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Interação droga nutriente

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NUTRIÇÃO CLÍNICA 
Curso Extensivo para Residências 
Aula 11. Interação Droga x Nutriente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO EXTENSIVO PARA RESIDÊNCIA – NUTRIÇÃO 
 http://residenciassaude.com.br 
1.1 SUMÁRIO 
1. Introdução ................................................................................... 2 
2. Como a nutrição pode afetar a absorção de uma droga ..........Erro! 
Indicador não definido. 
3. Interação droga x nutriente ........................................................ 4 
4. Ligação direta do fármaco com componentes dos Alimentos 
(complexação) .................................................................................. 6 
5 Principais classes de medicamentos e suas interações com 
nutrientes............................................................................. 10 
6. QUESTÕES................................................................................15 
7. REFERENCIAS...........................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO EXTENSIVO PARA RESIDÊNCIA – NUTRIÇÃO 
 http://residenciassaude.com.br 
 
1. Introdução 
 
A interação droga-nutriente é um assunto relativamente recente e as 
informações a respeito ainda são um pouco escassas, mas vêm 
crescendo nos últimos tempos. O tema é de interesse tanto dos 
médicos como dos nutricionistas, bem como dos pacientes. Sobretudo 
nos tratamentos longos, um acompanhamento nutricional pode ser 
desejável, pois é fato que, assim como os efeitos (terapêuticos e 
adversos) das drogas podem ser afetados pela dieta ou pelo estado 
nutricional, a administração de drogas pode também, como 
consequência final, afetar o estado nutricional da pessoa. 
As interações entre drogas e nutrientes começaram a ser estudadas 
de forma mais profunda na década de 60, embora este estudo em 
nosso país esteja sendo realizado de forma tímida. 
Sabemos que a eficácia terapêutica e a toxidade dos medicamentos 
estão diretamente relacionadas à sua interação com os alimentos 
e/ou nutrientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de que possam existir diferenças entre as barreiras, o 
caminho das substâncias através delas apresenta características 
comuns, já que, geralmente, as substâncias passam através das 
células e não entre elas. Infelizmente a falta de eficácia do 
Tanto os alimentos quanto os medicamentos para serem utilizados, 
devem atravessar barreiras constituídas por membranas celulares. 
Quando a substância é utilizada por via oral, é necessário que 
primeiramente atravesse o epitélio do trato gastrointestinal e, uma 
vez no sangue, é necessário que passe por outras membranas para 
chegar ao local de ação ou de utilização. 
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medicamento e os efeitos nutricionais indesejáveis estão no nosso 
dia-dia e, poderiam ser previsíveis e evitáveis, se houvesse 
conhecimento do assunto por todos os membros da equipe de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A magnitude da interação depende da natureza física e química do 
medicamento, da formulação na qual o alimento é administrado, do 
tipo e volume da refeição, da ordem da ingestão dos alimentos e 
medicamentos, do intervalo de tempo entre a alimentação e a 
administração do medicamento, da concentração e tempo de uso da 
droga, da idade e do estado nutricional do paciente, da existência ou 
não de doenças crônicas. Esta interação pode ocorrer ao nível 
intraluminal, por captação de nutrientes no lúmen (transporte para a 
mucosa intestinal), ao nível de pós-absorção e de excreção. 
 
2. Como a nutrição pode afetar a absorção de uma droga 
 
Os nutrientes interferem na absorção e biodisponibilidade de drogas 
por alguns mecanismos. Dentre eles, destaca-se a interação físico-
química, na qual ocorre adsorção, formação de complexo, 
precipitação (que influencia a estabilidade tanto do nutriente quanto 
da droga). Dependendo da consistência da dieta, do tipo de nutriente 
Entre os efeitos da interação podemos encontrar a ineficácia da 
droga, o nutriente causando efeito adverso sobre a 
biodisponibilidade do medicamento, as reações medicamentosas 
adversas por incompatibilidade entre nutrientes e medicamentos 
e, o medicamento podendo causar deficiências nutricionais e 
efeitos colaterais que, em segunda intenção, também afetarão o 
estado nutricional do indivíduo. 
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ingerido, e até se o alimento é consumido de estômago vazio, há 
também uma alteração no tempo de esvaziamento gástrico, 
interferindo na absorção do medicamento. Finalmente, pode ocorrer 
competição da droga-nutriente pelo mesmo sítio de absorção. 
É recomendável consultar manuais de interação droga-nutriente e 
nutriente-nutriente ao planejar a dietética. 
 
3. Interação droga x nutriente 
 
O fenômeno de interação fármaco-nutriente pode surgir antes ou 
durante a absorção gastrintestinal, durante a distribuição e 
armazenamento nos tecidos, no processo de biotransformação ou 
mesmo durante a excreção. Essas interações podem alterar a 
disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma destas substâncias ou 
de ambas. Elas podem ser: físico-químicas, fisiológicas e 
patofisiológicas. 
 
Interações físico-químicas 
São caracterizadas por complexações entre componentes alimentares 
e os fármacos. 
 
Interações fisiológicas 
Incluem as modificações induzidas por medicamentos na ingestão de 
alimentos, digestão, esvaziamento gástrico, biotransformação e 
clearance renal. 
 
Interações patofisiológicas 
Ocorrem quando os fármacos prejudicam a absorção e/ou inibição do 
processo metabólico de nutrientes. 
 
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O trato gastrintestinal representa o principal sítio de interação 
fármaco-nutriente, uma vez que o processo de absorção de ambos 
ocorre por mecanismos semelhantes e podem ser competitivos. A 
ingestão de alimentos é capaz de desencadear no trato digestivo a 
liberação de secreção que, por ação qualitativa e quantitativa dos 
sucos gástricos, age hidrolisando e degradando ligações químicas 
específicas. 
 
 
 
 
 
 
Paralelamente, o nutriente pode influenciar na biodisponibilidade do 
fármaco através da modificação do pH do conteúdo gastrintestinal, 
esvaziamento gástrico, aumento do trânsito intestinal, competição 
por sítios de absorção, fluxo sanguíneo esplâncnico e ligação direta 
do fármaco com componentes dos alimentos. 
 
4. Ligação direta do fármaco com componentes dos Alimentos 
(complexação) 
A interação fármaco-nutriente pode ocorrer por mecanismo de 
complexação, resultando na diminuição da sua disponibilidade. Os 
íons di e trivalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+), presentes no leite 
e em outros alimentos, são capazes de formar quelatos não 
absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando a excreção fecal dos 
minerais, bem como do fármaco. 
 
 
 
 
Substâncias sensíveis a pH baixo podem ser alteradas ou até 
inativadas pelo ácido gástrico quando ingeridas com alimentos, 
como por exemplo, no caso da inativação da penicilina e da 
eritomicina. 
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 http://residenciassaude.com.brAs interações drogas x nutrientes no idoso podem sofrer várias 
interferências: 
 
❖ As drogas podem alterar a biodisponibilidade dos nutrientes; 
❖ Os nutrientes podem alterar a biodisponibilidade das drogas; 
❖ O nutriente pode provocar ineficácia da droga e reações 
adversas; o medicamento pode promover deficiências 
nutricionais; 
❖ As doenças crônicas interferem na utilização das drogas e dos 
nutrientes; 
Atenção especial aos Idosos 
 
O estado nutricional do idoso corresponde ao reflexo de sua vida 
passada no presente. A progressão das alterações nos processos 
biológicos, a medida que o tempo passa, leva às modificações 
estruturais e funcionais nos tecidos do organismo e à diminuição 
da capacidade de reprodução celular, gerando modificações nos 
órgãos, onde a diminuição da eficiência é causada por perda de 
células, ficando a capacidade funcional nas células restantes. 
O idoso, em casa, consome de três a sete diferentes drogas e, 
hospitalizado, dez ou mais tipos por dia. Sabemos que a eficácia 
terapêutica e a toxidade dos medicamentos estão diretamente 
relacionadas à sua interação com os alimentos e/ou nutrientes. 
Tanto os alimentos quanto os medicamentos, para serem 
utilizados no organismo, devem atravessar barreiras constituídas 
por membranas celulares. 
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❖ A alteração do estado nutricional do paciente interfere na 
biodisponibilidade das drogas (o uso múltiplo de drogas pode 
levar a várias interações e efeitos colaterais que, em segunda 
intenção, levam às alterações do estado nutricional); 
❖ O uso de bebida alcoólica pode potencializar ou diminuir o efeito 
da droga; 
❖ Os pacientes que moram sozinhos ou em asilos, sem 
supervisão, cometem mais erros quanto à utilização de drogas 
e não se alimentam bem; 
❖ Os pacientes idosos e portadores de várias patologias são 
menos capazes de se recuperarem das colateralidades e dos 
efeitos nocivos sobre os nutrientes e, automaticamente, sobre o 
estado nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devemos avaliar criteriosamente o paciente geriátrico quanto à 
prescrição de múltiplas drogas, conhecendo bem seus efeitos 
colaterais e suas interações com outras drogas e com os nutrientes, 
principalmente as mais usadas na rotina hospitalar e de ambulatório, 
como laxativos, diuréticos, suplementos de potássio, ácido acetil 
salicílico, hipotensores, anticonvulsivantes, etc. 
Sabe-se que o uso prolongado de medicamentos pode ser um dos 
fatores que favorecem a perda de nutrientes, como é o caso dos 
A magnitude da interação depende, resumidamente, da natureza 
física e química do medicamento; da formulação na qual o 
alimento é administrado; do tipo e volume da refeição; da ordem 
da ingestão dos alimentos e dos medicamentos; do intervalo de 
tempo entre a alimentação e a administração do medicamento; da 
concentração e tempo do uso da droga; da idade e do estado 
nutricional do paciente. 
 
 
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tratamentos de doenças crônicas, usualmente existentes na 
população idosa. 
A prescrição medicamentosa para o idoso é maior quando comparada 
com outras faixas etárias, em virtude da multimorbidade, o que eleva 
o risco de indução da deficiência nutricional quando a prescrição 
ultrapassa três medicamentos, sendo necessária, nestes casos, a 
suplementação dietética para restabelecer as condições nutricionais 
normais da pessoa. 
A farmacoterapia é comum em idosos e o conhecimento do potencial 
das interações entre drogas e nutrientes pode permitir intervenções 
que previnam efeitos colaterais indesejáveis, limitando a terapia 
medicamentosa indicada, ou elaborando estratégias para melhoria da 
escolha dos nutrientes, desse modo pode-se evitar os efeitos 
adversos que contribuem para a perda de peso e consequente risco 
de desnutrição. 
Os medicamentos utilizados pelos idosos podem ser mais ou menos 
absorvidos se associados ou não às refeições, o que depende também 
da condição nutricional do mesmo; isso porque com o 
envelhecimento ocorrem mudanças nos processos farmacocinéticos 
do indivíduo. Por outro lado, as deficiências nutricionais podem 
ocorrer por indução medicamentosa, sendo mais frequentes as 
depleções de vitaminas e minerais. 
Ressalta-se que a deficiência nutricional é um problema relevante 
nessa população, devido alterações fisiológicas, medicamentosas e 
dietéticas que influenciam nesse aspecto, podendo aumentar o risco 
de desnutrição que pode ser devida a alterações características do 
processo de envelhecimento, do efeito deletério das drogas no estado 
nutricional e da interação entre nutrientes e medicamentos fármacos 
presentes nas prescrições (Diazepam, Nortriptilina, Imipramida, 
Ormigrein, Pentoxifilina, Lorazepam, Haloperidol, Ranitidina e 
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Clomipramida) possui interação droga-nutriente relacionada com a 
limitação quanto ao uso de cafeína devido à diminuição da ação dos 
mesmos. 
 
 
 
Chá, café, chocolate e alguns tipos de refrigerantes são exemplos de 
fontes alimentares ricas em cafeína, sendo que o café-grão torrado 
(xícara com 150 ml) possui 103mg de cafeína, a qual é uma das 
bebidas mais consumidas entre os idosos. Além de que, a cafeína 
pertence à família dos compostos químicos chamados xantinas, essa 
substância estimula o sistema nervoso central e músculo cardíaco, 
como diurético e relaxante muscular. 
O grupamento do sistema nervoso foi evidenciado quanto à grande 
utilização de fármacos antipsicóticos, seguido de antidepressivos e 
calmantes. Sabe-se que o sistema nervoso é o sistema biológico mais 
comprometido com o processo do envelhecimento, por ser 
responsável pelas relações durante a vida, tais como sensações, 
movimentos, funções psíquicas, e ainda responde pela vida 
vegetativa, a qual envolve as funções biológicas internas do 
organismo. 
 
 
 
 
 
5. Principais classes de medicamentos e suas interações com 
nutrientes 
A ingestão de 100-200mg de cafeína é suficiente para causar 
interações significativas. 
 
Os idosos podem sofrer efeitos adversos do uso desses 
medicamentos, sendo mais frequentes os tranquilizantes e 
psicofármacos que favorecem o relaxamento e diminuem a 
absorção intestinal. 
 
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Em alguns casos, os medicamentos devem ser administrados longe 
das refeições, isso porque têm a capacidade de diminuir a velocidade 
de absorção dos fármacos por retardarem o esvaziamento gástrico ou 
provocar interações que induzam outros danos ao organismo. Porém, 
ressalta-se que alguns medicamentos devem ser ingeridos próximos 
às refeições, para que não agridam a mucosa gastrointestinal, 
possibilite aumento de sua absorção ou também seja usado como 
auxiliar no cumprimento da terapia. 
Cuidados com o intervalo de tempo entre a ingestão de fármacos e 
alimentos são determinantes na terapêutica, pois podem afetar 
principalmente a absorção dos mesmos, influenciando a velocidade e 
magnitude da biodisponibilidade das drogas 
❖ Fenobarbital que tem como principal indicação o tratamento da 
epilepsia, em longo prazo pode levar a uma necessidade de 
suplementação com vitamina D, B12, folato e vitamina C, além 
de elevar a taxa de metabolismo da vitamina D e K. 
❖ O ácido acetilsalicílico é o medicamento mais prescrito para os 
idosos, o qual é administrado, principalmente,com a finalidade 
antitrombótica, sendo frequentemente administrados com 
alimentos, com o objetivo de diminuir as irritações da mucosa 
gástrica, provocadas pelo uso prolongado. Porém, este 
medicamento diminui a absorção de alimentos e a sua 
utilização a longo prazo requer um aumento de alimentos ricos 
em vitamina C e ácido fólico. 
❖ A hidroclorotiazida também apresenta número significativo de 
prescrições. Esse medicamento é utilizado pela ação 
farmacológica diurética e anti-hipertensiva. Os diuréticos e 
laxantes ocasionam desidratação e depleção de eletrólitos como 
magnésio, potássio e zinco. 
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❖ O captopril, pertencente à categoria do aparelho cardiovascular. 
Recomenda-se que este seja ingerido com estômago vazio 
(uma hora antes das refeições), pois o alimento diminui sua 
absorção em 30-50%. 
❖ Diuréticos: Aumentam a perda urinária de potássio, sódio, 
cloro, magnésio, zinco e iodo. Causa redução na excreção de 
cálcio. Pode levar a hipercalemia, hipofosfatemia, aumento de 
perda de sódio e cloro. A furosemida aumenta a perda urinária 
de cálcio 
❖ Agentes hipocolesterolêmicos: Reduzem a absorção de gordura, 
vitaminas lipossolúveis, cálcio, cobalamina e folato. 
❖ Glicosídeos cardíacos (digitálicos): Aumentam a perda urinária 
de cálcio, magnésio e zinco. Pode causar anorexia. 
❖ O sulfato ferroso pode ser ingerido com alimentos, porém, 
neste caso, há uma redução de 50% em sua absorção, 
indicando-se a administração uma hora antes ou duas horas 
após alimentos ricos em fibras e ou fitatos, chá ou café. Na 
alimentação é importante utilizar 200mg de vitamina C e 30mg 
de ferro para aumentar sua absorção. 
❖ A digoxina, utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca 
congestiva, possui propriedade anorexígena, além de causar 
náuseas e vômitos. O uso concomitante com diurético facilita a 
perda não somente de sódio, mas também de potássio, 
magnésio e cálcio. A digoxina quando administrada associada 
ao diurético requer mais atenção com as perdas de 
micronutrientes como cálcio, mineral de extrema importância a 
população idosa, essencial para manutenção óssea e na 
prevenção da osteoporose. 
❖ Antiácidos devem ser ingeridos de uma a três horas após as 
refeições, pois se trata de uma terapia quelante de fosfato. A 
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ingestão de sucos e frutas cítricas deve ser feita 
separadamente em intervalos de três horas após sua 
administração, pois esses aumentam a absorção de alumínio e 
diminui absorção de ácido fólico, fósforo e ferro. 
❖ Embora os antibióticos não sejam de uso contínuo, quando 
consumidos, esse grupo de fármacos altera absorção intestinal 
por destruição da flora natural, provocando má absorção de 
carboidratos, carotenoides vitamina B12, cálcio, ferro, magnésio 
e cobre, inibindo a síntese proteica; 
❖ Os glicocorticóides predispõem à gastrite, osteoporose e 
hiperglicemia, e os analgésicos favorecem gastrite e úlceras. 
❖ Corticosteróides: Diminuem a absorção de cálcio e fosfato e 
aumentam a perda urinária de cálcio, potássio, ácido ascórbico, 
zinco e nitrogênio. Aumentam as necessidades diárias de 
piridoxina e vitamina D 
❖ Analgésicos: Aumenta a perda urinária de ácido ascórbico, pode 
vir a causar sangramento gastrintestinal e subseqüente anemia. 
Aumenta as necessidades diárias de vitamina D e folato. 
❖ Anticoagulantes: Vitamina K diminui e vitamina E aumenta os 
efeitos da droga. 
❖ Anticonvulsivos: Antagonistas de folato aumentam a 
necessidade de vitaminas D, K e piridoxina. Prejudica o 
metabolismo de vitamina D podendo levar a hipomagnesemia, 
hipocalcemia e hipofosfatemia. 
❖ Antineoplásicos: Antagonistas de folato podem vir a impedir a 
absorção de gordura, cálcio, cobalamina, lactose, folato e 
caroteno; 
❖ Medicamentos utilizados contra a tuberculose: Aceleram o 
metabolismo da piridoxina, com subseqüente deficiência da 
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mesma, bloqueia a conversão de triptofano em niacina levando 
a uma deficiência da mesma. Leva a uma reduzida absorção de 
cálcio e síntese de vitamina D pelo organismo; 
❖ Contraceptivos orais: Aumentam os requerimentos de ácido 
fólico, piridoxina e ácido ascórbico. Alteram o metabolismo do 
aminoácido triptofano e reduz perdas de cálcio. 
❖ Laxativos: Abuso de laxativos podem levar a má absorção 
principalmente de vitaminas lipossolúveis, eletrólitos, cálcio e 
desidratação. 
❖ Estimulantes: Aumentam perdas urinárias de cálcio. 
❖ Antiulcerativos: Prejudicam a absorção de cobalamina. 
❖ Medicamentos ácidos fracos, como o ácido acetilsalicílico, os 
aminoglicosídeos, barbitúricos, diuréticos, penicilinas e 
sulfonamidas, podem ter sua excreção aumentada por dietas 
predominantemente alcalinas devido à alcalinização da urina 
pelos resíduos alcalinos dos alimentos. 
❖ Algumas bases fracas como amitriptilina, anfetamina, 
cloroquina, morfínicos e teofilina podem ter sua excreção 
aumentada por dietas predominante ácidas ou dietas que 
originem metabólitos ácidos (ameixa, carnes, frutos do mar, 
pães, biscoitos, bolachas) devido à acidificação da urina. 
❖ Outro nutriente que pode afetar a ação de alguns 
medicamentos é a tiramina. Presente em alguns alimentos, 
como por exemplo, queijos fermentados, iogurte, chocolate, 
vinho tinto, cerveja, carnes e peixes embutidos ou defumados, 
ela atua liberando noradrenalina nas terminações adrenérgicas, 
o que pode potencializar os efeitos dos inibidores de 
monoaminooxidase (IMAO) causando crises hipertensivas. 
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❖ A Piridoxina (Vitamina B6) acelera a conversão da L-Dopa em 
dopamina plasmática pela ativação da enzima Dopa 
Descarboxilase. 
❖ O ácido tânico, substância presente no café, no chá mate, nas 
frutas e vinhos, pode precipitar vários tipos de medicamentos 
como clorpromazina, flufenazina, prometazina e alcalóides. 
❖ As tetraciclinas, apesar de irritarem o estômago, devem ser 
administradas longe das refeições, pois além de formarem 
complexos insolúveis com o cálcio de alimentos (leite e 
derivados), são instáveis em meio ácido e, além disso, a 
diminuição da motilidade gastrointestinal diminui a sua 
absorção. 
❖ A Penicilina V deve ser administrada em 2 horas de diferença 
com as refeições, pois os alimentos podem aumentar a 
ocorrência de inativação através da abertura do anel beta 
lactâmico. 
❖ Os medicamentos que causam efeitos irritativos na mucosa 
gastrointestinal, por exemplo, os anti-inflamatórios não 
esteroides (AINE), devem ser administrados junto com as 
refeições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.0 Questões 
 
1- (FUNDAÇÃO UNICENTRO/PREFEITURA DE GODOY MOREIRA 
- PR/2016) As interações alimento-medicamento podem ser 
divididas em físico-químicas, farmacocinética e 
farmacodinâmica. Assinale a alternativa correta sobre as 
interações farmacocinéticas: 
A) Pode resultar em uma potencialização excessiva ou um 
antagonismo do efeito do fármaco. 
B) Ocorrem mais frequentemente e podem alterar as características 
de absorção, metabolismo e excreção dos fármacos. 
C) O fármaco se une a um componente externo, frequentemente a 
fibra da dieta, que pode diminuir sua biodisponibilidade.D) São conhecidas também como interações in vitro, pois ocorrem 
sem a necessidade de envolver processos fisiológicos do organismo. 
E) Determinados minerais da dieta, como o zinco, ferro, cálcio e 
magnésio, formam complexos insolúveis com alguns medicamentos 
como, por exemplo, as tetraciclinas e antiácidos. 
 B 
2. (CESPE / Programas de Residência em Nutrição – DF/ 
2013) relativos à terapia nutricional nos casos de 
transplantes. A ciclosporina, medicamento frequentemente 
utilizado após o transplante hepático, pode apresentar efeitos 
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colaterais de interesse nutricional, como retenção de sódio e 
potássio, hiperglicemia, hipomagnesemia, hipertensão 
arterial, náusea e vômito. 
 
C. Certo 
E. Errado 
 
 C 
 
3. (METTA C&C/ Prefeitura de Triunfo – PE/ 2012) Indivíduos 
que ingerem cronicamente fármacos anti-convulsivantes e 
pílulas anticoncepcionais, necessitam um aporte maior de: 
 
A) Ácido ascórbico 
 
B) Ferro 
 
C) Tiamina 
 
D) Zinco 
 
E) Folato 
 
 E 
 
4- (IDECAN / Prefeitura de Carangola – MG / 2012) Sobre as 
interações entre fármaco e nutriente, é INCORRETO afirmar 
que: 
 
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A) A aspirina deve ser utilizada com cautela em pacientes com 
deficiência de vitamina K. 
 
B) Os corticoides devem ser tomados com alimentos pobres em 
sódio. 
 
C) Ao fazer uso de furosemida, recomenda-se restringir o sódio e 
bebidas alcoólicas. 
 
D) Não é necessário repor as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) ao 
utilizar o óleo mineral. 
 
E) Não é necessário repor as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) ao 
utilizar o óleo mineral. 
 
 D 
 
6- (FEAES- PR / PUC-PR / 2012) Em relação à terapia 
nutricional para indivíduos em uso do medicamento 
antiparkinsoniano levodopa, é CORRETO afirmar que: 
 
A) O medicamento pode ser administrado sem considerar a 
alimentação do indivíduo. 
 
B) A proteína provoca o aumento da absorção do fármaco, 
principalmente pela ação sinérgica do triptofano da dieta. 
 
C) Para aumentar a sua absorção, o fármaco deve ser administrado 
próximo aos horários das principais refeições, devido à maior 
quantidade de lipídios e proteínas na dieta. 
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D) A proteína provoca a diminuição da absorção do fármaco, pois 
compete pelo seu mecanismo de absorção com os aminoácidos da 
dieta. 
 
E) A piridoxina aumenta a eficácia terapêutica do fármaco, 
aumentando a concentração desse medicamento no encéfalo. 
 
 D 
 
7- (FEAES- PR / PUC-PR / 2012) Paciente J.C.S., 72 anos, 
hipertenso, há 6 anos sob medicação diária de um diurético 
tiazídico, a hidroclorotiazida, recebeu do nutricionista a 
orientação de incluir no seu cardápio, diariamente: duas 
bananas médias nas pequenas refeições, uma concha média 
de leguminosas e uma batata inglesa média no almoço. Como 
justificativa para a orientação nutricional fornecida ao 
paciente, pode-se afirmar que: 
 
A) Os alimentos foram recomendados para reposição de potássio, 
pois ele utiliza diariamente a hidroclorotiazida, que é um diurético 
depletor de potássio. 
 
B) Os alimentos recomendados são ricos em citrato, necessário para 
a prevenção de litíase renal que é comum em pacientes em uso de 
hidroclorotiazida. 
 
C) Os alimentos recomendados são ricos em triptofano, o qual 
apresenta uma interação sinérgica com a hidroclorotiazida, 
aumentando sua absorção. 
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D) A adequada distribuição de hidroclorotiazida nos tecidos-alvo é 
dependente da ação da insulina, sendo necessária a adequação da 
quantidade de carboidratos da dieta, conforme os horários de 
administração do medicamento. 
 
E) O medicamento é depletor de sódio, portanto a adequação da 
ingestão desse micronutriente, a partir dos alimentos in natura, é 
fundamental para o controle da pressão arterial do indivíduo. 
 
 A 
 
8- (FEAES- PR / PUC-PR / 2012) Paciente de 69 anos, viúva, 
do lar, foi internada por apresentar epigastralgia intensa, 
pirose, melena e emagrecimento acentuado. O cálculo do 
índice de massa corporal (IMC) totalizou 20,8 kg/m². A 
paciente relatou fumar 10 cigarros/dia. Uma endoscopia 
digestiva alta demonstrou terço inferior da mucosa esofágica 
apresentando edema e hiperemia, cárdia permeável, presença 
de erosões planas com enantema e edema adjacente 
localizadas no antro gástrico. Teste de urease: positivo. 
Prescrição medicamentosa: Omeprazol e antibioticoterapia. 
Sobre esse caso clínico, pode-se afirmar que: 
 
A) A nicotina presente no cigarro facilita o refluxo gastroesofágico por 
produzir aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior. 
 
B) Apesar dos sintomas e do emagrecimento, o IMC resultante 
classifica essa paciente como eutrófica, denotando que anteriormente 
a paciente era obesa. 
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C) O teste de urease positivo indica presença de hérnia hiatal por 
deslizamento, o que provocou o aparecimento da esofagite 
demonstrada na endoscopia digestiva alta. 
 
D) O omeprazol é um medicamento que atua impedindo a ligação da 
acetilcolina, gastrina e histamina na célula parietal. 
 
E) A antibioticoterapia foi prescrita devido à bactéria Helicobacter 
pylori, cuja presença foi constatada na biópsia realizada durante a 
endoscopia digestiva alta. 
 
 E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.0 Referências 
 
1. Interação droga fármaco. Disponível em: <http://www.nutricao 
empauta.com.br/lista_artigo.php?cod=236> acesso em Set.2016 
 
2. Interação Droga X Nutriente na Terceira Idade. Disponível em: 
http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=231 
acesso em Set.2016 
 
3. Interação entre medicamentos e alimentos. Disponível em: 
http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/files/file/boletim %20n%20%2002 
.pdf acesso em 21.set.2015 
 
4. Martins C, Moreira SM, Pierosan SR. Interações droga-nutriem 
te. 2 ed. Curitiba: Nutroclínica; 2003. 
 
5. MOURA, RL; REYES, FG. Interação fármaco-nutriente: uma 
revisão. Rev. Nutr., Campinas , v. 15, n. 2, p. 223-238, Aug. 2002 
 
6. PEIXOTO, JS et al . Riscos da interação droga-nutriente em 
idosos de instituição de longa permanência. Rev. Gaúcha 
Enferm., Porto Alegre , v. 33, n. 3, p. 156-164, Sept. 2012 . 
 
7. ST, Teixeira da Silva ML. In: Waitzberg DL, editor. Nutrição oral, 
enteral e parenteral na prática clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu; 
2000. p. 915-24. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=231
http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/files/file/boletim%20%20n%20%2002%20.pdf
http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/files/file/boletim%20%20n%20%2002%20.pdf

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