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1 Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Introdução à Engenharia de Produção Autor: Eliane da Silva Christo Aula 6 - Revisão Meta Apresentar os principais pontos dos assuntos abordados nos capítulos 1, 2, 3, 4, e 5. Objetivos Após esta aula você será capaz de: 1. rever os principais pontos dos capítulos 1, 2, 3, 4,e 5; 2. ter uma orientação de como iniciar os estudos para preparação da AP1. Aula 1 – Introdução A importância da disciplina Introdução à Engenharia de Produção – Em algum momento, no inicio do curso, o aluno precisa ter acesso a informações que o permitam encontrar-se com a profissão escolhida e imaginar-se nela. Isto só acontece quando ele puder inseri-la no seu próprio contexto pessoal, o que é responsabilidade de um processo educacional. A maior diferença entre o Ensino Médio e o universitário diz respeito à relação professor-aluno. O Engenheiro tem que ter uma aprendizagem dinâmica, ou seja, é necessário, continuamente, renovar sua formação, durante a graduação e após ela. A ciência e a tecnologia vêm sofrendo uma evolução num ritmo acelerado – Cada uma tem suas características e sofreu mudanças. Um curso de Engenharia tem como uns dos seus principais objetivos incentivar a criatividade, fornecer ferramental básico para que enfrente os problemas técnicos com os quais se depara na profissão, empurrar o Engenheiro a adotar uma postura consciente e crítica para com a sociedade. Etapas do método de estudos – preparação, captação e processamento. 2 Um engenheiro assume um papel importante na sociedade atual. Com isso, ele tem de ser capaz de reconhecer suas responsabilidades logo no inicio do curso e aprender a desenvolver bem o seu trabalho para futuramente ser um bom profissional. Aula 2 – Origens da Engenharia Uma definição de Engenharia: “Engenharia é a arte de aplicar conhecimentos científicos e empíricos e certas habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos que se utilizam para converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas.” (FERREIRA, 1986). A Engenharia teve também participações marcantes nos anos 50 a. C. na Roma antiga. Dos séculos XVI ao XVII, vários avanços científicos marcaram uma revolução no pensamento humano. Estavam crescendo, cada vez mais, a ansiedade e curiosidade para aprimorar a manipulação e exploração do meio ambiente. Os Engenheiros atuantes especificamente em áreas como mecânica, construção, eletricidade, produtos químicos e embarcações ficaram mais presentes com a Revolução Industrial. Ainda não tinham os cursos específicos, mas as habilidades estavam cada vez mais claras. Outras novas profissões surgiram também com o surgimento das máquinas que gerou uma forma de trabalho organizado. Com todo desenvolvimento da história que simboliza também a evolução da Engenharia, fica claro desta forma o limiar histórico entre as duas eras das Engenharias: “A Engenharia do Passado e a Engenharia Moderna.” Evolução Histórica das Escolas de Engenharia. Evolução Histórica das Escolas de Engenharia do Brasil. Os objetivos que nortearam a fundação das escolas de engenharia no Brasil e no mundo, no que tange ao conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicado à construção em geral. 3 Aula 3 – A Engenharia A Engenharia é uma ciência bastante abrangente que engloba uma série de ramos mais especializados. A Engenharia conjuga os vários conhecimentos com ênfases mais específicas em determinados campos de aplicação e em determinados tipos de tecnologia no sentido de viabilizar as utilidades. A Engenharia tem por objetivo trabalhar em prol da sociedade, se preocupando sempre com a técnica, a economia e o meio ambiente (Figura 1). Figura 1 - objetivos específicos para um Engenheiro O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), através da Resolução nº 218, de 29 jun 1973, discriminou genericamente as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) representa a máxima instância à qual um profissional pode recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional. O CONFEA representa os profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e os da Geografia, Geologia, Meteorologia, os tecnólogos dessas 4 modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas de títulos profissionais. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), conforme o CREA-RJ, são órgãos de fiscalização, orientação e aprimoramento profissional, instituídos com a finalidade de defender a sociedade da prática do exercício ilegal das profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. Têm jurisdição estadual. De acordo com o art. 55 da Lei nº 12.378/2010, a responsabilidade pela fiscalização da Arquitetura e Urbanismo não é mais do sistema CONFEA/CREA. Foi protocolado na PORTARIA Nº 426 de 16/12/2011, publicada no Diário Oficial da União (Figura 2), que o CONFEA passa a ser denominado Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e não terá a participação de Arquitetos nas representações dos Plenários dos CREAs e do CONFEA. 5 Figura 2 – Publicação do Diário Oficial da União Fonte: http://www.confea.org.br/media/Portaria%20426_16_dez_2011_concurso.pdf Aula 4 – O Engenheiro No mercado de trabalho, o Engenheiro pode desempenhar inúmeras funções. Quanto a sua atuação, ele pode trabalhar como ENGENHEIRO AUTÔNOMO, ENGENHEIRO EMPREGADO ou ENGENHEIRO EMPRESÁRIO. Na maioria das vezes, os Engenheiros recém-formados trabalham mais nas áreas de operação, manutenção ou construção. Com o tempo, e principalmente com a experiência e suas habilidades, costumam passar a atuar em áreas mais expressivas, como a administração ou de desenvolvimento. Os embasamentos teóricos e conceituais adquiridos num curso superior de Engenharia faz com que o Engenheiro, em poucos anos, tenha plenas condições de dominar grande parte dos conhecimentos técnicos do dia-a-dia de seu campo de atuação e, além disso, ampliar os seus conhecimentos teóricos. Uma preocupação cada vez mais frequente nos profissionais recém- formados é a competitividade entre os Engenheiros e os técnicos experientes. 6 Em várias atividades um técnico trabalha sob a supervisão de um engenheiro, pois os técnicos não podem assumir a responsabilidade de alguns projetos mais complexos, em alguns casos, isto acontece devido à legislação, não é por competência profissional. Qualidades e habilidades de um Engenheiro: a) Conhecimentos específicos b) Relações Interpessoais c) Experimentação d) Comunicação Oral e Escrita e) Trabalho em equipe f) Aperfeiçoamento contínuo g) Ética profissional Reconhecendo a importância do aperfeiçoamento continuo, muitos Engenheiros recorrem a cursos de pós-graduação – STRICTO SENSU ou LATO SENSU – logo após concluírem seu curso de graduação, ou mesmo, durante a vida profissional. Aula 5 – Engenharia de Produção “A Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia, para a produção de bens e serviços, de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais. Tem como base os conhecimentos específicos e as habilidades associadas às ciências físicas, matemáticas e sociais, bem como aos princípios e métodos de análise da engenharia de projeto para especificar, predizer e avaliar os resultados obtidos por tais sistemas.” Fonte: definição do American Institute of Industrial Engineering Associationtraduzida por Fleury, In: Batalha, 2008. A Figura 3 apresenta um resumo da evolução histórica do sistema de produção industrial, o quadro foi adaptado de Slack et al (2002). 7 A Figura 4 apresenta um resumo dos principais personagens que se destacaram na história da evolução do sistema de produção industrial incluindo suas contribuições mais relevantes. O quadro foi adaptado de Slack et al (2002). 8 A Figura 5 mostra o crescimento do número de cursos de Engenharia de Produção tanto plenos quanto com ênfases de 1970 a 2011. Figura 5 - Crescimento do número de cursos de Engenharia de Produção plenos e com ênfases de 1970 a 2011 9 Fonte: Adaptado de http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/CresceEP.PDF Como o objetivo principal do curso de Engenharia de Produção é formar Engenheiros capazes de atuarem, em uma empresa, tanto na área de projetos, quanto na de operações, quanto no gerenciamento de sistemas de produção, a demanda por este profissional é cada vez maior. O mercado de trabalho, sustentado por grandes e pequenas empresas em diversas áreas, necessita dos conhecimentos científicos e tecnológicos do Engenheiro de uma maneira geral. Já o Engenheiro de Produção tem uma importância significativa neste ramo da economia. Diante de toda modernidade e avanços dos sistemas de produção, seguem algumas aptidões necessárias de um profissional da Engenharia de Produção: Saber, através de uma sólida formação em ciências básicas, usar de seus ferramentais para modelar e tomar decisões de sistemas produtivos; Trabalhar em equipes estratégicas de forma versátil, com liderança e respeito às idéias do grupo; Saber implementar os conceitos e ferramentas da qualidade total no sistema de produção, trabalhando na incorporação das normas e controle estatístico do processo; Desenvolver projetos se preocupando com melhoria continua, com o menor custo, e com os recursos humanos, físicos e financeiros; Saber avaliar e otimizar processos; Estudar cenários produtivos, analisando aspectos como competitividade, e crescimento econômico; Realizar previsões de demandas e preços, se preocupando com controle de estoques, custo e satisfação do cliente; Capacidade de analisar com comprometimento os impactos que um sistema produtivo tem sobre o meio ambiente, se preocupando com a sustentabilidade; Gerenciar o fluxo de informação nas empresas através de tecnologias apropriadas. 10 A Associação Brasileira de Engenharia de Produção promove reuniões do grupo de trabalho de graduação em Engenharia de Produção com o objetivo de discutir sobre as relevâncias da profissão no cenário atual, as competência e habilidades que um Engenheiro de Produção deve adquirir durante sua formação e sobre as diretrizes curriculares recomendadas para o curso. Os documentos elaborados são aprovados pelo Ministério da Educação (MEC) e seguidos por todos os cursos de Engenharia de Produção no Brasil. Este processo é continuo, ou seja, há atualizações periódicas dos assuntos abordados nos documentos. O avanço cientifico e tecnológico ao longo dos tempos, levaram ao Grupo de Trabalho de graduação em Engenharia de Produção, no Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP) em 1997 e no Encontro de Coordenadores de Curso de Engenharia de Produção (ENCEP) em 1998, a fazerem uma análise mais detalhada da formação oferecida pelos cursos até então. Verificaram que a Engenharia de Produção, com formação e diretrizes curriculares adequadas, possui base e conteúdo o bastante para ser considerada uma “Grande Área de Engenharia”. Pois, ela engloba um conjunto de habilidades e conhecimentos de maneira integrada. Estes conhecimentos, que compõem a estrutura modular do curso e são fundamentais para a coordenação e eficácia de qualquer sistema produtivo, representam as subáreas da Engenharia de Produção. Em 2001, houve a primeira atualização onde se acrescentou o Ensino de Engenharia de Produção como uma subárea da Engenharia de Produção (ABEPRO, 2001). Em 2003, uma nova atualização aconteceu na estrutura curricular e nas subáreas do curso de Engenharia de Produção. A carga horária mínima do curso passou de 3000 horas para 3600 horas de atividades direcionadas para o processo de ensino e de aprendizagem. Sendo recomendável realizar o curso em 5 anos para adquirir adequadamente o conhecimento e atender demandas atuais e futuras do mercado (ABEPRO, 2003). Uma atualização que gerou uma atualização mais significativa, ocorreu no ENEGEP e no ENCEP em 2008. (ABEPRO, 2008). Onde o Grupo de Trabalho de Graduação em Engenharia de Produção agrupou e desdobrou 11 algumas áreas no intuito de se adequar às alterações no sistema acadêmico e profissional. É interessante ressaltar que o termo “Gestão”, incorporado com bastante frequência na versão anterior, foi substituído por “Engenharia”. A instituição que é responsável em representar a Engenharia de Produção, no que tange docentes, discentes e profissionais, é a denominada Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO). Ela foi instituída em 1985 e desde então tem as funções de: Deixar clara a função do Engenheiro de Produção na sociedade; Explicar o papel do Engenheiro de Produção no mercado de trabalho; Exercer a função de ligação entre a Engenharia de Produção e os órgãos governamentais e não governamentais tais como: MEC, INEP, CAPES, CNPq, FINEP, CREA, CONFEA, ABENGE, etc.). Dentro da ABEPRO há a parte voltada especificamente para os discentes que é a ABEPRO Jovem. Ela é formada por estudantes de Engenharia de Produção e foi fundada em 2001 durante o Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP). As suas funções principais são: levar à comunidade associada informações e conhecimentos; divulgar boas práticas; e incentivar crescimentos de Núcleos Estaduais de Estudantes. Referências Bibliográficas ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção). Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Porto Alegre, 1998. ______. Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Rio de Janeiro, 2001. ______. Referências curriculares da Engenharia de Produção. Santa Bárbara D’Oeste, 2003. ______. Áreas da Engenharia de Produção. Rio de Janeiro, 2008. BATALHA, M. O. Introdução à Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: Campus, 2008. 12 BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. BITTENCOURT, H. R.; VIALI, L.; BELTRAME, E. A Engenharia de Produção no Brasil: Um Panorama dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação. Revista de Ensino de Engenharia, v. 29, n. 1, p. 11-19. 2010. BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011. Conselho Nacional de Educação (CNE), Ministério da Educação (MEC), Câmara de Educação Superior (CES). Diário Oficial da União; Edição Número 116 de 19/06/2007; RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE 2007. Disponível em: http://www.abepro.org.br/arquivos/websites/1/Resolu%C3%A7%C3%A3o2-2007-CH.pdf Acesso em: 20 de Outubro 2014. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). Trajetória e estado da arte da formação em engenharia, arquitetura e agronomia, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2010. 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