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ANEMIAS E POLICITEMIAS ANEMIA - diminuição da massa eritróide (Rebar, 2003) - uma excessiva perda de sangue (hemorragia), ou destruição (hemólise) ou diminuição da produção de eritrócito (Meyer, 1995) classificação das anemias - estado de regeneração - se é uma anemia capaz de recuperação ou se é arregenerativa. - tamanho da hemácia - pode ter 3 tamanhos: tamanho normal (normocítica), pequena (microcítica), grande (macrocítica) - coloração da hemácia - é quantidade de hemoglobina dentro dela, quando há a quantidade máxima é uma hemácia normocrômica, uma hemácia que tem pouca hemoglobina é hipocrômica, mais pálida - a cor é um parâmetro para a concentração da hemoglobina que é fundamental para a função da hemácia classificação pelo estado de regeneração: - regenerativa - A produção da medula óssea é aumentada até o ponto em que a massa eritróide retorne ao valor basal. - o organismo consegue repor a massa para voltar ao normal, ele perde a hemácia mas consegue repor, percebe que tá perdendo mas que ainda está produzindo, então ao combater o processo que está gerando a anemia, irá voltar ao normal - pode ocorrer por meio de um problema causado pelo vet e ao ser resolvido volta ao normal - prognóstico bom - arregenerativas - eritropoiese ineficiente (anemias por defeito de maturação) ou reduzida produção de hemácias (alguma coisa diminui a produção) - mais difíceis de lidar - não tem capacidade de recuperação - prognóstico de reservado a ruim classificação de acordo com a morfologia - tamanho - normocítica (normal) - macrocítica (aumentadas) - microcítica (diminuídas) - cor - normocrômica (normais) - hipocrômica (pálida) ANEMIAS REGENERATIVAS - só repõe a partir do momento que o problema foi identificado e o animal foi tratado - para descobrir se é regenerativa tem a técnica laboratorial por meio da contagem de reticulócitos (hemácia jovem), e por meio clínico, ao saber todas as doenças que podem provocar anemia regenerativa - patologias que provocam anemia regenerativa - perda de sangue aguda (rápido e intenso) - trauma (como atropelamento) - cirurgia - úlcera do TGI (profundas onde há um comprometimento vascular importante) - distúrbios hemostáticos primários (Dhp) (deficiência da coagulação sanguínea) - ingestão de substâncias que promovam Dhp - warfarina - trevo de cheiro mofado (fungo que cresce nessa leguminosa) - samambaia - perda de sangue crônica (lento e pouco) - parasitismo - úlceras (secundárias a neoplasias, o sangramento é pouco porém não para) do TGI, hematúria (sangue na urina) - trombocitopenia (uma deficiência na produção de hemácias, as plaquetas vão baixando aos poucos, e ao ter poucas plaquetas há focos de microhemorragias e com o passar das semanas entra no quadro) (micro hemorragias podem ser diagnosticadas por meio de petéquias) - deficiência de vitamina K (+ difícil de acontecer) - anemia hemolítica intravascular - destruição imunomediada de hemácias (o organismo começa a não reconhecer mais as hemácias) (não possui cura mas possui tratamento) - parasitas de eritrócitos como Babesia sp. - infecções bacterianas: leptospirose, Clostridium perfringens tipo A e C, Clostridium hemolyticum - produtos químicos: fenotiazidas, cebolas, couve, azul de metileno e cobre - anemia hemolítica extravascular (fagocitose) (acontece lá no baço) - destruição imunomediada de hemácias (acontece no baço) - AHAI, lúpus eritematoso - parasitas de hemácias: Anaplasma sp., Mycoplasma haemofelis, Eperythrozoon sp., Trypanosoma sp. ANEMIA ARREGENERATIVA - provavelmente tem eritropoiese ineficaz (deficiência no amadurecimento da hemácia) - essa deficiência causa esse "núcleo" - para avaliar se é regenerativa ou não regenerativa é feita a contagem de reticulócitos (hemácias jovens), em situação normal, de uma anemia regenerativa a contagem fica acima de 1%, faz a contagem total de hemácias e o reticulócitos tem que dar acima de 1% desse total, e isso significa que a medula está trabalhando corretamente, na arregenerativa é abaixo de 1% eritropoiese reduzida (produção baixa de hemácias) - doença renal crônica - hipopituitarismo (pouca liberação de hormônios hipofisários), hipotireoidismo (pouca tireoide), hiperadrenocorticismo (adrenal prejudicada, pouca produção de cortisol, adrenalina...), hiperestrogenismo - doença crônica(persiste por anos, liberam agentes pró inflamatórios e promovem um descontrole hormonal) (neoplasias, inflamação) - leucemias, neoplasias metastáticas - dano citológico a medula (quimioterapia, radiação) - infecções: Erlichiose (não é a erliquiose de fase aguda), FeLV eritropoiese ineficaz (não acontece produção de hemácias) - desordens na síntese do heme (alteração na fabricação de um dos componentes que forma a hemácia) como deficiência de: (ferro, cobre, piridoxina) e envenenamento por chumbo (faz com que os componentes não sejam utilizados; sinais clínicos: paralisia flácida, até na deglutição, vai definhando; uma vez que o chumbo entra no organismo ele não sai) - maturação anormal: mielose eritrêmica (rara) e eritroleucemia - drogas como: estrógenos, fenilbutazona, trimetoprim-sulfadiazina, cloranfenicol (gatos) COMO CLASSIFICAR AS ANEMIAS VCM (volume corpuscular médio) - mensuração do tamanho da hemácia - 𝑉𝐶𝑀 (𝑓𝐿) = ℎ𝑒𝑚𝑎𝑡ó𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜 (%)𝑁° 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑚á𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑥10 fl=fentolitros 1fL = 10−15𝐿 - cão = 60-77 - felino = 39-5 - equino (trabalho) = 39-52 - equino (psi) = 34-58 - bovino = 40-60 - > macrocítica - < microcítica - = normocítica *imprimir tabela* CHCM (concentração da hemoglobina corpuscular média) - mensuração da concentração de hemoglobina nas hemácias - 𝐶𝐻𝐶𝑀 (𝑔/100𝑚𝐿) = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑚𝑜𝑔𝑙𝑜𝑏𝑖𝑛𝑎ℎ𝑒𝑚𝑎𝑡ó𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑥 100 - cão = 32 - 36 - felino = 30-36 - equino (tração)= 32-35 - equino (psi) = 31-37 - bovino = 30-36 - < hipocrômica - = normocrômica - não existe hemácia hipercrômica, acima de 40g/100ml - existem situações que podem aparentar ser hemácia hipercrômica, como: - amostra hemolisada (onde tem muita quebra de hemácia) - substâncias que interferem no plasma (lipêmico, muita gordura) - diminuição do tamanho da hemácia causada por excesso de EDTA na amostra - erro laboratorial no hematócrito e hemoglobina EXERCÍCIOS 1- obs: anamnese muito ruim hemácias: 4.890.000 (quantidade abaixo do valor mínimo de referência) hematócrito(VG=volume globular): 35% (abaixo do valor de referência) *esses dois já concluem uma anemia anemia regenerativa normocítica normocrômica VCM (tamanho da hemácia)= 35/4,890X 10=71 CHCM = 12/35x100=34 2- hemácias= 1.100.000 (abaixo do valor) vg=10% (abaixo do valor) anemia arregenerativa macrocítica hipocrômica PROGNÓSTICO RUIM vcm=10/1,100x 10=90 chcm= 3/10x100=30 POLICITEMIAS - aumento do número de hemácias maior que o valor de referência - excesso de hemácia causa problemas - aumento da massa de eritrócitos circulantes - influenciando diretamente nos exames de: - hematócrito ↑ - hemoglobina ↑ - hemácias ↑ - 3 tipo diferentes: - policitemia relativa - policitemia transitória - policitemia absoluta POLICITEMIA RELATIVA - comparando o volume de hemácia em relação com a parte líquida - diminuição do volume plasmático, desidratação, ocorre um aumento relativo no número de eritrócitos - diminuição do volume aumenta a concentração - na desidratação perde água e a concentração de eritrócitos aumenta - quando o animal se hidrata novamente volta ao normal pois repõem o que ele perdeu achados clínicos - desidratação achados laboratoriais - aumento de hematócrito (Ht) e de proteína total (PPT) (proteína está presente na parte líquida, portanto quando o líquido diminui, a concentração de proteínas aumenta; ex: uma colher de açúcar em um copo de 100ml ( - concentrado), uma colher de açúcar em 50ml de água (+ concentrado) POLICITEMIA TRANSITÓRIA - é passageiro, momentâneo - acontece em determinado período e após minutos ou horas volta ao normal - causada geralmente por contração esplênica (muitas hemácias armazenadas no baço; não é ocasionadasó em casos de esporte, pode ser liberada em casos de estresse, ansiedade), liberação de eritrócitos na circulação - animais estressados e ansiosos achado laboratorial - aumento do hematócrito em pacientes hidratados, PPT normal POLICITEMIA ABSOLUTA - aumento da eritropoiese medular - aumento absoluto da massa eritróide - produção exacerbada de hemácias dividida em: - primária - secundária - ambas são ocasionadas em decorrência do aumento da eritropoietina achados clínicos - letargia (+ quieto) - intolerância ao exercício - alteração do comportamento - mucosas cianóticas (roxas, hipóxia, falta de oxigenação) - coriza (secreção nasal serosa, semelhante à clara de ovo) - epistaxe bilateral (sangramento nasal, aumenta da pressão vascular) policitemia absoluta primária - problema na medula, na fábrica da hemácia - distúrbio mieloproliferativo raro, produção descontrolada porém ordenada de eritrócitos maduros - produz além do necessário achados clínicos - esplenomegalia (aumento do baço) - hepatomegalia (aumento do fígado) - trombos (formação de coágulos) - hemorragias - convulsões (dificuldade de oxigenação no sistema nervoso central) achados laboratoriais - Ht de 65 a 75%, a concentração de eritropoietina pode estar diminuída ou normal policitemia absoluta secundária - problema em outro sistema que estimula a produção das hemácias - causada por uma liberação fisiológica de eritrócitos devido a uma hipóxia crônica (alguma coisa que está ocasionando falta de oxigênio no tecido do organismo do paciente) achados clínicos - hipoxemia devido a DPC, cardiopatias achados laboratoriais - Ht aumentado moderadamente a marcante, diminuição da Po2, concentração da eritropoietina normal POLICITEMIAS SECUNDÁRIAS ABSOLUTA - produção excessiva de eritropoietina ou substâncias similares como a eritropoietina-like (produzida no fígado) causas - cistos ou tumores renais, - hidronefrose - hiperadreno - hipertireoidismo - neoplasia plástica achado laboratorial - Ht ↑ Po2 ↑ eritropoetina ↑
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