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EQUIPARAÇÃO SALARIAL • EQUIPARAÇÃO SALARIAL • Procedimento que visa correção de desigualdade salarial pautado nos limites constitucionais, proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil, em seu artigo 7°, inciso XXX. • Reforma trabalhista - Lei 13.467/17 – inseriu a etnia para não haver desigualdade salarial. • CLT – ART. 461 • Súmula – 6 – TST. • REQUISITOS – • Requisitos cumulativos e precisam coexistir. - Identidade de funções entre paragonado – aquele que pretende a equiparação salarial – e paradigma – aquele contra quem se dirige a equiparação. • Cargos com nomes idênticos não geram direito à equiparação Salarial. • Súmula 6- TST - III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) • Profissão regulamentada – exercício que pressupõe habilitação técnica - • (diploma – certificado) impossível a equiparação entre atrapalhadores que aparentemente exercem as mesmas tarefas. • Ex. OJ 296 SDI-I TST • EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ATENDENTE E AUXILIAR DE ENFERMAGEM. IMPOSSIBILIDADE (DJ 11.08.2003) • Sendo regulamentada a profissão de auxiliar de enfermagem, cujo exercício pressupõe habilitação técnica, realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem, impossível a equiparação salarial do simples atendente com o auxiliar de enfermagem. • Nível Hierárquico • Havendo evidência de que paradigma é superior hierárquico do equiparando revela-se como razão jurídica suficiente para rejeição da pretensão de equiparação. • Simultaneidade na prestação de serviços. • Equiparando e Paradigma (ou modelo) precisam ter sido contemporâneo um ao outro na mesma empresa, ainda que a contemporaneidade, se tenha limitado a um dia na mesma função. • Súmula 6 – TST – • IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação pretérita. (ex- Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) • Lei n13.467/17, § 5º -A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. • Paradigma Remoto - O paradigma remoto é aquele empregado que, como modelo, foi o primeiro elo das sucessivas equiparações salariais que desencadearam sucessivas condenações da empresa a equiparar os salários de vários empregados que, em função da ligação entre eles, acabaram fazendo prova da existência da equiparação salarial em cadeia. • Portanto, a equiparação em cadeia, prevista antes da Reforma Trabalhista, consistia no reconhecimento ao direito à equiparação ao paradigma imediato, quando este já teve reconhecido o direito à equiparação ao paradigma remoto por meio de ação judicial própria. • Limitação a empregado na mesma empresa até a vigência da Lei 13.467/15. • Lei restringiu imensamente o alcance da equiparação salarial passando a dispor que sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. • Estabelecimento empresarial – permitirá equiparação somente aos funcionários que trabalhem em cada uma das unidades da empresa. • Relações de emprego na mesma localidade - No mesmo estabelecimento empresarial. • IGUAL PRODUTIVIDADE • Requisito quantitativo capaz de demonstra que, num processo de comparação, um dos empregados é mais rápido ou mais exigido no desempenho de suas atividades. • É do empregador o Ônus de comprovar que paradigma recebia salário diferenciado conforme os requisitos. • Sumula 6 – TST – VIII - • É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977) • Quando for possível comparar as tarefas desenvolvidas cotejando com o demonstrativo de volume de serviço. • MESMA PERFEIÇÃO TÉCNICA - • Requisito qualitativo, de comparação de técnica, experiência. • Trabalhos intelectuais são passíveis de equiparação. • Súmula VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003) • Para análise da perfeição técnica, experiência profissionais anteriores, formação técnica em estabelecimentos de ensino de elevado conceito, parcerias com outros profissionais de notório destaque e reconhecimento público são alguns dos muitos referenciais que podem auxiliar na demonstração da superioridade técnica de um trabalhador em detrimento do outro. • Todavia, os tribunais tem examinado a questão a partir da analise de todos os fatores que englobam a relação jurídica havida à luz do princípio da primazia da realidade. • EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PERFEIÇÃO TÉCNICA. Não é a experiência anterior em outra empresa ou a formação em si, no plano teórico, que especifica a identidade ou não de capacidade ou perfeição técnica nos exercícios das funções entre o paradigma e o paradigmado, devendo sempre imperar o Princípio da Primazia da Realidade, In casu, a recorrente não se desincumbiu do encargo da prova, já que sustentou fato obstativo ao direito pleiteado. • (TRT-1 - RO: 00014757220105010006 RJ, Relator: Marcelo Antero de Carvalho, Data de Julgamento: 13/11/2013, Décima Turma, Data de Publicação: 19/11/2013) • RECURSO ORDINÁRIO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PERFEIÇÃO TÉCNICA DISTINTA. DIFERENÇAS SALARIAIS. INDEVIDAS. Comprovada a distinção na qualidade técnica entre os comparados não há que se falar em equiparação salarial. • (TRT-1 - RO: 00001082820135010064 RJ, Relator: Claudia de Souza Gomes Freire, Data de Julgamento: 03/11/2015, Nona Turma, Data de Publicação: 12/11/2015) • "Equiparação salarial - Se o paradigma é mais experiente que o equiparando e executa serviços mais complexos que ele, indefere-se a equiparação pretendida." (TRT-RO-6248/81 - 3a. Reg. - Rel. Michel Melin - DJ/MG 26.11.82, pag. 61) • DIFERENÇA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO EQUIPARANDA • Antes da Reforma trabalhista exigia-se que a diferença no exercício da função pelo período igual ou superior a dois anos, para que tornasse impossível juridicamente a equiparação salarial. • Súmula 6, II – TST • Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982) • Lei 13.467/17 – art. 461 • Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) • § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos • Independente da função exercida, se o paradigma tiver tempo de serviço no mesmo empregador maior do que quatro anos, a equiparação estará estancada. E se esse requisito for superado, o desafio do equiparando continuará, por precisará demonstrar que o modelo, com menos de quatroanos a mais na empresa, tem menos de dois anos a mais no exercício da função equiparanda. • INEXISTÊNCIA DE QUADRO DE CARREIRA • CLT 461, § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017). • § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) • Existindo quadro de carreira, preferem-se as regras nele insertas à sistemática da equiparação salarial. • A Reforma trabalhista tornou irrelevante ser o quadro de carreira homologado no Ministério Público do Trabalho. • Já era este o posicionamento do TST – oj 418 – SDI-I • Equiparação salarial. Plano de cargos e salários. Aprovação por instrumento coletivo. Ausência de alternância de critérios de promoção por antiguidade e merecimento. (Divulgada no DeJT 12/04/2012) • Não constitui óbice à equiparação salarial a existência de plano de cargos e salários que, referendado por norma coletiva, prevê critério de promoção apenas por merecimento ou antiguidade, não atendendo, portanto, o requisito de alternância dos critérios, previsto no art. 461, § 2º, da CLT • NÃO SER O PARADIGMA TRABALHADOR READAPTADO EM NOVA FUNÇÃO. • § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. • Se o empregado for readaptado em nova função poderá permanecer recebendo o salário originário, com outros empregados exercentes da função em que foi adaptado. • Não haverá como ser apontado como paradigma – neste caso o salário não diz respeito à função que exerce por conta da readaptação, mas à outra, da qual se encontra afastado por impossibilidade funcional. • NÃO SERÁ EQUIPARANTO OU PARADIGMA SERVIDOR PÚBLICO, AINDA QUE CELETISTA. • OJ – 297 – SDI-I - Equiparação salarial. Servidor público da administração direta, autárquica e fundacional. Art. 37, XIII, da CF/88. (DJ 11.08.2003) • O art. 37, inciso XIII, da CF/88, veda a equiparação de qualquer natureza para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público, sendo juridicamente impossível a aplicação da norma infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT quando se pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos, independentemente de terem sido contratados pela CLT. • O art. 37, inciso XIII, da CF/88, Trata de estatutários e empregados públicos –servidores públicos e não empregados públicos contratados por empresas públicas e sociedade de economia mista. • SÚMULA 455 – TST - • EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 37, XIII, DA CF/1988. POSSIBILIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 353 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 • À sociedade de economia mista não se aplica a vedação à equiparação prevista no art. 37, XIII, da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob o regime da CLT, equipara-se a empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da CF/1988. • Concomitância de todos os requisitos antes mencionados. • Não basta que estejam presentes alguns dos requisitos permissivos da equiparação salarial. É indispensável que todos eles coexistam, ou seja, que se apresentem concomitantemente. • Em faltando um requisito, não haverá equiparação salarial. • Somente é objeto de equiparação salarial o salário base e a gratificação pelo exercício da função equiparanda. Não serão computadas vantagens de caráter pessoal, como o adicional por tempo de serviço. • Se o paradigma é desligado e o empregado que a ele foi equiparado para fins salariais continua a trabalhar, não haverá redução salarial deste. A equiparação salarial corrige a distorção definitivamente, não sendo autorizada a cessação por força do desligamento do modelo. • Deve se observar que é vedada a redução salarial. • Para o reconhecimento da equiparação salarial será necessário é necessário a coexistência de todos os elementos. • Somente será objeto de equiparação o salário base e a gratificação pelo exercício da função equiparanda. Não se incorporarão vantagens de caráter pessoal como adicional por tempo de serviço, por exemplo. • Obviamente se o empregado paradigma for desligado da empresa o salário daquele que a ele foi equiparado não haverá redução de salário • SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 • I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) • II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. (ex-OJ nº 112 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) • Legislador não tratou de esclarecer o que seria caráter meramente eventual. • Férias, salário maternidade não tem caráter meramente eventual. • Não há qualquer garantia na efetivação do cargo • CLT – 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. • Portaria MTB Nº 349 DE 23/05/2018 • Estabelece regras voltadas à execução da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, no âmbito das competências normativas do Ministério do Trabalho. • Regulamenta o Trabalho autônomo e Intermitente • Art. 2º O contrato de trabalho intermitente será celebrado por escrito e registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social, ainda que previsto em acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva, e conterá: • II - valor da hora ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou diário do salário mínimo, nem inferior àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função, assegurada a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; • § 3º Dadas as características especiais do contrato de trabalho intermitente, não constitui descumprimento do inciso II do caput ou discriminação salarial pagar ao trabalhador intermitente remuneração horária ou diária superior à paga aos demais trabalhadores da empresa contratados a prazo indeterminado.
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