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Resenha crítica do texto Execução e Responsabilidade Patrimonial no CPC

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Direito Processual Civil 06/04/18
Resenha Crítica do Texto Execução e Responsabilidade Patrimonial no CPC/2015
Emelly Barbosa
 Emellybarbosa09@gmail.com
A Responsabilidade Patrimonial tem a atenção do legislador desde o Código De Processo Civil De 1973. Com o surgimento do Código De Processo Civil de 2015 houve uma soma de um aprimoramento do que já existia com novos pensamentos relevantes que de fato se necessitava. 
Analisando as disposições relacionadas a matéria percebe-se que há muito o que melhorar quando se refere a Execução e Responsabilidade Patrimonial, no Código de Processo Civil de 2015. Visualiza-se esta premissa ao observar os arts. 789 e 790 do código, em que o primeiro trata de o devedor responder com seus bens presentes e futuros, sem citar o legislador sobre os bem anteriores nem elencar hipóteses de responsabilidades de execução a terceiros. Nota-se o grande erro do legislador ao verificar o art 790, onde é elencado relação de terceiros que terão seus bens sujeitos a execução elucidando que não só apenas os devedores poderão ser executados.
Entende-se que, é impossível se tratando de legislação de extinguir todas as hipóteses em normas, segue-se o raciocino de que humanos por sí são falhos, e que o legislador se enquadra nesse perfil, literalmente. Houve uma falha, nesse caso recorre-se as diversas formas de interpretação de normas jurídicas, para que essa lacuna seja preenchida, faz-se necessário recorrer a interpretação extensiva, assim é possível enxergar o que de fato pretendia o legislador. Com essa visão, põe-se a analisar o capítulo que trata da Responsabilidade Patrimonial. 
Como mencionado em linhas acima, no art 789/CPC de 2015 não apenas o devedor está sujeito a execução mas também terceiros, nem só bens presentes e futuros são objetos de execução, deve-se considerar também os anteriores na hipótese de negociação sobre fraude de execução. Quanto a responsabilidade deve-se considerar que aqueles em condição de garantes são sujeitos de execução. Visualiza-se nesse ponto que um terceiro pode ter obrigação de pagar mesmo sem ter participação no fato gerador da dívida. 
Essa responsabilidade pode ser resultado de contrato ou previsões legais. Tratando-se de garantes, é necessário visualizar que os bens destes podem ser alvos de execução. Respeitando em todos os casos disposições do art 833, no que diz respeito a bens totalmente impenhoráveis. E fazendo referência a bens, vale destacar que apesar do enunciado no caput do art 789, vê-se no art 790 casos de bens anteriores que podem ser objetos de penhora, é o que ocorre no inciso V e VI. 
Ressalta-se aqui a posição dos herdeiros, que não absorvem título de garante, ou seja os herdeiros não possuem o dever de pagar dívidas do de cujus, o que ocorre e que gera dúvida social, é que na partilha de bens o espolio (ente despersonalizado) possui personalidade judiciária que possui a função de agir nos tramites do inventario encerrando na partilha de bens. O que ocorre em relação a dividas é que a responsabilidade de sana-las se concentra no espolio que irá extingui-las considerando o patrimônio deixado, em caso de partilha de bens o patrimônio será dividido, e por consequência dessa divisão a cada herdeiro se contrai a tarefa de extinguir a dívida utilizando a herança recebida. Em casos de não existência de bens, ou do não recebimento de bens não há o que se falar em responsabilidade de herdeiros. 
É necessário salientar que, ao interpretar normas jurídicas deve-se ter analise ampla, e alcance as exceções, mesmo não estando expressamente em lei. Tem-se portanto que nem sempre o devedor será o executado, e que seus bens anteriores em determinadas exceções podem ser objetos de penhora. Observa-se e ressalta-se, a importância da utilização das formas de interpretações de normas jurídicas, tendo em vista as diversas exceções não alcançados por dispositivos ou pelas que vão surgindo com o tempo. Que não se distancie da ideia de que, o Código de Processo Civil de 2015 é instrumento importantíssimo para o alcance do direito material e surgiu com o sentimento de renovar e facilitar esse objetivo. 
 
 Referências 
SOUZA. Gerson Amaro de Souza. Execução e Responsabilidade Patrimonial no CPC/2015.Novo CPC doutrina selecionada. 2. ed. 
Salvador: Jus Podvim, 2016.

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