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Interação Fármaco X Nutriente- aula 4

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Interação Fármaco X Nutriente
Interações medicamentosa:
São possíveis alterações dos efeitos de um fármaco na presença de outro fármaco ou de um alimento. 
Tais alterações podem ser: 
Positivas: Efeito desejado
Negativas: Efeito toxico
Tipos de interações: 
Geralmente essas interações acontece quando está se usando medicações simultaneamente, por isso é importante respeitar os intervalos. Porem existe medicação que a interação acontece independente do intervalo, negativamente. 
Fármaco X fármaco: podem resultar em respostas farmacológica.
Aumento do efeito: pode ser benéfico quando o efeito de outro fármaco pode aumentar o efeito do outro medicamento. Pode ser negativo pois pode aumentar o efeito do remédio e a dose terapêutica resultar uma dose toxica. 
Inibição do efeito: Pode resultar em serias consequências ao paciente. Exemplo: um paciente hipertensivo, se outro medicamento inibe a atuação do medicamento anti-hipertensivo.
Novo efeito: Efeito benéfico ou negativo.
Nenhuma modificação: não irá interferir na ação dos fármacos. Positivo
Fármaco X Nutriente:
Ocorrem quando há um desequilíbrio de nutrientes por ação de um medicamento (efeito do fármaco sob um nutriente). Pode interferir na absorção do nutriente, excreção, metabolização, podendo levar a alguma doença. 
Também pode ocorrer um efeito do nutriente/ estado nutricional sobre o fármaco. de forma farmacocinética ou farmacodinâmica
Pode haver uma reação adversa pela ingestão do fármaco com algum nutriente.
As interações fármaco X nutriente pode ser do tipo: 
Farmacológica: Algum alimento pode alterar a compatibilidade, solubilidade, estabilidade do medicamento. Farmacocinética: (a que mais acontece) comprometimento interferindo na absorção, distribuição, metabolismo e eliminação dos fármacos
Farmacodinâmica: interações que compromete o efeito do fármaco. 
A resposta fisiológica pode interferir na biodisponibilidade, volume de distribuição, clearence, biomarcadores. 
Influenciando de forma positiva, potencializando o efeito, que melhore o estado do paciente. Mas também pode levar a uma resposta negativa, piorando o estado do paciente, a um afeito toxico ou ineficácia do medicamento. 
Interações farmacodinâmica: grande variedade de nutrientes pode alterar o efeito do fármaco, no receptor, no alvo farmacológico, onde o fármaco irá atuar. Exemplo: Varfarina é uma anticoagulante. Vitamina K diminui o feito desse medicamento. E doses levadas de vitamina E pode aumentar o efeito, como também ômega 3 e 6, atuando de forma direta ou indiretamente no efeito de coagulação. Dessa forma pode haver uma competição ou potencializado do efeito da varfarina. Logo, deve-se promover um equilíbrio entre a dose do fármaco e a ingestão de vitamina K (ingestão diária consistente).
A via oral é a principal, que ocasiona a interferência. É a via de administração de ambas, medicamento e nutriente. 
ABSORÇÃO:
A maioria das interações F X N ocorrem no processo de absorção. A influência dos nutrientes sobre a absorção dos fármacos depende: do tipo de alimento, da formulação farmacêutica, do intervalo de tempo entre a refeição e sua administração, o tipo e volume de liquido com o qual o fármaco é ingerido. 
O TGI é o principal sítio de interação do fármaco-nutriente, porque o processo de absorção de ambos ocorre por mecanismos semelhantes e podem ser competitivos. 
Interferência da absorção: 
Modificação do pH do conteúdo gastrintestinal: Quando se tem a ingestão de alimentos ou líquidos o pH do estomago se eleva, 1,5 para cerca de 3,0. Para alguns fármacos pode afetar a desintegração das capsulas, drágeas ou comprimidos, afeta a absorção do principio ativo. Logo, não se pode ingerir o fármaco junto com alimento: Exemplo: Tetraciclina: o aumento do pH gástrico pode reduzir a dissolução de comprimidos. Já a fenitoína desintegram-se mais facilmente na alcalinização do pH gástrico. Ou seja, cada fármaco terá uma interação especifica dependendo do tipo. 
 Velocidade de esvaziamento gástrico: A presença de alimentos no estomago contribui para o retardo do esvaziamento gástrico. 
Refeições solidas, acidas, gordurosas, quentes, hipertônicas e volumes líquidos acima de 300 ml aumenta o retardo do esvaziamento gástrico. Já as refeições hiperproteicas tem efeito menor nesse processo. 
Continua... 
aumento da atividade peristáltica: a entrada do quimo no duodeno e fluxo gasto entérico aumentam a motilidade e secreção. 
Quanto maior a motilidade pode favorecer a dissolução do medicamento, facilitando o contato das substâncias ativas com a superfície de absorção, otimizando assim a velocidade do processo
Porem pode diminuir a biodisponibilidade do medicamento. 
Aumentam a secreção de ácidos, enzimas e sais biliares aumentam a presença de alimentos
Ácidos e sais biliares: auxiliam a solubilização e favorecem a absorção de fármacos lipossolúveis. 
Sais biliares podem formar complexos não absorvíveis com substancias: 
Fármaco lipossolúvel efeito positivo. Fármaco hidrossolúveis pode comprometer o efeito. 
Competição pelos sítios de absorção: A presença de nutrientes pode provocar uma competição pelos sítios de absorção com o fármaco. 
Dependerá de qual componente apresentará maior afinidade com este sitio. 
Exemplo: LEVODOPA (doença de Parkinson): ação inibida por dieta hiperproteica. Dieta lipoproteica potencializa e estabiliza este efeito.
Os aminoácidos da dieta competem com os sítios de absorção da levodopa.
Complexação: A interação fármaco-nutriente pode ocorrer por mecanismo de complexação, resultando na diminuição das suas disponibilidades. 
Os íons di e trivalentes ( ca²+, fe ²+, fe ³+, mg²+) presentes no leite e em outros alimentos são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as TETRACICLINAS, ocasionando a excreção fecal dos minerais, bem como do fármaco. 
Nutriente X Nutriente:
Metabolismo
Interações Farmacocinética: 
A interferência pode acontecer pelos macronutrientes e micronutrientes podem influenciar na metabolização de fármacos. Exemplo: dieta hiperproteica e hipoglicemia aumenta a velocidade da metabolização. Os nutrientes podem influencias na atividade enzimática do citocromo P450 principal alvo de metabolização dos fármacos. Refletindo na ação do fármaco, inibindo ou aumentando o efeito do fármaco. 
O estado nutricional do paciente podem influenciar no metabolismo do fármaco. Alguma deficiência dos nutrientes podem interferir, pois o sistema enzimático das enzimas como citocromo e outras são influenciadas pela ingestão dos macronutrientes como proteínas, carboidratos e lipídios bem como de vitaminas e minerais, ou seja, uma deficiência/desnutrição desses nutrientes para a composição dessas enzimas, dentre outros. 
Exemplo: fruta toranja, ela é uma fruta que causa efeitos de interação fármaco nutrientes. Ele tem a presença de furanocumarinas que inibe a enzima CYP3A4, aumentando a absorção do fármaco. Exemplo: medicamento verapamil.
A quantidade de proteína na dieta é fundamental para definir se há uma interferência ou não no metabolismo, pois o elevado teor de proteína e um reduzido teor de carboidrato vai aumentar o metabolismo do fármaco. Como também em caso contrário podem diminuir a velocidade do metabolismo. Como também as proteínas interferem na atividade enzimática do citocromo P450. Alterando a meia-vida dos fármacos.
Interações fármaco X fármaco o metabolismo é o que mais interfere nas alterações medicamentosas.
Excreção
O sistema renal é um importante local de interação fármaco X nutriente. Os rins é o principal local de eliminação dos fármacos. 
Dependendo do tipo de nutriente presente no alimento conforme a natureza ácida ou alcalina dos alimentos pode levar a modificação do pH da urina. Tais modificações podem ser grandes ou discretas. Importante pois dependendo do fármaco pode levar a casos de toxicidades, pode levar ao aumento do medicamento se o fármaco tiver sendo eliminado rapidamente. 
Exemplo: dietas ricas em vegetais, leite e derivados: aumentam o pH urinário. As anfetaminas aumentam a reabsorção e os barbitúricos podem aumentar a excreção.Já carnes, ovos e pães: diminuem o pH urinário, aumentando a excreção de anfetaminas. 
Efeitos dos nutrientes sobre os fármacos
Gorduras: alimentos ricos em gorduras retardam o esvaziamento gástrico em mais de 2 horas, podendo gerar para alguns fármacos sua ação retardada se ingerido com algum alimento gorduroso ou após refeições gordurosas. 
As proteínas: alimentos ricos em proteínas aumentam o fluxo sanguíneo gástrico e consequentemente aumentar a absorção de alguns fármacos. 
Carboidratos: alimentos ricos em carboidratos podem levar a uma leve redução do fluxo sanguíneo levando a diminuição de absorção de alguns fármacos.
Calcio (presente e leite e derivados): formam complexos (reação de complexação) com determinados fármacos, sendo insolúvel, ou seja quando o cálcio se liga no fármaco ele vai formar esse complexo impedindo a absorção do fármaco, além disso pode levar a diminuição de alguns suplementos, como o ferro. 
Logo deve-se dá um intervalo de 2 a 3 horas, para o consumo desses alimentos em relação a ingestão desses medicamentos. 
Temperatura: Bebidas quentes e antiácidos
Não deve ser ingerido com capsulas ou comprimidos de invólucro resistente
Porque tais substancias podem causar a destruição prematura desses invólucros, expondo as drogas ao pH a que são sensíveis. Logo, quebrando a proteção e expor a drogas no ao pH, se foram sensíveis serão destruídas e não terão o seu efeito.
Os antiácidos alteram o pH acido, levando a destruição prematura também. 
Por isso é importante tomar os medicamentos apenas com a ingestão de água. 
Efeitos dos fármacos sobre os nutrientes. 
Podem modificar o metabolismo de nutrientes, resultando em alteração do estado nutricional (risco X benefício). 
Doenças crônicas: o uso prolongado de medicamentos pode provocar a perda de nutrientes, influenciando no estado nutricional. 
A suplementação dietética é necessária, como também avaliar o risco x benéfico e fazer uma intervenção.
Exemplo: metotrexato e ciclosporina: danificam a mucosa intestinal, diminuindo a absorção e antiácidos, laxativos e antidiuréticos podem causar perdas dos nutrientes, influenciando no estado nutricional. 
Interferência do fármaco: a alteração causada pelas substancias ativas na absorção de nutrientes pode ser primária ou secundaria. 
Má absorção primaria: (induzida por medicamentos) é consequência dos efeitos diretos dos agentes farmacológicos sobre a mucosa ou sobre o processo intraluminal. 
Má absorção secundária: é causada pelo pobre estado fisiológico ou ainda, pela interferência do fármaco sobre o metabolismo de um nutriente que, por sua deficiência, poderá ocasionar a má absorção de outros.
Efeitos dos Fármacos sobre o Estado Nutricional
São vários os efeitos que o fármaco pode causar alterando o estado nutricional do paciente: 
Determinados fármacos levam a modificação do paladar do paciente, gosto metálico na boca, influencia no cheiro, sabor. Medicamento semaglutida, usado no tratamento da diabetes de da obesidade, há uma alteração no paladar do paciente, por uma modificação causado do fármaco, perdendo o apetite, o gosto do medicamento. Levando a perda de peso. Como também efeitos gastrointestinais, alguns medicamentos levam a uma exacerbação, com refluxo gastresofágico, gastrite, esofagite, logo os pacientes ficam limitados a ingestão de alimentos interferindo no estado nutricional. 
O inibidor de apetite sibutramina, interfere inibindo o apetite. Como também os antipsicóticos e antidepressivos, inibem o apetite, pois altera no hipotálamo a saciedade.
Efeitos do estado nutricional sobre os fármacos
O estado nutricional pode afetar a ação do fármaco. O paciente pode apresentar um estado de obesidade, ou disfunção nutricional que afete absorção do fármaco. alterando absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Logo influenciando uma resposta terapêutica. 
Porque os nutricionistas precisam dessas informações:
Precisamos ter o comprometimento com o paciente para saber que existem interferências e medicamentos e nutrientes, é importante saber quais medicamentos o paciente utiliza, e trazer uma melhor qualidade de vida do paciente.
Conduta profissional:
Conhecimento prévio das características do paciente (necessidades, idade, funções fisiológicas, estado nutricional, hábitos de alimentação)
É importante conhecer a doença (crônica, aguda, ambas)
E ter conhecimento do medicamento mesmo que básico é essencial. (eficácia, margem de segurança, posologia, modo e tempo de utilização). 
Quando as alterações são benéficas e requeridas?
Quando precisa-se reduzir a irritação da mucosa gastrointestinal
Para favorecer o cumprimento do horário da terapia
Levar a um aumento desejado da absorção.
Manter concentrações plasmáticas desejadas do fármaco. 
O que informar? 
· Administração: quando e como tomar
· Alimentos e bebidas evitados
· Interações com vitaminas/minerais
· Efeitos colaterais significativos para a nutrição e como contorna-los
· Efeitos gastrointestinais
· Efeitos que podem alterar a ingestão nutricional
· Possíveis deficiência nutricionais
· Excipientes que podem causar reações. 
Exemplo: medicamento furosemida (diurético), efeito colateral: perda de potássio. Estratégia alimentar: ingerir suco de laranja ou frutas diariamente para repor o mineral.

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