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TCC pedagogia

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A PRÁTICA DA MÚSICA EM SALA DE AULA COMO INSTRUMENTO DE INFLUÊNCIA NAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS DAS CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I.
 DAGHETTI, Maristela de Siqueira¹
RU: 1805532
WALLAU, Eliza Cristina de.
RU: 1801063
NASCIMENTO, Caroline Carniel do.
RU: 1741435
RESUMO
Este artigo objetiva trazer a importância da música como instrumento pedagógico que influencia positivamente nas emoções e sentimentos das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental I. Diante das pesquisas, levantaram-se as seguintes problemáticas: Falta de conscientização do valor, por parte dos educadores da disciplina de artes, sobre o assunto de música como possibilidades para oferecer em sala de aula o bem-estar e o crescimento do saber dos alunos. E desmotivação para efetivar esta pratica como benefício no contexto escolar para complementar a formação do cidadão. A metodologia usada foi de caráter qualitativo, buscando em pesquisas bibliográficas e nas leis, dados e informações para a realização do estudo. O andamento deste artigo visa esclarecer o que o professor de arte realmente realiza e as responsabilidades que ele verdadeiramente pratica em sala, e se corresponde ao que está em lei. E esclarece também, aqui, que é importante a assistência ao aluno, visto que os anos inicias são uma das fases em que a criança saiu da pré-escola e precisa saber lidar com as emoções e sentimentos gerados neste período de transição escolar. Por fim, os resultados encontrados apresentam que necessária a busca ativa, por parte dos professores dessas séries, de novos conhecimentos sobre música em sala de aula e sua influência nas emoções e sentimentos das crianças que iniciam no ensino fundamental I.
Palavras-chave: Emoções e sentimentos. Ensino Fundamental I. Música.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo busca relacionar a música com a influência desta, nas turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental I, tendo em vista as emoções e sentimentos 
__________________________
¹ Alunas do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 8º - 2021. 
destas crianças.
Qual a importância da música no ensino fundamental I e sua influência nas emoções e sentimentos? Analisou-se neste artigo, a prática de um professor de artes, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O trabalho justificou-se pela desvalorização da música no ensino Fundamental I, tendo em vista a influência da mesma nas áreas cognitivas, social e emocional das crianças. 
	Diante da pesquisa levantou-se a seguinte problemática: De que forma a música poderá influenciar nas emoções e sentimentos das crianças do Ensino Fundamental I – anos iniciais? Com esse questionamento, este artigo buscou teorias de vários autores para compreendermos a influência da música nas crianças do Ensino Fundamental I.
O objetivo geral deste trabalho é identificar e reconhecer a música e a responsabilidade do educador em usar este método a favor do crescimento, não somente cognitivo e social, mas principalmente o emocional dos alunos. Já os específicos são: A reflexão sobre a importância da música nas emoções das crianças; averiguar soluções para a valorização desse instrumento de educação e esclarecer os meios pelos quais se pode efetivar essa prática em sala de aula, caso não haja a devida valorização.
Para realizar este trabalho foi necessária uma pesquisa qualitativa, por meio de estudo científico e revisão bibliográfica de obras relacionadas a esse tema, que foram a base para um conhecimento mais aprofundado sobre o mesmo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nas pesquisas e participações que tivemos em salas de aula, foi observado que a maioria dos professores lida com o ensino da música de forma teórica e pouco participativa, relegando-o a um papel insignificante na formação do individuo, quando este poderia auxiliar em todo o desenvolvimento, seja na parte sensório motora, emocional, afetiva e até mesmo espiritual (ZAGONEL, 2002).
Seguindo a proposta de Maurice Martenot, compositor e pedagogo francês, o professor deve levar em consideração o desenvolvimento emocional, cognitivo, espiritual e corporal, para uma formação mais ampla do indivíduo, com objetivo de oportunizar o desenvolvimento de todas as faculdades. (MARTENOT, 1970).
A música atende vários objetivos como suporte para formação de hábitos, atitudes e comportamentos, como um meio de educação e oportunidade de se expressar. Portanto, usar métodos ativos de educação musical, oportuniza o aluno a ser visto como agente participativo. 
“O aprendizado não pode ocorrer de forma distante dos sentimentos. Ser emocionalmente alfabetizado é tão importante na aprendizagem quanto à matemática e a leitura”. (GOLEMAN, pg. 278. 2007)
Esta é uma frase que Daniel Goleman, destaca em seu livro “Inteligência emocional” parafraseando Karen Stone McCown, diretora da escola Nueva e criadora do currículo da Ciência do Eu, a qual disse em entrevista ao New York Times em novembro de 1993, para exemplificar sua ideia de que as disciplinas devem oferecer desenvolvimento social, aptidões para a vida e aprendizado social e emocional. 
2.1. IMPACTOS DA MÚSICA NAS EMOÇÕES DAS CRIANÇAS
Segundo MOHANA (2016), música é muito mais que sentimento. Ela fica enraizada nas estruturas cerebrais primitivas envolvidas na motivação, recompensa e emoção. 
O ritmo, o timbre e a harmonia, são elementos constituintes da música e são capazes de afetar todo o organismo humano, de forma física e psicológica. Através de tais elementos o receptor da música responde tanto afetiva quanto corporalmente. (FERREIRA, 2005). Por isso, ela influencia e estimula afetividade, aproximando o homem de si próprio, num movimento de introspecção. Ao contrário da dispersão causada por certos ritmos, a melodia aliada ao ritmo e a outros elementos como duração e intensidade, está vinculada a um contexto cultural, aos afetos individuais e à capacidade de exteriorizar sentimentos e emoções. 
A música, no contexto escolar, propicia a criança uma aprendizagem interessante e ativa, sendo uma grande aliada para o professor mediador. 
Lima afirma que:
Através da música o educador tem uma forma privilegiada de alcançar seus objetivos, podendo explorar e desenvolver características no aluno. O indivíduo com a educação musical cresce emocionalmente, afetivamente e cognitivamente, desenvolve coordenação motora, acuidade visual e auditiva, bem como memória e atenção, e ainda criatividade e capacidade de comunicação. (LIMA, 2010, p. 18)
Ou seja, a prática de canções pode ser utilizada para relaxar e aprender. Sendo que a ausência dela significa uma perda enorme no desenvolvimento do indivíduo, uma vez que está relacionada com algo prazeroso, onde nos divertimos e ao mesmo tempo aprendemos.
Conforme o RCNEI,
“A linguagem musical é um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social”. (RCNEI, 1998, p. 49).
Portanto, aproveitar a disciplina de artes, em especial na aula de música, para criar uma atmosfera de serenidade e calma em sala de aula, é essencial.
2.2. VALORIZAÇÃO DESSE INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO
Muitas pessoas ao ouvirem melodias melancólicas entristecem, muitas vezes até chegam ao estado de depressão. Definida por musicistas do século XIX como a “arte de expressar os sentimentos por meio de sons”, a música provoca inúmeras emoções e é capaz de alegrar, entristecer, confortar, aborrecer, deprimir ou entusiasmar. (ZARGA, 2017).
Há muito material para utilização da música dentro e fora das escolas. Em ambiente como hospitais, ONGs, igrejas, cursos preparatórios, e até de forma pessoal, a música é utilizada com objetivos de meditação ou absorver melhor os conteúdos de um determinado estudo. Na escola, serve para decorar fórmulas, acalmar os bebês, fazer paródias de conteúdos, entre outros.
Já em igrejas e hospitais sabemos que a música é utilizada para tranqüilizar, tirar a ansiedade, levar a um estado de equilíbrio, paz emuitas vezes elevar a auto-estima.
Mas, a música para utilização do controle emocional e sentimental não é muito visível dentro das escolas. O que deveria, pois, por exemplo, na transição escolar, inicialmente nos primeiros anos do ensino fundamental I, ao sair da pré-escola, a criança terá algumas influências em suas emoções e seus sentimentos.
O potencial da inteligência humana é determinado pelo DNA de cada pessoa, no entanto são necessários estímulos para colocar essa inteligência em prática, e é aí que a entra a música. O estímulo sonoro aumenta as conexões entre os neurônios e, de acordo com cientistas, quanto maior a conexão entre os neurônios, mais brilhante será o ser humano. (JÚNIOR, 2019)
2.3. O NOVO AMBIENTE ESCOLAR.
Segundo Piaget, em sua Teoria do desenvolvimento cognitivo, o crescimento cognitivo da criança se dá por assimilação e acomodação. O indivíduo constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade. Se o meio em que está inserido na atualidade não apresenta problemas ou dificuldades, a atividade da mente é, apenas, de assimilação, porém, diante deles, ela se reestrutura, ou seja, se acomoda. (MOREIRA, 1999, p. 100)
Mas se o meio em que a criança está inserida é novo, haverá um processo de modificação, então, neste momento, ocorre o que Piaget chama de "acomodação". É através das acomodações, juntamente com a construção de novos esquemas de assimilação, que se dá o desenvolvimento cognitivo. 
Por isso, com medo em relação ao espaço escolar que atualmente está inserida, a criança dos anos iniciais do ensino fundamental, durante o novo processo educacional, muitas vezes não sabe como agir com o colega, com o professor ou como deverá ser seu comportamento no ambiente escolar. Acrescentasse a estas intempéries, seus problemas familiares que na maioria das vezes se reflete dentro da classe que ela está inserida.
É nesse sentido, que este artigo trás a questão da importância da utilização da música como instrumento para mediar os conflitos emocionais e sentimentais das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, obtendo uma interação social mais afetiva, criando um ambiente mais calmo e sereno em sala de aula. E neste ambiente o ensino-aprendizagem também se desenvolverá de forma mais abrangente e positiva.
2.4. INFLUÊNCIA DA MÚSICA NAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS DA HUMANIDADE.
A música influencia no estado de espírito. Conforme vários estudos nesta área é possível observar que, por exemplo, num período de término de namoro, ao ouvir músicas que falem sobre esse assunto, os indivíduos terão maior probabilidade de chegar a um estado depressivo.
Quanto ao ouvir um rock muito pesado, a pessoa geralmente fica mais agitada. Pra quem tem problemas com ansiedade, este estilo musical eleva este estado de ansiedade.
Afinal, o que estamos ouvindo? E para onde a música está nos levando?
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer, dono de diversas citações instigantes, descreveu este estado de espírito da seguinte forma: “a música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende”. 
O que seria de um filme sem trilha sonora? E a dança, não faria sentido!
Mas, quais as mensagens das músicas de hoje?
Das músicas que despontam os primeiros lugares mais ouvidas em nosso País, quatro coisas ficam em evidência: Incentivo a violência, consumo de drogas, objetificação do ser humano e alto números de acessos em canais digitais. Conforme documentário da BRASIL PARALELO (2021), “estes são elementos que representam a triste realidade brasileira”. Ocupando os últimos lugares no ranking mundial de Educação, o Brasil é um dos países com maiores índices de homicídio, onde nas últimas décadas, a música se tornou algo agressivo. 
É importante a busca pelo resgate da beleza e da importância daquela que é considerada a primeira arte: A música.
Desde antes mesmo do nascimento, possuímos uma profunda conexão com  sons. A audição é o primeiro dos sentidos a se desenvolver por completo. O timbre da voz da mãe é o reconhecido pelo bebê. 
Nos dias de hoje, somos bombardeados pelos efeitos sonoros, eles estão por todos os lados, som de carro, de televisão e rádio. Mas, afinal, o que estamos ouvindo e para onde a música nos leva?
Às vezes o silêncio pede uma música, porém não temos a referencia para sintonizar em algo que gostamos, simplesmente ligamos e ouvimos o que mais toca nas mídias pelo seu alto número de reproduções, e assim escolhemos a trilha do nosso dia a dia, seja no transporte, no trabalho, ou até mesmo em casa. São letras que impactam todas as classes e idades, gerando uma decadência cultural.
A música se faz presente desde muito tempo, quando o homem ouvia o som da natureza e imitava para se comunicar, desde então sua influência e seus efeitos na educação foram descobertos.
Desde o ano de 2008 a música é obrigatória no ensino fundamental, mas na educação infantil ela já estava presente mesmo antes disso, todo mundo enquanto na escola, ouvia as musiquinhas que as professoras cantavam. Tudo era música. Na fila para entrar na sala de aula, na hora da alfabetização, nas historinhas, no recreio, no final da aula; e essa é uma recordação para a vida toda na memória de muitas pessoas. Muitos pais acabam passando para seus filhos as músicas que aprenderam; e que nunca saíram da cabeça.
Nos dias atuais, com a influência da mídia, redes sociais, entre outros, o educador tem que estar sempre atualizado, para proporcionar ao aluno o consumo adequado de cada etapa musical, tendo esse contato com as linguagens artísticas e as diversidades delas.
Infelizmente em algumas escolas não existe a opção de ter um profissional da música no seu quadro pedagógico, pois esses profissionais focam na parte técnica e aprofundamento do ensino de como tocar um instrumento por exemplo.
Existe uma diferença entre a música que a escola passa e a música consumida em casa. A música que as pessoas ouvem fora do ambiente escolar é diversão, entretenimento, sendo aprendida em qualquer lugar que esteja, sem moderação. Já na educação escolar, os profissionais necessitam uma abordagem objetivando proporcionar pontos positivos para o desenvolvimento geral da criança, estimulando seu uso de maneira correta.
Segundo DICHEL,
A personalidade é formada durante a infância e é neste momento em que o afeto e a consideração pelo outro devem estar presentes e serem desenvolvidos, com a finalidade de, não só evitarmos situações de violência que podem vir a surgir no ambiente escolar, mas contribuirmos com a construção de valores humanos. É importante destacar que, para o desenvolvimento da afetividade o ambiente deve ser propício para aplicar atividades que envolvam o afeto com maior liberdade de expressão de sentimentos. Para isto, a música possui um potencial natural para se trabalhar com as crianças as questões ligadas à expressão de suas emoções, além de ser detentora do poder de acalmar ou mobilizar, entristecer ou alegrar os indivíduos – afinal, os sons carregam seus significados. (DICHEL, 2018).
2.5. COMO EFETIVAR A PRÁTICA ADEQUADA DA MÚSICA, EM SALA DE AULA.
Este artigo não consiste em procurar esgotar todas as possibilidades a respeito da prática da música em sala de aula como instrumento de controle das emoções e sentimentos das crianças de anos iniciais do ensino fundamental, mas sim, criar uma conscientização de que a música pode e deve ser utilizada de várias formas diferentes do que tem sido empregado nas aulas de artes.
O material aqui apresentado não busca criar modelos para serem utilizados em sala, pois modelos tendem a engessar a criatividade do professor em desenvolver sua própria didática. Mas gerar uma sensibilização nos educadores para o despertar de uma conscientização das possibilidades que a música oferece para o bem-estar e o crescimento do saber dos alunos.
A música é um meio de educação e um grande recurso de mudança de mentalidade e forma de compartilhar hábitos e as histórias vividas pelos alunos para que eles se sintam realmente parte integrante do processo de ensino-aprendizagem.
Tendoem vista que cada professor pode trazer como uso em sua didática aquilo que lhe for apropriado para a realidade de sua escola, ou de suas turmas. Sendo o mesmo, o conhecedor das vivências de cada aluno e a dificuldade de cada indivíduo, não deixando de lado seu conhecimento sobre a música, seja qual for o nível de entendimento deste.
Como professores, devemos oportunizar os alunos a participarem com suas ideias e opiniões dando espaço e oportunidades para se expressarem, compartilhando de suas vidas, para que se encontrem e se descubram como pessoas.
Esse tema exige que os professores e alunos se concentrem no emocional da vida de cada um, uma concentração decididamente ignorada em quase todas as aulas de musica.
Uma estratégia inclui o uso das tensões e traumas da vida das crianças como tema do dia. Os sentimentos que irrompem nos relacionamentos, expressam problemas reais. Como a mágoa por ser deixado de fora de uma brincadeira, inveja, desacordos, que podem se transformar numa batalha no pátio do recreio, tudo porque tiveram problemas gerados no contexto familiar.
Na maioria das vezes a questão mais crucial da desvalorização do uso da música em sala de aula como estimulo emocional e comportamental, está em que os professores não estão preparados para ministrar as aulas de música. Por falta de conhecimento, preparação acadêmica ou simplesmente por pouco interesse neste tema. 
Sendo assim é necessário ir pelo caminho e metodologia adequados a realidade de cada comunidade escolar, para se alcançar maior sucesso diante dos educandos. Sucesso esse que pode ser alcançado devido ao poder da música e dos seus efeitos positivos nas emoções e sentimentos de cada ser humano.
A presença ou ausência da música como instrumento de apoio em sala de aula, deve-se ao significado que os professores e gestores atribuem a esse conhecimento. Os professores que ignoram ou fazem pouco uso deste instrumento, alegam que não têm conhecimento suficiente da área de música para ministrar as aulas, fazendo muitas vezes essa praticamente inexistente em suas aulas, perdendo de utilizar todas as vantagens da música na sala de aula.
Quando a música passar a entendida como benefício no contexto escolar e aplicada para complementar à formação de um cidadão, apresentando-se dentro do currículo escolar de forma mais ampla e prática, ou mesmo como forma interdisciplinar, haverá uma ascensão favorável de aprendizado, levando em conta os aspectos psicológicos e físicos dos alunos.
Conforme as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em 1997, a arte passa a ser vista como uma área de conhecimento, e não mais somente como uma atividade dentro da escola (ZAGONEL, B. et al, 2013, p. IX). Portanto, a partir daí, o ensino da musica na escola se faz presente na proposta pedagógica, mas é preciso elaborar um planejamento que contemple as especificidades musicais. 
Como uma forma de expressão humana, a linguagem musical sendo parte do contexto educacional, através dos diferentes aspectos que a envolvem, a tornam capaz de promover comunicação social e integração. 
De acordo com o Referencial Curricular, a música é: “[…] a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre som e o silêncio”. (BRASIL, 1998, p. 45). 
Por isso, em muitas situações presentes em sala de aula, é possível usar a música para atender a vários propósitos, como suporte de formação de atitudes, disciplina, expressão de sentimentos e controle de emoções. 
Nesse sentido é que incitamos o trabalhar musical em sala de aula como meio de mitigar o conflito, resolver tensão e ensinar a lidar com as tempestades afetivas. 
O ensino através da música tem que despertar interesse e deve ser inserida de maneira adequada. O educador deve analisar o tipo de música de forma a atingir os objetivos, neste caso, estimular as boas emoções, tornando assim o ambiente escolar mais agradável, favorecendo a interação, a aprendizagem e o respeito mútuo.
Nesse sentido deve-se trabalhar a música de diversas formas, incluindo jogos musicais, cantigas de roda, contos, brincadeiras de roda, hora do conto com história cantada. E também realizar pesquisas juntamente com a família, trazendo-os para a socialização na escola e com as crianças. 
Através da música podemos distinguir, perceber, demonstrar sentimentos, dialogar e ter variadas sensações, criar laços emocionais e afetivos, portanto a música deve ser ensinada a partir de um aluno ativo e atuante, onde educação musical deixa de ser o elemento central, dirigindo se ao individuo e a seu desenvolvimento global, o aluno é visto como agente participativo. (ZAGONEL, B. et al. 2013, p. 37)
Quando recebidos em um ambiente musical, o desenvolvimento da aula e todas suas atividades se tornam mais atrativos. E as crianças são levadas a relacionar-se com o professor e os colegas de forma mais afetiva.
Além de trabalhar a oralidade e escrita a música proporciona uma fonte de estímulos e sensações para a criança, despertando sentimentos que ajudam a melhorar os impulsos, a imaginação criadora, sensibilidade e amor, ajudando seus aspectos afetivo e cognitivo.
Segundo PIAGET (1964), a construção do conhecimento ocorre quando se estabelece uma interação com o ambiente. A música enquanto parte desse ambiente possibilita à criança desenvolver-se, passando a atribuir novos significados para as experiências vividas e os conhecimentos adquiridos.
Portanto, a música é importante na formação social do indivíduo dentro do ambiente escolar, pois os aspectos cognitivos, perceptivos, psicoemocionais, corporais, sociais e de criatividade são estimulados pela musicalização; e quando trabalhados em vivências e experiências musicais, oportuniza o aprender no fazer musical e descobrir-se sujeito capaz de realizações.
3. METODOLOGIA
A pesquisa se deu através de pesquisa qualitativa, por meio de estudo científico e consulta bibliográfica de obras relacionadas ao tema, tais como artigos, monografias, livros e sites. Diante destes dados, realizou-se o presente trabalho. 
Em um primeiro momento foi realizada a busca ativa de bibliografias úteis e qualitativas para a estruturação das idéias, através de pesquisas de obras que trouxessem informações singulares sobre o tema escolhido, para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso.
A partir daí, frente ao acervo de bibliografias necessárias, passou-se ao estudo de todos esses pensamentos e de todas essas pesquisas anteriormente realizadas por vários estudiosos da área da educação musical. Dessa forma, iniciou-se o estudo pela absorção do maior número de informações, priorizando a estruturação das ideias de forma pertinente ao tema.
Com as informações necessárias para a elaboração do presente estudo, utilizando as fontes descritas acima, passou-se ao desenvolvimento do trabalho de acordo com a proposta inicial.
Para dar início à apresentação da proposta, das fontes e das conclusões, optou-se por fazer breves considerações acerca da musica como instrumento de ensino em sala de aula como influência nas emoções e sentimentos das crianças dos anos inicias do ensino fundamental.
O desenvolvimento desta pesquisa garantiu enfoque aos pontos positivos do uso da música em sala de aula e qual o real motivo de ela não ser valorizada pelos professores da disciplina de artes.
Assim, a pesquisa buscou correlacionar o trabalho desenvolvido pelo professor da disciplina de artes quando do ensino de música e o motivo porque este não a utiliza de forma mais ampla, tendo em vista que a musica é um instrumento de apoio ao professor mediador no controle de um ambiente mais harmônico em sala de aula; e a desvalorização desta, como prática de apoio, por parte dos governantes, gestores e os próprios professores.
4. CONSIDERAÇOES FINAIS 
Percebe-se que o trabalho pedagógico com música sistematizado é realizado em um número mínimo de escolas. As razões para tal fato, são as condições inadequadas, tanto deespaço e tempo e a pouca importância que a comunidade escolar e os gestores do sistema, demonstram para com esta disciplina. 
Buscando subsídios para nosso artigo em nossas pesquisas bibliográficas, verificamos que existem bastante material da utilização do conteúdo de música na área infantil, e pouco estudo e aplicação no ensino fundamental e médio. Portanto, se faz necessária mais literatura sobre como a música pode ser um recurso didático e o porquê a mesma não é utilizada com maior frequência como recurso de controle das emoções e sentimentos, proporcionando assim uma aula com mais serenidade para toda a turma.
A presente pesquisa buscou entender a atual prática do ensino da música em sala de aula e como ela pode realmente ser utilizada, e a real valorização desta pelo professor da disciplina de artes.
Desse ponto, através do estudo bibliográfico realizado e demonstrado no transcorrer do presente trabalho, evidenciou-se que é incoerente a relação havida entre a prática da musica no currículo escolar através da disciplina de artes e o que pode ser praticado como prática de apoio para as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental I; e a valorização pelos profissionais desta área.
Ficou evidenciado que o conteúdo de música em sala de aula, mesmo previsto por lei, é desvalorizado por alguns profissionais que compõe o quadro de funcionários de uma escola, e que fazendo pouco uso deste instrumento, alegam não ter conhecimento suficiente na área para ministrar as aulas, perdendo de utilizar todas as vantagens da música na sala de aula.
Dessa forma, podemos perceber durante pesquisas mencionadas neste trabalho, que nas aulas de música, que engloba a disciplina de artes, o professor até faz um trabalho bom em explicar o conteúdo a ser transmitido, mas poderia ser mais explorado e valorizado, aproveitando para usar a música como instrumento que exerce a função de acalmar a turma, ajudar no controle das emoções. Pois na maioria das turmas as crianças já chegam à escola bem agitadas e gerando conflitos entre si. Muitas crianças têm problemas familiares e ao chegar à escola não sabem se relacionar com os colegas de forma mansa e amigável. 
Nesse sentido, todas as fontes mencionadas na pesquisa corroboraram para o entendimento de ser clara a pouca utilização da música como benefício no controle das emoções e sentimentos das crianças em sala de aula; e também apontaram a desvalorização da música pelo profissional da disciplina de artes quando da prática de atividades realizadas com as turmas de anos iniciais do ensino fundamental. 
Diante dessas informações, chega-se à conclusão de que o governo, na esfera da educação, deveria dar o devido reconhecimento aos conteúdos curriculares que envolvem a música nos espaços escolares. Oferecendo aos profissionais da educação uma formação mais ampla e de acordo com a realidade da nação. Garantindo assim as contraprestações dos professores e os direitos que fariam justiça àquilo que precisam realizar em sala de aula.
Contudo, apresentou-se também nesse trabalho a falta de interesse do professor de artes no quesito música em sala de aula, devido ao descrédito que este profissional dá perante este instrumento de aprendizagem, evidenciando na maioria das vezes o déficit pela busca de conhecimento, devido a falta de tempo e deficiência no currículo acadêmico, nesta área de ensino.
Dentre as várias possibilidades e formas de trabalho pedagógico da Arte, existem determinadas banalizações a respeito das práticas e fazeres artísticos na escola. Isso denota um ensino fragmentado e sem direcionamentos de sentidos para os alunos. Assim, são necessárias reflexões sobre o papel do Arte-Educador, bem como do ensino de Arte na escola, principalmente por já existirem legislações que direcionam a obrigatoriedade das linguagens artísticas na escola, como a Lei 11.769/2008, que obriga o ensino de música na educação básica. O professor de arte especializado possui um papel fundamental, diante desta lei, para a completa aprendizagem dos alunos. 
Não há como chegar à outra conclusão, senão que para haver no Brasil a devida valorização e o devido uso da música em sala de aula, usando todos os seus aspectos positivos, o Estado deve passar a reconhecer e valorizar a importância deste instrumento de ensino-aprendizagem, sendo necessário fornecer subsídios para implementação da mesma, não só nos Institutos Superiores de Ensino, responsáveis pela formação dos futuros educadores, especializados em suas respectivas linguagens artísticas para o exercício do magistério, como também, pensar em como isso será efetivado em sala de aula.
Portanto, o presente trabalho evidencia a necessidade e a urgência de melhorias na formação do professor de artes para usar todos os recursos que esta dispõe, em especial a música e todos os seus aspectos, possibilitando ao professor dedicar-se para que a criança tenha experiências prazerosas na escola, preocupando-se com o bem estar dos alunos e com que tenham desenvolvimento emocional, sentimental e social adequados, sem se desprender do cognitivo.
REFERÊNCIAS
BRASIL PARALELO. A primeira arte. Ressonância. Ep. 1/3. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zOPY4xDDTis&feature=youtu.be>. Acesso em: 10 maio 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008. Brasília/DF, 2010. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm>. Acesso em: 05 maio 2021.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 3. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998. 
DICHEL, M. H. R. O ENSINO DE MÚSICA E O DESENVOLVIMENTO AFETIVO DA CRIANÇA. Faculdade Campos Elíseos. 2017. Disponível em: <https://fce.edu.br/blog/o-ensino-de-musica-e-o-desenvolvimento-afetivo-da-crianca/>. Acesso em: 05 maio 2021.
FERREIRA, T. T. Música para se ver. Monografia apresentada na disciplina de Projetos experimentais - Universidade Federal de Juiz de Fora: FACOM - Faculdade de Comunicação, 2005.
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional. 10ª ed. Rio de Janeiro, 2007.
JÚNIOR, L. A influência da música no desenvolvimento da criança. Música na infância. 2019. Disponível em: http://musicanainfancia.com.br/. Acesso em: 05 maio 2021.
LIMA, S. V. de. A importância da música no desenvolvimento infantil. Artigonal –Diretório de Artigos Gratuitos. 2010.
MARTENOT, M. Princípios fundamentais de educação musical. 6ª ed. Paris: Magnard,1970.
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. Cap. 6. A Teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget – Capítulo 06. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1999. 
MOHANA, M. PsychCentral. Música e como isso afeta seu cérebro, emoções. Maio, 2016. Disponível em: <https://psychcentral.com/lib/music-how-it-impacts-your-brain-emotions?li_source=LI&li_medium=popular17#1>. Acesso em: 02 maio 2021.
PIAJET, J. A arte de ensinar música nas escolas. Disponível em: <http://jesuspaiva.blogspot.com.br/2011/10/sobre-teoria-psicogenetica-de-piaget-1.html>. Acesso em: 04 maio 2021.
SCHOPENHAUER, Arthur. KD frases. Autores. © 2012-2021 KD Frases. Disponível em: <https://kdfrases.com/frase/153723>. Acesso em 03 maio 2021.
ZAGONEL, B. et al. Metodologia do ensino de arte. Ed. Intersaberes. Série metodologias. Curitiba. 2013. 
ZAGONEL, B. Aulas de música: alguns equívocos. Gazeta do povo, Curitiba, 17 abr. 2002. Disponível em: <https://www.bernadetezagonel.com.br/ASSETS/pdf/2002-aulas-musica.pdf>. Acesso em: 01 maio 2021.
ZARGA, B. Musicalidade produzida nos 5 continentes exala cultura e identidade. LeiaJá. Centro universitário UNIVERITAS. 2017. Disponível em: <https://www.univeritas.com/noticias/conheca-diversidade-musical-de-6-paises>. Acesso em: 05 maio 2021.
A PRÁTICA
 
DA M
Ú
SICA EM SALA DE AULA COMO 
INSTRUMENTO 
DE 
INFLUÊNCIA NAS EMOÇÕES 
E SENTIMENTOS 
DAS CRIANÇAS 
DO ENSINO FUNDAMENTAL I.
 
 
 
 
DAGHETTI
, 
Maristela de Siqueira
¹
 
RU: 
1805532
 
WALLAU, Eliza
 
Cristinade.
 
RU: 1801063
 
NASCIMENTO, Caroline Carniel do.
 
RU: 17
41435
 
 
RESUMO
 
 
Este artigo 
objetiva
 
trazer a importância da música como instrumento 
pedagógico 
que influencia positivamente nas emoções 
e sentimentos 
das crianças 
dos anos iniciais 
do ensino 
fundamental I
.
 
Diante das
 
pesquisa
s, levantaram
-
se
 
a
s 
seguintes problemáticas
: Falta de conscientização do valor, por parte 
dos 
educadores da disciplina de artes, sobre o assunto de música como possibilidades 
para oferecer em sala de aula o bem
-
estar e o c
rescimento do saber dos alunos. E
 
desmotivação para efetivar esta pratica como 
benefício no contexto escolar para 
complementar a formação do cidadão. 
A metodologia usada foi de caráter 
qualitativo, buscando em pesquisas bibliográficas e nas leis, dados e i
nformações 
para a realização do estudo.
 
O andamento dest
e artigo 
visa esclarecer o que o 
professor de arte
 
realmente realiza e as responsabilidades 
que ele verdadeiramente
 
pratica em sala, 
e se corresponde ao que está em lei.
 
E e
sclarece 
também, 
aqui
,
 
que 
é importante a
 
assistência ao aluno, visto 
que 
os 
anos inicias 
são
 
uma das fases 
em que a criança saiu da pré
-
escola e precisa saber lidar com as emoções e 
sentimentos gerados neste período de transição escolar
.
 
Por
 
fim, os resultados 
encontrados apresenta
m que 
necessária a busca ativa, por parte dos professores 
dessas séries, de novos conhecimentos sobre música em sala de aula e sua 
influência nas emoções e sentimentos das crianças que iniciam no ensino 
fundamental I.
 
 
Palavras
-
chave:
 
Emoções e sentimentos
. 
Ensino Fundamental I
. Música.
 
 
1.
 
INTRODUÇÃO
 
 
Este artigo busca relacionar a música com a influência desta, nas turmas dos 
anos iniciais do Ensino Fundamental I, tendo em vista as emoções e sentimentos 
 
__________________________
 
¹ Alunas do Centro Universi
tário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de 
Curso. 8º 
-
 
2021.

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