retina · Camada mais interna do olho = aderida firmemente à coroide subjacente ao nervo ótico (post.) e na ora serrata (ant.) · Entre esses 2 pontos → retina está em contato com a coroide, mas não aderida a ela · Camada fina e semitransparente, com diversas camadas de tecido neural na parte interna dos ⅔ posteriores da parede do globo · Túnica interna do olho está constituída das seguintes partes: · (1) Parte óptica da retina com dois estratos ou camadas, a pigmentada e a nervosa · (2) Ora serrata · Parte cega da retina, constituída pelas partes ciliar e irídica da retina · Na sua maior parte, a retina e o epitélio pigmentar retiniano são facilmente separadas para formar o espaço subretiniano → como ocorre no descolamento da retina · As camadas epiteliais da superfície interna do corpo ciliar e da superfície posterior da íris representam extensões anteriores da retina e do epitélio pigmentar retiniano · Ora serrata = junção da retina com o corpo ciliar · Retina = espessura de 0,4 mm → mais fina na região da mácula · 10 camadas → da mais profunda à + superficial: · Membrana de Bruch · Epitélio pigmentar · Síntese da melanina para proteger os fotorreceptores da luz excessiva · Manutenção da barreira hematorretiniana · Recaptação e processamento dos retinoides para uso no ciclo visual · Promover a aderência retiniana · Síntese e secreção de fatores tróficos para a sobrevivência do fotorreceptor · Síntese de enzimas antioxidantes · Camada de bastonetes e cones · dispõem-se entre si de forma paralela e regular · Não existem bastonetes no centro da fóvea · 5 a 6 mm do centro = 160.000 bastonetes por milímetro quadrado · maior densidade de cones ocorre na fóvea central, onde eles somam cerca de 147.000 por milímetro quadrado; · Retina = entre 110.000.000 e 125.000.000 de bastonetes e contém cerca de 6.500.000 cones · Número de fibras nervosas no nervo óptico é da ordem de 1.000.000. · Portanto, é certo que deve haver sempre um grande número de bastonetes, ou cones, conectados a uma única fibra do nervo óptico · Segmento externo é a parte fotossensível da célula · Segmento externo contém uma pilha de estruturas achatadas saculares, limitadas por membrana, os discos · Cada disco mede cerca de 15 mm de espessura, e até 1.000 discos podem ser encontrados no segmento externo de um bastonete · Os discos apresentam-se incluídos no citoplasma do segmento externo, que termina recoberto por uma membrana plasmática · Membrana limitante externa · Membrana crivada, através da qual passam as partes externas dos fotorreceptores estando aí consequentementefixadas · Camada nuclear externa · núcleos dos cones e dos bastonetes rodeados por escassa quantidade de citoplasma · Núcleos são redondos e, nos cones, localizam-se em fileira justamente por dentro da camada limitante externa. Os núcleos dos bastonetes, que são mais numerosos, distribuem-se em várias camadas. · Da parte interna do corpo celular sai uma delgada “fibra interna” que se denomina axônio do cone ou do bastonete e que segue em direção central (interna) e estabelece sinapse com neurônios bipolares e horizontais da camada plexiforme externa · Camada plexiforme externa · Conexões das células bipolares e horizontais com os fotorreceptores · Uma parte da integração da mensagem visual acontece na primeira camada sináptica da retina, a camada plexiforme externa (atualmente denominada sináptica externa). Neste ponto os pedículos do cone e as esférulas do bastonete fazem sinapses sobre diferentes tipos de célula bipolar e três tipos diferentes de célula horizontal. A · Camada nuclear interna · contém quatro tipos de células: células horizontais, células bipolares, células amácrinas e células de Müller · Camada plexiforme interna · Os terminais axonais das células bipolares trazem informações da camada plexiforme externa para o neurópilo da camada plexiforme interna · células bipolares “se comunicam” com diferentes tipos de células amácrinas de funções específicas e com dendritos de várias células ganglionares. O neurópilo é uma rede confusa de perfis interligados · Camada ganglionar · As células ganglionares são neurônios retinianos cujos corpos celulares estão situados na parte vítrea da camada plexiforme interna; seus dendritos se ramificam na camada plexiforme interna, onde recebem sinapses das células bipolares e amácrinas. Os axônios das células gan- glionares formam o nervo óptico · Camada de fibras nervosas → axônios das células ganglionares · Na margem do disco óptico, um determinado feixe de fibras nervosas contém fibras de comprimentos muito variados. Fibras curtas surgem próximas ao disco óptico; as fibras mais longas surgem na periferia (Ogden, 1983). Quando uma fibra surge de sua célula ganglionar, ela se liga à camada de fibra nervosa acima em sua subsuperfície ou superfície profunda. Assim, a organização dessas fibras é ordenada com fibras da periferia situada na superfície da retina; as fibras mais curtas que se originam próximas ao disco óptico estão situadas no interior do feixe · Membrana limitante interna · membrana basal que cobre as fibras de Müller · Para a visão pura de bastonetes, há quatro neurônios na via óptica direta: (1) bastonetes; (2) células bipolares; (3) células amácrinas; e (4) células ganglionares. Nos cones temos apenas três neurônios: (1) cones; (2) células bipolares; e (3) células ganglionares. · Disco óptico → lado nasal do polo posterior da retina = cabeça do II · Mais claro que a retina circundante · Aparência amarelo-rosada · Escavação fisiológica no centro = onde os vasos retinianos penetram · Vasos retinianos → artérias têm vermelho mais vivo e são mais finas que as veias · Mácula = localizada 3,5mm temporal e 0,5mm inferior ao disco · Fóvea = centro da mácula → depressão composta somente por cones · 0,3 mm de diâmetro · Área mais fina da retina (0,25 m) · mácula tem o maior índice de fluxo sanguíneo de todos os tecidos no corpo. Ela provavelmente funciona para estabilizar a temperatura no ambiente da retina · Suprimento sanguíneo da retina → coriocapilares imediatamente fora da camada de Bruch → terço externo da retina (inclui camada plexiforme externa até o epitélio pigmentar retiniano) · Ramos da artéria retiniana central → ⅔ mais internos da retina · Vasos sanguíneos retinianos não são fenestrados → barreira hematoretiniana · Endotélio dos vasos coroidais é fenestrado · . carótida interna → . oftálmica = principal suprimento arterial da órbita e suas estruturas · Passa por baixo do nervo óptico e o acompanha pelo canal óptico para dentro da órbita · Primeiro ramo intraorbitário = artéria retiniana central · Entra no nervo óptico de 8-15mm antes do globo ocular · Outros ramos da . oftálmica → . lacrimal = glândula lacrimal e pálpebra superior · Ramos musculares · . ciliares posteriores longas → corpo ciliar · . ciliares posteriores curtas → coroide e partes do II · Ciliares posteriores anastomosam-se consigo e com as ciliares anteriores para formar o círculo arterial maior da íris · Ciliares posteriores são derivadas dos ramos musculares do reto · . palpebrais mediais · . supraorbitais e supratrocleares · Os ramos mais anteriores da . oftálmica contribuem para a formação da circulação arterial para as pálpebras · Fazem anastomose com a circulação da carótida externa via artéria facial · . central da retina · Divide-se, logo antes de aparecer no disco do nervo óptico (e é visível com o oftalmoscópio), em um ramo superior e outro inferior · Logo se dividem, por sua vez, em ramo superior nasal e temporal, e inferior nasal e temporal · Quatro ramos arteriais → quatro quadrantes correspondentes da retina, enquanto seguem ramificando por dicotomia, na maioria dos casos · Drenagem venosa = veias oftálmicas superiores e inferiores, que drena: · Veias do vórtex, veias ciliares anteriores e veia retiniana central · Veias oftálmicas comunicam-se com o seio cavernoso por meio da fissura orbital superior e com o plexo pterigóide pela fissura orbital inferior · Drenagem da pele da região periorbital = veias supraorbitais e supratrocleares, e um ramo da veia angular → formar a veia oftálmica superior · Comunicação direta entre trombose do seio cavernoso secundária a infecção superficial da pele periorbital · O núcleo do nervo oculomotor é um conjunto de subnúcleos: (1) inervam os músculos oblíquo inferior e os retos superior, medial e inferior; (2) o músculo levantador da pálpebra superior, e (3) fornecem fibras parassimpáticas pré-ganglionares para o gânglio ciliar. · O núcleo do nervo troclear é um grupo celular pequeno e compacto localizado ventralmente à massa cinzenta do periaquedutal no nível do colículo inferior. · As lesões isoladas do nervo troclear produzem diplopia vertical que é maior no olhar para baixo para o lado oposto. · O núcleo do nervo abducente está situado na parte inferior da ponte, no soalho do quarto ventrículo, em posição paramediana entre o fascículo longitudinal medial por dentro e as fi- bras do nervo facial que o contornam. O núcleo contém dois tipos de neurônios: os motoneu- rônios destinados à inervação do músculo reto lateral ipsolateral e os interneurônios destina- dos à inervação do núcleo ventral do nervo oculomotor contralateral, ele mesmo destinado à inervação do músculo reto medial. Os axônios dos interneurônios decussam no nível do nú- cleo do nervo abducente e penetram no fascículo longitudinal medial contralateral para fazer sinapse com o núcleo ventral do nervo oculomotor. Curiosidades · O epitélio da córnea normalmente se renova a cada 10 dias, aproximadamente. As células agora presentes no epitélio certamente não estavam lá há duas semanas. Esta reposição é o resultado da mitose da célula basal, do deslocamento das células basais para as camadas de células aladas e escamosas, e da mudança das células escamosas para o filme lacrimal. Esses processos são suplementados por uma migração lenta e contínua de novas células basais da periferia para o centro da córnea. Sabe-se que as células basais, originárias das células-tronco estão situadas no epitélio da conjuntiva límbica como células não diferenciadas (especifica- mente nas paliçadas de Vogt). Após a divisão e a diferenciação, suas ramificações migram para a córnea, movendo-se cerca de 100 mm por semana. Esta migração sugere que o ritmo de mudança e o movimento da célula para a superfície excedem a frequência da mitose da célula · Basal, necessitando, portanto, de um reabastecimento contínuo do complemento da célula basal (Thofte Friend, 1983; Oyster, 1999). · Enquanto o limbo está intacto, a lesão ao epitélio da córnea pode ser rapidamente reparada pela aceleração de suas atividades normais de substituição. A liberação de componentes intrace- lulares das células lesionadas dá início a uma resposta local em torno do local da lesão que fecha temporariamente a mitose e provoca uma rápida migração lateral de células para a abertura. A migração é tão rápida – cerca de 100 mm/hora – que a área com vários milímetros de diâmetro que está descoberta no epitélio será completamente coberta em menos de 2 dias. A mitose se recupera em um ritmo acelerado após a abertura ser coberta · O epitélio é a parte da córnea com a maior capacidade de manutenção e reconstrução de sua estrutura, que, devido à sua contínua exposição a traumas menores, é muito boa. Existem poucas condições nas quais o epitélio não consegue se recuperar e curar. Entretanto, esta re- cuperação depende da viabilidade de células-tronco na conjuntiva límbica; se as células-tronco forem destruídas, a cobertura normal do epitélio não poderá ser regenerada ou mantida · O colágeno na córnea e na esclera está associado às moléculas de polissacarídeo cha- madas de glicosaminoglicanos (GAGs). Existem muitos GAGs que diferem nos dissacarídeos que se combinam nas cadeias de polissacarídeo longas; as dominantes na córnea e na es- clera são os dermatan sulfato e queratan. · essas moléculas têm uma forte carga negativa em rede (net), que atrai íons positivamente carregados, como o Na+, em grande número. Com o Na+ vem a água que é sugada para a matriz molecular; assim, os tecidos com grandes quantidades de GAGs absorverão uma quantidade considerável de água; o volume ocupado pelos glicosaminoglicanos nos proteoglicanos em torno das fibri- las de colágeno depende em grande parte do conteúdo de água na matriz. A combinação da água e a natureza expansiva ao preencher espaços dessas moléculas criam um gel em torno das fibrilas de colágeno. · Na córnea, o espaçamento entre as fibrilas de colágeno é um fator importante na trans- parência da córnea, e o conteúdo de água na matriz proteoglicana precisa ser mantido em limites bem estreitos para manter o espaçamento regular e constante. · Entretanto, devido aos GAGs na matriz extracelular, o estroma corneano tem uma afinidade maior para a água do que a quantidade ideal para a transparência. Como resultado, muitas das especificações anatômi- cas e fisiológicas na córnea são direcionadas para impedir o estroma de assimilar maior quan- tidade de água que as suas propriedades físicas e químicas necessitariam. · O colágeno e os proteoglicanos na córnea e na esclera são produzidos e mantidos por fi- broblastos, um tipo de célula encontrada nos tecidos conjuntivos (embora os na cartilagem e osso sejam específicos e chamados, respectivamente, condroblastos e osteoblastos). Os fibro- blastos no estroma corneano frequentemente são chamados de ceratócitos · · · por que um meio, inclusive o vidro, é transparente? A resposta está na forma como os fótons de luz interagem com os elé- trons nos átomos e moléculas, e no tipo de substância que constitui a matéria · O vidro é transparente porque seus átomos são tão bem acondicionados que possuem um grau extremamente alto de ordem e regularidade. Por outro lado, as nuvens no céu são trans- lúcidas porque as moléculas de água nelas contidas são espaçadas ampla e aleatoriamente. E a córnea, como o vidro, é transparente porque seus elementos principais que interagem optica- mente – as fibrilas do colágeno – são de tamanho e espaçamento uniformes. A única mudança substantiva do vidro para a córnea é a mudança da escala, que varia desde as dimensões pelas quais os átomos são separados até aquelas pelas quais as fibrilas de colágeno são separadas; embora esta mudança seja relativamente grande, os princípios físicos básicos parecem perma- necer os mesmos. Esta explicação indica que qualquer coisa que torne as fibrilas de colágeno estromais menos ordenadas resultará em alguma perda de transparência – a magnitude da perda presumivelmente será em função do grau de desordem A periodicidade axial do colágeno, entretanto, é de 65 nm, comparada a 67 nm em tecidos, como os tendões As fibrilas são hidratadas de modo que a distância lateral entre as moléculas constituintes é de cerca de 1 a 8 nm O diâmetro das fibrilas é bem uniforme, e foi medi- do por técnicas microscópicas e de difração. diâmetro do coláge- no corneano humano está na região de 31 nm e aumenta para aproximadamente 34 nm com a idade espaçamento centro-para-centro das fibrilas de colágeno valor de 61,9± 4,5 nm para a média ocorre um aumento sig- nificativo no espaçamento da córnea central (cerca de 57 nm) para a borda do limbo (cerca de 62 nm) seguido por aumento maior no próprio limbo. Muitas micrografias revelam um alto grau de ordem, mas não a perfeita trama exigida pela teoria original de transparência citada por Maurice Entendimentos entre David Maurice e Gerald Elliot levaram ao uso de fontes de raios X mais modernas para proporcionar uma resposta definitiva de que as fibras de colágeno são acondicionadas ou não em uma trama perfeita na substância própria da cór- nea. Os resultados mostraram que não existe uma trama (Goodfellow, Elliot e Woolgar, 1978), que a ordem se estende a no máximo três diâmetros de fibrilas (Sayers et al.,1982) e é similar àquela que ocorre em líquidos (Worthington e Inouye, 1985). Entretanto, esta ordem de curto alcance é suficiente para permitir a transparência corneana (Farrell e McCally, 2000) na base dos efeitos da interferência propostos por Maurice (1957). Esses fi- lamentos correm ao longo e entre as fibrilas de colágeno (Hirano et al., 1989) e provavelmente interagem com proteoglicanos da substância própria na matriz interfibrilar para estabilizar a ordenação das fibrilas de colágeno A substância própria da córnea humana consiste de cerca de 300 lamelas empilhadas atra- vés de sua espessura central, cada uma contendo as fibrilas de colágeno paralelas descritas anteriormente. As lamelas adjacentes situam-se em ângulos diferentes, entre 0 e 90o. As lame- las da córnea podem ser observadas no microscópio de polarização, percorrendo ininterrup- tamente de limbo para limbo (Maurice, 1969) e são semelhantes a faixas finas, de cerca de 0 a 2 mm de largura e cerca de 1 a 2 mm de espessura O índice de refração das fibri- las de colágeno é de 1,47, e da substância fundamental é de 1,34. Esta diferença de índice de refração cria uma dispersão da luz no nível de cada fibrila. Entretanto, os efeitos das fibrilas se anulam entre elas graças à uniformidade do diâmetro e da distância interfibrilar e só persiste a propagação no sentido dos raios luminosos, permitindo assim a transmissão da luz através da substância própria (Maurice, 1957). Esta uniformidade é, entretanto, relativa e a transmissão da luz através da substância própria é igualmente favorizada pelo fato de o diâmetro das fibri- las e a distância interfibrilas serem menores que o comprimento de onda da luz. A transmissão da luz diminui assim que a distância interfibrilar aumenta e que aparecem as zonas desprovi- das de fibrilas (edema corneano). O diâmetro das fibrilas de colágeno e a distância interfibrilar são dependentes da presença dos proteoglicanos (notadamente o lumican; queratan sulfato) Devido à sua disposição ordenada regularmente, as fibrilas não podem propagar a energia luminosa independentemente umas das outras. O diâmetro e o afastamento das fibrilas são muito inferiores aos comprimentos de onda da luz. Por isso, as ondas propagadas pelas fibri- las individuais interferem destrutivamente em todas as direções, exceto na do feixe incidente Como a luz emitida não pode ser propagada senão nesta direção, toda a luz é transmitida na direção incidente. Um afastamento constante das fibrilas emtodos os planos de secção da substância própria – paralelos na direção das fibrilas – é condição necessária à interferência destrutiva. A substância própria deve ser uma rede bidimensional, como, por exemplo, na ma- lha hexagonal (Fig. 18). Uma outra condição é a igualdade do diâmetro das fibrilas visto que to- das devem emitir a mesma quantidade de luz. A teoria da trama permite compreender não ape- nas porque a córnea é transparente mas também porque ela se opacifica sob diversas influên- cias e porque, por exemplo, a esclera é opaca. A Ainda que as fibrilas estejam dispostas mais fre- quentemente em feixes paralelos, a esclera é opaca porque o diâmetro delas varia entre 28 e 280 µm. os próprios feixes têm espessura e comprimento mais variáveis e ordenação menos regular do que na córnea. Situação semelhante pode ser observada em um leucoma (Maurice, 1957). O aumento da opacidade da córnea edematosa é explicado por uma desorganização da ordem das fibrilas. O fato de a córnea edematosa difundir sobretudo luz azul indica que o au- mento da hidratação se situa no nível dos espaços interfibrilares e não apenas nos espaços in- terfasciculares ou interlaminares. Isso evidencia que os elementos propagados são de dimen- sões submicroscópicas. O excesso de hidratação interfibrilar diminuiria as forças que mantêm a posição das fibrilas e que são provavelmente forças eletrostáticas de repulsão entre cada fibrila e suas vizinhanças. Quando em consequência do edema, os planos fibrilares sucessivos se afastam, as forças de repulsão entre as fibrilas dos planos adjacentes diminuem. Quando uma determinada fibrila não é mais mantida por essas forças, ela será repelida por suas vizi- nhas fora do seu plano, ou seja, ela vai perder seu alinhamento e a trama bidimensional será destruída. Da mesma forma, a desorganização das fibrilas explica de maneira satisfatória o efeito da opacificação ou do aumento da pressão ocular A teoria de Maurice (1957) exige uma equidistância perfeita das fibrilas e esta exigência é seu aspecto mais criticável visto que uma estrutura tão rígida não é comum em um meio biológico. As- sim, para Kikkawa (1960) “a agitação térmica provoca uma variação contínua do espaçamento dos centros difusores. Em consequência, as fibrilas nunca são dispostas em trama perfeita no instante que ocorre a interação entre a luz e a fibrila. Disso deveria resultar difusão”. Seria preciso que as forças de repulsão fossem suficientemente grandes para assegurar uma rigidez absoluta. Tomando a fibrila de colágeno como unidade difusora, a teoria da trama negligencia as estruturas de maior dimensão constituídas pelo agrupamento das fibrilas em feixes. Não há dúvida sobre a existência destas fibras, já que são vistas facilmente em virtude de sua birrefri- gência em microscópio de polarização na córnea não fixada, e que a disposição delas, relativa- mente regular, dá lugar a fenômenos de difração da luz. A associação dessas fibras em lâminas de aspecto homogêneo é mais ou menos nítida segundo os grupos de vertebrados. Do mesmo modo que as células e os filetes nervosos, é possível que essas fibras exercendo descontinui- dades ópticas intervenham pouco nas perdas de luz em suas superfícies por difusão ou refle- xão, podendo ser de pouca importância (Kikkawa, 1958). A interface anterior ar-córnea tem um poder refrativo muito elevado (48 D) que representa 80% do poder refrativo total do olho (60 D). Esta interface está constituída de duas interfaces sucessivas: ar (índice de refração = 1,000) – filme lacrimal (1,336) depois filme lacrimal (1,336) – córnea (1,376); o poder refrativo da interface anterior correspondente à soma do poder re- frativo destas duas interfaces sucessivas. A interface posterior humor aquoso-endotélio corneano tem um poder refrativo mais fraco porque a diferença do índice refrativo dos dois meios (córnea 1,376 e humor aquoso 1,336) é menor que para interface anterior. Seu valor é de – 5 D. O poder refrativo total da córnea é assim de 43 D (48-5), em média, se considerarmos como neglicenciável a espessura corneana. A importância da interface anterior ar-filme lacrimal no poder refrativo do olho explica que a regularidade do epitélio seja essencial à qualidade da visão
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