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SP1 útero e vagina

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@vi_medgram
@vi_medgram
@vi_medgram
sp1
útero
Posição anatômica
- órgão oco
-dorsocranialmente à bexiga
- Anteflexão (Na maioria das mulheres o corpo é dobrado anteriormente sobre o colo no istmo) e anteversão (eixo longo do útero é inclinado em direção à vagina)
Partes
- colo: subperitoneal e consiste de uma parte projetando-se no interior da vagina (porção vaginal) e uma parte fixada ao paramétrio (porção supravaginal). O canal cervical possui dois orifícios: o orifício interno para o istmo e o orifício externo para a vagina.
- istmo: O istmo é uma passagem estreita de cerca de 1 cm de extensão conectando o colo e o corpo.
- corpo: intraperitonealmente e possui um lúmen triangular pela sua conexão ao istmo e a ambas as tubas/trompas uterinas (de Falópio). A base do útero é chamada de fundo.
Vascularização
Artérias uterinas e ramos uterinos das artérias ováricasCâncer de colo de útero
Inervação
Plexo hipogástrico inferior
paramétrio
O útero é cercado pelo tecido conjuntivo circunjacente
O peritôneo cobre o útero quase completamente (exceto a porção ventral do colo), formando dois recessos: ventralmente o recesso vesicouterino e dorsalmente o recesso retrouterino (fundo de saco de Douglas).
vascularização e inervação
- artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna) e ramos uterinos das artérias ováricas (ramos da aorta abdominal)
artéria uterina, arqueada, radiada, basais/retas, espiraladas, 
- drenagem venosa sanguínea é realizada através do plexo venoso uterino para a veia ilíaca interna.
- Os nervos derivam do plexo hipogástrico inferior. Todos os vasos e nervos correm através dos ligamentos laterais (ligamento largo do útero), uma larga duplicação do peritoneu conectando a parede lateral do útero com a parede pélvica.
histologia
O endométrio (membrana mucosa uterina) é revestido por epitélio colunar (cilíndrico) simples (lâmina epitelial), e contém numerosas glândulas tubulares. Ele é seguido por uma camada de tecido conjuntivo rica em células (lâmina própria). Há uma transição para epitélio escamoso/pavimentoso não-queratinizado na porção vaginal do colo (junção escamo-colunar). Fisiologicamente o endométrio é dividido em camada funcional (stratum functionale), : constituída pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final das glândulas e pelo epitélio superficial (sofre mudanças durante o ciclo menstrual, e camada basal (stratum basale), profunda e adjacente ao miométrio, formada por tecido conjuntivo e pelas porções iniciais das glândulas uterinas.
O miométrio (musculatura uterina) compreende um complexo de três camadas de músculo liso que são microscopicamente difíceis de separar: (de dentro para fora)
A camada subvascular é consideravelmente fina e participa principalmente no fechamento das tubas/trompas e na separação do endométrio durante o ciclo menstrual. A camada vascular é bastante forte e bem perfundida, envolvendo o útero como uma rede. Ela possui um papel fundamental durante o parto. A camada supravascular é novamente uma fina lâmina de fibras musculares cruzadas estabilizando a parede uterina.
O perimétrio é igual ao peritoneu e é cercado por uma fina camada de tecido conjuntivo (tela subserosa). Em áreas livres de peritoneu não há serosa, mas adventícia.
Glicogênio utilizado por bactérias locais na produção de ác. lático e redução do pH vaginal → matar bactérias patogênicas!
O epitélio de revestimento da endocérvice, que deveria ser cilíndrico mucoso igual ao das glândulas, sofre metaplasia para epitélio plano estratificado não corneificado semelhante ao da ectocérvice → NÃO É CONSIDERADA LESÃO!
área de transição entre ecto e endocérvice Na adolescência, com a elevação de ESTRÓGENO, ocorre a PROLIFERAÇÃO CELULAR da endocérvice e EVERSÃO dessa mucosa (endo) → chamada ECTOPIA Após alguns anos → ocorre uma reprogramação do epitélio evertido (simples) para um escamoso NQ → METAPLASIA → formando a Zona de transformação → área susceptível ao HPV → vírus se integra ao genoma → CÂNCER COLO UTERINO
ligamento
função
- implantação e nutrição do óvulo fecundado
- ajuda a expulsar o bebê durante o parto através de contrações musculares.
ciclo mestrual
Durante a fase menstrual (dias 1 a 4) as artérias espirais do endométrio contraem, levando a uma isquemia e descamação da camada funcional. Ao mesmo tempo fatores de coagulação no sangue menstrual são decompostos a fim de evitar a formação de coágulos sanguíneos. Essa fase é predominantemente controlada por estrogênio causando contrações dolorosas da musculatura uterina.
Durante a fase proliferativa/fase folicular (dias 5 a 14) as células da camada basal se dividem rapidamente, levando a uma rápida regeneração do epitélio, camada funcional e artérias espirais.
A fase secretora/fase lútea (dias 15 a 28) começa com a ovulação, interrompendo a proliferação e preparando uma implantação do óvulo. Ela leva a um acúmulo intracelular de glicogênio e a uma dilatação do lúmen uterino. As glândulas possuem formato em “dente de serrote” e secretam nutrientes de forma crescente. As células estromais do endométrio se parecem com a decídua da placenta (células pré-deciduais). As artérias espirais são ativadas para suprir uma possível placenta. Se não ocorrer fertilização durante a fase secretora as artérias espirais se contraem e o ciclo se inicia novamente.
vagina
Os órgãos genitais externos, ou vulva, são sustentados pelo períneo feminino. Estes são o monte pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o clitoris, o vestíbulo, bulbo vestibular e as glândulas vestibulares. A vagina, o útero, os ovários e as tubas uterinas compõem os órgãos genitais internos.
vascularização
Genitália interna: artéria uterina, artéria ovariana, artéria vaginal, artéria ilíaca interna
Genitália externa: artéria pudenda interna, artéria pudenda externa
inervação
Genitália interna:  nervos toracolombar, nervos esplâncnicos menores, nervo hipogástrico (simpático), nervos esplâncnicos pélvicos, nervo vago (parassimpático)
Plexo hipogástrico inferior, através do plexo uterovaginal - as fibras simpáticas e parassimpáticas são conduzidas pelos nervos toracolombar (T12-L1) e esplâncnico pélvico (S2-S4), respetivamente.
Nervo pudendo através do nervo perineal profundo.  
Genitália externa: nervo ilioinguinal, nervo genitofemoral, nervo pudendo, nervo cutâneo femoral posterior da coxa (sensitivos), plexo nervoso uterovaginal (parassimpático)
linfonodo
Genitália interna: Linfonodos para-aórticos, ilíacos (internos e externos), inguinal superficial, lombares e sacrais
Genitália externa: Linfonodos inguinais superficiais e profundos, linfonodos ilíacos internos
tubas uterinas
Órgãos musculares que se estendem dos cornos uterinos até aos pólos superiores dos ovários. 
As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, revestidos completamente por uma parte do ligamento largo do útero chamada de mesosalpinge. Elas são constituídas por quatro partes principais:
Infundíbulo - a parte distal da tuba uterina que se abre para a cavidade peritoneal através do óstio abdominal. O infundíbulo contém projeções em formatos de dedos chamadas de fímbrias, que se estendem sobre a superfície medial dos ovários.
Ampola - é a parte mais longa e mais larga da tuba uterina. É o local mais comum de fertilização.
Ístmo - é a parte mais estreita da tuba uterina
Parte intramural (uterina) - Se comunica diretamente com a cavidade uterina através do óstio uterino.
vascularização
A tuba uterina recebe suprimento arterial das artérias uterina e ovariana. A primeira é um ramo da artéria ilíaca interna e a segunda emerge da aorta abdominal. A drenagem venosa das tubas uterinas é mediada pelas veias tubárias. Estas drenam para os plexos venosos uterino e pampiniforme.
Ramos tubários da artéria ovárica fazem anastomose com ramos tubários da artéria uterina, portanto, ambas contribuem para a irrigação do útero.
câncer
A palavra tumor corresponde ao aumento de volume observado numa parte qualquer do corpo. Quando o tumor se dá por crescimento do número de células, ele é chamadoneoplasia, que pode ser benigna ou maligna. Ao contrário do câncer, que é neoplasia maligna, as neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, e apresenta limites bem nítidos. Elas tampouco invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases. O lipoma e o mioma são exemplos de tumores benignos.
O carcinoma in situ ou câncer não invasivo, é o primeiro estágio em que o câncer não originário das células do sangue pode ser classificado. Nesse estágio, as células cancerosas estão somente na camada da qual elas se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável, se for tratada antes que progrida para a fase de câncer invasivo. Nesta fase, o câncer invade outras camadas celulares do órgão e ganha a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo, processo chamado de metástase.
As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. 
As células são diferenciadas. 
❑ Reproduz bem o tecido de origem. 
❑ Não se infiltra. 
❑ Bem delimitados (possui cápsula de tecido conjuntivo). 
❑ Não se disseminam espontânea-mente. 
❑ Células mitóticas raras. (crescimento lento) 
❑ Degenerações e necroses são pouco comuns (rica vascularização) 
❑ Menos agressivo, mas pode obstruir canais, comprimir órgãos (hipotrofia), e produzir substâncias em excesso. 
❑ Ausência de atipias celulares e figuras de mitose.
O lipoma (que tem origem no tecido gorduroso), o mioma (que tem origem no tecido muscular liso) e o adenoma (tumor benigno das glândulas) são exemplos de tumores benignos. 
As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro.
de colo uterino
fatores de risco, como promiscuidade, infecções sexualmente transmissíveis (IST), má higiene genital, desnutrição, coitarca precoce, uso de anticoncepcional oral combinado (ACO), tabagismo, imunidade, baixo nível socioeconômico, multiparidade, agentes químicos, exposição à radiação ionizante, e deficiência de alfa 1 antitripsina, o principal fator para o seu desenvolvimento é o papilomavírus humano (HPV) subtipos 16 (células escamosas) e 18 (adenocarcinoma)
fisiopatologia
Doença inicial 
1. Carcinoma in situ
O tipo histológico influência na conduta terapêutica para os tumores in situ.
· Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) 
Mulheres com diagnóstico histológico de lesão de alto grau do colo do útero (HSIL) 
que consiste em NIC 2, NIC 3, NIC 2/3 e colposcopia adequada, as opções terapêuticas 
com procedimentos cirúrgicos excisionais quanto com métodos ablativos são modalidades 
aceitáveis de tratamento, exceto em gestantes e mulheres jovens que são consideradas 
populações especiais (nível de evidência – AI).
As técnicas excisionais compreendem cirurgia de alta frequência (CAF), conização 
à frio ou traquelectomia. As técnicas de ablação: eletrocauterização, crioterapia ou vaporização
com laser de CO2 resultam na eliminação da lesão sem o encaminhamento da 
espécime para análise histológica, apesar de estudos randomizados demonstrarem taxas 
similares de falha entre tratamentos excisionais e ablativos, o que deve ser considerado na 
escolha da opção terapêutica.
Pacientes com lesões de alto grau recorrentes, colposcopia inadequada ou com componente
endocervical recomenda-se procedimento excisional (nível de evidência AII). 
Conduta observacional com citologia sequencial e colposcopia para lesões de alto grau 
é inaceitável, exceto em mulheres grávidas e mulheres jovens (nível de evidência EII). A 
histerectomia não deve ser considerada como terapia primária para HSIL (nível de evidência
EII).
2. Adenocarcinoma in situ (AIS)
A lesão de AIS tem comportamento peculiar e frequentemente se estende no canal 
endocervical, complicando a determinação de profundidade ideal de excisão. Apresenta-
-se com margens descontínuas e multifocais na endocérvice, diferenciando-o das lesões 
HSIL, inclusive na abordagem terapêutica. As margens negativas em um espécime de excisão
de AIS não fornecem garantia de que a doença foi completamente ressecada ou da 
exclusão do câncer invasivo, tornando necessária a avaliação de todo canal endocervical. 
Por estas razões, a histerectomia total continua a ser o tratamento de escolha em mulheres 
com prole completa.
hpv
O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de lesões proliferativas na região anogenital. Desde 1992, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a persistência da infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV) em altas cargas virais representa o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Sabe-se também que a infecção pelo HPV é essencial, mas não suficiente para a evolução do câncer. Além da tipagem e da carga viral do HPV, adquire importância a associação com outros fatores de risco que atuam como co-fatores, tais como a paridade elevada, o início precoce da atividade sexual e o número de parceiros sexuais.
Ciclo
1. A célula basal sofre processo de diferenciação normal, com multiplicação virótica e acaba numa população de vírus que, liberados por ocasião da descamação celular, infectam as células vizinhas estabelecendo o processo infeccioso com lesão condilomatosa típica e seus estigmas colpo-citohistológicos, que são a expressão da ação virótica sobre a célula. 
2. Por ação de mutágenos diversos (genéticos, infecciosos, químicos, imunológicos) ou talvez, de nova infecção pelo HPV, a integração do genoma virótica na célula imatura infectada pode traduzir-se por alteração da função celular.
A coilocitose, alteração que sugere a infecção pelo HPV, pode estar presente ou não.
O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o chamado canal cervical ou endocérvice, que é revestida por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco (epitélio colunar simples). A parte externa, que mantém contato com a vagina, é chamada de ectocérvice e é revestida por um tecido de várias camadas de células planas (epitélio escamoso e estratificado). Entre esses dois epitélios encontra-se a junção escamocolunar (JEC), que é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. Na infância e no período pós-menopausa, geralmente, a JEC situa-se dentro do canal cervical. No período da menacme, quando ocorre produção estrogênica, geralmente a JEC situa-se ao nível do orifício externo ou para fora deste (ectopia ou eversão). Vale ressaltar que a ectopia é uma situação fisiológica e por isso a denominação de “ferida no colo do útero” é inapropriada. Nesta situação, o epitélio colunar fica em contato com um ambiente vaginal ácido, hostil às suas células. Assim, células subcilíndricas (de reserva) bipotenciais, através de uma metaplasia, se transformam em células mais adaptadas (escamosas), dando origem à um novo epitélio, situado entre os epitélios originais, chamado de terceira mucosa ou zona de transformação. Nesta região, pode ocorrer obstrução dos ductos excretores das glândulas endocervicais subjacentes, dando origem a estruturas císticas sem significado patológico, chamadas de Cistos de Naboth. É nessa zona onde se localizam mais de 90% dos cânceres do colo do útero.
ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO – FIGO 2018:
colposcopia, biópsia, conização do colo do útero, cistoscopia e proctosigmoidoscopia.
Estádio I: Carcinoma restrito ao colo uterino.
– IA: Carcinoma invasivo que só pode ser diagnosticado por microscopia, com profundidade máxima de invasão inferior a 5 mm. IA1 corresponde à invasão estromal menor que 3 mm em profundidade, e IA2 invasão maior ou igual a 3 mm, e menor que 5 mm.
Estádio IA1 sem invasão do espaço vascular linfático: Se a paciente estiver em idade fértil, e com o desejode gestar, pode ser feita a excisão tipo 3 (conização). Caso a paciente não queira engravidar, será feita a histerectomia tipo 1.
Estádio IA1 com invasão vascular linfática e estádio IA2: Se a paciente desejar engravidar, será feita traquelectomia radical com dissecção de linfonodos pélvicos; se não, histerectomia tipo II com dissecção de linfonodos pélvicos.
– IB: Carcinoma invasivo com profundidade de invasão maior ou igual a 5 mm, mas lesão limitada à cérvice uterina. IB1 é a invasão maior ou igual a 5 mm de profundidade e menor que 2 cm na maior dimensão (extensão). IB2 é a invasão maior ou igual a 2 cm e menor que 4 cm, e IB3 é a invasão maior ou igual a 4 cm.
Estádio IB1 maior ou igual a 5 mm de invasão e menor que 2 cm: Se a paciente desejar gestar, está indicada traquelectomia radical mais linfadenectomia pélvica; se não, histerectomia tipo III com dissecção de linfonodos pélvicos.
Estádio IB2: O tratamento é feito com histerectomia radical tipo III com linfadenectomia pélvica. Se identificados fatores de risco intermediários, realizar também radioterapia adjuvante.
Estádio IB3: O tratamento preferencial é com quimiorradioterapia primária. Em alguns casos pode ser feita a histerectomia tipo III com linfadenectomia pélvica e aórtica lateral mais radioterapia adjuvante.
Estádio II: O carcinoma invade além do útero, mas não se estende ao terço inferior da vagina ou à parede pélvica.
– IIA: Nesse caso o envolvimento é limitado aos dois terços superiores da vagina, mas sem envolvimento do paramétrio. IIA1 é a invasão menor que 4 cm na maior dimensão, e IIA2 é a invasão maior ou igual a 4 cm.
Estádio IIA1 menor ou igual a 2 cm: Pode ser feita histerectomia tipo III com linfadenectomia pélvica e aórtica lateral, sendo necessário avaliar a necessidade de radioterapia.
Estádio IIA1 maior que 2 cm: O tratamento é com quimiorradioterapia primária.
Estádio IIA2 em diante: O tratamento será feito apenas com quimiorradioterapia primária.
– IIB: É o envolvimento do paramétrio, mas não da parede pélvica.
Estádio III: O carcinoma acomete o terço inferior da vagina, podendo se estender à parede pélvica, causar hidronefrose ou rim não funcionante e/ou envolver os linfonodos pélvicos e/ou para-aórticos.
– IIIA: Há envolvimento do terço inferior da vagina, mas não há extensão à parede pélvica.
– IIIB: O carcinoma se estende à parede pélvica, podendo causar hidronefrose ou rim não funcionante, mas é preciso excluir outras causas.
– IIIC: Há envolvimento dos linfonodos pélvicos e/ou para-aórticos, independentemente do tamanho do tumor ou de sua extensão. É preciso representação por exame de imagem ou por histopatológico. O IIIC1 consiste em metástases apenas para os linfonodos pélvicos, e o IIIC2 em metástases para linfonodos para-aórticos.
Estádio IV: Carcinoma que se estendeu para além da pelve, podendo acometer a bexiga ou o reto.
– IVA: Disseminação do tumor para órgãos adjacentes (bexiga e reto).
– IVB: Disseminação para órgãos distantes.
É importante lembrar que o câncer de colo de útero pode se disseminar por continuidade para a vagina e corpo do útero, por contiguidade para os paramétrios, paracolpos, bexiga e reto, e também por vias linfática e hematogênica, de forma indireta.
Os pólipos são as lesões benignas mais comuns do colo do útero e podem aparecer em qualquer época da vida da mulher, mas é mais comum a partir da 5ª década. Seu aparecimento pode ser devido a processos inflamatórios crônicos, vasculares ou hormonais e correspondem a um crescimento do epitélio colunar, que contém o estroma subjacente e que pode se exteriorizar pelo orifício cervical. Um pequeno percentual de casos, que não chega a 1%, pode sofrer uma transformação maligna. O tratamento é a exérese do pólipo por torção do seu pedículo e o envio ao exame histopatológico.
prevenção
Primária 
- estímulo ao sexo seguro
-correção das deficiências nutricionais 
-diminuição da exposição ao tabaco
Em situações de imunossupressão, a incidência do câncer do colo do útero está aumentada, tais como no tabagismo, corticoideterapia, diabetes, lupus e AIDS.
detecção
O diagnóstico citopatológico não é de certeza, tendo que ser confirmado pelo exame histopatológico. A realização da biópsia deve, preferencialmente, ocorrer sob visualização colposcópica, já que o procedimento às cegas apresenta alta taxa de falso-negativo. A taxa de falsonegativo da citopatologia (isto é, o exame que teve resultado negativo, mas que não é verdadeiramente negativo) pode variar até 30% na dependência da subjetividade (intra e inter observadores) e por vários fatores, desde a coleta do material, fixação e coloração da lâmina, leitura do esfregaço e, finalmente, a interpretação do exame. A sensibilidade da citopatologia varia entre os diferentes trabalhos, mas pode ser considerada em torno de 70%. Quando associada à colposcopia, ela pode chegar até 80% de sensibilidade.
após 2 exames anuais consecutivos negativos, a cada 3 anos um novo exame seja feito
exame citopatológico (papanicolau)
o exame preventivo do câncer do colo do útero. Ele consiste na análise das células oriundas da ectocérvice e da endocérvice que são extraídas por raspagem do colo do útero. A coleta do exame é realizada durante uma consulta ginecológica de rotina, após a introdução do espéculo vaginal, sem colocação de nenhum lubrificante (pode ser usado apenas o soro fisiológico). Normalmente não é doloroso, mas um desconforto variável pode acontecer, de acordo com a sensibilidade individual de cada paciente. As mulheres devem ter sido previamente orientadas a não terem relações sexuais ou fazerem uso de duchas, medicamentos ou exames intravaginais (como por exemplo a ultra-sonografia) durante as 48 horas que precedem o exame. O exame deve ser realizado fora do período menstrual, pois o sangue dificulta a leitura da lâmina, podendo até tornar o esfregaço inadequado para o diagnóstico citopatológico
tratamento
A conização a frio equivale à excisão do tipo 3, que consiste na retirada cirúrgica de parte da ectocérvice e canal cervical do colo uterino, em forma de cone.
A histerectomia tipo I, também conhecida como histerectomia simples ou extrafascial, consiste na retirada do corpo e colo do útero.
A traquelectomia radical consiste na remoção parcial ou total do colo do útero, por via vaginal, de um seguimento dos paramétrios e dos fundos de saco vaginais adjacentes, associada à linfadenectomia pélvica. É feita principalmente por videolaparoscopia. É uma opção cirúrgica para pacientes que desejam preservar o útero. Embora os dados de gravidez após esse procedimento sejam escassos, alguns casos foram descritos. É possível que a paciente apresente recorrência e, nesse caso, está indicado tratamento definitivo com cirurgia ou radioterapia.
Histerectomia radical: Pode ser classificada em histerectomia radical tipo I, II, III, IV ou V.
Histerectomia tipo II (Piver II): Consiste na remoção de parte dos paramétrios e uterossacros, terço superior da vagina, linfadenectomia pélvica sistemática e linfadenectomia para-aórtica seletiva. Há remoção medial dos ligamentos cardinais e uterossacros. Difere da histerectomia tipo III pois preserva o ramo ureteral até o ureter, já que a artéria uterina é seccionada a nível do ureter; tem o ligamento cardinal seccionado próximo à dissecção ureteral; tem apenas o ligamento vesicouterino anterior seccionado, preservando o posterior; a vagina tem uma margem menor removida.
Histerectomia tipo III (Wertheim-Meigs): Há remoção também de todo o paramétrio, dissecção dos linfonodos pélvicos, e retirada da maior parte dos ligamentos uterossacros e cardinais e do terço superior da vagina. É possível preservar os ovários, se a paciente desejar manter sua função hormonal.
Histerectomia tipo IV: Consiste também na remoção do tecido periureteral, artéria vesical superior e até três quartos da vagina.
Histerectomia tipo V: Também há ressecção de parte do terço distal do ureter e da bexiga.
Radioterapia primária: É uma opção terapêutica para todos os estádios de câncer de colo uterino,exceto o IVB. Geralmente é realizada em duas fases, inicialmente a convencional e depois a braquiterapia. Mas nos estádios I e IIa a cirurgia é mais indicada, por causar menos efeitos colaterais.
Quimiorradioterapia: A quimioterapia sensibiliza as células à radioterapia, melhorando o controle locorregional. É feita durante a radioterapia.
Radioterapia adjuvante: É necessária na presença de margens cirúrgicas positivas. Também pode ser utilizada se presença de metástases para linfonodos pélvicos, invasão do tecido paracervical e invasão cervical profunda. OBS: Pacientes em estádio IVB, como já têm metástase a distância, não têm indicação de radioterapia, mas sim de quimioterapia exclusiva, visando controle sintomático e aumento da sobrevida. A radioterapia é reservada para complicações, como por exemplo dor refratária ou sangramento.
hpv
Na forma latente, a mulher não apresenta lesões clínicas, e a única forma de diagnóstico é a molecular. Quando a infecção é subclínica, a mulher não apresenta lesões diagnosticadas a olho nu, e o diagnóstico pode ser sugerido a partir da citopatologia, colposcopia, microcolpohisteroscopia ou histologia. Na forma clínica, existe uma lesão visível macroscopicamente, representada pelo condiloma acuminado, com quase nenhuma potencialidade de progressão para o câncer
exames
ultrassom - USG
❑ “padrão ouro” para avaliação da pelve. 
❑ utilizado no rastreio quando ocorrem falhas dos demais métodos. 
❑ Câncer: lesões HIPOECOGÊNICAS no colo uterino. 
Contra-indicações: pré-púberes e virgens, algumas situações da pós-menopausa, massa vaginais ou dor pélvica aguda. 
ressonância magnética
❑alta resolução espacial e de contraste para os tecidos e órgãos pélvicos. 
❑ imagens multiplanares.
 ❑ ausência de radiação ionizante e conforto para a paciente. 
❑ alta reprodutibilidade na avaliação de estruturas músculo-tendíneas da pelve (relevantes para avaliação dos paramétrios). ❑ utilizado para determinar o estadiamento e local do tumor e se atingiu algum linfonodo. 
❑ auxilia na avaliação do tratamento (cirúrgico/radioterápico/quimioterápico), se precoce ou tardio. 
❑ Imagens ponderadas T2: identificam tumores primários e sua extensão → SINAL INTERMEDIÁRIO (cinza) e hipersinal em relação ao estroma fibroso do colo
questões

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